mm_000Tem gente falando na morte dos RPGs japoneses, ou JRPGs. Se procede ou não eu não sei, embora algumas críticas recentes à extrema linearidade de FFXIII de fato tenham me assustado um pouco. Talvez seja um bom momento para conhecer RPGs ocidentais.

Há alguns meses eu comprei o pacotão Might and Magic lá no Good Old Games. São seis RPGs enormes, e eu ainda não cheguei nem na metade do primeiro 🙂

Eu passei batido pelos RPGs de computador, e por isso a minha formação “RPGzística” foi toda baseada em RPGs japoneses lançados para consoles. Por isso, jogar Might and Magic I está sendo uma experiência muito interessante. Dá para notar claramente as diferenças entre os RPGs ocidentais e os orientais. Vou explicar para vocês como é isso.

Acredito que todos já tenham ao menos dado suas partidinhas de algum jogo da série Final Fantasy. Os RPGs japoneses costumam seguir esse esquema de missão a cumprir > evento que conta um pedaço da história > missão a cumprir > evento… ou seja, em JRPGs, você geralmente passa por um labirinto, enfrenta um chefe e a história é contada em uma sequência  carregada de texto, com muito drama e pouca interação. Os JRPGs costumam ser bastante lineares, e embora geralmente haja um punhado de side-quests opcionais, há claramente uma sequência correta a seguir, do tipo “para entrar na cidade X você precisa do item Y que você ganha derrotando o chefe Z.

Essa foi a primeira diferença que senti em MM1. Quando você começa o jogo, se vê diante de um mundo realmente enorme, e pode ir aonde bem entender, quando estiver afim. Aliás, minto: não dá para atravessar o deserto logo de cara, mas depois que você ganha a magia de voo, pode ir de um canto a outro do mapa sem maiores problemas.

Essa liberdade toda, somada ao fato de que o jogo é em primeira pessoa, torna essencial a criação de um mapa. Conforme você vai traçando o mapa e se encontrando no jogo, vai tendo uma sensação real de descoberta. Só que praticamente não há eventos. Não há cenas emocionantes ao encontrar grandes inimigos, nem longos diálogos com os habitantes de cada cidade — aliás, as cidades são todas bem parecidas. A graça não está em eventos que contam a história, mas sim na forma como você vive essa história e se sente parte do mundo do jogo.

Hein? Como assim! Me leva de volta!!!
Hein? Como assim! Me leva de volta!!!

Vou dar um exemplo fascinante. Ouvi falar em um tal mago Ranalou, e decidi ir atrás dele. Eu podia ir lá quando bem entendesse, não havia nenhum evento que me obrigasse a passar por lá, mas achei que seria uma aventura interessante. Cheguei à caverna do sujeito, no meio do nada. Parece que ele não gosta muito de visitas. Aliás, essa suspeita se confirmou logo no segundo corredor da caverna.

Entrei na caverna e segui por um longo corredor rumo ao norte. Fiz uma curva à esquerda, dei uns três passos, virei para o sul e segui por um longo corredor até… sair por onde eu entrei? Uai, será que eu me confundi? Tentei de novo. Dessa vez, prestei bastante atenção na hora de fazer a curva. Mas deu no mesmo: saí por onde entrei.

Adotei uma estratégia diferente: fiz a curva, dei alguns passos e usei uma magia que mostrava a posição do meu personagem (coordenadas do tipo “2B voltado para o sul”). Eu dava um passo e usava a magia. Aí notei que em um determinado ponto havia uma discreta armadilha mágica, que me fazia voltar ao primeiro corredor, virado na direção da entrada! E sem exibir mensagem nenhuma! Como o corredor é enorme e a ação não para, você nem nota que caiu na armadilha. Que pilantra esse tal de Ranalou!

Sabendo disso, entrei de novo na caverna e saltei o piso que tinha a armadilha mágica. A caverna estava entupida de longos corredores, e volta e meia eu pisava em alguma armadilha que lançava um dardo nos meus personagens, ou que abria as portas para que um monte de criaturas me atacassem.

Cheguei ao último corredor. Deu para notar pelo desenho do mapa que eu estava fazendo, já que o corredor levava ao canto superior esquerdo do mapa. Fui seguindo ligeiramente tenso pelo corredor. Aí vi a porta logo adiante, e parei. Esse Ranalou é um tremendo sacana, melhor não vacilar. Usei a magia de levitação para cruzar aqueles últimos metros, e quando cheguei bem diante da porta:

"Poço escorregadio cheio de espinhos! Salvo pela levitação"
"Poço escorregadio cheio de espinhos! Salvo pela levitação"

Sentiram a sacanagem? Se eu não estive levitando, ia me estrepar todo! Assim eu consegui entrar e levar um lero com esse mago moleque. Além dos seis portais que ele disse que eu poderia usar para me teletransportar para alguns pontos-chave do jogo, havia uma porta misteriosa… uma jaula, na verdade. Quando parei diante dela, surgiu a mensagem:

"Experiência em andamento, não entre!"
"Experiência em andamento, não entre!"

Podem me chamar de velho medroso, mas eu não entrei mesmo. Fiquei me pelando de medo. O jogo não tem save (só nas cidades), e conhecendo esse mago como eu já conheço, no mínimo uma criatura de três cabeças ia me transformar em chiclete com algumas pauladas. Tá doido, deixa o bicho quieto!

É isso que é tão fascinante nos RPGs ocidentais. Sem usar eventos, contando apenas com elementos naturais da jogabilidade, eles construíram a personalidade de um mago, e fizeram com que eu me sentisse no covil dele, pensando como pensaria se estivesse lá de verdade. Eu não fiquei assistindo as coisas acontecerem, eu fui parte dos acontecimentos. Em Might and Magic o foco não está na trama, mas na experiência.

E então, RPGs americanos são melhores que os japoneses? Isso é relativo, depende do gosto de cada um. Mas se, como eu, você nunca jogou um bom RPG de computador e anda meio cansado da velha fórmula dos JRPGs, encare um Might and Magic ou um Fallout da vida. Você vai se surpreender.

Lições de RPG com o mago Ranalou em “Might and Magic”
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36 ideias sobre “Lições de RPG com o mago Ranalou em “Might and Magic”

  • 06/01/2010 em 8:04 am
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    os RPGS americanos seguem mais o estilo dos RPGS de livro (que inclusive eu adoro) o último Us-RPG que joguei foi Neverwinter Nights que é maravilhoso embora seja um pouco mais recente. Os J-RPGS possuem uma história mais específica mesmo e não te dá tanta liberdade de criação e de jogo em si, mas em compensação ganham pelo visual (os personagens são muito bem planejados, embora a atual tendência seja eles parecerem meninas e serem meio maricas (leia-se Final Fantasy 7-8-9-10-12)

    Sou bastante fã de rpgs americanos, até porque o primeiro RPG que joguei de verdade foi Diablo 1

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  • 06/01/2010 em 9:46 am
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    Legal esse post, eu não conhecia Might and Magic e realmente parece mto bom. Vou começar a tentar alguns desses jogos.

    Na minha opinião, a falta de eventos nos uRPGs é um charme, afinal você se sente realmente no mundo do jogo e pode imaginar e interpretar a história da maneira como quiser. Não é a toa que o Mario é o personagem da Nintendo menos elaborado – a falta de personalidade é o que o aproxima ao jogador, pois assim um jogador pode refletir sua própria personalidade no Mario.

    Já nos jRPGs, com excessão do primeiro Dragon Quest, você se sente mais como um telespectador do que um jogador, tem casos onde você quer fazer algo sem noção mas o jogo te impede de prosseguir. Num RPG de mesa, a grande sacada era construir o seu personagem do jeito que quiser, podendo ser um herói tradicional ou até um vilão pilantra, mas nos jRPGs vocÊ não possui essa liberdade.

    Mas isso não faz os RPGs japoneses ruim, afinal é bem divertido controlar uma história interativa e acompanhar a evolução do mesmo. Esses dias comecei Final Fantasy X e tô curtindo mto esse game, o enredo é muito bom, e os eventos interessantes. Pena que o protagonista parece uma moçoila…

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  • 06/01/2010 em 10:48 am
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    Realmente a diferença é enorme. Sempre vi meu irmão jogar esses rpgs americanos e nunca consegui me adaptar a eles, mas a experiência é tão visível e completa que passava horas simplesmente assistindo a jogatina. Era o famoso jogar de dois um jogo de um.

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  • 06/01/2010 em 10:55 am
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    Eu demorei muito mais a me adaptar aos Us-RPG’s, justamente por essa liberdade que eles proporcionam. Tanto é que, no meu “curriculo gamer”, eu tenho muito mais JRPG’s terminados do que Us-RPG’s. Mas é exatamente como o Orakio relatou: Não existe a história de que JRPG’s são melhores, nem o contrário. Isso depende muito do jogador.

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  • 06/01/2010 em 11:45 am
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    Eu jogava esse jogo no meu 386, a muuuuuitos anos atrás. E, o mais legal, quando eu jogava, esse jogo já era bem velhinho (originalmente pra PC-XT).

    É bem parecido com RPG de mesa mesmo. Lembro que eu tive dificuldades pra jogar Phantasy Star, no início, porque tava acostumado com jogos assim.

    E eu não me lembrava mais do mago!

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  • 06/01/2010 em 12:03 pm
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    Gostei demais do Post, adoro RPG´s deste estilo de Might & Magic. Você poder “criar” seu personagem é impagável. Eu curto muito D&D apesar de não jogar há muitos anos, e esse é o estilo de RPG que os norte americanos gostam. Deu até vontade de jogar neverwinter nights que o Lord Heizel citou ai em cima, é outro RPG bonito e bom que existe perdido por aí!

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  • 06/01/2010 em 12:53 pm
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    Acho que você não foi feliz no seu exemplo.

    Já que essa aventura com o mago poderia tanto ocorrer em um rpg mais “livre, leve e solto”, quanto num rpg mais linear. O que difere aí é a trama (intriga) do mago da história dele, é o personagem. Então, palmas para quem teve a imaginação de criar essa intriga em torno dele. Mas poderia ser feito em qualquer tipo de rpg. Ou não poderia ser, por exemplo, num rpg linear?

    O que eu não gosto em rpg linear é como foi feito em Breath fo Fire ( o primeiro lançado pro Playstation)

    O que eu gostei em Phantasy Star é que ele é linear, só que você fica “perdido”.

    Mas o bom destes rpgs são os personagens e aí é que tá. Os personagens servem às tramas. Sem trama não tem personagem, são criados para se encaixar nela. E os rpgs mais soltos, (os que você pode construir o personagem), fica uma trama mais livre, portanto mais fraca. E isso é sentido nos personagens principais.

    Sei lá, nos rpgs ocidentais eu sinto uma falta de me identificar com o personagem principal. São rasos.

    Nos orientais, mesmo que tenha aquele papo de adolescentes e tal (que não curto), você tem ao menos coadjuvantes interessantes. A direção de arte legal, etc.

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  • 06/01/2010 em 1:17 pm
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    @Leandro Moraes
    Cara, eu já acho completamente o contrário, acho que com um personagem mais aberto como dos RPGs americanos você tem uma imersão maior, uma vez que você coloca a sua personalidade nele ou até mesmo atua com outra personalidade.. Eu fazia muito isso no Neverwinter Nights, atuava e isso é o legal dos uRPGS (herança dos rpgs de livro)

    os personagens orientais já vem com o destino marcado na trama e o jogador só interfere em uma decisão ou outra, uma fala ou outra.. no Neverwinter Nights por exemplo e no Fable as suas decisões mudam completamente o rumo do jogo, esse é o ponto dos uRPGS.

    Mas eu sou fã dos dois estilos, não sou um fanático por rpgs (na verdade é o genero de game que menos jogo) só não curto mesmo aqueles rpgs online que não tem objetivo algum

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  • 06/01/2010 em 2:26 pm
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    É muito bom termos essa variedade nos RPGs. O Leandro se identifica mais com os personagens dos JRPGs, outros preferem os personagens mais vagos dos RPGs ocidentais… que bom que tem para todo mundo!

    Eu ando muito interessado nesses RPGs ocidentais, porque não conheço muito bem. Fiquei fascinado com o Might & Magic, já desenhei uma pregada de mapas! Comprei o Fallout no GOG.com (ainda nem joguei) e ando de olho no “Planescape: Torment”.

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  • 06/01/2010 em 5:04 pm
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    Pra quem gosta ou quer começar a jogar URpgs no estilo do citado no post, recomendo um recente chamado Oblivion que é da serie The Elder Scrolls, e pra quem gosta de um universo futurista tem o Fallout3 tb, jogos recentes com graficos excelentes.

    Da Bioware, vide Baldurs Gate, joguei um excelente chamado Planescape Torment, baseado num mundo especifico de DnD. Mas não sei se nesses jogos a liberdade é tanta como num RPG estilo o Might and Magic.

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  • 06/01/2010 em 5:46 pm
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    Bem interessante esse post! 15 anos atrás, eu comecei a jogar rpg de mesa, com Heroquest(pra iniciantes, bem simples) depois joguei um pouco D&D, mas logo parei. Engraçado é que nunca joguei esse estilo de rpg, só os Final Fantasy’s da vida. Alguém indica algum legal pra PS2? Também fiquei curioso! Valeu!

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  • 06/01/2010 em 6:06 pm
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    Pô , Tô vendo em um montão de lugares o pessoal só reclamando e muito da “linearidade” de FFXIII (lógico que vou esperar a versão americana para conferir eu mesmo) . Mas desde FFX não aparece nada realmente empolgante desta série : FFX-2 , esqueça , spin-offs , esqueça , FFXI (deveria se chamar Final Fantasy On-line e não XI , não é colecionável) , FFXII , esse foi a minha maior decepção , esperava um RPG arrasa-quarteirão e me aparece aquela coisa mal-resolvida com aquele enredo frouxo) , tudo bem que gráficos , música e batalhas são até legais , mas faltou algo , não achei divertidos iguais aos outros (e olha que gostei até do Mystic Quest , mesmo que fraquinho) . Espero que o XIII não seja outra decepção …

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  • 06/01/2010 em 7:03 pm
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    Gosto de ambos os tipos de RPGs (JRPGs e RPGs ocidentais) mesmo que eu tenha jogado mais os jogos japoneses. O primeiro Diablo eu joguei muito no passado, e é um game que pretendo falar mais sobre ele na minha coluna aqui no Gagá, o “Recordar é envelhecer”, em um futuro próximo. É um bom exemplo de como um RPG ocidental pode ser extramente divertido e viciante.

    Dos RPGs ocidentais mais atuais que quero poder jogar um dia está o Fallout 3: este eu vi meu irmão jogando-o em seu pc, que é mil vezes melhor do que o meu, e parece ser mesmo um game fantástico!

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  • 06/01/2010 em 9:52 pm
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    Velho, sensacional! Isso me lembra sabe o que? GURPS!! Para quem nao sabe: Generic Universal Role Playing System, um sistema de RPG de mesa criado pelo gênio Steve Jackson, que é considerado o mais perfeito sistema de RPGs ja criado devido ao seu detalhismo, abrangência e possibilidades ilimitadas.
    Eu joguei GURPS demais!! Adorava aquele estilo de jogo onde agente encarnava o personagem e se aventurava em tudo quanto é tipo de aventura!
    Não havia linearidade alguma, apenas sabíamos o que tinha que ser feito e seguíamos pistas conseguidas durante a narração da aventura.

    Eu acho que os RPG’s americanos seguiram essa linha de estilo, aproveitando-se da popularidade que esse tipo de jogo de mesa tinha em épocas mais passadas, e por isso são tão diferentes dos RPG’s japoneses.

    A verdade é que se fossem colocados na minha frente 3 possibilidades: 1- rpg japa,
    2- rpg americano,
    3- rpg de mesa,
    Eu iria correndo para a 3 sem dúvida, nada supera a sensação de realidade e imersão desta modalidade!

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  • 06/01/2010 em 10:02 pm
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    @Sabat
    Eu tinha o GURPS… e tinha D&D, e tinha o Shadowrun… li todos os livros quinhentas vezes, achava o máximo. Mas jogar RPG mesmo, acho que só joguei umas duas vezes 🙂

    Eu sou meio tímido para entrar no personagem, e para jogar RPG tem que soltar a franga. Mas curto muito os livros. Especialmente o Shadowrun.

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  • 06/01/2010 em 10:10 pm
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    O Lodoss War de DC realmente é excelente, acho que o melhor jogo no estilo Diablo que já joguei. E foi bem lembrado aí em cima, Phantasy Star 1 é um JRPG e deixa consideravelmente de ser linear na metade do jogo (mesmo que volte a ser perto do final), o que me faz reafirmar que ele é o melhor RPG que já joguei.
    Sobre os RPGs americanos, pra mim foi um choque jogar Morrowind. Aquele jogo é tão grande, mas TÃO grande, que agora que eu voltei a jogar direito para terminar eu estou até com medo de jogar Oblivion a sério como eu iria fazer depois. Mas entra aí a divergência entre os dois estilos, porque essa liberdade que o jogo te dá não é bem aproveitada com uma história boa e personagens marcantes como nos jogos japas. Não tem um único NPC no jogo que chegue perto do desenvolvimento de personagens de JRPG.
    Isso é uma barreira que, quando for quebrada direito por alguma produtora, vai fazer surgir um dos jogos mais bem conceituados do gênero. Podem anotar.

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  • 06/01/2010 em 10:46 pm
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    @Washington
    rsrsrs Mystic Quest, pode crer todo mundo malha esse jogo, mas eu simplesmente adoro! É bem RPG for dummies mas eu achava mto divertido. Vou ver se jogo ele novamente em breve, deu até saudades.

    Eu tava vendo na wikipedia, tem muito uRPG que foi parar nos consoles tb. Tem Wizardry para SNES, Ultima e alguns Might & Magic tb. Tô baixando esse Wizardry pra ver como é.

    @Sabat
    Gurps é muito bom! Jogava direto. E concordo: nada substitui a sensação de interpretar um personagem com os amigos reunidos em uma mesa, enquanto o mestre do jogo fica narrando a trama. RPG de mesa é o melhor!

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  • 07/01/2010 em 7:26 am
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    Acredito que jogo é um jogo, apesar de achar que existe uma tendência: RPGs orientais são tendentes a ser mais lineares, porém nem sempre são completamente lineares (como o já citado Phantasy Star I, meu primeiro RPG eletrônico, Dragon Quest I, Tales of Phantasia, em que a partir de uma certa parte você pode fazer MUITA coisa sem ser obrigado pela história). No caso dos RPGs Ocidentais, um dos maiores exemplos foi Silver, que até onde joguei é um dos RPGs mais lineares que já vi, não devendo nada aos JRPGs. Existe uma porcentagem de linearidade em cada jogo um pouco de liberdade (ou muita). Apesar de que falando em maioria, é como a galera diz: jRPG é linear e ocidentalRPG não.

    Notei que um dos jogos mais não-lineares do mundo não foi citado (apesar de suas continuações terem sido). Alguém conhece The Elder Scrolls: Daggerfall? MINHA NOSSA O QUE É AQUILO!!! Eu tenho que escrever uma matéria sobre este jogo! Provavelmente é um dos RPGs mais não-lineares do mundo! E Baldurs Gate é um jogo não-linear muito bom mesmo, os personagens que você encontra no caminho são carismáticos pra caramba SPOILER quem não achou genial a cena em que, do nada, aparece Melicamp, a galinha falante e você deve ajuda-lo a voltar a normal? Quer dizer, eu me assustei quando vi que a galinha podia falar mais do que ´´có´´! SPOILER

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  • 07/01/2010 em 7:59 am
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    Rapaz… Li as duas matérias de Might And Magic e fui tentar achar o pacotão para baixar de graça mas ñ consegui XD

    Lendo esse post foi imersão total, me senti lá no calabouço do mago sendo q nem sou eu q esta jogando.

    Como o ‘J.F. Souza’ disse, faz um diário de bordo pelo amor de deus O-O

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  • 07/01/2010 em 11:39 am
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    André “Caduco” Breder :

    Elielson :
    Bem interessante esse post! 15 anos atrás, eu comecei a jogar rpg de mesa, com Heroquest…

    Putz! Heroquest!!! Joguei muito esta “bagaça” em meados de 1993/1994! Foi também meu início no mundo dos RPGs de mesa. Depois tive contato com outros como Vampiro: A Máscara, que era um dos
    meus preferidos.

    Tem uma versão de Heroquest pra PC, eu encontrei no google, é bem o estilo “tabuleiro”! Já viram?

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  • 08/01/2010 em 12:18 am
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    Heroquest… tinha o jogo mas nunca joguei, na época era jovem e impaciente demais pra sequer ler o manual. A única coisa dele que me sobrou foram os dois dados vermelhos.

    Falando nos RPGs agora, acho que tem hora pra tudo. Por exemplo, me diverti muito jogando o Final Fantasy VIII há um tempinho, que é totalmente linear, e me diverti mais ainda jogando Elder Scrolls III, morrowind, onde fiz um guerreiro bom de lábia e que, depois que cansei, transformei em mago.

    Muito bom!

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  • 08/01/2010 em 8:50 am
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    Andei lendo na Wikipedia, e parece que o primeiro RPG de console saiu no Atari 2600! Se chamava Dragonstomper (http://en.wikipedia.org/wiki/Dragonstomper). Para um jogo do atari, é bem complexo, tem batalha de turnos, lojas para comprar equipamentos, só não tem sistema de experiência como se vê no Dragon Quest e Final Fantasy.

    Além disso, elogiam muito o jogo pois existem duas ou mais possibilidades para solucionar um problema. Tem uma parte do jogo onde há uma ponte e um guarda a protege. VocÊ pode procurar por um ID pass para passar tranquilamente, ou juntar dinheiro e subornar o guarda. Parece no mínimo interessante. Segue ae como sugestão!

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  • 08/01/2010 em 1:34 pm
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    Adinan :

    Andei lendo na Wikipedia, e parece que o primeiro RPG de console saiu no Atari 2600! Se chamava Dragonstomper (http://en.wikipedia.org/wiki/Dragonstomper). Para um jogo do atari, é bem complexo, tem batalha de turnos, lojas para comprar equipamentos, só não tem sistema de experiência como se vê no Dragon Quest e Final Fantasy.

    Além disso, elogiam muito o jogo pois existem duas ou mais possibilidades para solucionar um problema. Tem uma parte do jogo onde há uma ponte e um guarda a protege. VocÊ pode procurar por um ID pass para passar tranquilamente, ou juntar dinheiro e subornar o guarda. Parece no mínimo interessante. Segue ae como sugestão!

    E bota interessante nisso! Vou procurar depois saber mais sobre este game.

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  • 08/01/2010 em 4:23 pm
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    Ah, eu também tinha Hero Quest. Esse até joguei algumas vezes… eu adorava colecionar essas coisas de RPG. Até pouco tempo eu tinha vários complementos de AD&D e Shadowrun, tipo Forgotten Realms e Denver.

    @Adinan
    Esse negócio de primeiro RPG é meio controverso, porque nem se sabe ao certo como definir o que seja um RPG… uns dizem que precisa ter níveis de experiência, outros que é preciso atender a outros critérios… então acabo me interessando por todos os “primeiros”, porque todos tem ao menos um pouquinho de RPG. Esse aí eu nem conhecia, vou dar uma espiada.

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  • 08/01/2010 em 4:48 pm
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    @Orakio Rob, “O Gagá”
    Pois é, concordo com você. Eu até escrevi “parece” porque realmente é meio controverso definir qual foi o primeiro RPG. Na Wikipédia, eles afirmam isso com base neste outro artigo da Gamespot (http://www.gamespot.com/features/vgs/universal/rpg_hs/first.html). Lá eles mencionam também um tal de Black Onyx que lembra bastante o estilo do Might and Magic.

    Segue ae o artigo da wikipédia: http://en.wikipedia.org/wiki/Console_RPG

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  • 11/01/2010 em 1:09 pm
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    @Alberto Silva
    De fato, Oblivion segue bastante o estilo americano de RPGs eletrônicos. To jogando ele agora e cara, que jogo perfeito. Estou com mais de 100 horas de jogo e mal comecei a quest principal, aliás a segunda quest da linha principal eu peguei quando estava com 89 horas de jogo, ou seja, foram 89 horas SÓ DE SIDE QUESTS, isso que é liberdade.

    Se tem algo que me orgulho é de gostar dos dois estilos de RPG. Sou louco por Final Fantasy, Chrono Trigger, Tales of (coloque qualquer nome aqui) mas também sou fã de Elder Scrolls, Might&Magic, Baldur’s Gate, Neverwinte Nights, etc.

    Ainda vou ver o dia em que haverá um jogo que una o melhor dos dois mundos, a liberdade dos rpgs ocidentais com a forma cinematográfica de contar história dos orientais.

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