Esposa do Gagá ajudando a carregar o backlog do maridão

Backlog. Quem não tem, né? 

Eu tenho uma coleção de jogos ridícula no Steam e no GOG. Tem jogo que eu nem sei como foi parar lá, eu juro. Às vezes vou lá na minha biblioteca procurar algo para jogar, mas quando vejo aquela lista imensa de jogos intocados, lembro da grana que gastei e bate uma deprê. Sim, tem um monte de jogo de um, dois reais, mas vá somando para você ver.

Comprar um monte de jogos que você nunca vai jogar é só o primeiro estágio da doença do backlog. O quadro agudo começa quando você mete na cabeça que tem que zerar todos os jogos do seu backlog para poder ser feliz novamente. Já se sentiu assim? Eu já.

Depois de muito sofrer, acho que encontrei um jeito de fazer as pazes com o meu backlog. Resolvi aceitar que nunca vou zerar aqueles jogos todos; mas pelo menos experimentar aqueles jogos todos, isso sim é viável. Mais do que isso: jogá-los não até zerar, mas até eu estar satisfeito com eles. Se eu testar o jogo e achar ruim, risco da lista e pronto, fora do meu backlog, considero eliminado. Gostei? Jogo enquanto tiver vontade. O jogo é bom, mas falta saco para zerar? Então estou satisfeito com ele, fora do meu backlog também. Que tal?

Comecei a fazer isso no Steam há alguns meses, mas com um detalhe adicional: depois de me considerar satisfeito com o jogo, eu tenho que escrever um review. Se vocês forem lá no meu perfil, vão ver que eu escrevi um monte de reviews nos últimos meses. Aliás, por favor, me adicionem no Steam, eu adoro ver o que meus camaradas retrogamers têm jogado.

64 reviews… 64 reviews… eu paro um pouquinho, descanso pouquinho… 64 reviews. É, eu sou lerdo pra caramba.

Mas e os jogos do GOG? Esses eu estava guardando para a volta do Gagá Games. O esquema é parecido com o do Steam, mas no caso do GOG, para tirar do backlog eu tenho que fazer um post aqui no blog. Com isso, eu espero fazer pelo menos um post sobre TODOS os jogos do meu backlog do GOG. Vai levar séculos, mas vai ser divertido. Ah, sim, estou me limitando aos jogos lançados antes do ano 2000, para ficar no clima retrô.

Por onde começar? Ordem alfabética não, vou acabar jogando vários jogos parecidos em sequência. Ordem cronológica? Não, traria problemas parecidos. Aí bateu a ideia… um método profundamente científico, RNG-based, old-school, dado de 6 faces, Bad Wolf: biscoitinhos da sorte.

Sim, eu disse biscoitinhos da sorte. Quem souber de onde eu tirei isto aqui vai ganhar um pirulito Chocolito Pelota autografado pelo Gagá:

Tem coisa mais retrô-blade-runner do que biscoitinhos da sorte?

Taí o primeiro jogo sorteado do meu backlog do GOG: Gateway to the Savage Frontier. Eu explico melhor no post que virá em breve, mas para quem não conhece, adianto que é um RPG velho pra caramba, daqueles de DOS, da mesma estirpe de Pool of Radiance. Não conhece Pool of Radiance também? Ok, vou preparar uma aula de história para o próximo post, mas vocês encontram um big pacotão desses jogos no GOG: Forgotten Realms The Archives – Collection Two.

Não vou fazer diário de bordo não, porque não tenho mais tempo para isso, mas o Facebook é tão prático, né? Quem quiser, por gentileza, siga o Gagá Games no Facebook porque estou postando fatos e fotos interessantes sobre o jogo enquanto avanço. Diário de bordo de preguiçoso? Sim, é bem por aí mesmo.

E vocês, como lidam com seus backlogs?

GOGó Games: fulminando o backlog do GOG.com

27 ideias sobre “GOGó Games: fulminando o backlog do GOG.com

  • 18/05/2017 em 11:40 am
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    Gagá, seu post relata a mesma coisa que tenho sentido, e pensado sobre, há algum tempo. A solução que tenho pensado é parecida com a sua. Cheguei a pensar em criar um blog, mas sou muito preguiçoso para escrever. ¯\(ツ)/¯

    Vi que você vai usar o biscoito da sorte do Backloggery para decidir as jogatinas. Vou te adicionar lá, OK?

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  • 18/05/2017 em 12:28 pm
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    Chris Savi,

    No Steam eu não parei de comprar, mas no GOG eu diminui a marcha legal há mais de um ano. Eu já tenho vários jogos dos gêneros clássicos: adventures, combate por turnos, RPGs… enquanto não jogar pelo menos alguns dos que tenho lá, não faz sentido comprar mais.

    fredtoy,

    Aê, reconheceu o Backloggery! Ganhou o Chocolito Pelota do Gagá Games ^_^

    Pode adicionar, é até uma boa eu divulgar o meu perfil aqui no blog para o caso de mais alguém usar. Vou ver se faço um post sobre o serviço depois.

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  • 18/05/2017 em 4:20 pm
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    Oi Orakio, sou fã de seu trabalho, legal ver você de volta ao site. Em relação ao tema eu não ligo, sofri muito com essa ansiedade com a minha coleção de jogos em mídia física e superei, com jogos digitais eu já estou preparado. eu compro na promoção, quando der tempo jogo, quando não, paciência. Abraço.

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  • 18/05/2017 em 9:02 pm
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    Esse lance de backlog é curioso. De uns anos pra cá eu prometi a mim msm q só vou comprar o que eu vou querer zerar (digo, com relação ao PS4, pq se for querer zerar tudo q eu tenho de Saturn… XD).

    Só q o meu grande problema é q eu basicamente só jogo J-RPG (e o ocasional Dead or Alive Xtreme, pq sabe como é né…)
    Então praticamente só tenho comprado / jogado uns 5 jogos por ano.
    Pelo menos é econômico XD

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  • 19/05/2017 em 11:46 am
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    Me identifiquei com este post. Eu estou cada vez mais me segurando para não comprar novos games e tentar pelo menos passar pelos games da minha lista.

    Quando eu termino ou jogo o suficiente um game, coloco numa categoria que chamo de “Terminados”. A ideia é colocar lá todos os jogos “lixo” que adquiri. Mas sigo essa mesma ideia de pelo menos experimentar os games.

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  • 19/05/2017 em 4:30 pm
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    JORGE MIASHIKE:
    Em relação ao tema eu não ligo, sofri muito com essa ansiedade com a minha coleção de jogos em mídia física e superei, com jogos digitais eu já estou preparado. eu compro na promoção, quando der tempo jogo, quando não, paciência.

    Eu também não sofro mais não, tô aproveitando para transformar o backlog em algo interessante com esta série de posts por aqui. Mas olha, uma coisa que deixei de fazer MESMO: não compro mais jogos que eu não queira jogar AGORA. Não é neura de backlog não, é que percebi que tava jogando dinheiro fora com essa coisa de “tá na promoção, vou comprar e guardar para jogar… quando?” ^_^ Se eu quero o jogo, então eu quero jogar agora mesmo, né? Comprar jogo digital para guardar não faz muito sentido, até porque as promoções tão sempre voltando, não tem porque a gente ir correndo comprar, he he!

    Mas tem a turma que curte aquela coisa da “coleção digital”, mesmo sem jogar gosta de ter lá a biblioteca, um dia abre e escolhe o que der na telha. Acho isso bacana, nada contra, só não tava funcionando muito bem comigo.

    Jorge Chernicharo:
    Esse lance de backlog é curioso. De uns anos pra cáeu prometi a mim msm q só vou comprar o que eu vou querer zerar (digo, com relação ao PS4, pq se for querer zerar tudo q eu tenho de Saturn… XD).

    Só q o meu grande problema é q eu basicamente só jogo J-RPG (e o ocasional Dead or Alive Xtreme, pq sabe como é né…)
    Então praticamente só tenho comprado / jogado uns 5 jogos por ano.
    Pelo menos é econômico XD

    LOL! É verdade, vais economizar uma grana, meu caro ^_^

    Eu acho que o lance de ter que zerar é que não é muito sadio no backlog. Os games são pra gente se divertir, né? Ficar se forçando a zerar não tá com nada. Por isso eu fiz essa proposta aí de jogar, sim, o backlog inteiro, mas só até ficar satisfeito com cada jogo. Se o jogo for uma droga, você fica satisfeito em cinco minutos e risca do backlog, ponto final.

    Pô, acho que vou começar a oferecer acompanhamento psicológico para a turma que sofre com o backlog 😛

    Fernando Lorenzon:
    Me identifiquei com este post. Eu estou cada vez mais me segurando para não comprar novos games e tentar pelo menos passar pelos games da minha lista.

    Quando eu termino ou jogo o suficiente um game, coloco numa categoria que chamo de “Terminados”. A ideia é colocar lá todos os jogos “lixo” que adquiri. Mas sigo essa mesma ideia de pelo menos experimentar os games.

    É, a nossa abordagem é parecida. Inclusive, a minha lista do Steam tem a categoria “DONE”. Joguei, zerei/enchi o saco, escrevi o review… pronto, categoria DONE e adeus.

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  • 20/05/2017 em 10:35 pm
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    Essas situações com backlog (ou síndrome do labirinto como o pessoal do Projeto Jogatina descreveu) são bem comuns hoje em dia, e tenho vivido isso com minha coleção também. Infelizmente o maior acesso aos jogos que temos hoje em dia é a causa… Daí é preciso foco para jogar todos. Acho muito válido se esforçar para isso, porque é assim que conhecemos jogos incríveis.

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  • 22/05/2017 em 10:42 pm
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    Vc foi bonzinho de citar os backlogs só do Steam/GOG… e os de consoles antigos? E os de plataformas novas? Cara, se pensar a lista é praticamente infinita! hahaha
    Eu ainda tô nessa teima de que tenho que terminar todos meus jogos, ando me arrastando pra terminar Persona 3 (eu gostei do jogo, mas chegou na fase do “encheu o saco” de tantas horas jogadas, saca?), mas tô lá firme e forte pra tentar chegar no fim antes de passar pro próximo da fila. Queria chegar nesse ponto de abstração que vc chegou de jogar até a hora que cansar, mas não consigo, fico sentindo que tô me sabotando de alguma forma, difícil explicar… acho que vc sabe do que estou falando!
    Não tenho muita paciência com Alfacebook, mas vou tentar acompanhar os “diários de bordo de preguiçoso”… rs

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  • Pingback:GOGó Games: Gateway to the Savage Frontier (DOS) – GAGÁ GAMES

  • 23/05/2017 em 7:12 am
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    Lucas Vinício,

    Pois é, muitas vezes a gente não leva a menor fé num jogo, mas aí bota pra rodar e se surpreende. Eu acho que ninguém deveria se forçar a zerar seus jogos, mas acho que todo mundo deveria assumir um compromisso de pelo menos experimentar todos.

    Fernando Lorenzon,

    Opa, grande Fernando! Não sabia que você curtia escrever reviews lá também! Conferi ontem à noite e até deixei uns comentários lá. Bom saber que não sou o único louco que acha Bastion chato pra caramba 🙂

    Cadu,

    Sim, meu caro, eu entendo perfeitamente como você se sente, eu já me senti assim também. E é claro que bate uma satisfação quando a gente zera um jogo, a sensação de “ufa, menos um” é mesmo muito gratificante. Mas no fim das contas, não vale a pena, não vale mesmo.

    A gente sempre quer ter essa sensação de “missão cumprida”. Justamente por isso eu inventei esse esquema de ter que fazer o review de todos os jogos do meu backlog do Steam: fazendo isso, eu criei um objetivo novo para a “missão”. Quando experimento o jogo, escrevo o review e movo o jogo para a categoria “DONE” da minha biblioteca do Steam, bate uma satisfação bem parecida com a que eu tenho ao zerar um jogo; é o “menos um”. Aposto que o mesmo vai acontecer com o meu backlog do GOG. É pura psicologia, he he!

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  • 02/06/2017 em 2:02 pm
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    infelizmente essa vida de adulto só dificulta mais a jogar video game…não ter tempo para jogar… Dificuldades a parte, temos que driblar as responsabilidades, e ao mesmo tempo não fugir delas e assim tendo exito em jogar clássicos da vida gamer…saudades da época do super metroid…jogava e até dormia mais!!!!!valeu

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  • 16/06/2017 em 10:06 pm
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    Eu to com mais de 1000 jogos na lista.

    Gamecube, Wii, WiiU, Ps4, DS, 3DS….
    PC Steam, GOG, UPLAY e Origin e fora as edições físicas. Afinal quando vc passa e ver street fight V a 19,90 em sua edição física vc da um sorriso.

    Sempre digo que vou parar de comprar, mas sempre vem aquela promoção irresistível. Esse ano dei uma parada depois de me formar na faculdade de novo e agora vou passar uns 2 anos aproveitando a vida.

    Minha esposa quer um bb também to tentando adiar, mas como vc deve saber são elas que mandam.

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  • 04/07/2017 em 8:00 am
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    lamartine:
    Minha esposa quer um bb também to tentando adiar, mas como vc deve saber são elas que mandam.

    Mais cedo ou mais tarde você vai cair nessa roubada, he he! Mas olha, tirando o fato de que o meu moleque tá me levando à falência, eu tô adorando a experiência de ser pai. E como trabalho em casa, consigo ficar sempre bem junto do moleque, então é garantido que ele vai zerar o primeiro Phantasy Star antes dos seis anos ^_^

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  • 04/07/2017 em 2:12 pm
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    Orakio Rob, “O Gagá”,

    De 2012 pra cá, já fui pai duas vezes. Sempre por insistência da patroa. Hoje, ela até reclama porque sou o mais preocupado e coruja de todos os pais. Eu respondo: agora aguente, porque a ideia foi sua. Nessa história, eu nem tenho mais como jogar na TV gigante da sala, porque o HT agora é das crianças (só pra ver Netflix/Youtube). Fiquei confinado ao escritório, com reduzidíssimo tempo para jogar (já era pouco). Mas nossos sacrifícios não são impostos, mas sim fruto do próprio instinto, porque passamos a ver a vida de outra maneira: a paternidade se transformou na missão n. 01, e não consigo imaginar nada mais gratificante. Vlw.

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  • 18/07/2017 em 10:22 am
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    Dcnautamarvete,

    É, cara, a vida aqui ficou uma loucura também, mas eu não poderia estar mais feliz com o meu moleque. Ser pai é legal pra caramba!

    O Heitor vê muito Netflix, mas eu sempre fui o cara das madrugadas (dentro de casa), então lá pras onze e tanto da noite a esposa e o moleque vão dormir e eu fico jogando até duas, três da manhã.

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