Estarei escrevendo a partir de hoje no Gagá Games uma nova coluna onde irei falar um pouco sobre filmes que são praticamente inquestionáveis em termos de qualidade, mas que quando ganharam versões para o universo dos video games, o resultado foi muito, muito abaixo do esperado. Infelizmente as coisas são assim: 90% dos games baseados em filmes acabam resultando em jogos medíocres. A culpa disso? Seja pela correria em criar o game para que o mesmo seja lançado juntamente com o filme no qual ele é baseado, seja pelo baixo orçamento que é destinado a estas adaptações, o resultando é um só: nós pobres gamers temos que nos deparar com jogos ridículos de nossos filmes preferidos!

E para minha coluna de estréia sobre este tema, estarei falando sobre uma das piores adpatações em game que já vi de um grande sucesso dos cinemas: Back To The Future do NES. Quem jogou sabe como este game é horrível, não fazendo nenhuma justiça com a grande obra prima de Robert Zemeckis e Bob Gale. Agora quem ainda não jogou esta “pérola”, leia o texto abaixo e fique por dentro de como é esta verdadeira “porcaria gamística”:

Primeiramente vamos falar um pouco sobre o filme:

Back to The Future (De Volta para o Futuro) foi um enorme sucesso na década de 80, tendo arrecadado 350 milhões de dólares nas bilheterias de todo o mundo. O filme mostra como o jovem Marty McFly (Michael J. Fox), de 17 anos, entra em uma máquina do tempo criada por seu amigo, o Dr. Emmett Brown (Christopher Lloyd), e faz uma viagem forçada do ano de 1985 para o ano de 1955.

Back to The Future é uma das minhas franquias preferidas do cinema. Tenho o box com a trilogia, e não sei como ainda não furei os DVDs de tanto assistir aos filmes! Um game onde eu poderia reviver a aventura de Marty McFly seria ótimo não é? Infelizmente a resposta é um sonoro “NÃO”!

Great Scott! This game sucks, Marty!!!

Olha a cara que o Dr. Brown fez ao se deparar com o game do NES!
Olha a cara que o Dr. Brown fez ao se deparar com o game do NES!

Muitos games baseados em filmes acabam saindo ruins principalmente pelo curto período de tempo que as produtoras recebem para criá-los, sendo que na maioria da vezes o game tem lançamento simultâneo com o filme. Mas este não é o caso do Back to the Future do NES, já que ele foi lançado em 1989, ou seja, 4 anos após o lançamento do filme no qual ele foi baseado.

Neste caso o problema do jogo ter saido uma verdaderia porcaria foi por causa da incompetência mesmo da produtora, a tal de “Beam Software”, que devia ser uma dessas empresas de fundo de quintal formada por nerds que estão dando os primeiros passos na produção de games. Nem o mais fanático fã de Back to the Future consegue gostar do game, de tão ruim que ele é! Nele você controla um Marty Mcfly vestindo uma camisa preta (???) que deve atravessar as ruas de Hill Valley até chegar em certos locais específicos da cidade. Durante o percurso de Marty ele terá vários obstáculos em seu caminho, que vão desde brutamontes enfurecidos até malditas abelhas que sempre querem “ferrar” com a vida do herói.

Marty deve também em seu percurso, além de ficar atento com as abelhas que de forma curiosa só saem atrás dele e ignoram as outras pessoas que estão na rua, recolher alguns itens em forma de relógio, para assim ser capaz de impedir que ele seja banido do ano de 1955. Estes itens retardam o desaparecimento de sua imagem em uma fotografia, que é o seu indicador de quanto tempo ele ainda possui nos anos 50.

Para dar uma força para Marty, ele poderá encontrar no seu caminho uma bola de boliche, e então passará a ser capaz de atirar bolas infinitas em seus adversários. O clássico skate também se faz presente, e quando Marty o pega ele passa a ter uma movimentação bem mais rápida na tela, algo que acaba sendo uma espada de dois gumes: tanto pode ser útil como pode fazer com que você dê de cara com os obstáculos da tela com maior rapidez, perdendo assim seu precioso tempo.

Cada destino específico no game reserva uma espécie de minigame para o jogador: no primeiro, que ocorre no “Lous Cafe”, Marty tem que atirar “coisas” na gang de Biff; no segundo Marty tem que bloquear todos os beijos que são mandados em sua direção pela sua mãe Lorraine; no terceiro, que ocorre durante o baile “Encanto Submarino”, o herói deve posicionar sua guitarra de maneira correta, para que a festa possa continuar até que seus pais se beijam pela primeira vez; e no quarto e último minigame do jogo, Marty deve acelerar com o DeLorean até alcançar 88 milhas por hora, ao mesmo tempo que desvia de raios e obstáculos na pista.

Em termos gráficos o game é muito fraco, ainda mais que se formos fazer uma comparação com outros games que foram lançados na mesma época (neste caso o ano de 1989) para o NES. Durante os minigames até que as coisas melhoram um pouco, mas tudo continua tendo uma concepção muito grosseira e até mesmo desleixada.

A sonoridade do game consegue ser pior ainda, sendo que o game tem uma música horrível (que nada tem a ver com as trilha sonora do filme) que se repete em todos os estágios de rua! Pelo jeito o maestro Alan Silvestri vetou que suas músicas fossem colocadas em tão horrível game. Os efeitos sonoros também são fraquíssimos, sendo mais barulhos irritantes do que outra coisa! Back to the Future é um daqueles games que é melhor jogar no mudo! A jogabilidade pelo menos é boa, com todos os comandos respondendo bem, sem atrasos.

Em suma: Back to the Future é um dos piores games baseados em filmes que eu já tive o desprazer de jogar! Quem me dera se eu pudesse ter uma máquina do tempo para voltar em 1989 e impedir de alguma forma que tamanha porcaria viesse a ser lançada! O triste é que o pessoal da Universal ainda permitiu que mais um game horrível fosse feito posteriormente, baseado nas outras duas partes de Back To The Future, só que esse assunto nada agradável fica para uma próxima vez…

Grandes filmes que viraram games medíocres: Back To The Future

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