Minha cruzada para jogar todos os jogos de Master System às vezes me força a jogar algumas “bombas”. Por outro lado, às vezes eu encontro umas joias raras.

Em toda as áreas do entretenimento e da cultura existem os clássicos que todo mundo conhece, e aquelas obras maravilhosas que acabam sendo um pouco “eclipsadas” por outras. Na música, o “grande disco do rock” é Sgt. Peppers dos Beatles, e o Pet Sounds dos Beach Boys acabou ficando meio de lado (o porquê, só Deus sabe). Nos videogames a coisa não poderia ser diferente… todo mundo conhece (ou ao menos deveria conhecer) Phantasy Star, o mais clássico RPG do Master System. Mas é claro que existe um outro RPG escondido, enjeitadinho e com cara de pobre-coitado que merece a nossa atenção, mas quase ninguém conhece. Senhores, apresento a todos Miracle Warriors — Seal of the Dark Lord.

miraclewarriors-folheto É sempre um pouco difícil confirmar essas informações, mas segundo diversas fontes, Miracle Warriors foi o primeiro RPG de videogame lançado no ocidente. Naquele tempo a turma trabalhava rápido, e o jogo ganhava sua versão norte-americana em janeiro de 1988, três meses após o lançamento oriental. Trata-se de um ótimo RPG, que guarda diversas semelhanças com Phantasy Star (Miracle Warriors foi lançado apenas dois meses antes de PS no Japão).

Eu ainda me lembro que a primeira vez em que ouvi falar no jogo foi quando comprei meu Master System. O clássico folheto que acompanhava o console mostrava em um dos lados os jogos que haviam sido lançados apenas no exterior (foto ao lado). Na época o meu inglês era meio macarrônico, e lembro de ter pensando que a opção “Retreat” do menu era para bater um retrato do monstro, fazendo um arquivo de criaturas do jogo…

Miracle Warriors não é bem uma criação original da SEGA. O jogo original foi programado para o MSX e outros computadores pela Kogado (cuidado com esse nome!), e era bem xoxinho. A SEGA enxergou potencial na coisa, e adquiriu os direitos para reprogramá-lo. E meu amigo, que diferença que faz um time talentoso de programadores.

A visão do mapa de jogo já é uma coisa muito curiosa: um pequeno quadro à direita mostra os arredores e sua posição. À esquerda, ocupando boa parte da tela, temos uma visão mais caprichadinha do cenário. Quando você se move, o cenário é atualizado, mas é um negócio meio esquisito, porque mesmo quando o quadro à direita indica que você está em uma floresta, a visão principal continua mostrando um campo aberto…

Quando você entra em batalha a coisa muda de figura. À moda de Phantasy Star, o cenário de batalha está de acordo com a área na qual o personagem está. E aqui nós notamos um dos grandes trunfos do jogo: o design das criaturas.

Não há como não se admirar com o excelente trabalho realizado no desenho das criaturas. Aliás, o estilo é muito, muito semelhante ao de Phantasy Star I. Infelizmente, não há informações disponíveis sobre a equipe que trabalhou em Miracle Warriors, mas é difícil não levantar a hipótese de que o misterioso Chaotic Kaz, designer de criaturas de PS, tenha um dedinho neste jogo. Notem as semelhanças:

Notem a semelhança nesta montagem. O da direita é o Were Bat, de Phantasy Star I. A cor, os olhos e a boca são alguns dos pontos em comum.miraclewarriors-monstros_comparados_2

Nas duas montagens acima, coloquei lado a lado um monstro de Miracle Warriors e outro de Phantasy Star I. As feições dos primeiros monstros são parecidas. Já os dois ao lado têm o mesmo “jeitão”.

Na verdade, até Rieko Kodama, “mãe” de Phantasy Star, confessou ter desenhado pelo menos um dragão em Miracle Warriors, então é bastante provável que vários designers tenham desenhado um monstrinho ou outro no jogo.

Outro ponto em que Miracle Warriors brilha é na trilha sonora. As músicas são excelentes, e ficam ainda melhores na versão japonesa, que usa o chip de som FM do Master System japonês. Será que o famoso Tokuhiko “Bo” Uwabo (também de Phantasy Star) deu o ar da graça por aqui? Mistério… curtam este vídeo com as músicas em versão FM:

Os méritos do jogo não ficam restritos ao aspecto técnico. A jogabilidade lembra um pouco a de RPGs lançados para computador (afinal de contas, o jogo se originou nos computadores), e tem uma jogabilidade mais aberta. Você pode correr boa parte do enorme mapa desde o início do jogo, e pode tomar decisões quanto à ordem a ser seguida para a realização de várias missões, sem ficar preso a uma longa e inexorável sequência de acontecimentos. Na verdade, há tantas possibilidades, e o mapa é tão amplo, que o jogo original acompanha um mapinha maroto para dar um help. Acredite, é muito fácil se perder em Miracle Warriors.

miraclewarriors-mapa
A visão do "world map" de Miracle Warriors.

Além da liberdade, uma coisa que pode espantar os jogadores em um primeiro momento é a dificuldade. Na verdade, o jogo em si não é difícil, mas você vai ter que avançar MUITOS níveis. Assim como acontece em Phantasy Star, enfrentar o monstro errado no início do jogo pode representar morte quase instantânea. Sua energia inicial é baixíssima, e você vai passar os primeiros momentos se alternando entre batalhas a poucos passos da cidade e visitas à dona curandeira que restaura sua energia (e que, obviamente, cobra por isso).

As armas, armaduras e escudos têm um indicador numérico que vai diminuindo a cada batalha. Chegou a zero, perdeu a arma. Para evitar isso, você vai ter que gastar um dindin considerável indo a um ferreiro. Ou, mais adiante no jogo, gastar um dindin ainda mais considerável para pagar os honorários de um ferreiro particular, para que ele o acompanhe em sua aventura e mantenha seus equipamentos sempre em ótimas condições — mas o maldito não ajuda nos combates.

Outra característica marcante do jogo é o carisma, o último item do mostrador de status exibido na parte inferior direita da tela. Quando você derrota monstros, ganha carisma. Se topar com um mercador, tem a opção de conversar com ele, o que encerra o “combate” após uma breve e inútil mensagem. Se decidir descer a lenha no sujeito, vai ganhar um bom dinheiro, mas vai perder carisma. Se seu carisma ficar negativo e você tentar falar com um mercador, ele vai fugir em desespero! 🙂 Não tenho muita certeza da utilidade do carisma, mas parece que você precisa ter bom carisma para cumprir certos eventos do jogo.

Nas cidades, a "câmera" fica quase sobre os ombros do herói principal.
Nas cidades, a "câmera" fica quase sobre os ombros do herói principal.

Além de juntar dinheiro para comprar equipamentos e ervas, você também coleta garras de criaturas. Essas garras podem ser vendidas (a cinquenta “ouros” cada), mas se juntar um certo número de garras, poderá trocá-las por armas mais poderosas. E você vai ter que brigar muito para conseguir juntar as garras de que precisa.

Felizmente nosso herói não está sozinho nessa. Logo pelo início do jogo, ele aprende o encantamento que deve ser proferido ao encontrar um dos guerreiros destinados a ajudá-lo. Por vezes, isso é divertido, como quando você encontra uma dançarina com pouca roupa em uma cidade e diz as palavras mágicas “desperte, gigante!” para que ela assuma a forma de uma amazona que lutará ao seu lado. Que papo é esse? O cara vê uma mulher seminua e grita “desperte, gigante!” É um tarado! 🙂

Aliás, por falar em safadezas, o último chefe do jogo é uma mulher-dragão altamente siliconada, e totalmente despudorada. Sim, eu estou querendo dizer que ela exibe os seios na maior, em pleno fim de década de 80, em um jogo de videogame. E não houve censura na versão americana, caso os mais assanhados (e masoquistas) já estejam pensando em encarar a versão japonesa só para conferir os dotes da moça-fera.

Na verdade, a SEGA parece ter adotado uma postura bem diferente da Nintendo na geração de 8 bits com relação à censura. Vejam só a caixa japonesa do jogo:

Imaginem só quantos adolescentes foram desencaminhados com essa caixa. Que feio, SEGA! Arruinando toda uma geração de jovens japoneses inocentes!
Imaginem só quantos adolescentes foram desencaminhados com essa caixa!

Na caixa americana colocaram uma armadura na criatura, mas no jogo tá tudo à mostra! Isso vai totalmente contra os meus princípios, mas eu vou colocar uma foto da maligna e sensual Terarin aí embaixo para vocês. Sabem como é, esse é o meu dever enquanto game reporter.

Pronto, arruinei a inocência dos meus visitantes...
Pronto, arruinei a inocência dos meus visitantes...

A aventura é bem extensa e interessante, mantendo o jogador ocupado por um bom tempo (especialmente na hora de avançar níveis). A trama não vai levar nenhum prêmio, mas tem lá o seu charme e cria uma boa atmosfera. É verdade que o jogo tem muitas pontas a serem aparadas, mas eu realmente recomendo a você dar uma olhadinha com carinho em Miracle Warriors. É uma aventura épica, e vale a pena perder alguns dias para dar cabo da missão do jogo. Fora a baita aula de história sobre RPGs que o jogo representa, reunindo elementos de RPGs ocidentais a ideias orientais, numa época em que os JRPGs começavam a estabelecer a identidade que os tornaria famosos em todo o mundo. Imperdível.

Miracle Warriors é clássico perdido do Master System
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49 ideias sobre “Miracle Warriors é clássico perdido do Master System

  • 13/01/2010 em 9:03 am
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    Eu joguei esse game nos meus doces 6 anos de idade!!! Rs…

    Eu lembro que Aluguei esse e o Phantasy Star no mesmo final de semana, influenciado pela excelente revista Super Game… ^^

    Mas o jogo era muito confuso pra mim, e mal conseguia avançar muito… Phantasy Star foi mais chamativo, mesmo meu portugues na época ser muito ruim!!! euheuheu… Se bem que soh chegava no primeiro Fisherman, e BAMMMM… morria e começava feliz a jogar de novo! hehehe

    “Na época o meu inglês era meio macarrônico, e lembro de ter pensando que a opção “Retreat” do menu era para bater um retrato do monstro, fazendo um arquivo de criaturas do jogo…” – Juro que dei boas risadas!!! euheuheue…

    “O jogo original foi programado para o MSX e outros computadores pela Kogado (cuidado com esse nome!), e era bem xoxinho.” – Com um nome desses, lógico que a coisa ia sair “kogada” mesmo… 😛

    “Na verdade, até Rieko Kodama, “mãe” de Phantasy Star, confessou ter desenhado pelo menos um dragão em Miracle Warriors” – Ah… depois dessa tenho que jogar obrigatóriamente esse game!!! Sob pena de ficar ajoelhado no milho se não cumprir!!! ^^

    Hehehe… sem falar das safadezas!!! 😛

    Bem… to no finalzinho do Shining Force 3… tenho tempo ateh chegar o meu Skies of Arcadia Legends (eh… esse chegando, paro tudo o que tiver fazendo! euheuheu), então acho que vou encarar essa aventura!!!

    Mesmo pq, vc não é muito adpeto de posts tão longos, e se falou tanto do game, eh pq vale a pena!!!!

    Mais uma jornada épica graças ao Gaga Games!!!!

    🙂

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  • 13/01/2010 em 10:16 am
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    @Orakio “O Gaga” Rob
    O do Dreamcast é simplesmente um dos melhores RPGs da galáxia!!! ^^

    Jah zerei tres vezes, sem falar que consegui comprar o GD original US!!!! ^^ Sem falar que fiz todas as descobertas na raça (meu primeiro arquivo de save tem 153 hs de jogo!!!!)

    Agora comprei lah dos States a versão do GameCube, que tem umas dezenas de descobertas a mais, e mais uma personagem na trama!! ^^

    Chutar o traseiro do Ramires e do Lord Galcian em dois sistemas diferentes não tem preço!!!!!

    Bons tempos da Sega neh…

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  • 13/01/2010 em 11:27 am
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    A primeira vez q joguei esse Miracle Warriors eu mal entendia inglês e assim achei q ele era um lixo, mas agora que eu tô inclusive curtindo os rpgs ocidentais, vou dar mais uma chance a este, mas creio q primeiro vou ter q achar esse mapa que vinha com o jogo pra não ficar perdido.

    @maxi2099
    Dragon Crystal é muito bom mesmo, mas eu o considero o terceiro melhor RPG do master, pra mim o segundo é Ys.

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  • 13/01/2010 em 1:48 pm
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    Eu acho engraçado essa definição de Adventure/RPG. Se for pensar no que RPG significa (interpretar papeis) nenhum dos dois é RPG já que você não interpreta seu personagem, apenas guia ele em uma aventura.

    Hoje em dia se chama de RPG tudo que tem “elementos de RPG”, evolução de personagem, exploração e iteração com NPCs. Nesse sentido tanto Ys quanto Zelda seriam RPG, os dois tem exploração, iteração e evolução de personagem, a diferença é que em Zelda não se usa XP como medida de evolução, mas não quer dizer que a evolução não está lá.

    No final das contas eu acho que em termos de computadores e consoles ou não existem RPGs ou qualquer jogo que tenha exploração, evolução de personagem e iteração deve ser considerado RPG, apenas com a diferença que alguns são RPGs voltados para ação (Zelda, Terranigma, Ys) e outros são RPGs voltados para estratégia (Final Fantasy, Phantasy Star, etc). Se for pensar desta forma até mesmo jogos que nunca se imaginou como RPG deveriam ser considerados assim, por exemplo, GTA3, já que este tem evolução de personagem, iteração com NPCs e exploração.

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  • 13/01/2010 em 2:32 pm
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    @Dancovich
    Quando você mencionou o GTA3, me lembrei da frase do Greg Zeschuk, da BioWare: “Temos grandes debates sobre se GTA é um RPG, por exemplo. Ele tem todos os elementos, ele só não tem os números. E o que os jogadores querem é aquela profundidade maior, a integração maior dos recursos… Mass Effect 2 é em algumas maneiras a continuação desta evolução”. (http://finalboss.uol.com.br/fb4/ctu.asp?cid=60573)

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  • 13/01/2010 em 2:47 pm
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    @Adinan

    Cara, eu não sabia que Greg Zeschuk tinha dito isso, é interessante porque eu concordo com essa frase dele. A maioria dos jogadores não sabe (ou não quer) reconhecer um RPG eletrônico se os elementos de RPG não estiverem jogados na cara dele. Por isso que algumas pessoas chamam Zelda de “adventure”, ele não tem uma barra com nome XP do lado.

    Mass Effect realmente é um ótimo exemplo, incrível como ele é descaradamente um RPG e ao mesmo tempo descaradamente um shooter. E parece que Mass Effect 2 vai misturar essas questões mais ainda. A tendência no futuro é que RPG vai deixar de ser um estilo único e vai ser mais uma característica que a maioria dos jogos terão, apenas alguns terão pouco e outros terão muito. Teremos o shooter RPG, o RTS RPG, quem sabe até mesmo a corrida RPG? (Need for Speed Most Wanted anyone?)

    Baixei esse jogo já, assim que chegar em casa vou jogar ele, vai entrar em minha lista retro de jogos que não joguei na época e quero detonar agora junto com Golden Axe Warrior e ActRaiser.

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  • 13/01/2010 em 3:15 pm
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    Miracle Warriors foi um dos poucos games que tive do Master System. Consegui tê-lo por meio de troca numa locadora. Deixei de ter o Mônica no Castelo do Dragão (que foi o game que veio junto do meu Master, que comprei usado, mas em bom estado) por este interressante RPG. O ano era 1993, e já nesta época eu e meu pai já tínhamos conhecido há algum tempo o gênero RPG por meio do Phantasy Star, o qual ambos jogamos e terminamos (eu e meu velho pai dividíamos os saves do jogo, sendo dois para cada um e o último ficava de reserva).

    Miracle Warrior foi então o segundo game do Master que meu pai também gostou, mas como o inglês do velho era muito ruim, ele acabou mais me ajudando neste do que jogando. Compramos folhas e mais folhas de papel quadriculado, e fizemos todos os mapas dos calabouços que conseguimos adentrar no game e também fizemos o grande mapa do mundo do jogo, todo colorido, para especificar cada tipo de área (campos, desertos, água, mar profundo, etc). Cheguei a ter os quatro personagens do game e deixei todos no nível máximo, mas acabei nunca terminando o jogo, pois cheguei a um ponto nele onde não sabia mais para onde ir e o que fazer. Lembro que havia algumas cavernas que eu não conseguia entrar de forma alguma, memo com todo o mapa do jogo já tendo sido explorado na época. Se fosse nos dias de hoje seria fácil procurar algum faq ou detonado no Gamefaqs, mas em 1993 isto não era possível, e acabei ficando sem conseguir terminar este game.

    Hoje nem sei mais onde esté o meu cartucho do Miracle Warrior e todos os mapas com certeza foram jogados no lixo pela minha mãe. Mas é realmente um jogo interessante, e mesmo que não esteja no mesmo nível do grande Phantasy Star, foi um game responsável por me divertir por dias.

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  • 13/01/2010 em 5:11 pm
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    Bem humorado esse post, dei muitas risadas! Mas depois de ler, me bateu uma certa tristeza, justamente pelo fato de nunca ter jogado Miracle Warrior e Phantasy Star na época que tive o master. Eu nem fazia idéia do sistema do jogo, mas quando lia as dicas da revista Supergame eu ficava com mais vontade de jogá-los. O meu primeiro rpg foi Albert Odissey do Saturn, em 1997! Aliás, um bom jogo.
    To vendo que existe uma certa polêmica quanto ao termo “rpg”. Como eu joguei rpg de tabuleiro na adolescência, considero como um “rpg genuíno” aquele em que vc monta um grupo de personagens que evoluem, além da liberdade de poder escolher seu destino.

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  • 13/01/2010 em 5:21 pm
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    Orakio “O Gaga” Rob :

    @André “Caduco” Breder
    Legal a história, Caduco, valeu por compartilhar!

    Acho tão legal essa coisa do jogo te forçar a desenhar os mapas… fiz isso no Might & Magic. Dá a sensação de que você está mesmo descobrindo o mundo.

    Realmente é legal você mesmo desenhar os mapas em um jogo… mas confesso que Miracle Warriors foi o único jogo que me fez ou onde eu tive a necessidade de fazer isso. Nos outros RPGs sempre pude ter acesso a detonados ou guias… como não lembrar do Guia Games e todos aqueles úteis mapas do Phantasy Star…

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  • 13/01/2010 em 5:26 pm
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    @Elielson

    To vendo que existe uma certa polêmica quanto ao termo “rpg”. Como eu joguei rpg de tabuleiro na adolescência, considero como um “rpg genuíno” aquele em que vc monta um grupo de personagens que evoluem, além da liberdade de poder escolher seu destino.

    Eu também joguei RPG de mesa (jogo até hoje) e entendo que não há como comparar RPG eletrônico com o de mesa. No eletrônico falta a coisa essencial que faz de um RPG um RPG, que é a interpretação.

    Então para considerar um RPG eletrônico como RPG você acaba tendo que olhar para as outras características, que são de fato a evolução do personagem, escolha do destino (há controvérsias, existem muitos RPGs que são bastante lineares por aí), etc.

    Só não concordo com sua definição “montar um grupo”, isso deixa de lado ótimos RPGs em que você não monta grupo, como Zelda, Alundra, Oblivion, etc. Até mesmo no RPG de mesa existem as “aventuras solo”, que são justamente aventuras em que você não forma grupo. Enfim, não acho que esse quesito faça parte do que define um RPG.

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  • 13/01/2010 em 6:06 pm
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    Dancovich :

    @André “Caduco” Breder
    Alguém já jogou Etrian Odyssey para Nintendo DS? Nele você tem que desenhar seus próprios mapas, a diferença é que você desenha no próprio DS, usando a touch screen. Confiram quem puder, é um RPG bem hard core que lembra muito sucessos como Eye of the Beholder.

    http://en.wikipedia.org/wiki/Etrian_Odyssey

    Deu uma lida no Wikipedia, e é bem interessante mesmo este jogo… pena que não possuo um DS para poder jogá-lo.

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  • 13/01/2010 em 6:17 pm
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    @Dancovich

    Realmente o fator “interpretação” é algo que falta nos jogos eletrônicos. Talvez por estar sem jogar há tanto tempo, tenha me esquecido desse item especial.
    Zelda do Snes é ótimo! E sim, concordo que ele é um rpg, mas acho ele mais parecido com Golden Axe Warrior e bem diferente de Final Fantasy, no quesito jogabilidade, lógico. Pra explicar melhor: considero Zelda, Golden Axe Warrior, Alundra, Brave Fencer Musashiden (já jogaram? É bom!) como rpg’s sim, pois afinal em todos esse jogos há evolução dos personagens também. Agora, eu usei o termo “rpg genuíno” para aqueles jogos que possuem classes de personagens, como monks, guerreiros, magos, clérigos, ladrões, ninjas… Enfim, que me lembram da época em que
    jogava Dungeons & Dragons. Não que esse termo seja de uso universal hehehe, mas é assim que costumo
    diferenciar “Albert Odissey” de “Zelda”.
    E claro, é tudo rpg! Hehehe

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  • 13/01/2010 em 7:22 pm
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    Experimentei o Miracle Warriors no emulador agora. Morri na segunda batalha. Isso mesmo, Gagá… segunda. Parece que os retro-rpgs eram mais difíceis. Recentemente terminei Grandia 3, e só cheguei a ver o “game over” lá pelo fim do jogo.
    Outro exemplo: Eu estava jogando o Final Fantasy 1, versão do psp, e raramente morria, com excessão da piaba que tomei do último chefe (prepotência minha de enfrentá-lo com nível mediano). Mas quando joguei o mesmo jogo na versão Nes… outra piaba… de goblins.
    Ah, podem jogar Brave Fencer, é um jogaço!

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  • 13/01/2010 em 8:18 pm
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    @Elielson
    Ah, bons tempos esses de RPG’s fodões. Não sei dizer pra mim qual foi exatamente o “último” RPG foda que joguei, acho que foi Phantasy Star 2 do Mega. O 3 não joguei e o 4 só tinha “momentos” fodas, mas em geral era mediano.

    No SNES praticamente todos eram médio pra fácil, só no NES mesmo que os FF eram osso duro de roer.

    Quanto ao RPG “genuíno”, essa questão de customização do seu personagem, versus os personagens prontos que existem normalmente nos JRPGs, realmente é um fator a mais e que inclusive considero como o mais próximo que um RPG eletrônico chega da interpretação, afinal você faz seu personagem, então se sente mais responsável pelos sucessos e fracassos dele. Lembro logo de Oblivion onde é fácil fácil fazer um personagem que não bate nem em papel molhado se você construir seu char errado.

    Acho isso uma coisa mais de jogos ocidentais, no JRPG quando eles querem que você se sinta como o personagem eles fazem o protagonista ser mudo!!! Sério, em Chrono Trigger o Crono é mudo porque é pra você como jogador se sentir como se fosse ele, o que não aconteceria se ele tivesse falas próprias!!!

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  • 13/01/2010 em 10:28 pm
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    @Dancovich

    Peraí, o Crono não tem nenhuma fala no jogo inteiro? Isso é novidade pra mim, preciso jogar esse jogo que todos elogiam, e ver como a história se desenrola.
    Na verdade, preciso jogar muitos outros rpg’s da era 16 bits… inclusive os ocidentais…

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  • 14/01/2010 em 12:01 am
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    @Elielson
    Não, não tem… se conseguir jogar de novo observe. Acho que tem 2 ou 3 escolhas que você faz, mas o próprio Crono não fala as escolhas, o outro personagem já reage como se ele tivesse dito alguma coisa. É tipo:
    -Marle: Ei Crono, você achou nossa aventura boba?
    -Crono: “só balança a cabeça”
    -Marle: Legal, por isso gosto de você.

    É até engraçado e Chrono Trigger não é o único, tem até um nome oficial pra isso, é o “silent hero”. É bem comum em JRPGs.

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  • 14/01/2010 em 1:14 am
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    @Dancovich

    olha só que ironia: vc mencionou o “silent hero”, eu mencionei que joguei Albert Odyssey em 1997. Pesquisando na net sobre esse tema, descobri que o personagem principal de AO é um silent hero! E eu nem me lembrava, ou era um detalhe que me passou despercebido, sei lá! Mas a lembrança que eu tinha era a que ele falava. Que estranho!
    Mas acho que é isso mesmo que vc disse sobre como o personagem mudo interage e se comunica. Eu é que caí numa pegadinha hehehe

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  • 29/01/2010 em 3:34 pm
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    @Gagá e Caduco
    Ehehe eu tenho esse jogo, já zerei 2 vezes, é bom o treinamento do Inglês arcaico (thou), essas coisas! O fogo era achar o chefão. xx passinhos pra lá, depois desce xx passos pra lá enfim..

    Sobre o GuiaGames, ainda tenho, e há algum programa para elaboração de mapas?

    @Dancovich
    Joguei tem um tempo o Etrian Odyssey, é justamente no estilo clássico só que muito extenso, quem não sossega fácil pode encarar! 🙂

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  • 29/01/2010 em 4:45 pm
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    @gamer_boy e Dancovich
    Etrian Odyssey é muito bom! Aliás tem vários jogos do estilo Western RPG no DS, um deles é o Mazes of Fate que tinha no GBA e é mto interessante. O outro é o Dark Spire, que faz perder os cabelos de tão difícil que é, possui até modo clássico pra simular a experiência de se jogar em PCs antigos, é muito legal vale a pena!

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  • 03/04/2011 em 10:44 am
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    Mano! eu joguei essa jóia rara véio ^_^.
    Foi meu primeiro console depois do sonic é claro que ele já vinha com o game mas este RPG que na época eu neim sabia o que significa foi o primeiro que comprei,enfim concerteza o melhor jogo para um criança de 8 ou 10 anos jogar!! HAHAHAHAAH
    bem faz tanto tempo… eu não lembro da guerreira peituda 🙁 mas eu encontrei todos os guerreiros!.. bem na epoca éra muito dificil para mim achar eles porque não sabiaa nada de inglês..foram dias quebrando a cabeça até meu tio fodão em english me explicou tudo sobre o jogo! Nossa to indo baixa um emulador de master agora!! se alguém souber ajuda ae!

    abssss

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