Olá galera do Gagá Games! Aqui é o retrogamer André Breder para levá-los em mais uma viagem rumo ao passado dos Video Games! Hoje, no capítulo final desta saga, vamos voltar para o ano de 1996! Tenham todos uma boa leitura!

Lançamentos importantes do ano de 1996

* Consoles:

– A Nintendo lança o console Nintendo 64 em 23 de Junho de 1996 no Japão e em 29 de Setembro nos EUA, e o aparelho contou com três games em seu lançamento: Super Mario 64, Wave Race 64 e PilotWings 64. Foi o último console doméstico a utilizar a mídia cartucho e era dotado de um processador gráfico projetado pela Silicon Graphics, o que possibilitou gráficos de qualidade inédita com profundidade de cor de até 64 bits.

– A Nintendo lançou também no mesmo período o Game Boy Pocket (GBP), uma nova versão do tradicional portátil da empresa, só que sendo 30% menor.

* Games:

Donkey Kong Country 3
Donkey Kong Country 3

– Os consoles de 16 Bits já estavam perdendo terreno para os de 32 Bits, mas o Super NES mesmo assim ainda tinha algumas cartas na manga: Donkey Kong Country 3: Dixie Kong’s Double Trouble!, fechou com chave de ouro a trilogia da macacada no Super NES, e mesmo não tendo vendido tanto quanto os dois títulos anteriores, fez um sucesso significativo, e pode ser considerado como um dos últimos grandes lançamentos do console de 16 Bits da Nintendo. Ao contrário do jogo anterior, que possuía um tema de piratas, este apresenta um tema que mistura ficção científica com a jogabilidade do primeiro jogo da série. Porém, ao contrário de DKC1, DKC3 apresenta cenários de jogo mais baseados nos das regiões do norte da Europa.

– Na área dos RPGs, dois títulos foram marcantes neste período: Lufia II: Rise of the Sinistrals e Super Mario RPG: Legend of the Seven Stars.

– E outros (poucos) títulos bacanas lançados neste período para o Super NES foram: Cutthroat Island, Doom, Dragon Ball Z: Hyper Dimension, FIFA 97: Gold Edition, Kirby Super Star, Mark Davis’ The Fishing Master, Marvel Super Heroes: War of the Gems e Maui Mallard in Cold Shadow.

– E o popular Game Boy da Nintendo aumentou ainda mais sua popularidade no ano de 1996, com o lançamento dos games Pokémon Red e Pokémon Green no Japão, que marcou o início de uma das mais rentáveis franquias da Nintendo.

Ultimate Mortal Kombat 3
Ultimate Mortal Kombat 3

– Em um período onde o grande Mega Drive já mostrava sinais de cansaço, um dos destaques do ano de 1996 para o console foi o sangrento Ultimate Mortal Kombat 3, que na verdade é como uma espécie de “upgrade” do Mortal Kombat 3 original, trazendo novos lutadores, golpes e modos de jogo.

– E assim como ocorreu com o Super NES, poucos títulos marcam este período do Mega Drive, onde os melhores foram: Bugs Bunny in Double Trouble, Cutthroat Island, FIFA Soccer 97, International Superstar Soccer Deluxe, Micro Machines Military, NBA HangTime, NBA Live 97, Olympic Summer Games: Atlanta 1996, Pocahontas, Toy Story, Vectorman 2 e Virtua Fighter 2.

– O velho e bom Master System aposentava seus joysticks na Europa: em Outubro foi lançado o último game do console por lá, The Smurfs 2: Travel the World. No Brasil o console continuava vivo graças aos esforços da Tec Toy e teve os seguintes lançamentos em 1996: As Aventuras da TV Colosso (alteração de Asterix and the Secret Mission de 1993), Earthworm Jim, Ecco: The Tides of Time, Taz in Escape from Mars, Férias Frustradas do Pica-Pau, Virtua Fighter Animation e X-Men 3: Mojo World.

Samurai Shodown IV: Amakusa's Revenge
Samurai Shodown IV: Amakusa's Revenge

– O Neo Geo, ao contrário de seus concorrentes, trazia muitos títulos de qualidade no ano de 1996 como: Art of Fighting 3 – The Path of the Warrior, Breakers, The King of Fighters ’96, Kizuna Encounter: Super Tag Battle, Magical Drop II, Metal Slug, Neo Drift Out: New Technology, Ninja Master’s, Over Top, Pleasure Goal: 5 on 5 Mini Soccer, Ragnagard, Real Bout Fatal Fury Special, Samurai Shodown IV: Amakusa’s Revenge, Stakes Winner 2, Super Dodge Ball, Tecmo World Soccer ’96, Twinkle Star Sprites e The Ultimate 11: SNK Football Championship.

– E nos PCs, uma boa leva de títulos foram lançados em 1996, tais como: Duke Nukem 3D da 3D Realms; Quake da id Software; The Elder Scrolls II: Daggerfall da Bethesda Softworks; Meridian 59, tido como o primeiro MMORPG, da 3DO publicly; Command & Conquer: Red Alert da Westwood Studios; Tomb Raider da Eidos Interactive; Diablo da Blizzard Entertainment’s e Phantasmagoria: A Puzzle of Flesh da Sierra On-Line.

Fim da quarta geração de consoles?

Apesar do ano de 1996 ter sido, na minha opinião, o último período onde os consoles da quarta geração ainda tiveram lançamentos importantes, alguns ainda conseguiram sobreviver ainda mais um tempo, recebendo alguns novos jogos, mesmo que a grande maioria dos jogadores já estivessem usufruindo dos consoles da quinta geração. Veja abaixo como foi o “final de carreira” dos principais consoles:

Frogger no Super NES
Frogger no Super NES

– O Mega Drive no Japão encerrou mesmo sua vida em 1996, com o RPG Madou Monogatari , enquanto que nos Estados Unidos o adeus se deu em 1998, com o lançamento em cartucho de um port do clássico dos fliperamas Frogger. Na Europa a despedida veio um ano antes da americana, com o lançamento de FIFA ´98: Road To World Cup, no ano de 1997. Já no Brasil, apesar do Mega Drive ainda continuar sendo comercializado pela Tec Toy nos dias de hoje, em versões com apenas jogos na memória e sem slots de cartucho, o último lançamento oficial se deu em 2002 com o game Show do Milhão Vol. 2, com o “homem do báu” participando do produto. Vale citar também que o Master System, assim como o Mega Drive, continua sendo comercializado por aqui, mesmo que o último game lançado oficialmente para o console tenha sido o horrendo Sonic Blast, no ano de 1997.

– O Super NES teria uma vida um pouco mais longa em relação a lançamentos oficiais: no Japão a despedida do 16 Bits da Nintendo ocorreu apenas em 2000, com o lançamento do game Fire Emblem: Thracia 776. Já nos Estados Unidos o último suspiro do Super NES ocorreu um pouco antes, no ano de 1998, com o lançamento de um port do Frogger, tal qual ocorreu com o Mega Drive.

– Já o Neo Geo, foi o console de quarta geração que mais demorou para “fechar a tampa do caixão”: foi somente em 2004, tanto no Japão quanto nos Estados Unidos, que o console da SNK partiu para o “além” tendo como seu último lançamento oficial o game Samurai Spirits Zero Special/Samurai Shodown V Special.

Conclusão

Com esta série de artigos eu procurei compartilhar com os amigos que visitam o Gagá Games um pouco de conhecimento a respeito dos video games, desde o primeiro game comercial lançado, até o final da era dos consoles de 16 Bits. Assim como alguns, eu também não tinha a menor ideia de grande parte dos fatos mostrados nesta série de posts, e foi divertido pesquisar sobre o assunto no Wikipedia, e poder compartilhá-lo aqui no blog.

Apesar dos consoles clássicos não terem mais lançamentos oficiais, é muito bacana ver que os games lançados para estes sistemas continuam vivos hoje em dia, seja por meio de emuladores e roms, seja por meio de vendas legais de tais games via Steam, Xbox Live, Virtual Console, PlayStation Store, etc. Uma prova de que quando um game é bom, ele é realmente eterno… mesmo que já tenha mais de 20 anos de idade!

ReferênciasWikipédia

De Volta para o passado… dos Video Games – Parte Final

25 ideias sobre “De Volta para o passado… dos Video Games – Parte Final

  • 15/06/2010 em 1:29 am
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    legal memso é q, memso não oficiais, ainda se lançam, com autorização da SEGA, mas, extra-oficialmente, vários jogos de fãs em cartuchos, como a tradução de Beggar Prince, poucos anos atrás, para venda pelo mundo!

    A cada 2 anos, ao menos 1 jogo novo (ou relativamente novo, como tradução ou criação de fã), em cartucho, com caixa como as originais da época,e tc, para colecionadores! Eu mesmo, quase consegui alguns destes! ^^”

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  • 15/06/2010 em 2:22 am
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    Muito legal esse trabalho de pesquisa que você fez Breder, pena que terminou…

    Você podia tentar lançar um livro sobre o assunto, ao molde dos almanaques que tem por aí, como Almanaque dos anos 80 e etc…
    Certamente eu compraria um livro assim.

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  • 15/06/2010 em 7:51 am
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    só pra constar, o ultimo jogo do snes na verdade foi “metal slader glory directors cut” que é um remake de um jogo de nes… nesse ano de 96 não podemos esquecer tambem de “front mission” um jogaço de rpg estratégico baseado em “mechas”… outro jogo importante tambem foi o “harvest moon”. ou seja, duas franquias muito boas começaram nesse ano de 96 (nos ultimos suspiros dele…). outra, eu não sabia que o duke nukem 3d foi lançado só em 96 não, pensei que era mais antigo… tomb raider tbm fez um sucesso do kct… (mesmo que a lara fosse feia pra burro!) é,96 foi um ano excepcional tambem… [pokemon ruleia!] mas pow, mario rpg bem que merecia uma sequencia direta vcs não acham? a square tá ai, a nintendo tambem, o que que custa? até um relançamento pro DS já séria muito bom… agora, é uma pena essa saga terminar… inventem mais alguma coisa ai por favor! rs

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  • 15/06/2010 em 9:34 am
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    Valeu André! Realmente foi uma ótima série de artigos, foi muito legal acompanhar e rever os jogos que marcaram nossa época, além de adquirir conhecimento.

    1996 foi um ano bom também, teve muito game legal nessa época, e não tinha como não babar com o Sega Saturn, o Playstation e o Nintendo 64. Mas era legal ver que apesar de tudo a quarta geração ainda estava na ativa. Podem não lançar jogos novos para essas plataformas, mas esses consoles estão vivos até hoje por meio das lojas virtuais, da emulação e do mercado de jogos usados. É como vc escreveu, quando um jogo é bom ele é realmente eterno.

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  • 15/06/2010 em 9:58 am
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    1996? Muito foda. Eu nem tinha jogado NES direito nessa época e os 16 bits já tinham acabado. Muito estranho. Isso é uma aula de fuso horário.

    E começa a era Pokémon. Eu fui uma criança viciada neles. E até hoje eu curto o anime. Eu achava que Pokémon deveria virar matéria de escola. Sério. Até hoje sei cantar o Rap Pokémon de Cór… falanda nisso acho que vou ver um vídeo ali no YouTube.

    Não vejo a hora do tempo passar e curtir um retrospectiva até os 64 bits, que para mim é o fim da história. Não absorvi ainda a idéia da next-atual-gen. Excelente trabalho Bréder. Arrasou!

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  • 15/06/2010 em 2:18 pm
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    Parabens André pelas excelentes matérias sobre o mundo dos videogames !!!
    Eu que participei e conhecia um pouco deste mundo desde os tempos do Atari, Odyssey entre outros, acabei relembrando e aprendendo mais sobre este mundo tão fantástico.

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  • 15/06/2010 em 8:18 pm
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    fernando :
    só eu que acho o donkey kong 3 tão bom, senão o melhor da série?
    acho legal demais o lance de voce abrir novos lugares e montar novos veiculos!

    Não, não é só você. dkc 3 tb é o meu favorito!

    maxi2099 :
    Anunciaram Donkey Kong Country 4, yai!

    Na verdade é Donkey Kong Country Returns, mas sim… Agora só falta chamar o David Wise pra trilha sonora e aí eu compro um wii e morro feliz!

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  • 16/06/2010 em 12:38 pm
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    Pô Bredder. Parou aí? acho que vc devia continuar até os dias de hoje, ou peklo menos até o PS2 (ainda vivo) e o XBOX (o primeiro, já morto e enterrado). Aí ficaria a história dos VGs mais completa já lida (pelo menos por mim 🙂 )

    Abraços!!!

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  • 16/06/2010 em 6:28 pm
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    1996 foi um ano de transição para mim. Eu estava cansado do Mega Drive, e ficava de olho vivo nas revistas que mostravam o Saturn. Se eu soubesse que o Saturn seria uma decepção… É uma pena que na vida não existe save state / load state, senão eu pouparia aquele dinheiro mau gasto hehehe

    Desses jogos, eu destaco os do Neo Geo: Art of Fighting 3 era muito difícil, e tinha uma jogabilidade diferenciada. Kizuna Enconter era divertido, e KoF 96 mudava um pouco o visual dos personagens, eu jogava direto esse jogo depois das aulas.

    Parabéns Breder, vc conseguiu criar uma série de artigos sobre a história dos videogames com muita qualidade.

    Gostaria de sugerir uma idéia para uma série: aproveitando o período da Copa do Mundo, vcs poderiam selecionar 32 jogos antigos, de diferentes sistemas, e agrupá-los em 8 grupos, de forma aleatória. Aí, de acordo com o gosto pessoal de vcs, seriam feitos confrontos diretos entre esses jogos, e os vencedores seriam definidos por critérios como jogabilidade, desafio, diversão, etc. Seria feito pequenos comentários para justificar as vitórias (ou empates). E aí, a galera repercutiria os duelos, torceria pelos vitoriosos, numa mesa redonda virtual.

    Por exemplo:

    Megaman (Nes) vs World of Ilusion (Mega Drive)

    A princípio, pareceria um confronto desleal, um jogo de 8 bits contra um de 16 bits, mas se os critérios fossem jogabilidade, popularidade e aspectos visuais e sonoros, Megaman poderia vencer com os 2 primeiros critérios.

    Bem, poderia ser legal, pelo menos pra matar o tempo hehehehe desculpem pela viagem minha!

    Abraço!

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  • 16/06/2010 em 9:59 pm
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    UMK3 para os 16 bits foi também uma forma de revisar a Jogabilidade da série, que tinha caído muito no MK3, em ambas versões.

    Início do Pokémon nesse ano, mostrando que o 8 bits poderia sim, ter vida após os 32 bits.

    Eu joguei o Ultimate Eleven no ano do lançamento, num arcade em Mongaguá, curti para caramba o jogo q foi um dos primeiros arcades que emulei.

    Podem me xingar, mas o Frogger na foto lembra o GTA1, nunca joguei essa versão, mas desde que vi na GameSênior, vou ver se acho. 🙂

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  • 17/06/2010 em 1:26 am
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    maximuscesar :

    só pra constar, o ultimo jogo do snes na verdade foi “metal slader glory directors cut” que é um remake de um jogo de nes…

    Eu particularmente, não considero o Metal Slader Glory o último game do Super Famicom, pois ele não foi lançado da forma convencional, como ficou explicado na reportagem Game Over da OLD!Gamer nº02: “No Japão existia o Nintendo Power, um sistema de distribuição em quiosques que permetia gravar jogos em um cartucho ‘vazio’ com oito blocos para armazenamento. Metal Slader Glory foi vendido só dessa forma. A discussão gira em torno da validade de algo que, tecnicamente, pode ser considerado ‘conteúdo para download’.”

    João do caminhão :

    Você podia tentar lançar um livro sobre o assunto, ao molde dos almanaques que tem por aí, como Almanaque dos anos 80 e etc…
    Certamente eu compraria um livro assim.

    Cara, quem me dera eu tivesse tempo e talento para escrever um livro um dia. De qualquer forma, valeu pela força! 8)

    piga :

    Pô Bredder. Parou aí? acho que vc devia continuar até os dias de hoje, ou peklo menos até o PS2 (ainda vivo) e o XBOX (o primeiro, já morto e enterrado). Aí ficaria a história dos VGs mais completa já lida (pelo menos por mim :) )

    Aqui no Gagá Games há um limite “temporal” então minhas viagens no tempo não podem ultrapassar a quarta geração de consoles… 🙂

    Elielson :

    Gostaria de sugerir uma idéia para uma série: aproveitando o período da Copa do Mundo, vcs poderiam selecionar 32 jogos antigos, de diferentes sistemas, e agrupá-los em 8 grupos, de forma aleatória. Aí, de acordo com o gosto pessoal de vcs, seriam feitos confrontos diretos entre esses jogos, e os vencedores seriam definidos por critérios como jogabilidade, desafio, diversão, etc. Seria feito pequenos comentários para justificar as vitórias (ou empates). E aí, a galera repercutiria os duelos, torceria pelos vitoriosos, numa mesa redonda virtual.

    A sua ideia é bacana, mas atualmente estou totalmente sem tempo disponível para começar algo do tipo. De qualquer forma fica aí sua dica e ideia para, quem sabe, ser utilizada por outro membro aqui do Gagá Games ou mesmo de outro blog.

    E agradeço aos amigos @Kyo, @Daniel “Talude” Paes Cuter, @Jair “Darsh” Costa, @Marcelo, @maxi2099, @fernando, @GLStoque, @Adinan e @DJ Yatta, pelos comentários. Valeu!

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