E aí rapaziada, como vão? Faz tempo que não apareço por aqui, não? Mas isso vai mudar daqui pra frente!

Há um tempo eu mencionei que começaria um novo Diário de Bordo, uma espécie de registro de eventos em algum jogo, certamente RPG. E hoje estou aqui inaugurando o novo Diário de Bordo, dessa vez de um clássico inquestionável de NES, mas que foi portado para SNES com muito esmero… Ao longo dos dias, tentarei postar meus avanços, batalhas, itens conseguidos e cidades alcançadas.

O jogo escolhido foi Dragon Quest, o primeiro da série, versão refeita para SNES, traduzida por fãs para o inglês. O jogo é muito bonito, simples e aparentemente amigável. Vale dizer que o único Dragon Quest que joguei até o fim foi a oitava versão, para PS2. Dos outros eu não conheço NADA!! Então, sem mais delongas, vamos começar logo essa aventura.

Capítulo 1 Descobrindo a História de Dragon Quest


Rei: Ah Cosmão, descendente do lendário guerreiro Roto! Estávamos aguardando sua chegada. Há muito tempo, o lendário guerreiro Roto recebeu a Ball of Light dos deuses. Com seus poderes, ele varreu o mundo dos monstros que tomavam conta do mesmo.


Então, o maléfico King Dragon apareceu, roubou a Ball of Light e a aprisionou na escuridão. Tempos depois, o mundo inteiro foi envolvido e destruído por essa escuridão…

Herói Cosmão, por favor, destrua o King Dragon e resgate a Ball of Light, não importa como! Se abrir os baús aqui, encontrará itens importantes que vão te ajudar na jornada. Ainda assim, se falar com os soldados nesta sala, eles revelarão importantes coisas sobre a sua aventura.

E assim começava uma saga das mais prestigiadas em todo o mundo, a saga de Dragon Quest, ou Dragon Warrior, como queiram. Um começo simples, sem muita abertura, sem muita enrolação, com um Rei falando tudo que estava acontecendo e depositando toda sua confiança em um pobre homem que, por ser descendente de um importante guerreiro no passado, acabou por herdar tamanha responsabilidade sem nem ao menos questionar nada.

Era assim antigamente. Os jogos vinham até nós e nos pregavam na cara os objetivos. Sem frescuras, sua meta é resgatar a Ball of Light, matar o Dragão e salvar o mundo. Ponto. Ah, que saudades de enredos simples assim…

Bom, começamos nossa aventura seguindo os comandos do rei. Mas rei do quê? E o que seria essa Ball of Light? E esse Dragão aí? As perguntas são muitas, as respostas, infelizmente escassas. A primeira coisa é pegar as três coisas nos baús dali, como ordenou o rei: 120 gold, uma tocha (Torch) e uma Magic Key. Em Dragon Quest, principalmente neste primeiro, não bastava chegar perto de alguém ou alguma coisa e apertar algum botão. Era preciso escolher uma ação, tal como nos RPGs mais velhos. Para abrir baús, escolhe-se SEARCH. Para portas, a opção é DOOR.

De posse dos três itens, vamos conversar com os guardas, como indicou o rei. Para conversar, basta encostar em algum personagem e escolher a opção TALK! Converso com o primeiro carinha ali, um NPC (non playable character, personagem não jogável) vestindo uma roupa verde e capa vermelha:

NPC: Cosmão, conhece a princesa Laura? Pois bem, Laura é a única e amada filha do Rei. Quando a Rainha faleceu, a princesa ajudou a confortar o coração do Rei. E então, há menos de um ano, a princesa foi raptada por demônios. O Rei nem sequer fala no assunto, mas eu imagino sua profunda tristeza…Cosmão, por favor, vá em frente e resgate a Princesa Laura!

Uau! Quantas revelações em dois simples diálogos! Já tenho que matar um dragão, pegar de volta a Ball of Light e salvar uma princesa. Tenho até medo de conversar com mais alguém nesse jogo….

Guarda 1: Quando sair do castelo, você verá uma cidade… nela poderá comprar itens como armaduras e armas. Além disso, se você se sentir cansado, poderá voltar e dormir no INN para repor as energias.

Guarda 2: A Magic Key só serve para abrir uma porta. Após o uso, ela será descartada.

Algumas informações úteis, até que enfim. Já sou obrigado a usar a Magic Key na porta do castelo, pra poder sair. Desci as escadas e finalmente estou na primeira cidade do jogo. Os guardas de fora me contam que o Rei pode salvar meu progresso a qualquer momento. Ótimo! O local se chama Castelo Radatome (Radatome Castle), e muitas pessoas vinham pra cá antigamente pensando ser o paraíso. Mas aí surgiram os monstros e demônios e o resto já é sabido.

Dei uma volta pela cidade e encontrei portas trancadas, onde precisarei de uma Magic Key pra entrar. Verificando os potes de barro do lado direito, achei uma Medical Herb ali. Logo abaixo, um velhinho com pinta de mago conversou comigo, falou umas palavras estranhas e a tela brilhou. Provavelmente ele recupera as energias ou meu MP.

A conversa sinistra do mago

Saindo do Castelo Radatome, cheguei na cidade de Radatome propriamente. Ela fica logo ao lado, é uma cidadezinha agradável, bem no clima das cidades de RPGs antigos, como Phantasy Star, por exemplo. Ali já encontrei a primeira loja com itens interessantes, como a Copper Sword por 180 mangos, que aumenta em 10 pontos o meu ataque. Comprei um Leather Shield por 90 e a Plain Clothes por 20 gold também.

Saindo do Castelo Radatome, dá pra ver que o visual do jogo é muito bonito, ao lado, a primeira loja e as primeiras compras

A cidade ainda conta com um INN (por 3 gold a noite) e um local pra depositar dinheiro ou itens. Ali mesmo tem outra porta trancada com um guerreiro dentro dela, já vi que vou ter que acumular uma boa quantia de chaves nesse jogo. Ao lado conversei com uma menina que passou a me seguir feito louca. Ela disse que sou bonito e que não vai tirar os olhos de mim…..Acho que estou gostando dessa história de ser descendente de um herói!

Enfim, mais ao alto um carinha comenta sobre uma cidade que vende Magic Keys. Com mais nada de interessante pra fazer ali, saí e fui fazer uma graninha com os inimigos locais (a maioria Slimes e Red Slimes). Juntei uma boa grana (185G), cheguei ao level 5 e conquistei as primeiras magias, Heal e Fireball. Voltei até Radatome e comprei a Copper Sword e a Leather Clothes, finalizando minhas compras nessa cidade.

O sistema de batalha, mesmo arcaico, é muito eficaz e nostálgico pra qualquer jogador de RPG. Ao lado, a menina me seguindo pela cidade
Voltei ao Castelo Radatome, falei com o rei e salvei meu progresso. No próximo capítulo, armado com a nova espada e bem reforçado na armadura, sairei em busca de novas informações sobre a princesa em novas cidades.
Diário de Bordo: Dragon Quest, 04/03/2011
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17 ideias sobre “Diário de Bordo: Dragon Quest, 04/03/2011

  • 10/03/2011 em 7:33 am
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    Nunca fui um jogador de RPG,embora goste muito de alguns títulos, mas vou admitir que o seu diário ficou quase didático,muito bom, talvez eu tente jogar mais seriemente um Phantasy Star(exceto o 3 ha ha ha) ou quem sabe este Dragon Quest já que com seu Diário ficaria mais fácil pra mim que sou beginner em RPG´s.Abraço.

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  • 10/03/2011 em 12:36 pm
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    Joguei Dragon Warrior em um emulador de NES pro PSOne, passei umas 6h diretas jogando até descobrir que o emulador não salvava!!

    Depois peguei a versão de SNES e joguei freneticamente até o fim! Gosto muito da simplicidade e siceridade desse jogo, é extremamente cativante por causa dessas duas coisas e, claro pela fenomenal trilha sonora!

    Só uma dica, na versão de SNES dá pra você usar um dos botões de cima, não sei se L ou R, como botão de ação, sem necessidade de entrar no menu para escolher a ação a ser feita. Coisas que a modernidade do SNES nos trouxe, hehehe; de qqer forma para jogar o mais oldschool possível é só usar os comandos do menu mesmo.

    Outra coisa, não recomendo a versão de NES, pq é difícil pra burro!

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  • 10/03/2011 em 1:10 pm
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    Paladino222 :

    O único dragon quest que eu terminei foi o V e pra mim até agora é o melhor!
    Lord Papas Aproves!

    Gorin :

    Joguei Dragon Warrior em um emulador de NES pro PSOne, passei umas 6h diretas jogando até descobrir que o emulador não salvava!!

    Depois peguei a versão de SNES e joguei freneticamente até o fim! Gosto muito da simplicidade e siceridade desse jogo, é extremamente cativante por causa dessas duas coisas e, claro pela fenomenal trilha sonora!

    Só uma dica, na versão de SNES dá pra você usar um dos botões de cima, não sei se L ou R, como botão de ação, sem necessidade de entrar no menu para escolher a ação a ser feita. Coisas que a modernidade do SNES nos trouxe, hehehe; de qqer forma para jogar o mais oldschool possível é só usar os comandos do menu mesmo.

    Outra coisa, não recomendo a versão de NES, pq é difícil pra burro!

    Li muito que DQ3 é excelente, mas, depois de terminar esse primeiro, quero partir pro segundo, mas não logo em seguida, senão fica cansativo.

    Eu manjei esses botões L/R quase no final do game, acredita? Ainda bem que não é nada primordial no jogo, senão eu tava lascado…

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  • 10/03/2011 em 4:19 pm
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    Oba! Um diário de bordo de um jogo em que eu já terminei! Vai ser bom relembrar e comparar as pequenas diferenças com a versão do NES que eu joguei.

    Por ser um jogo que iniciou um gênero (J-RPG) é claro que tem seus defeitinhos, mas que também dão um certo charme, como essa história de usar o menu o tempo todo. Ao todo, é um game muito simpático, uma legítima aventura, muito sincera como disseram acima. Ótima escolha!

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  • 10/03/2011 em 8:16 pm
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    Hum… Nota mental : Preciso retomar meus saves de Dragon Quest I. Sim, saves no plural. Tava jogando a versão de NES e SNES ao mesmo tempo, pra ver as diferenças e não sei se é o “retrogaming way of life” que tá entranhado em mim, mas eu andei curtindo mais a versão de Nintendinho ! (oO)

    Também nunca tinha jogado nenhum Dragon Quest, comecei pelo primeirão mesmo pra iniciar com chave de ouro ! 😀

    Eu achei a mecânica do game bem interessante, e vários outros detalhes legais como a necessidade de se ter uma tocha para entrar nas dungeons e a dificuldade é instigante.

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  • 10/03/2011 em 10:10 pm
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    Assim como você Cosmão, o único Dragon Quest que joguei até o final foi o VIII, lançado para o PlayStation 2… meu, que beleza de jogo! Ele combina perfeitamente gráficos e sonoridade de última geração (tudo bem, da geração passada, whatever…) mas conta com um sistema simples e direto, bem nos moldes dos RPGs clássicos dos consoles de 8 e 16 Bits. Parace até um remake de um RPG antigo, de tão clássico que é.

    Bem, boa sorte em mais este diário e seja bem vindo novamente ao blog!

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  • 10/03/2011 em 10:18 pm
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    Onyas :

    Oba! Um diário de bordo de um jogo em que eu já terminei! Vai ser bom relembrar e comparar as pequenas diferenças com a versão do NES que eu joguei.

    Por ser um jogo que iniciou um gênero (J-RPG) é claro que tem seus defeitinhos, mas que também dão um certo charme, como essa história de usar o menu o tempo todo. Ao todo, é um game muito simpático, uma legítima aventura, muito sincera como disseram acima. Ótima escolha!

    Valeu Onyas, o jogo é realmente RAIZ, tudo nele lembra até mesmo RPGs de texto ou de tabuleiro, achei isso fantástico. Aliás, mais fantástico ainda é ver pessoas gostando desse tipo de jogo em plenos 2011, mas retrogamer que é retrogamer gosta de velharias mesmo hehehe!

    Mintos :

    Esse é um grande jogo, lembro que zerei ele a um bom tempo,achei ele meio curto,mas para a época que foi lançado, devia ser bem grande, lembrando que DQ3 se passa antes desse jogo.

    Não sabia que se passava antes, todo mundo fala muito bem de DQ3, preciso arrumar um tempinho para jogá-lo em breve!

    Flávio de Oliveira :

    Hum… Nota mental : Preciso retomar meus saves de Dragon Quest I. Sim, saves no plural. Tava jogando a versão de NES e SNES ao mesmo tempo, pra ver as diferenças e não sei se é o “retrogaming way of life” que tá entranhado em mim, mas eu andei curtindo mais a versão de Nintendinho ! (oO)

    Também nunca tinha jogado nenhum Dragon Quest, comecei pelo primeirão mesmo pra iniciar com chave de ouro ! :D

    Eu achei a mecânica do game bem interessante, e vários outros detalhes legais como a necessidade de se ter uma tocha para entrar nas dungeons e a dificuldade é instigante.

    Existem alguns detalhes interessantes e até mesmo inovadores pros padrões atuais, onde tudo é facilitado. O próprio menu de “talk, search, item” que é preciso abrir toda vez de executar uma ação é um deles, algo totalmente retrô e ao mesmo tempo charmoso!

    kleber :

    Nunca fui muito fã desse jogo mas vendo este post quem sabe eu não jogue ele pra ver se eu curto um pouco o de PS2 até que me interesei a jogar mas acabei desistindo pois tinha um na frente pra jogar .

    Eu QUASE desisti no começo, mas fui gostando da coisa. Acho que Dragon Quest tem um feeling diferente de Final Fantasy, é algo mais enraizado nos primórdios do RPG mesmo. A oitava versão tem poucas diferenças (no que diz respeito à mecânica, principalmente nos combates) em relação à esse primeiro jogo.

    André Breder :

    Assim como você Cosmão, o único Dragon Quest que joguei até o final foi o VIII, lançado para o PlayStation 2… meu, que beleza de jogo! Ele combina perfeitamente gráficos e sonoridade de última geração (tudo bem, da geração passada, whatever…) mas conta com um sistema simples e direto, bem nos moldes dos RPGs clássicos dos consoles de 8 e 16 Bits. Parace até um remake de um RPG antigo, de tão clássico que é.

    Bem, boa sorte em mais este diário e seja bem vindo novamente ao blog!

    A oitava versão é um dos melhores RPGs que já joguei na vida! Valeu Breder!

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  • 11/03/2011 em 4:13 am
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    todos os dragon quest são bons, com exceção do 7 para o psx; em que a trama começa de um jeito no 1º cd, e termina de um jeito mediocre no 2º; o resto da serie é excelente; desde o 1º em que prefiro jogar no snes, até o 9 de ds, em que foi tudo muito bem elaborado

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  • 11/03/2011 em 9:05 am
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    @Cosmão, o “Velho Piadista”
    Leu meus pensamentos ! Eu ia justamente mencionar isso no post anterior !
    Tem muita coisa para se detalhar num game que aparenta ser simples demais.
    Não é a toa que a série se tornou uma febre no Japão desde esse primeiro game.

    Eu acho incrível é que mesmo que o game tenha sido lançado um bom tempo antes de Final Fantasy, e consiga ser ainda mais profundo em diversos aspectos. DD tem pequenos detalhes que fazem ele se destacar facilmente de FF como o esquema de seleção de ações, tochas, ou o resgate da princesa.

    Do meu ponto de vista, vejo a jornada em FF mais épica, com um vasto mundo para se explorar porém ele te deixa com um anseio de “qual é o próximo passo” enquanto que em DD, a jornada te faz viver cada momento dela com muito mais calma. No início do game mesmo, a missão de resgatar a princesa é algo que demora um tempinho até ser concluída. Já em Final Fantasy, essa missão é bem mais curta e direta e já te dá o próximo passo da aventura.

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