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Confesso que nesta semana eu não joguei o suficiente para fazer uma Cruzada NES decente. Dentre os culpados, o vício em Sonic 2 (que logo logo ganhará post aqui no Gagá Games) e o ritmo puxado para terminar meu Baten Kaitos de Gamecube. Se bem que o Baten Kaitos tem uma certa relação com o bom e velho Famicom… vou aproveitar para contar essa curiosidade aqui nesta edição da cruzada.

Para começar, eu conheci um game realmente esquisito outro dia: Titanic Mystery: Ao no Senritsu. Tá todo em japonês, então não me perguntem a história. Só sei que tem uma mina num maiô altamente sensual (no Famicom? Ironia detected!) mergulhando nos destroços do Titanic. O controle é totalmente esquisito, você nada de um lado para o outro, entra no navio, passa por cenários extremamente repetitivos e eu ainda não saquei qual é a do jogo. Vale como curiosidade.

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Imaginem só quantos garotos japoneses perderam a cabeça vendo esta moça nadando em trajes sumários no Famicom

Outro caso curioso é Monty no Doki Doki Daisassou. O jogo original (Monty on the run) foi lançado para vários computadores, e você controla uma toupeira criminosa. Nesta adaptação da Jaleco (que era uma softhouse competente na época do Famicom), Monty é um sujeito que é a cara do Falcom. Preso injustamente, ele precisa provar sua inocência. Engraçado como os japoneses preferem comandar heróis, e aqui no ocidente a gente curte incorporar um bom meliante. O jogo é mediano, só indico para quem sempre sonhou em ver o Falcom com roupa de presidiário. Alguém?

Aliás, no mesmo mês a Jaleco lançou Robo Warrior, jogo chatinho onde você controla um robô numa espécie de labirinto. Os gráficos, porém, são bem legais para a época, e tem um lance meio bomberman no jogo. Talvez alguém curta.

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Estes dois jogos da Jaleco não eram exatamente bons, mas os gráficos estavam acima da média para a época

Agora vamos falar de um jogo que era muito falado na época, e que eu ainda não tinha entendido direito o porquê: Rad Racer. É um joguinho de corrida da Square (é, aquela Square), como cara de Out Run, mas eu sempre o achei muito fraquinho. Um amigo meu era tarado por esse negócio, e hoje, jogando cronologicamente os títulos do NES/Famicom, acho que entendo: na época não tinha muita coisa melhor em termos de corrida no console. Sabem aquele papo de que Final Fantasy salvou a Square de fechar as portas? Estou começando a acreditar nessa história.

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São só dois carros, mas não dá para negar que são bem diferentes. E eu juro que o glitch gráfico na foto da direita não foi uma forma inconsciente de malhar o jogo

Ora ora, tem Valis para o Famicom… Mugen Senshi Valis é a versão do primeiro Valis para o console. Eu amo loucamente a série Valis, mas o primeiro jogo é meio tortinho, e a versão do Famicom é um horror. Se você experimentar a versão do Mega Drive, vai ter uma experiência infinitamente superior.

Cantem comigo: “os guardiões… do universo…” Sim, cavaleiros do zodíaco em Saint Seya: Ougon Densetsu. Típico título caça-níqueis, alterna jogabilidade medíocre de plataforma com batalhas por turno, nas quais você concentra o cosmo, escolhe o tipo de ataque… e é menos complexto e menos interessante do que parece. Só para fãs. Talvez nem para eles.

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À esquerda, o primeiro Valis jogando na lama o bom nome da série em uma versão tosquíssima cheia de ratos voadores assassinos (mas hein?). Saint Seya só saiu no Japão. Patch de tradução rules!

Um título legalzinho que eu joguei foi Air Fortress. A HAL lançou alguns bons jogos para o Famicom, e este é no mínimo interessante. Cada fase se divide em duas etapas: na primeira, o jogador controla uma nave em um segmento shoot ‘em up de scroll horizontal. Na segunda, o herói se solta de sua “nave” e você controla o robô em fases de ação. Não é um clássico, mas diverte e tem bons gráficos.

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Aliás, vale observar que no meio de 1987 (Air Fortress é de agosto) o Famicom começava a apresentar consistentemente jogos com gráficos melhores. Parece que as softhouses começavam a descobrir como aproveitar ao máximo o poder do console.

Mas vamos à tal referência que eu prometi no início do post. Comprei outro dia Baten Kaitos, um RPG de GameCube lançado pela Namco. Você já deve estar careca de saber que a empresa é veterana e lançou vários clássicos dos arcades, incluindo Tower of Druaga (que era meio que um RPG para arcades, uma coisa muito doida).

Pois bem… eis que no meio do Baten Kaitos eu chego a um local e conheço um sujeito que usava uma picareta para encontrar chaves, assim como o protagonista do Druaga. E quando eu entro pela porta…

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Ousada a homenagem. Quem não conhece o original certamente vai achar que os programadores cochilaram nos gráficos dessa parte

… sim, uma homenagem a Tower of Druaga. Dá até para enfrentar as gosmas verdes do jogo original, só que com os gráficos poderosos do Gamecube. Muito interessante, ponto para a Namco.

Semana que vem eu volto com uma Cruzada NES decente, esta aqui foi só para a gente não ficar sem a edição semanal. E olha que na semana que vem teremos o clássico Life Force e o polêmico Castlevania II! Até lá!

Cruzada NES: edição tapa-buracos!

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