Após alguns dias sem poder comparecer à praça para jogar gamão, retorno com um pequeno review de um jogo deveras interessante.

Tela principal
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Quando penso em Batman hoje, surgem duas imagens em minha cabeça. O clima punk gótico do cenário do homem-morcego. Sabem aquela impressão de que é sempre noite em Gotham City? Pois então. Não é como Nova Iorque, São Paulo ou outras metrópoles cosmopolitas que nunca dormem. Decerto que Gotham cochila e repousa profundamente. Durante o dia. Tudo lá acontece na penumbra, após o crepúsculo e antes do alvorecer.

O gótico é algo que sempre esteve presente em suas desventuras. O aspecto punk também, mas acredito que foi melhor referenciado em um filme mais recente cujo vilão principal, Coringa (também conhecido por Joker, ou palhaço) é o emblema da anarquia de Gotham persistente até naquele que a protege. Afinal, o Batman tem tantos problemas quanto seus adversários mais temíveis. Em seus filmes, podemos perceber a fotografia soturna persistente desde aqueles dirigidos por Tim Burton e, dentre eles, aquele que inspirou o jogo em questão aqui.

Morcego contra Gata numa fase de plataforma.
Homem-Morcego contra Mulher-Gato no topo de um edifício de Gotham.

Jogos baseados em filmes dificilmente são bons. Para ficar em somente um exemplo gagá, poderia citar todos os relacionados à série De Volta Para o Futuro lançados para o NES. Embora aqueles lançados para Master System e Mega Drive também possam ser vistos de modo semelhante. A dificuldade de alguns varia indo desde um jogo do Barney até Strider possuindo, quase que como regra geral, um final digno de figurarem neste video. É claro que falo de dificuldade na jogabilidade e não naquela força de vontade tremenda necessária para conseguir segurar o controle e não vomitar. Bom, voltando, este Batman Returns tem seus pontos fortes e fracos que instigam e desanimam a jogatina.

Em seu som e imagem, este jogo mantém o clima e a ambientação já comentada acima. Baseado no melhor filme sobre o Batman (afinal, aquele que saiu ainda este ano é um filme do Coringa caso não tenham percebido), ele consegue prender a atenção pelos gráficos, pela dificuldade e pela música. A música desse jogo é sensacional. Por exemplo, na primeira fase ela vai tendo uma mudança que, quando chega na chefona, vira um rock que casa muito bem com a cena em questão.

Pilotando uma supermáquina.
Pilotando uma supermáquina.

Uma característica muito importante é que ele possui dois tipos diferentes de fases. Uma na qual o jogador controla o Bat-móvel nas ruas de Gotham em direção a outras fases. Estas são de plataforma na qual o herói é controlado diretamente na derrubada de vilões como, por exemplo, a Mulher-Gato. E não é somente isso. Pensando naqueles que prefeririam um ou outro estilo, os desenvolvedores optaram por uma singela opção na qual pode-se escolher jogar todas as fases, somente as de plataforma, ou somente as de veículo. Importante para que algumas pessoas não se afastem do jogo por detestarem a jogabilidade de um estilo ou de outro.

Vamos então aos pontos fracos. A comparação deste com o clássico Batman de Mega Drive é impossível de não ser feita. A dificuldade de ambos está no mesmo nível e requer não só habilidade, mas paciência e economia para chegar até o final. Acredite, aqueles bumerangues pêgos no começo da fase farão falta mais à frente se usá-los à toa ou se errarem o alvo.

Um bumerangue!
Um bumerangue!

Em suma, este jogo é um exemplo de que jogos baseados em bons filmes podem ser… Interessantes. Particularmente, me diverti mais vendo o filme do que jogando. O que não quer dizer que ele seja ruim. As fases de plataforma (e até aquelas com o Bat-móvel) são muito divertidas e me consumiram muito tempo para passá-las. Mas ao conseguir, fica aquela boa sensação de que valeu a pena. Talvez sensação semelhante ao do nosso homem-morcego sem nenhum super-poder (a não ser a carteira sobrecarregada) que enfrenta tantos problemas noturnos e diurnos. É um jogo desafiador, mas não sacana como o Syobon Action (também conhecido como Cat Mario). Todavia, fica aquela ressalva. Se o jogo for visto como uma mídia alternativa de uma aventura de um herói ele é ótimo; agora, como adaptação de um filme, deixa um pouco a desejar. Depende do que você procura.

Não gosto muito de deixar imagens de fases mais avançadas, mas aí vai uma logo do começo da segunda de plataforma. Só para dar um gostinho.

E ele não escorrega?...
E ele não escorrega?...

“Let’s vamos!”. E até o próximo post.

Batman Returns (Sega CD)
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3 ideias sobre “Batman Returns (Sega CD)

  • 15/12/2008 em 8:56 am
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    Parece interessante… eu gostava muito do Batman de Mega Drive. A versão de Batman Returns para SNES era da Konami e também era legal, mas o meu Batman favorito é o primeiro do NES, feito pela Sunsoft. Beleza de jogo. Ralei MUITO para zerar.

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  • 15/12/2008 em 1:45 pm
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    Quando eu vejo esse game do Batman, me vem logo na cabeça a HQ do Cavaleiro das Trevas, Eu acho que tenho a versão protótipo desse jogo, é a mesma coisa, mas não tem musica se não me engano. Por sinal, eu adoro as musicas desse game, eu peguei do proprio CD original do SEGA CD, e ainda hoje me inspira na escrever algumas coisas referentes a super herois…

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