“Para quem quer fazer exercícios de reflexão”

Nota do Gagá: o Academia Gamer continua sendo publicado sempre às terças. Esta edição está saindo hoje graças a uma falta de luz na minha casa que me impediu de liberar o post do Senil ontem…

Olá crianças!

Como prometido há algumas semanas, este é o post sobre locadoras que estava escrevendo à época. Ao contrário daquele post sobre o papel dos videogames em meus 25 anos de idade, não tenho o objetivo aqui de contar histórias bizarras ou pedir que façam o mesmo. A idéia é pensarmos um pouco sobre algo que, em muitos sentidos, não se perdeu hoje em nossas vidas de jogadores de videogames. Bem, talvez não seja exatamente igual, mas se há semelhanças ou não, caberá a vocês julgarem por si mesmos.

Certamente, se tiveram a oportunidade de possuírem um console até fins da década de 1990 (preferencialmente cartuchos — CDs para locar existiam, mas eram raros — sabem muito bem de como isso tudo funcionava. Suas idiossincrasias eram o que tornavam muito comum que nos tornássemos sócios de muitas delas. A proximidade de algum lugar familiar também era uma espécie de pré-requisito. Aquelas que frequentava eram próximas de minha casa, ou de meu colégio. Algumas foram fechando com o passar do tempo e, pelo que me consta, nenhuma delas sobrevive até hoje.

Uma era muito diferente da outra, tanto com relação aos títulos disponíveis como na forma com que era possível escolher os cartuchos. Fora que isso mudava totalmente se era uma grande rede ou algo mais modesto. Eu, por exemplo, fui sócio de somente uma grande locadora (a Blockbuster) porque era um dos únicos lugares que tinha jogos de Saturn para alugar.

Bem, qual era a importância de se alugar jogos? É comum que haja o discurso de que se tratava de uma boa idéia para testar o jogo antes de comprar. Como se experimentássemos o jogo, víssemos se era realmente bom além da capa e depois corrêssemos atrás do game em alguma loja para comprá-lo. Certo? Errado. Aposto que poucos de vocês realmente compraram jogos que achavam legais nas suas locadoras prediletas. Acho muito mais fácil que locassem os mesmos jogos com alguma freqüência do que tentassem comprá-los se os achassem divertidos. Afinal, convenhamos, pagar um ou dois reais (no começo do Plano Real e em locadoras de bairro, pelo menos) uma vez por semana era muito mais barato do que comprar algo que custava bem mais do que isso.

“Vamos alugar para ver se é bom?” 😛

Vocês e eu não alugávamos jogos para experimentar, para “ver se é bom”. Alugávamos para jogar, para nos divertir e ponto. Claro que poderíamos apanhar um jogo que nunca havíamos jogado vez por outra para “ver se era bom”; mas o que queríamos verificar era se ele era divertido e não se era bom o suficiente para que o comprássemos. É algo diferente de outros fenômenos que começaram a se tornar muito mais comuns a partir de meados da década de 1990, com a facilidade de acesso a computadores pessoais: o shareware e o demo.

Só um pequeno desvio e já volto ao cerne do post de hoje. Denominamos de shareware jogos divididos de tal forma que seja possível disponibilizar um episódio (ou qualquer nome que dêem) até o seu final. Exemplos emblemáticos não faltam; mas poderia citar a versão shareware de Duke Nukem 3D que oferecia o cenário L. A. Meltdown para ser jogado em sua íntegra. Demos, por outro lado, são pequenas demonstrações do jogo; podem tanto assumir uma forma de espetáculo (em que assistimos vídeos do jogo funcionando — o que hoje passamos a chamar de “trailers”), como uma versão para testes mesmo em que andamos por um pedaço qualquer do jogo e somos apresentados a algumas de suas características. Este último pode tanto ser um pequeno momento que realmente acontece durante o jogo (como o demo de Tomb Raider para PC) como também uma produção exclusivamente desenvolvida com começo, meio e fim (como é o demo de Xenogears). Supostamente, estas demonstrações e sharewares seriam grátis; mas sabemos que não é bem assim. Nesta era antes da popularização da internet, tais jogos vinham em CDs de revistas pequenas que custavam “apenas” dez reais e vinham com games “grátis”, ou era preciso comprar um jogo que vinha com demonstrações “grátis” em um outro disco. A primeira forma era mais comum com jogos de computador enquanto que a segunda com jogos de consoles.

Clássico começo de L.A. Meltdown do jogo Duke Nukem 3D. Joguei muito esse negócio.

A diferença é que, nas locadoras, não alugávamos um jogo que poderíamos chamar de “incompleto”. Versões de demonstração na época de ouro dos cartuchos eram cedidas exclusivamente a alguns veículos da imprensa; as famosas “versões beta” que muitas vezes eram bem precárias e diferentes do que veríamos na versão final do jogo. Por outro lado, a restrição de um game com a locação acontecia somente com relação ao tempo (que poderia ser burlado, se nos responsabilizássemos a pagar a multa derivada disso). Vamos forçar um pouco a imaginação neste momento. Se fosse possível comparar a locação de games com jogos demo e shareware, poderíamos alugar Sonic 2 para Mega Drive e jogar somente a Emerald Hill (talvez sem acesso às fases bônus); ao derrotarmos Robotnik, apareceria a mensagem para devolvermos o cartucho e comprarmos o original para vermos quais seriam os desafios que se seguiriam. E não era isso que acontecia, certo? Ou seja, jogos para locação não eram jogos para experimentar.

À esquerda, a única tela de início de fase que talvez vissem em uma versão demo de Sonic 2 para Mega Drive. À direita, algo que talvez não vissem até adquirirem a versão completa.

Espero que não se chateiem, mas para falar aquilo que queria que pensassem junto comigo, vou fazer outros desvios de rota. Mesmo assim, queria que mantivessem como Norte os jogos de videogame e sua locação. Vou partir para falar um pouco sobre filmes, mas posso dizer que ainda estaremos no mesmo recinto, já que não sairemos das locadoras.

Ainda hoje, ao alugarmos um filme, alugamos o filme completo. Não locamos um trailer e nem somos “convidados” polidamente a adquirirmos por conta própria o filme que desejamos. Não sei como era anos atrás, mas hoje existem DVDs (e Blu-Rays) voltados especificamente para locação. De modo geral, estes são lançados antes da versão que pode ser comprada por qualquer consumidor, custam MUITO caro e têm estampado na capa “exclusivo para locação”. Um exemplo para ilustrar seria pertinente. Alguns anos atrás, assim que vi o DVD do filme Príncipe Caspian na locadora, corri para procurá-lo para comprar para minha mãe cujo aniversário estava se aproximando. Só encontrei a versão para locadoras que, além de não ter nenhum extra, custava mais de 150 reais. E era exclusivo para locação.

Por outro lado, aqueles DVDs que compramos para uso doméstico colocam como uma das advertências que sua locação é proibida. O mesmo acontece com CDs e, desde há muito tempo, com fitas VHS. Ou seja, desde a nossa época, visitávamos lugares que “transbordavam de ilegalidade” por assim dizer. Afinal, se advertiam a proibição de locação, era porque não queriam que as pessoas pagassem  1/60 avos do que gastariam para obter uma experiência idêntica com um filme qualquer.

Capa do DVD devidamente comprado para um aniversário de minha mãe. 😀

Pensem agora em cartuchos (e outras mídias) de videogames a partir do mesmo princípio. Nenhuma empresa jamais lançou uma versão de Mario “exclusiva para locação”. E, se isso foi lançado, não fez mesmo muito sucesso; ou não fez diferença nenhuma no mercado. Afinal, um mesmo jogo, que pode ser locado quatro vezes em uma mesma semana seria muito mais vantajoso se fosse comprado por quatro pessoas no mesmo período de sete dias, não é verdade?

Agora, mais um pequeno desvio. Prometo que será o último e que tentarei amarrar tudo que trouxe aqui em um parágrafo mais à frente. Um dia destes, combinei de pegar minha noiva em seu trabalho e levá-la para casa. Como tive que resolver algumas coisas na USP antes, achei melhor ir logo para a Livraria em que ela trabalha do que voltar para minha casa primeiro. Contudo, cheguei meio cedo demais. Acabei apanhando um livro que tinha folheado algumas vezes por lá e decidi que ia lê-lo inteiro já que tinha três horas disponíveis. Sentei em uma poltrona, apanhei o seriamente cômico livro Ortodoxia do escritor inglês G. K. Chesterton (de aproximadamente 300 páginas) e o devorei inteiro em mais ou menos duas horas e meia.

Vocês se perguntam então: “E daí? Você leu um livro rápido. Qual o problema?”. A questão é que eu não comprei o livro. Não saí da livraria com ele, não dei um centavo por ele. Claro, tomei cuidado com ele para não amassá-lo ou dobrar suas páginas, mas isso eu faço com qualquer livro porque sou um tanto zeloso demais com eles (não aprendi a me desprender deles como ensina Umberto Eco em “Como fazer uma Tese” — não faço nem anotações, nem grifo, nem marco nada neles). Sequer o aluguei, se pensarmos que muitas Livrarias (inclusive esta em que minha noiva trabalha) começaram com o serviço de aluguel de livros. Neste caso, não “experimentei” o livro de Chesterton, lendo algumas páginas disponíveis da pré-visualização do Google. Eu o li inteiro; o experimentei sim, mas em sua inteireza. E, como o livro é meio desconhecido, poderia ir até lá hoje e lê-lo de novo se quisesse e tivesse tempo. Não é uma versão Trial na qual eu só poderia ir à livraria para ler o mesmo livro durante um mês, depois do qual meu acesso a ele seria restrito pela segurança da livraria.

À esquerda, imagem do escritor G. K. Chesterton. À direita, capa do livro que li.

Chegamos aqui ao cerne do que queria que pensassem a respeito. Antes, recapitulemos os quatro pontos trabalhados acima. Em primeiro lugar, jamais locamos jogos de videogames somente para experimentá-los antes de comprá-los; em segundo lugar, estes mesmos jogos eram disponibilizados completos; em terceiro lugar, não havia (e talvez não haja) versões completas de games exclusivas para locação; em quarto lugar, se fosse possível, poderíamos voltar às locadoras quando quiséssemos para alugar o mesmo jogo sem a obrigação de comprá-lo.

Isso não parece a descrição do inferno para diversas empresas hoje em dia? O motivo que faria com que pessoas se jogassem das janelas de seus arranha-céus na Crise de 1929? Que fariam com que perdessem cabelo e o sono? Isso perpassa não somente a indústria dos games, mas também a fonográfica e a cinematográfica. Isso sem levarmos em conta a indústria de brinquedos em geral (que é ainda mais ampla se incluirmos nela jogos de tabuleiro e de cartas). Livre acesso à integridade de um produto, por preço baixo (ou nulo, no caso de empréstimos entre amigos) e sem a obrigação de comprá-lo diretamente das empresas que o produziram. A prova de que até mesmo o mercado paralelo de usados incomoda empresas foi o enrosco recente que devem se lembrar: jogos usados não teriam todos os recursos que um jogo novo comprado na loja.

Disse, logo ao começo do post, que as locadoras de videogame ainda existem hoje em dia, mas de forma diferente daquela com que nos acostumamos. Claro que penso na maravilha que é ver uma locadora de novo! Eu fiquei anos sem ver uma sequer, mas com o Playstation 3, locadoras passaram a proliferar. Afinal, nem todo mundo quer ser obrigado a pagar trezentos reais em um jogo do qual as únicas coisas que sabe a respeito são vídeos pela internet e críticas. Até mesmo tive o prazer de descobrir uma lcoadora com jogos de Sega Saturn, Playstation 1 e 2, Game Cube, Dreamcast, Nintendo 64 e, pasmem, Mega Drive e Super Nintendo. Podem imaginar o sorrisão em meu rosto? Pois é… Pena que fica a trinta quilômetros de casa. 😛

Mas não é nisso que quero pensar. Quero que pensem na emulação de jogos e consoles.

Imagem de um dos primeiros emuladores disponibilizados amplamente pela internet (embora Yuji Naka tenha criado um dos primeiros ao jogar NES em seu Mega Drive. :-P)

Será que as empresas estavam realmente felizes com o fato de existirem locadoras que emprestavam seus jogos, comprados uma única vez, a preços módicos? Provavelmente que estavam, ao menos, parcialmente incomodados. O fato é que muitas das pessoas que alugavam um filme não o compravam depois; ou não tinham condições para fazê-lo, ou simplesmente achavam que não valeria a pena despender de dinheiro para um produto não muito satisfatório. Seria bem melhor para as empresas se as pessoas comprassem e se arrependessem depois, não é verdade?

Não pensem que estou fazendo apologia da pirataria ou algo assim.  Contudo, é preciso pensar em quê isso significa para os jogadores hoje em dia. É preciso esquecer por um momento as argumentações comuns como “violação de direitos autorais” e “propósito de preservação digital de jogos antigos”. Para além do que a indústria e advogados pensam a respeito, o que isso tudo quer dizer aos jogadores?

Para mim, a maior cilada da larga disponibilização de jogos pela internet é, justamente, o fato de serem muitos jogos. Ou seja, é extremamente comum que se jogue um jogo, depois outro, depois outro e, quinze ou vinte jogos depois, sequer se lembre qual foi o primeiro que jogou. Em uma locadora, o empréstimo tinha lá uma certa limitação. Não somente monetária, mas sabíamos que se alugássemos sete cartuchos, mesmo que fosse para ficar uma semana de férias inteira com eles, não aproveitaríamos nada. Eu sei, porque já fiz isso. Por isso que bem cedo defini como regra a locação de somente dois cartuchos; ou três, caso fosse alguma novidade que não sabia se era realmente bom ou não.

Baixar roms pela internet é como ter disponível em casa pilhas e mais pilhas de jogos como esta. Se em sete dias eu mal jogava sete jogos com a dedicação que requisitavam, como conseguiria com mais de oito mil?

Em nossa Era da Informação, o problema maior não é se é legal ou não emprestar jogos a conhecidos e desconhecidos (ou gravar fitas K7 para eles – se formos pensar em uma analogia possível), mas se a imensidão de coisas disponíveis não aniquila a possibilidade de um jogo genuíno. As locadoras não mataram o jogo verdadeiro disponibilizando muitos jogos sem precisar comprá-los; nós mesmos estabelecíamos limites. Mas e hoje em dia? Será que essa limitação pessoal é possível? Será que hoje as locadoras existem dessa forma? Costumamos dizer que jogar jogos emulados no PC “não é a mesma coisa”. E talvez não seja mesmo. Mas comprar coletâneas lançadas pelas empresas com estes mesmos jogos, ou pelo Virtual Console ou qualquer outro meio semelhante seria a mesma coisa que comprar ou alugar jogos nas locadoras que frequentávamos anos atrás?

A verdade é que ainda queremos experimentar jogos completos. Queremos tê-los disponíveis em sua totalidade e não somente um pedaço dele. Se fosse possível alugar Banco Imobiliário, não o faríamos se ele viesse sem as cartas de Sorte ou Revés. Tanto que, não sei quanto a vocês, mas eu preferia jogos shareware porque ao menos disponibilizavam um episódio completo para ser jogado. Havia aquela sensação de “comecei, joguei e terminei o game”.

Seria esta relação entre locadoras e o uso de jogos baixados da internet realmente possível? Estive pensando a respeito disso estes dias e achei que seria importante compartilhar com vocês (sem cobrar nada :-P), para ver o que pensaram após ler tudo isso.

Vou parar por aqui porque estou ansioso por saber o que falarão a respeito. Desculpem-me pelo título um tanto enganador. Não falei de locadoras, mas do que elas significavam com relação à disponibilidade de jogos completos a serem jogados a preços módicos sem precisarmos comprá-los. Conseguem ver relação entre tudo isso ou é só doideira minha mesmo?

Ah, e caso queiram saber, se encontrasse uma locadora com jogos de meus consoles nas proximidades de minha casa, não iria mais procurar games no Mercado Livre para comprar. Mas, claro, isso deve ser só eu mesmo. 😛

Esta semana, fico por aqui. Até o próximo post!

Academia Gamer: Algumas reflexões com locadoras
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50 ideias sobre “Academia Gamer: Algumas reflexões com locadoras

  • 15/12/2010 em 6:40 am
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    Gostei da ideia, esse assunto rende pano pra manga mesmo…

    Sobre este trecho:

    “Será que as empresas estavam realmente felizes com o fato de existirem locadoras que emprestavam seus jogos, comprados uma única vez, a preços módicos? Provavelmente que estavam, ao menos, parcialmente incomodados.”

    A Nintendo chegou a processar a Blockbuster na década de 80 para tentar embarreirar a locação de jogos de NES. Dá uma espiada:
    http://www.1up.com/do/feature?pager.offset=1&cId=3146206

    Eu também já defendi aqui que esse negócio de ter milhares de jogos à disposição é um péssimo negócio:
    http://www.gagagames.com.br/?p=17129

    Gostei da relação que você estabeleceu com o lance de alugar vários jogos no mesmo dia. É uma ótima analogia.

    Mas voltando à discussão principal, na minha opinião, as locadoras nunca atrapalharam as vendas dos jogos. É claro que, como você mesmo disse, era muito mais barato alugar, mas na maioria dos casos a gente não comprava os jogos porque não tinha grana mesmo, afinal, é óbvio que seria bem mais cômodo ter o jogo em casa.

    Hoje em dia somos adultos e donos do nosso dindin, e muita gente não compra jogos porque pode baixar de graça. Aí entra aquele outro assunto paralelo da compulsão bizarra que as pessoas têm em ter tudo, todas as ROMs, todas as ISOs, como se algum dia fossem realmente jogar aquilo tudo.

    Eu achava os tempos de locadora bem melhores não por nostalgia, mas por essa limitação. Estou tentando replicar esses tempos no Virtual Console, comprando um jogo de cada vez. Estou jogando o F-Zero de Nintendo 64 nele há semanas, e não tenho a menor dúvida de que se eu tivesse milhares de jogos disponíveis gratuitamente no meu Wii, eu não estaria me dedicando (e me divertindo) tanto ao jogo, já teria partido para outro.

    Embora os jogos comprados no Virtual Console sejam nossos “pra sempre”, a gente tem que pagar por eles um valor bem menor do que o de um jogo novo, então a coisa acaba lembrando uma locadora. A taxa, mesmo pequena, impede a pessoa de sair pegando trocentos jogos de uma vez. Eu, pelo menos, só compro jogo novo de Virtual Console quando esgoto as possibilidades do último que comprei.

    Aliás, alguém tem dicas para zerar no nível expert do F-Zero de Nintendo 64? Cacimba, que dureza!

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  • 15/12/2010 em 7:12 am
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    Que bom, poderemos falar do ponto de vista apenas legal, sem dizer o que é certo ou errado.
    De certa forma, é realmente injusto alguém comprar um jogo e depois disponibilizar para locação. O mesmo aconteceria com filmes. Mas…

    Estamos vendo do ponto de vista apenas dos “pobres”. Mas imaginemos por exemplo uma pessoa que compra um filme original, VHS… (vou falar de filme, mas vale para qualquer mídia. Apenas os filmes sofreram mais modificações.

    Voltando, quando vc compra um filme, VHS, vc paga pelos direitos autorais (autores, atores, diretor, etc), impostos, custo de fabricação da fita, etc. Depois, no começo dos anos 2000 este mesmo filme é lançado em DVD. Vc tem de pagar de novo a equação direitos autorais + impostos + custo de fabricação… E lançam em Blu-Ray, adivinha: DA + imp + Custo…
    Opa, pera lá… Alguém tá me fazendo de idiota! Eu paguei 3 vezes pelos direitos autorais sendo que o cara fez um filme só. Que história é essa? E pela minha fidelidade, eu deveria ganhar pelo menos um belo desconto. Assim como se meu DVD original quebrar, eu vou ter de pagar o mesmo preço que alguém pagou por um novo. Deveria pagar apenas o custo de produção, já que direitos autorais eu já paguei.

    Voltando ao seu tema, aí seria complicado não só para as livrarias, mas e as bibliotecas? Deveriam ter livros unicamente de obras em domínio público?

    Acho que muitas formas de negócios deveriam ser revistos.
    Abraços

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  • 15/12/2010 em 7:28 am
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    @Lucas
    Eu nunca tinha pensado nesse lance de pagar duas vezes pelos direitos autorais…

    E esqueci de comentar, eu também já li um livro inteiro numa livraria. Foi nos tempos em que eu trabalhava perto da Saraiva Megastore do Centro do Rio. Eu saía do trabalho, entrava lá e lia rapidinho um capítulo do “Alta Fidelidade”. Em poucos dias acabei de ler o livro.

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  • 15/12/2010 em 7:36 am
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    excelente matéria!

    com minha conta no Steam me ví retratado no trecho “Para mim, a maior cilada da larga disponibilização de jogos pela internet é, justamente, o fato de serem muitos jogos. Ou seja, é extremamente comum que se jogue um jogo, depois outro, depois outro e, quinze ou vinte jogos depois, sequer se lembre qual foi o primeiro que jogou. ”

    isso sem falar que tenho PSP desbloqueado, Roms diversas e jogos de PC pirata.

    é muita coisa, se não nos focarmos não aproveitamos nem o que pirateamos e nem o que compramos!

    Estava meio que tentado a comprar um PS3 por causa do desbloqueio recente, mas ao ver o mar de jogos que comprei e baixei, mas sequer toquei acabei por hora desistindo da idéia.

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  • 15/12/2010 em 8:31 am
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    Concordo com isso de que ao termos muitos jogos, pouco aproveitamos de cada um, mas estou começando a abraçar a ideia de um amigo meu de que não sou obrigado a zerar/platinar/whatever cada jogo que eu compro (fato é que alguns comecei e parei porque saiu outro mais dinâmico ou mais interessante).

    Sobre locadoras atrapalharem, em larga escala talvez, mas reduzindo o escopo a uma pessoa, posso dizer que mais me ajudaram a escolher que jogos comprar do que eliminar a vontade de comprar. Se não fosse pela locadora perto de casa, dificilmente teria comprado Resident Evil 2 (survival horror, que coisa é essa) e Ocarina of Time (Zelda 3D?? Hereges) do N64. Pude jogar e eliminar meu preconceito (e evitar arrependimentos no futuro de não ter comprado quando tive oportunidade =) ). Por um pouco de egoísmo, alguns jogos comprei porque não queria ter meu save apagado ou simplesmente porque gostava tanto do jogo que queria tê-lo disponível quando quisesse.

    Apesar de ter uma locadora com jogos de PS3 aqui perto, prefiro ainda baixar o demo antes de comprar, é uma forma legítima da empresa te convencer de comprar o produto dela. E se nem o demo conseguir te conquistar, o que dirá do jogo inteiro que vai consumir mais tempo? É uma faca de dois gumes =D

    Por esses motivos eu acho que as locadoras ainda poderiam ter um espaço: você pode testar o jogo e se gostar, comprar. Isso depende, é claro, do poder aquisitivo e da mentalidade de cada um.

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  • 15/12/2010 em 9:04 am
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    Concordo em gênero, número e grau com tudo o que foi escrito. Aliás, eu acho terrível os games sendo tratados como são. Taxar um jogo como ele é taxado no Brasil é implorar para ele ser pirateado, e o mesmo ocorre com TODAS as formas de entretenimento (CDs, filmes, etc.).

    O salário mínimo de um brasileiro é de R$ 510,00. Será que alguém, com um salário desse, vai comprar um game de R$ 200,00? Duvido! Se for pra gastar “200 pilas” em games, eu prefiro ir no camelô da esquina e levar VINTE games com esse dinheiro (e se bobear, vou ter troco). Aí as “otoridades” vem com aquela conversa de “pirataria, incentivo à criminalidade e mimimi”. Balela! Criminosos são financiados pelas drogas, não pela pirataria. Se um jogo custasse 30 reais na loja, os camelôs morreriam de fome!

    Aprendam uma coisa, burrocratas desse país que muitas vezes me envergonha: CAMELÔ NÃO É CRIMINOSO!!!!!! Criminosos são vocês, que arrocham o povo com impostos abusivos pra poder roubar mais.

    E tem mais: chamar a emulação de pirataria é o fim da picada! Quer dizer que, se eu quiser jogar Super Mario Bros vou ter que comprar um NES usado e sem garantia nenhuma, junto com uma fita de qualidade duvidosa que eu nem sei se vai funcionar? Ou então gastar R$ 800,00 num Nintendo Wii, e ainda gastar mais 500 Wii Points (cerca de R$ 90,00) num game de 1984? Ah, me poupem! Rola mais fazer uma lei do tipo “jogos com mais de 20 anos caem em domínio público”, afinal em matéria de programas eletrônicos 20 anos é uma eternidade! Ou então vender emuladores de consoles antigos para os consoles atuais e liberar o download das ROMs. Se fizessem isso com o X360 eu comprava um, mas enquanto essa luz não ilumina as softhouses vou continuar usando ZSNES, Project64, Kega Fusion, etc.

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  • 15/12/2010 em 9:15 am
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    Legal esse post, eu tava escrevendo um post sobre locadoras para o QG Master, vou aproveitar e mencionar o seu post tb. =D

    Cara, o legal da locadora era isso mesmo, tínhamos limites impostos por nós mesmos ou pelos nossos pais, no máximo alugava 2 jogos por vez, um de SNES e um de Master, e tinha em torno de 3 dias para aproveitá-los. Como o tempo era curto, jogava os games alugados como se não houvesse amanhã, e assim me dedicava 100%. Só não zerei todos os jogos porque ou era muito difícil pra mim, mas a maioria eu zerava ou chegava muito perto do final.

    Já com a pirataria, com tanto jogo a gente acaba esquecendo de se dedicar a todos eles, e o pior: continuamos a comprar/baixar jogos piratas novos pela simples vontade de ter jogos novos.

    Nesse ponto as locadoras sempre foram uma melhor opção. Podem até ser prejudicial para as empresas de jogos, mas pelo menos nos permitia conhecer os jogos disponíveis e nos dedicar ao máximo em todos eles.

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  • 15/12/2010 em 9:36 am
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    Fala pessoal!!!

    Participei muito de tudo isso, desde as locações, o tempo e grana limitados para se terminar dois jogos entre sábado e domingo, não era fácil, mas você se esforçava para terminar os jogos pela grana “suada” paga nas locações.

    Chegou a era PC, internet discada e dá-lhe emuladores… meu martírio, me afundei em um poço de ter tudo e não jogar nada descentemente! Cheguei a empilhar dezenas de CDs de roms, foi terrível!

    Hoje, com melhores condições financeiras e sem ter que dar satisfações a ninguém, tenho um Xbox 360 e um PS3, acho que não gastaria tanto em locadoras. Mas sim, alugaria jogos que tiveram boas críticas ou com boas indicações por parte de amigos, para experimentar e depois decidir se compraria, coisa impensável pra mim na era 8/16bits, ou seja, na minha opnião e pela experiência vivida nas décadas de 80 e 90, acho que as locadoras não foram inimigas das empresas não, afinal, eu não compraria mais que um título por ano de forma alguma naquela época e a maioria massiva dos meus amigos também não.

    Experiência recente com o Valkyria Chronicles pra PS3 que já citei em algum post aqui no Gagá, por indicação do Samuel Batista do Retrobits, ele me disse que ia comprar e como sei que ele pesquisa muito antes de comprar um título e que temos gostos parecidos, resolvi pesquisar sobre o mesmo, todas as críticas lidas lidas foram altamente positivas, porém, mesmo assim, comprei no escuro, já que não tinha um demo nem nada na PSN e muito menos uma LOCADORA, para sim, experimentar o jogo, porque experimentar, já tenho 14 horas de jogo e estou somente na 5ª missão, esta levei praticamente duas horas pra terminar e não explorei muitos recursos do jogo, como os skirmich e outras modalidades que nem olhei ainda como são, ou seja, com locações não teria como terminá-lo, pois o tempo nos finais de semana não são os mesmo do tempo de moleque. É sem sombra de dúvidas, um dos melhores jogos que já joguei na vida e olha que mesmo com indicações e críticas altamente positivas, eu estava muito desconfiado da qualidade do jogo, ainda bem que estava muito errado.

    Abraço!

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  • 15/12/2010 em 10:46 am
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    Muito legal este texto, vou dividir minha opnião sobre o assunto aqui:

    – Sobre a quantidade X aproveitamento

    Isso é uma coisa que eu percebi fora dos jogos, quando mudei de internet discada para banda larga. Na época da discada eu ficava um final de semana inteiro pra conseguir um álbum completo de alguma banda, e ia escutando cada música conforme ia baixando e depois o álbum completo de uma vez. Com a banda larga eu passei a baixar a discografia das bandas, e é comum as vezes encontrar “novas músicas” na minha “mp3teca”. Neste caso eu resolvi o “problema” fazendo maratonas musicais, aonde eu me dedico a uma determinada banda em determinado dia ou semana.

    No caso dos jogos eu estou fazendo algo semelhante, estou baixando poucos jogos para o Cubo justamente para aproveitar melhor os que peguei. Estou pensando em comprar um Wii ano que vem (travado, desisti de baixar jogos, e não é por causa da pirataria) e devo seguir o mesmo esquema.

    – Sobre formas de tirar lucro das empresas (as vezes também chamada de pirataria)

    Uma vez escrevi um texto aonde coloquei três cenários (ou algo assim, to com preguiça de olhar agora, rzs): cinco amigos, todos com o mesmo console.

    1) Em um dos cenários, cada um dos cinco compra um jogo diferente e vão emprestando uns para os outros até que os cinco tenham jogado os cinco jogos.

    2) Em outro um compra os mesmos cinco jogos e os outros quatro baixam da internet (ou copiam o do amigo que comprou).

    3) Em outro os cinco amigos locam os cinco jogos (de forma individual ou conjunta) que foi comprado pelo dono da locadora.

    Alguém mais além da cabeça viu algum padrão nisso?

    Mas o fato é que o padrão de venda de jogos está mudando e vai mudar em boa parte todo este cenário. Jogos cada vez mais partem para a distribuição digital, só que como forma de lucrar em cima da gente inventaram os DLCs que “completam” o seu jogo. E a idéia de jogos “fast-food” é cada vez mais presente, o grande lance agora é a quantidade.

    obs.: escrevi meio correndo aqui no trampo, me desculpem se ficou meio confuso.

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  • 15/12/2010 em 11:00 am
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    Confesso que esperava mais desse post. Queria mais depoimentos pessoais e menos análises sobre análises.
    E discordo de um ponto importante, muita gente sim alugava o jogo e comprava depois(mesmo que pirata).
    Mas no fim a pirataria acabo matando as locadoras, quem ia pagar se podia comprar um jogo por 10 reais.
    Um adendo, há alguns anos encontrei uma locadora que estava vendendo jogos de mega e snes por 10 reais, já que ninguem alugava essa velharia, na época não tinha muito dinheiro e só comprei 3 jogos, de uma centena, 1 mês depois(ou mais) passei lá e já tinha ido tudo. Dei mole.

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  • 15/12/2010 em 11:23 am
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    Hoje existem redes de loja americanas que levam isso ao extremo, elas permitem que se compre o jogo, jogue o quanto quiser e depois se troque o jogo, fora que a própria loja vende jogos usados. É o aluguel levado ao extremo, antes as locadoras tinhas apenas uma ou duas cópias do jogo e o ‘preço’ que o jogador pagava era ter que esperar. Hoje essas lojas tem centenas de cópias à disposição e jogadores podem trocar e comprar jogos usados a vontade, isso tem ferido um pouco a industria por lá.
    no final, acho que as locadoras não eram tão más, muitos jogos memoráveis nunca seriam reconhecidos sem elas. Será que Castlevania ou Phantasy Star teriam a fama de hoje sem locadoras?

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  • 15/12/2010 em 11:55 am
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    @Orakio Rob, “O Gagá”
    Não sabia desse rolo da Nintendo com a Blockbuster. A Nintendo, aliás, é uma das empresas que não em atráem muito justamente pelo seu posicionamento um tanto limitado com relação à emulação (não me refiro a roms e isos aqui, mas ao desenvolvimento de emuladores).

    Quanto a comprar jogos, eu mesmo quis comprar vários que alugava! Mas logo ficava bem claro que era somente um desejo um tanto passageiro. Tão logo terminava o jogo uma vez (ou nem isso), não sentia a menor vontade de jogar mais o mesmo game. Ou seja, se comprasse, seria mais por impulso e, no balanço final, não valeria muito a pena.

    comprar jogos no Virtual console deve ser uma experiência interessante. E é até relevante considerar que pagar 300,00 em um jogo “em estado de novo” em leilões por aí não ajuda em absolutamente nada as empresas; comprar um jogo usado não é “melhor” no sentido de pagar direitos autorais etc. Afinal, toda a grana vai para um colecionador (ou especulador) qualquer.

    @Lucas
    huahuahua Pode crer! Taí algo que nunca tinha pensado! E olha que eu realmente tenho algo parecido aqui em casa. Não com filmes, mas com música. De algumas bandas, comprei CDs, cassetes e LPs (cada um em sua época) com o passar dos anos. Devia mesmo ter um desconto. hehehe

    Pensar em bibliotecas é interessante também, mas como seu ambiente já é de gratuidade e livre acesso, achei que perderia um pouco o impacto da reflexão da livraria. Concordo que formas de negócio deveriam ser repensadas. É preciso respeitar o cliente e não somente sugá-lo ao máximo e o maior número de vezes que for possível.

    @Darkus
    Isso mesmo. Fico até contente que tenha percebido isso, porque é comum que as pessoas tenham a urgência de possuir tudo e nem se tocam que não estão aproveitando absolutamente nada.

    Esta é uma das razões pelas quais não compro consoles de última geração. Nem tanto pelo preço, mas porque ainda estou me dedicando a outros consoles (ultimamente, tenho aproveitado meu tempo livre com meu velho Saturn). Não consigo estar jogando mais que dois jogos ao mesmo tempo. Se pego três ou quatro, eu abandono os excedentes. Não por imposição minha, mas como um processo natural.

    @Bruno
    Cara, eu penso exatamente assim há bastante tempo já. hehehe Não dou a mínima se não termino um jogo, se não pego todos os troféus dele, se não consigo todos os extras… Eu quero jogar e me divertir. Não é para ter um bando de insígnias na tela da minha TV (ou monitor do PC).

    Jogar é basicamente se jogar em mundo diferente. Se ele começa a se mostrar enfadonho e exigente demais (como é o mundo “real”), porque cargas d’água vamos nos esforçar para nos mantermos nele?

    Concordo com esse papel das locadoras; embora boa parte dos jogos que comprei na época dos 8 e 16 bits eu não tenha alugado. Só não acho que elas tenham servido somente como locais de testes, algo semelhante a baixar demos ou coisas assim. E nem mesmo um recurso para quem não tem grana para comprar o jogo original; enquanto que alguns jogos realmente fazia falta não ter em casa disponível (como pelos saves, como falou), outros não fazia tanta questão; preferia assumir o risco dele não estar lá nas prateleiras.

    @Marcelo
    Como eu não faço a menor idéia! huahuahuaha Vi uma pequena nota disso em uma matéria sobre a Sega em algum lugar. Faz muitos anos já e nem me lembro onde foi. hehe Parece que ficava meio lento e cheio de bugs, mas o Naka teria ficado feliz ao jogar Mario em seu Mega Drive. hehehe

    @Tristan.ccm
    Pois é, essa é uma situação bem complicada mesmo. O problema é que não acredito que emular um console seja realmente algo ruim. Se fosse, não teriam existido (e existem ainda) os famosos consoles compatíveis. Fora que as emrpesas já perceberam que lucro mesmo vem dos jogos e não dos consoles. E realmente, depender de produtos sem garantia é um problema… Fora que tem aquilo que já falei em um comentário acima: o dinheiro que gastamos com consoles e jogos antigos não ajuda empresa nenhuma; ajuda um colecionador/especulador.

    @Adinan
    hehehe Pode citar sim!

    Essa coisa de comprar/baixar por impulso são fenômenos-irmãos. Na verdade, são a mesma coisa. A diferença é que em um está envolvido dinheiro (e há alguma limitação para compra em certo sentido – exceto se o cara tiver realmente muita grana) e no outro nem tanto (talvez a hora em uma LAN-house, ou a mensalidade da internet ou conta de telefone). Isso persiste em muitas coisas; tenho um esboço de um post em que relaciono isso com outras formas de diversão. Não sei quando vai sair (estou lendo um livro sobre o assunto), mas vai sair. hehe daí exploramos isso melhor.

    Sem dúvida que ajuda a conhecer o jogo! Ficar só em vídeo ou quinze minutos de jogo não diz muita coisa dele. Podem ter selecionado só o melhor. Que nem muitos trailers de jogos que mostram só cenas de CG e, quando pegamos, descobrimos que o game não possui a mesma qualidade mostrada nos vídeos de divulgação. hehehe Isso é bem mais comum do que se possa imaginar. Eles vendem seu peixe mostrando seu melhor, não é verdade? huahuaha

    @Boca-Fox
    Já eu alugava games “no escuro”. hehe Eram raras as vezes em que eu via uma matéria em uma revista com notas e crítica antes de procurar pelas locadoras aqui do bairro. Pegava mais pela capa ou pela descrição do jogo na parte de trás (se entendia hehehe).

    Um fato é que os jogos hoje são infinitamente maiores que os anteriores. Ou seja, exigem muito mais tempo de jogo do que antes. Por exemplo, Phantasy Star, se você souber tudo a fazer (ou usar mapas hehe), termina em três dias com uma grande tranqüilidade (comendo e estudando normalmente hehe). Um RPG recente leva alguns meses (eu demorei um mês inteiro para terminar Dragon Age, por exemplo).

    E as indicações de amigos para compra também é algo que ajuda bastante. Já comprei (e perdi a vontade de comprar) alguns após conversar com amigos que já tinham um jogo que me parecia interessante por alguma razão.

    @Tchulanguero
    Yep. O exemplo com música é perfeito porque eu ouvia trocentas vezes o mesmo disco antes de passar para outro. Nem digo no computador, mas comprando CDs mesmo. Eu geralmente comprava dois ou três CDs ao mesmo tempo, ouvia cada um deles inteiro para ter uma idéia geral e depois elegia aquele que ficaria ouvindo até “enjoar” (ou seja, até partir para o outro).

    Tanto que até hoje, não consigo ouvir “discografias” com dignidade. Prefiro me ocupar de um único disco por muito tempo. Ultimamente, tenho feito isso com o Holy Hell do Rob Rock; um disco finíssimo. hehehe

    Bem legal estes três cenários que pensou. Era comum que emprestássemos cartuchos a amigos. Como é de graça, será que seria algo ainda mais danoso às empresas do que locadoras? hehe Será crime emprestar jogos? huahuahuha Se não queriam que comprássemos jogos usados, daqui a pouco vão prender a gente (quase como em Minority Report) quando sair de nossas bocas as palavras: “Pode pegar emprestado, depois você me devolve”. huahuahuahauha

    Falar de fast-food é excelente porque, desde o Fairchild Channel F, é essa a visão do mercado: dar sempre mais e mais jogos para comprarem. Uma empresa pode levar dois anos para lançar um jogo e, enquanto faz este, já esta desenvolvendo o que vai tomar seu lugar. É uma avalanche de games que pode sufocar qualquer um.

    E não ficou confuso não. hehehe Pode ficar tranqüilo.

    @Guilherme(o 2)
    Por isso até que pedi desculpas no post. A idéia era mais pensar a questão. Acabam surgindo experiências pessoais (o que é saudável), mas não queria fazer dos relatos o tema do post, como foi aquele com relação ao meu aniversário.

    Com certeza que muita gente alugava e depois comprava! Só quis dizer que as locadoras não serviam somente como “locais de teste”. Não alugávamos somente para ver se compraríamos; alugávamos para jogar. Se realmente quiséssemos o jogo, se realmente fosse necessário que o tivéssemos em casa e tivéssemos dinheiro, compraríamos sem dúvida.

    A pirataria na época dos 8 e 16 bits existia, mas nunca achei vantagem comprar um jogo pirata a alugar o mesmo jogo. Não era por uma questão de legislação, mas porque achava que não compensava. Isso só ficou mais marcado quando você podia comprar um jogo de PSX por 10,00 sendo que um original custava dez vezes mais que isso e, detalhe, não haviam locadoras. Se eu tivesse um PSX na época e locadoras com bons jogos e aluguel a, digamos, 3,00, eu alugaria. Mas nesse caso, não havia opção: ou “testava” um jogo comprado a 100,00; ou “testava” um genérico comprado a 10,00. hehe Fora que a proporção de jogos bons e porcaria no PSX é bem óbvia. hehehe A cada dez jogos, uns oito ou nove são totalmente descartáveis. hehehe

    Cara, eu já dei mole com isso também. hehe Muita locadora por aqui fechou e só soube depois. Uma pena, porque poderia ter comprado exatamente os mesmos cartuchos que aluguei durante anos.

    @dancovich
    Pois é… Fazem isso mesmo.

    hauhauhaua “Mas que porcaria é essa?! Um final de semana inteiro jogando e não passei de dois labirintos?! Não passei do segundo chefe?! Preciso comprar esse negócio”. Acho que locadoras até ajudaram esses jogos a vender mais. huahuahauhaha

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  • 15/12/2010 em 12:07 pm
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    Guilherme(o 2) :
    Confesso que esperava mais desse post. Queria mais depoimentos pessoais e menos análises sobre análises.

    É que a série Academia Gamer não é focada só na nostalgia, geralmente são posts para puxar uma discussão mesmo, esmiuçar o lado teórico que muitas vezes a gente não nota nas cosias. Talvez você curta mais este aqui, onde eu mergulhei na nostalgia e não analisei bulhufas 🙂
    http://www.gagagames.com.br/?p=23205

    Cada um tem um gosto, mas é só para você saber o que esperar: Academia Gamer é discussão intelectual, Bit Memories é nostalgia. As duas coisas às vezes se misturam, mas de modo geral cada uma dessas séries tem um ponto mais forte que as caracteriza.

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  • 15/12/2010 em 1:07 pm
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    Acho q esse pessoal de hj em dia q não curte emuladores talvez por TEMPO. Como hj em dia as coisas são mais corridas e tal, o povo quer jogar todos os jogos em uma tarde pq no outro dia não vai poder jogar. Aí o povo acaba “apelando” e comprando os jogos no VC [ou PSN ou qq coisa] apenas pra ter a limitação de não usar Saves. Eu acho q o necessário mesmo é toda um reeducação. Eu por exemplo, não baixo pacotes de ROMs, baixo um jogo por vez, se gostei dele legal vou ficar jogando até me cansar, se não deixo lá numa pasta “escondida” e parto pra outra, se algum dia eu tiver mais tempo pra jogar aquele jogo [isso me lembra, as férias tão bem pertinho…] “recuscito” ele e vou nele, pronto. Não vou ficar doido pq eu tenho q jogar zilhões de jogos de uma vez e acabo não-aproveitando eles. É só ir mais com calma.

    Particularmente, eu sou meio contra o VC pq ele não “ajuda” ng, além do fato de as despesas do servico serem altas [servidores e tal]. Myamoto não vai ganhar um centavo se vc comprar SMB no VC, mas é minha opinião.

    E isso me lembra q tinha um site q eu baixava jogos de DS pra jogar no emulador [não tenho DS :(] e ele tinha [tem] jogos antigos tb [nes, snes, n64], mas a nintendo mandou o site “tirar” do servidor todos os jogos de DS mas curiosamente os jogos antigos ainda tão lá. Será q a nintendo não se preucupa com a “pirataria” de jogos antigos?

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  • 15/12/2010 em 1:21 pm
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    @Lucas Vinícius
    Isso do VC não ajudar ninguém, eu acho que não é bem assim… por exemplo, a Sunsoft vem se empenhando em lançar títulos desconhecidos no VC. Se ela não ganhasse nada com isso, por que se daria ao trabalho? E não vou entrar no mérito de discutir preços do VC para não fugir ao assunto do tópico.

    Se bem que até rola uma coisa interessante para se pensar dessa história toda. Se nos tempos das locadoras a gente não via nada de errado em pagar para ficar um único dia com um jogo e depois devolver, por que será que hoje tanta gente reclama de ter que pagar para comprar “para sempre” um jogo no Virtual Console ou num daqueles pacotões de velharias que a SEGA volta e meia lança no Steam? Ainda me lembro de quando a turma disse que três dólares era muito caro por Golden Axe:
    http://www.gagagames.com.br/?p=16889

    Qual é a diferença? Nos tempos de locadoras, era isso que se pagava para ficar, tipo, dois dias com o jogo.

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  • 15/12/2010 em 1:22 pm
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    Um tempo atrás aqui mesmo no Gagá Games eu já tinha feito essa constatação que o Lucas (acho até que foi em uma das suas colunas) fez a respeito de pagar por uma coisa várias vezes, que é o que acaba muitas vezes acontecendo com Virtual Console, PSN, Live. Eu tive alguns cartuchos originais no meu Snes das quais a grande maioria me desfiz (ainda preservo os Donkey Kongs e Marios).
    Bom empresas surgiram para ganhar dinheiro claro, mas eu penso o seguinte, é justo vender a mesma coisa inúmeras vezes sem apresentar novidade alguma? Penso que não, por isso defendo os remakes, pelo menos se você vai pagar, que seja pelo re-trabalho e não pelo requentado. Acho legal empresas que com o passar dos anos consideram seus softawres abandonware, ou simplesmente os disponibilizam de graça, a Midway um tempo atrás fez isso com The Suffering (e olha que nem é um jogo antigo).

    Quanto as locadoras de games não acredito muito que tenham ameaçado as grandes empresas, tanto que é impossível que todas as pessoas que locassem estivessem dispostas para pagar pelo jogo em questão. Acredito exatamente no oposto, muito jogo ruim só foi vendido graças aos donos de locadora que os compraram.
    Ou ainda: será que um jogador que comprou Street Fighter II comprou todas as variações que o mesmo possui? Ou o cara que comprou MK3, será que também comprou o Ultimate MK3 e MK Trilogy? E os jogos de esportes que mudam pouca coisa de um ano para outro?
    Eu particularmente acho bem pouco provável, a menos que seja um colecionador ávido de determinado console ou franquia.

    A respeito da emulação e jogos em larga escala para mim nunca prejudicaram a experiência como gamer. Tanto que na época do PSX eu tive muitos jogos e geralmente os jogava até o final, foram pouquíssimos que não consegui terminar nessa época, e muitas vezes acabava rejogando-os. E mesmo hoje com o PSP desbloqueado (que eu não pago nada pelos jogos) eu pego um jogo, e a menos que ele seja muito ruim (ou muito difícil) eu vou até o final antes de trocar para outro. Mas aí vai do auto controle de cada um mesmo.

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  • 15/12/2010 em 1:31 pm
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    Ótimo post Senil, como sempre…..

    Realmente alugávamos um jogo nos fins de semana para poder jogá-lo e não testá-lo, testávamos quando pagavamos 15 minutos na cabine que quase toda locadora tinha para podermos jogar e caso o jogo fosse bom o alugávamos para tentar terminar em 2 dias….XD

    Embora quando a geração Snes e Mega estava no auge(93-94) eu ainda tinha um Supergame(clone do Atari feito pela CCE) e fui ganhar um Phantom System em 94 e mesmo assim já frequentava muito a locadora(ela existe até hoje, desde 1990)…mas só ia lá para jogar…essa fase de alugar cartuchos para mim começou em 95 quando comprei um Snes e Mega com meu próprio salário…três fitas por três dias e pagava só uma locação de cada….

    E como você citou na matéria pela dificuladade que se tinha pra conseguir um jogo o aproveitávamos o máximo de cada um….coisa que não acontece hoje já que pela facilidade temos de “conseguir” jogos é muito grande…e ainda por cima ficamos pensando se vale a pena gastar um midia virgem de 1 real para gravar o jogo….só que nós brasileiros ainda temos uma desculpa:

    Um americano com um emprego que ganhe mal, ganha em média 2000 dólares por mês….um jogo original custa 60 dólares(lançamento)…que é em torno de 3 % do que ele ganha….

    Um brasileiro com um emprego que ganhe mal, ganha em média 500 reais por mês….um jogo original custa 200 reais(lançamento)…que é em torno de 40 % do que ele ganha….um pirata custa 10 reais que é em média 2 % do que ele ganha….

    Ou seja, o que pagamos em um pirata é praticamente equivalente ao que um americano paga em um original….

    Acredito que todo mundo gostaria de ter original, mas em país como este que que os FDPs de políticos nadam em dinheiro pra que eu vou me preocupar em gastar quase metade do salário que ganho em um jogo…..

    E sobre aquele papo que a industria nacional de games nunca vai decolar, eu que mais que se f*&$ a indústria nacional que só sabe fazer merda e joguinho de celular…já sobre as empresas nunca virem para o Brasil que se dane também..vai ser o mesmo roubo de sempre mesmo….lembro que na época da Tec Toy um Mega Drive custava 8 sálarios na época(1991) e o Master 3 salários…..

    Bom, deixa pra lá já que estou fugindo demais do tem do tópico….XD

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  • 15/12/2010 em 1:36 pm
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    João do caminhão :
    eu penso o seguinte, é justo vender a mesma coisa inúmeras vezes sem apresentar novidade alguma?

    Pergunte à turma que jogou fora seus discos para comprar tudo outra vez em CD, o que deve corresponder a pelo menos uns 90% da população mundial 🙂

    Você pode dizer, “ah, mas o CD tem som mais puro”. Sim, mas no caso dos games eu acho que a “novidade” é o formato, a praticidade. Mario 1 só podia ser jogado no NES, a “novidade” que a versão do VC traz é que eu não preciso correr atrás de um NES usado, nem preciso colocar outro console e ficar conectando cabos. Fora o lance de parar de jogar e o Wii guardar o ponto em que eu parei.

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  • 15/12/2010 em 1:58 pm
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    @Hely
    Cara você falou tudo, concordo plenamente contigo. Tenho certeza que a grande maioria das pessoas prefeririam ter os produtos originais, mas os preços praticados por aqui são inviáveis mesmo. Eu por exemplo nunca me senti culpado por estar comprando um cd pirata no meu PSX, ou de baixar um jogo pra por no meu PSP, e menos ainda de baixar um filme ou um album em mp3.
    Quando os preços valem a pena eu vou de original mesmo, tanto que minha estante de filmes é lotadas de produtos comprados em lojas com nota fiscal e imposto certinho, não me importo de pagar 13 Reais em um filme original, sendo que o pirata custa cinco.

    Quanto a empresa nacional também tenho a mesma opinião, quer exemplo melhor que o lançamento oficial do PS3 no Brasil que custa quase o dobro de importar um?

    @Gagá
    Pior que eu discordo completamente (e já foi comprovado também) que o CD tenha som mais puro. Mas quem jogou fora seus discos tem a opção de baixar em MP3. Assim como quem não tem mais seus cartuchos pode baixar as Roms…
    Cara pode parecer meio zurisse da minha parte, mas eu sou meio chato quanto a pagar por algo que eu não possa pegar com as mãos. Mas é questão de ponto de vista mesmo, para mim esse modelo não funciona.

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  • 15/12/2010 em 2:22 pm
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    @Orakio Rob, “O Gagá”
    Quanto à diferença entre alugar e comprar Golden Axe por 3 dólares, acho que a questão é o valor relativo. Eu acho caro sim, porque se eu colocar mais 2 dólares eu posso comprar alguns jogos excelentes no GoG ou mesmo uns indies legais no Steam. Jogos que eu nunca joguei e vou passar muito mais tempo explorando que Golden Axe.

    Esses jogos da Sega no Steam ou deveriam vir só em pacotes, ou deveriam vender com o preço bem mais baixo, porque 3 dólares por um jogo no PC eu posso jogar outra coisa, ou jogar no emulador de graça, sem nenhuma diferença a não ser a legalidade.

    Já acho diferente a situação se for para jogar Golden Axe com um controle, na frente da TV. Aí acho que compensa mais pagar (como no caso do VC).

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  • 15/12/2010 em 2:30 pm
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    @João do caminhão
    Mais puro o som do CD é sim, só que o som do disco é melhor, mais encorpado.

    Mas eu concordo com você que o modelo não funciona mais. Eu sei que sou exceção, e a tendência é cada vez menos gente querer pagar por essas coisas. Os caras precisam bolar outros meios de ganhar dinheiro com essas coisas.

    tautologico :

    Esses jogos da Sega no Steam ou deveriam vir só em pacotes, ou deveriam vender com o preço bem mais baixo, porque 3 dólares por um jogo no PC eu posso jogar outra coisa, ou jogar no emulador de graça, sem nenhuma diferença a não ser a legalidade.

    Ué? Mas você também não pode baixar o pacote de graça?

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  • 15/12/2010 em 2:34 pm
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    @Orakio Rob, “O Gagá”
    Sim, claro, mas com o preço mais baixo existe um incentivo maior de “ter” legalmente o jogo, ao invés de baixar pela internet. Sem falar na praticidade de baixar em qualquer computador que você queira jogar, sem precisar ir atrás de emulador e sites de ROMs.

    Comprar o jogo no Steam tem vantagens em relação a jogar no emulador, mas essas vantagens são relativamente pequenas e não compensam o preço de 3 dólares, pelo menos para mim.

    (Ainda cheguei a comprar Shadow Dancer, para ver se tinha alguma coisa diferente ou nova em relação ao jogo original, mas não tem. Então desisti de comprar qualquer outro. Comprei uns 2 jogos indies na última promoção da Black Friday por 1.99 cada que são bem divertidos).

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  • 15/12/2010 em 4:15 pm
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    “A Insustentável Leveza do Alugar” ok, ok, péssimo começo, mas sei lá, alguém interpreta algo disso assim mesmo? =)

    Piadas infames a parte, locadoras eram minha vida. Na maior locadora daqui de Salvador, chamada Só Games, eu fui o nº 1 em locações por bastante tempo, num dado momento foram 1147 (lembro do número) locações quando a atendende (que meu irmão mais velho era apaixonado por ela, mas isso é uma outra história :p) leu pra mim no sistema (em num 286).

    Ou seja, 90% da minha vida gamística está nessa locadora, uma vez que nunca passei de 3, 4 cartuchos próprios na era 8 e 16-bit. Era tudo na locadora. Como Gagá comentou, não acho que atrapalhava nas vendas porque os amiguinhos ricos compravam por nós – e curiosamente, pareciam não valorizar tanto a quantidade, uma vez que os jogos ficavam lá, sem serem terminados.

    Como a discussão não tem fim, vou apenas opinar: acho que hoje em dia vivemos o melhor momento. Pois podemos escolher se:

    1) compramos original, um de cada vez;
    2) se compramos online, sem caixa e com uma comodidade nunca vista;
    3) se baixamos uma ROM e jogamos ela até o fim;
    4) se baixamos o full pack daquele console e ficamos loucos trocando de jogo a tarde toda apenas por nostalgia ou conhecendo jogos que nunca viu;
    5) se vamos num site de leilão e compramos aquela cópia rara de Ikaruga pro Dreamcast;
    5.1) ou de Swordquest Earthworld do Atari 2600, esperamos chegar pelo correio e abrimos a caixa com uma felicidade quase infantil de brinquedo novo.

    Some-se a isso o fato dos jogos antigos terem “retornado” (ok, meio bobo dizer isso, mas é verdade) às atenções, pronto: vivemos o melhor momento gamer, acho eu, de uma maneira geral. E isso tem tudo a ver com a quantidade de opções que nós, consumidores, temos. Podemos optar até por não pagar, quem diria… e isso é estranhamente (?) bom. Tanto é que a indústria dos tais joguinhos eletrônicos é simplesmente a maior de todas, blá blá blá… mesmo com essa brecha.

    Consigo gostar até daquele VGA, a coisa toda parecendo Oscar, acho bonitinho o respeito que têm dados aos jogos hoje em dia. Deixe-nos escolher de que jeito consumir, graças a Internet temos isso e acho ótimo. Polêmico… mas ótimo.

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  • 15/12/2010 em 4:16 pm
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    @Orakio “O Gagá” Rob
    Valeu por ter feito a referência; eu cheguei a pensar em linkar para o seu para ilustrar a diferença, mas com tanto comentário a responder, acabei esquecendo.

    @Lucas Vinícius
    Muito legal isso qeu falou sobre “reeducação”. É um termo que nunca haviam pensado para explicar isso mesmo. Acredito que seja isso que faça falta; os jogadores acabam seguindo justamente aquilo que a indústria do videogame mais quer: que joguem compulsivamente, terminem rapidamente, encostem o jogo e comprem outro. Quanto mais tempo bruto jogarem em menos dias, menos tempo terão para pensar em jogar o mesmo jogo várias vezes.

    O problema para mim de jogos antigos é que eles estão somente tentando ir na onda dos emuladores. Nem falo aqui que seria impreterível que lançassem remakes, mas é muito diferente comprar um joguinho de 3MB com um emulador imbutido (que vira quase 100MB pelo Steam hehe) do que os pacotes completos do GoG, por exemplo (estes sim acho que valem a pena comprar porque tem manuais, mapas e vários extras – o que compensa em vários jogos). E não duvido nada que em muitos as empresas somente façam ligeiras modificações em emuladores já existentes, tiram alguns recursos (save states, por exemplo) e pegam uma rom na internet como base (aquela que já foi testada e comprovada como um dump correto).

    Não sei se a Nintendo não liga para emulação de consoles antigos… Lembro de todo o rolo dela com o “Magic Engine”, um periférico chinês que copiava jogos de SNES em disquete e permitia jogá-los pelo próprio drive de disquete. hehe

    E também acho que o autor (ou a equipe) não ganha nada com lançamentos de jogos antigos. Acho que, como falaram aqui, talvez pensar em uma lei de domínio público para games e softwares fosse mais inteligente do que ficar discutindo se é legal ou ilegal usar roms e tal. Música também entra em domínio público depois de um tempo. É que nem o povo que compra A Origem das Espécies do Darwin que há tempos é de domínio público e você tem todo o direito de arrumá-lo gratuitamente.

    @João do caminhão
    Realmente. Havia me esquecido de que já havíamos falado sobre isso. Obrigado por ter me lembrado!

    Deviam vender licenças de jogos. hehe Tipo, você comprou um jogo de Mega Drive, você tem o direito de obter qualquer versão não-física do mesmo jogo e versão para qualquer console. hehehe Podiam fazer isso que seria bem maneiro. Tem CDs de música hoje que são assim: você compra o CD físico e pode baixar as faixas pela internet. Seria algo semelhante ao próprio Virtual Console em que você paga pelo jogo uma vez e pode baixar o mesmo jogo quantas vezes quiser.

    Quanto ao Mortal Kombat, eu tenho o Trilogy para o Saturn e, justamente por isso, não faço a menor questão de ter qualquer outro do qual ele se derivou (o MK3 e o Ultimate como falou).

    @Hely
    Valeu pela força!

    huahuahauha Pode crer! Eu cheguei a testar alguns jogos assim, mas não foram muitos. eu fazia isso ás vezes para jogar games de consoles que não tinha por perto. Joguei PSX antes dele ficar famoso no país em uma locadora que tinha também 3DO e outros consoles caros da época. Sorte sua que a locadora ainda existe! hehe Uma que ia direto alugar jogos de Master System fechou em torno de 2001. Uma pena.

    Legal essa proporção que pensou. Não só a taxação, mas a “sacanagem” das indústrias me decepcionam um pouco ao lançarem jogos. Por exemplo, pagar 40,00 em um Cd de música com encarte vagabundo que nem letras têm? hehehe Ou 50,00 em um DVD simples, com o filme só legendado e sem extra nenhum? hehehe No caso dos games, seria 200,00 em um jogo com encarte sem nada de mais e um DVD/Blu-Ray lá. A “versão de colecionador” que geralmente sai é mais cara, mas tem um encarte mais bacana, um DVD com extras etc. hehehe Por isso, penso muito antes de comprar um CD de música, por exemplo. A vantagem é que aqueles que geralmente quero comprar não passam de 25,00 e os encartes ainda são completinhos. hehe

    huahauhaha Quanta raiva em seu coraçãozinho! hehehe Eu acho que a indústria de games no Brasil, para ser levada a sério pelos gamers daqui, deveria pensar em sofrer um pouco para mudar o cenário dos jogos nacionais. Por exemplo, lançam muitos jogos para celular para mercados europeus (Dinamarca em especial pelo que fiquei sabendo) e trabalham em jogos para consoles e PCs também, só igualmente para importação. Eu sou doido para ver um RPG lançado por uma equipe totalmente brasileira e em português (talvez com patch para inglês, mas a língua inicial como português). Nem faria questão de uma ambientação brasileira; isso transpareceria mesmo que fosse uma versão em turnos das lendas nórdicas. hehe Eu compraria um jogo desse sem nem pensar muito. Isso é dar um gás na indústria nacional.

    Quanto a fugir do tema, pode viajar á vontade! huahuhauhuaha A coluna aqui é assim mesmo! Tem mais é que discutir o que vai surgindo.

    @Orakio Rob, “O Gagá”
    @João do caminhão

    Vou mesclar aqui porque vou falar de som de CD daqui a pouco. hehehe

    A praticidade é realmente uma vantagem; nem todo mundo tem a capacidade para fazer o que o Eric fez, não é verdade? huahuahuahauha

    O som de CD é mais “falso” do que o de vinil porque ele “emula” as ondas sonoras. Tipo, as ondas sonoras são ondas (dã hehe) que, por esta razão, são como parábolas e curvas. Nós ouvimos ondas sonoras assim. O CD é digital e não analógico; ele usa “pontos” (ligados por “linhas retas”) e não “linhas curvas” para criar e reproduzir o som. Não é que o CD ou o vinil tem qualidade melhor; mas o vinil reproduz o som mais próximo àquilo que ouvimos naturalmente e no nosso dia a dia.

    @tautologico
    Acho que é bem por aí mesmo. É melhor comprar algo do GoG ou jogos indie diferentões com alguns trocados a mais. Um amigo meu faz isso direto pelo Steam e pega uns jogos bem divertidos. Embora se um dia lançarem um pacotão de Mega Drive oficialmente com todos os jogos por uns 50,00, posso até pensar em comprar! huahuaha Mas acho difícil porque a versão nacional para PC de uma coletânea do Sonic já é quase 100,00 (que sou doido para comprar inclusive, junto com Sonic Adventure DX).

    @Orakio Rob, “O Gagá”
    Isso pode até servir para quebrar a(s) indústria(s) de uma vez. Quem sabe com a falta de 1000 jogos lançados por dia o povo comece a ver jogos mais antigos com aquela mesma paixão que tínhamos. hehehe Como Caduco falou num post meu certa vez: “Se quebrar a indústria, vou continuar jogando Castlevania quando tiver tempo. Não vai fazer a menor diferença para mim.”. E concordo plenamente com isso. hehe

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  • 15/12/2010 em 4:21 pm
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    @Eric Fraga
    Bah, respondi todo mundo, atualizei a página e seu comentário só apareceu depois que sbmeti as respostas todas! huahuahauha

    Bem lembrado. Mesmo com muita gente sem pagar nada por jogos, a indústria dos games é hoje a maior do ramo do entretenimento. Já passou a do cinema há bastante tempo já. Então, assim como locar jogos não dava prejuízo às grandes empresas, baixar jogos também não. hehehe Interessante, não é verdade? huahauhauhaha

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  • 15/12/2010 em 6:03 pm
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    @O Senil
    Mesmo tendo visto o comentário depois, rolou um SuperConsole ali nas suas respostas, valeu 😀

    Ficou muito off-topic o que escrevi abaixo, mas sei lá, pulem se quiser voltar logo a discussão original 🙂 é que depois dos videogames, é o assunto que mais me interessa (áudio). Vou clicar “submit” porque demorei pra escrever, mas foi com carinho, vai que alguém gosta da leitura 🙂

    Sobre o “som do CD”: áudio digital é mais puro (“puro” no seu sentido original) sim, pois não há partes mecânicas envolvidas na reprodução – e estas partes geram sons alienígenas à música. No vinil ou qualquer outro formato onde ondas analógicas são captadas/convertidas durante a reprodução, você tem uma quantidade de artefatos (é assim que são chamados os ruídos que não fazem parte do áudio original) muito grande: no vinil e no k7 que são as mídias domésticas pré-digital, a qualidade final era tipicamente muito inferior ao que se tem hoje – no primeiro o som do atrito da agulha, que NÃO é música e no k7 o absurdo ruído gerado pelo amplo contato necessário da cabeça com a fita são coisas terríveis. Aí vieram uns irmãos chamados “Dolby” e colocaram redutores de ruído nos tape-decks domésticos e tome-lhe roubar agudo da música, que ia junto com o sumiço parcial dos ruídos. Ou seja: dark age 😀

    Continuando :p : quando o áudio é digital na mídia doméstica (cd, whatever) você tem o mais próximo da fita de rolo original do estúdio, que é um troço (apesar de ser fita) de muita qualidade e pouquíssimo ruído por motivos que não compete explicar aqui (claro que não se usa mais fita de rolo desde a era Pentium). A digitalização não adiciona ruído NENHUM. Fique com essa frase, é ela quem lhe garante o fato do áudio digital ser superior no final das contas. Superior MESMO. E… mais puro, mais genuíno, after all!

    Puristas: eles dizem (e é verdade) que a harpa do piano (aquelas notas mais ‘fininhas’ do piano) atingem até 80 KHz, e o padrão doméstico de áudio digital é de 44 KHz apenas, perdemos “som” ali (na verdade somente vibrações, como você vai descobrir lendo a frase seguinte). Ok, o ouvido humano só capta (os melhores…) a metade – 22 KHz. A definição de 44 KHz é justamente por ser o dobro da capacidade humana, para garantir fidelidade (tanto que no início da década de 80, o padrão CD era caro e difícil de implementar por causa da largura de banda muito alta, 1.4 megabyte por segundo naquele tempo…). Mas os 44 KHz eram uma meta da Philips, e pela insistência dela… o resto é história.

    Os “buracos” sonoros deixados pela digitalização são preenchidos naturalmente durante a conversão para analógico. Lembrem-se: nós ouvimos SOM, não bits; portanto, ouvimos o som COMPLETO porque a conversão pra analógico acaba com as “retas” que alguém falou acima. O melhor: sem NOVOS e indesejados sons (hoje em dia dá pra chamar de SPAM os ruídos gerados pelo vinil e k7 :p).

    Alguém aí tem um PlayStation 1 original? Sabiam que ali tem um dos melhores DACs (o conversor de bits para “som real”) que existe, ever? Que até estúdios utilizavam PS1 porque era o mesmo DAC dos equipamentos high-end da Sony por um preço muito menor? Ou seja, o problema saiu das agulhas e cabeçotes de decks para o DAC. Só que é um problema ridicularmente menor daquele que vivemos na década de 80 pra trás.

    Sabe do que os músicos e o povo de estúdio “das antigas” têm saudade da era analógica? Do chamada “warm feel” dos equipamentos de gravação analógicos. Acreditem: eles não sentem falta alguma dos ruídos gerados pelo vinil, k7 (a não ser pra contextualizar passado). Esse warm feel é um artefato muuuuito sutil gerado pelos diversos equipamentos envolvidos na gravação. Tanto que hoje, temos plugins digitais que adicionam warm feel! 🙂

    Pra terminar: desde o início dessa década se produz música até gravando a 192 KHz com samples de 32-bit, o que é um absurdo de captação. Vinils na rotação padrão e k7 não conseguiam reproduzir estes valores (apesar de serem analógicos, existe equipamento que captam os picos de frequência que denunciam esta inabilidade). Mas – hey – o ouvido humano não precisa disso tudo. Players de vinil de extrema qualidade, high end total, reproduziam até 50 KHz, contra 44 do digital. Aqueles que a gente tinha em casa não iam muito além dos 25 KHz não.

    Tomara que alguém curta o assunto aí 🙂

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  • 15/12/2010 em 6:27 pm
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    @ Eric Fraga
    Eu particularmente gostei do que você escreveu, esse assunto é meio controverso mesmo, já li textos enormes de especialistas (desculpe não lembrar nomes), falando da superioridade do vinil. Assim como já vi muita gente entendida falando o mesmo sobre o cd.
    Eu como entendo pouco a respeito de tecnicidades do som, música e etc vou de ouvido mesmo, a mim agrada muito mais o som do vinil do que o de cd. Porém no final das contas para mim o que acaba contando ao ouvir uma música é a praticidade mesmo, até porque tanto no trabalho quanto em casa eu passo boa parte do meu tempo em frente ao PC, e é muito mais fácil rodar uma coleção de MP3 gigante do que o troca-troca que gera as duas mídias físicas.:)

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  • 15/12/2010 em 6:39 pm
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    @João do caminhão

    Legal João. Olha, eu falei isso tudo mas tem um vinil no meu estúdio, quando quero ouvir “aquele” som de vinil, coloco meu Duran Duran ou Tears For Fears em vinil e viajo. O ponto era apenas o lance da pureza: quando vc ouve no vinil, terá algum “spam”, que o compositor não “planejou” que vc ouvisse não. O digital garante uma experiência mais fiel – isso é fisicamente comprovado.

    A questão é que o som do vinil é nostálgico. Apenas isso. E isso é gostoso. Como um bom retrogame 🙂

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  • 15/12/2010 em 7:04 pm
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    @Eric Fraga
    Muito boa explicação, pensei em dizer algo sobre o assunto mas com preguiça de escrever.

    Mas a faixa de frequências audíveis vai até uns 20kHz, nao 22. A frequência de Nyquist é a frequência que um sinal precisa ser amostrado para que a forma de onda possa ser reconstruída fielmente depois, sem perdas. Na teoria do processamento de sinais, pode-se provar matematicamente que a frequência de Nyquist é o dobro da maior frequência presente do sinal. Mas isso é a teoria. Na prática, por causa de perdas, geralmente se aprende nas escolas de engenharia que é melhor usar uma frequência de amostragem 2.2 vezes maior (ao invés de 2x). 20 kHz x 2.2 = 44kHz, que é a frequência do som em CD, como você já explicou.

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  • 15/12/2010 em 7:46 pm
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    @tautologico

    Valeu tautologico!

    Já li de tudo: de 20 a 22, de 16 a 22 (essa é que mais confio) de 16 a 20… vc diz o range e algum pesquisador em algum lugar já expôs. O critério de Nyquist respeitado é o que importa.

    De qualquer maneira, ruído extra nunca foi desejado pelos músicos e produtores. Um detalhe interessante que se discute muito: como o mix final dos primeiros CDs era a partir de canais separados com sample de 16-bit/44 KHz, quando juntavam-se as dezenas de canais num novo mix (o final) tb com 16-bit e os mesmos 44 de frequência, havia perda matemática. Hoje se tem o luxo de usar 192 KHz em cada canal, sample de 32-bit… o resample final preserva ainda mais.

    Pena que não temos muito Tears For Fears, The Cure, Simple Minds, Van Halen e etc. pra aproveitar essa resolução toda e sim Beyonce :p

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  • 15/12/2010 em 9:04 pm
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    @Eric Fraga
    Bom, não sei a sua idade, mas eu, que já passei dos 30, com certeza não chego nem perto de escutar até 20kHz 🙂 (Acho que 20kHz mesmo, ou talvez mais, só na infância/adolescência. Daí aqueles toques “inaudíveis” para gente mais velha. Lembro que um aluno uma vez colocou o toque de celular e eu consegui escutar muito, muito vagamente).

    Isso da perda provavelmente pelo tamanho da amostra, só 16 bits, devia dar erro pela quantização, imagino.

    Mas quanto ao que se faz hoje, sim, tem Beyoncé (que eu não gosto pessoalmente mas não acho execrável), mas tem muita coisa boa também. Acho que entra um pouco de nostalgia, um pouco de só lembrar do que era bom antigamente, esquecendo as porcarias da época, e um pouco da lei de Sturgeon (“90% de tudo que se faz é ruim”).

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  • 15/12/2010 em 9:24 pm
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    “…se encontrasse uma locadora com jogos de meus consoles nas proximidades de minha casa, não iria mais procurar games no Mercado Livre para comprar. Mas, claro, isso deve ser só eu mesmo. :-P”

    EU TAMBÉM!

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  • 16/12/2010 em 7:51 am
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    @Eric Fraga
    Disponha! hehehe

    Eu curti o assunto! Embora muita gente possa dizer que não sou músico por ser baterista (pois é, já ouvi isso hehe), me interesso por estas questões. Até tive aula disso na faculdade com a questão de limiares e coisas do tipo

    Olha só, falou bastante coisa que eu não sabia (ou que só tinha ouvido falar por alto). E quando falei do som do vinil ser mais próximo do que ouvimos no dia a dia, era pensando mesmo nestes ruídos (não no sentido de “chiados”, mas de sons “indesejáveis” por assim dizer). Só não havia pensado pelo lado de um produtor musical que limpa isso ao máximo e nem na relação do CD com o rolo original em que as faixas foram gravadas. Se bem que, ouvindo um CD ou um vinil, sempre vai haver ruído. Mesmo se estivermos numa sala isolada acusticamente e ouvindo um CD, sempre vai ter algum som ao mesmo tempo. Nem que seja a batida do coração, o barulho da respiração etc.

    Esse treco da Philips eu não sabia. hehe Isso é bem comum em qualquer indústria e, ao que aprece, é sempre o mais barato que vence. Como no caso Betamax e VHS.

    Mas vai lendo minhas outras respostas que pergunto algumas coisas que pode me ajudar. hehe

    @João do caminhão
    O que me faz pensar em uma outra coisa. Um mp3 é sempre mais próximo do som de um CD? Tipo, um mp3 com taxa de bits variável é mais próximo do que foi gravado em CD? Ou um totalmente em 320 kbps é melhor? E qualidades menores desse formato (128 para baixo)? para piorar (ou melhorar, vai saber! huahuahua) a discussão, formatos com menor compactação como Flac, Ape e outros entram como nessa dança toda?

    Eu também gosto do som de vinil (e prefiro até em vários casos). O que mata é que estou sem toca-discos há um tempão… Sinto falta de ouvir meus discos do Balão Mágico, ops, do Tear for Fears. 😛 hehehehehe

    @tautologico
    Valeu pelo adendo também. Mais alguns detalhes que desconhecia.

    Sobre estes toques inaudíveis por pesoas mais velhas, isso é fato comprovado. hehe A diferença pode parecer imperceptível, mas é verdade. Ouvimos muito mais (dizer “melhor” não seria adquado – ouvir mais coisas ao mesmo tempo é mais caótico e não necessariamente melhor) quando somos mais novos.

    Essa lei que citou é comprovada pela imensa biblioteca de jogos de PSX. Acho que até deve ter uma margem de erro para mais com uns 5% pelo menos. huahuahuahauha

    @Eric Fraga
    huahuahaha Pode crer! Artistas bem gabaritados em suas melhores fases fazem falta. O disco mais recente do Tears for Fears não chega nem perto do Songs from the Big Chair (embora seja bom), comprado pelo meu irmão na época e que dá uma vontade doida de ouvir de novo de vez em quando.

    Tem discos que admiro muito pela qualidade de gravação. Tem coisa recente boa que surge; só não se mostra no meio mais pop, infelizmente.

    @Vinnie
    huhauhauha Não estou sozinho nessa doideira então!

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  • 16/12/2010 em 9:12 am
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    Caraca, como tem gente bacana discursando nos comentários, sério, não tem trollagem nesse amado site.
    Eu acho que os emuladores e roms popularizaram os acessos aos jogos antigos, de que forma eu conseguiria jogar Valis de Pc engine ou Metal gar do MSX?
    Essa questão de preço de jogos bem que daria um belo post, hein, (Lady)Gagá e Senil. Afinal porque os jogos(mesmo “antigos”, como ps2), ainda são vendidos tão caro?
    Porra, essa semana fui na Loja americanas(sem jabá) e fiquei maravilhada por encontrar centenas de DVD não muito antigos(de 2008 para trás) por preços relativamente baratos. É engraçado essa situação, Alien de 1979 é um clássico absoluto e pode ser comprado por uma bagatela, já a situação de jogos é beeeeeeeeeeeeem diferente.
    E por que um jogo custa tãooooooooooooooooooo cara, alguém sabe me dizer?

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  • 16/12/2010 em 9:37 am
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    @Guilherme 2
    Pois é, eu também adoro isso! hehehe Os comentários são sempre interessantes e pertinentes.

    A emulação permite mesmo o acesso a jogos antes restritos a populações bem específicas. Como acontece, por exemplo, com a tradução de games somente em japonês, ou até mesmo de jogos em inglês para o português (uma bênção para amantes de RPG como foi comigo na época do Phantasy Star para Master System)

    Sem dúvida que a questão do preço é algo a se pensar. Tanto proporcionalmente (com a renda média de anos atrás e o preço naquele período – pensando também no efeito da inflação etc.). Quem sabe mais para frente eu consiga reunir alguns dados para escrever algo a respeito?

    Todos os últimos filmes que comprei em DVD foram nas Lojas Americanas (acho que só um comprei pelo Submarino). Clássicos a preços bacanas (acho que é 12,90 ou algo assim). Comprei “Os dez mandamentos”, um clássico absoluto, como falou, (e longo prá burro devo acrescentar! huahuahua) por este preço.

    Bom, jogos custam muito caro porque as empresas gastam muito dinheiro para desenvolvê-los e querem ganahr muito dinheiro em cima deles. hehehe Há muitos “muito” envolvidos no processo. Não sei detalhes específicos de taxação e impostos no país, então se alguém quiser falar a respeito, sinta-se à vontade. hehe

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  • 16/12/2010 em 10:22 am
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    Só por aqui mesmo que uma discussão sobre as locadoras vira uma discussão sobre qual formato de música é o mais fiel: CD ou vinil.

    Sobre o primeiro acho que muitos já deram a sua contribuição aqui, mas vou ter que ser um pouco offtopic e comentar a respeito sobre o “confronto”: CD x Vinil.

    Acho que a maior perda dentro dessa mudança de formato foi a parte gráfica. Por conta do maior espaço para ilustrar as capas, nós tínhamos capas de álbuns simplesmente memoráveis (“Thick as a Brick”, do Jethro Tull; “Secos e Molhados”, da banda homônima; “Physical Graffiti”, do Led Zeppelin, as capas do Roger Dean, etc..). Com o advento do CD, essa arte perdeu um pouco do seu impacto.

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  • 16/12/2010 em 11:17 am
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    Só pra encher o saco(aguardando o horário de saída do trabalho).
    Gostaria de sugerir alguns temas:
    O preconceito contra jogadores de games, especialmente no brasil.
    Citação: “Os videogames ainda são vistos pela grande maioria das pessoas como um brinquedo, quando não uma perda de tempo total. Até alguns gamers têm essa visão” – Daniel Galera.
    http://www.portalliteral.com.br/blogs/sobre-autores-e-games-4-daniel-galera-1

    É impressionante que as pessoas não achem perda de tempo futebol(que gosto mas não assisto) e novelas, mas sempre que se fala em videogame viram a cara ou acham subcultura.

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  • 16/12/2010 em 11:50 am
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    Bom, acho que sou o leitor mais novo aqui, e não vivi tanto a era das locadoras, mas eu achava muito mais fácil ir até a esquina e pagar uns 2 reais por jogo(ou as vezes nada, na época que meu pai tinha locadora xD)do que comprar. Só comecei a comprar os jogos que alugava na época do PS1, por que o jogo custava 5 reais(pirata…) e por esse preço era melhor do que ter que ficar alugando o jogo toda hora. E no caso da locadora de jogos pra PS1 aonde eu ia as empresas perdiam ainda mais, por que os jogos alugados já eram piratas

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  • 16/12/2010 em 12:38 pm
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    @O Senil
    Sim, a perda de audição é real, mas não é uma perda uniforme. À medida que ficamos mais velhos vamos perdendo a capacidade de ouvir frequências mais altas (mais agudos), então a faixa audível reportada (seja 20Hz-20kHz ou outras alternativas) é teórica, pois a faixa audível real é individual e depende da idade.

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  • 16/12/2010 em 1:33 pm
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    @Adney Luis
    huahuaha Pode crer! O que não é nada ruim, como não me canso de repetir pelos comentários e posts.

    Thick as a Brick é fenomenal! Não só a capa; eu gosto do disco também. Até hoje racho o bico com o título e a idéia da “faixa única” que ele é. hehehe Só foi dividido em dois por conta dos dois lados do vinil mesmo. Jethro Tull é uma excelente banda; pena que não é muito famosa por aqui (ao menos em comparação com outras de rock progressivo) padecendo de uma sina semelhante à do Focus.

    Roger Dean é o cara que fez as capas dos discos do Yes e do Asia,não é? Acho elas bem legais e sem sombra de dúvida que perdemos muito com a diminuição para CD. É algo interessante que levantou; acho isso uma grande perda na transição de vinil para CD.

    @Guilherme 2
    huahuahuha Não enche não! Pode ficar tranqüilo!

    são ótimasm idéias. Sobre o preconceito eu já penseio em trabalhar um pouco por aqui, só não me decidi ainda que parte desse fenômeno vou tentar abordar. hehehe Quando me decidir, eu escrevo alguma coisa sim, Valeu por ter dado estas sugestões, assim eu anoto e tendo menos a me esquecer. hehe

    @Gustavo Toscan
    huahuahah Jogos para alugar piratas é brincadeira né? hehehe Parece até piada, mas isso existia também na era dos cartuchos. E olha que muitas vezes as versões piratas nem eram tão mais baratas que as originais.

    @tautologico
    Sim, é isso mesmo. Eles preferem usar uma faixa que atinja a todos, do que deixar alguém “na mão” se tiver uma audição mais apurada.

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  • 18/12/2010 em 12:44 pm
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    Bom, não sei se isso é mau-caratismo (existe isso? haha) da minha parte, mas honestamente, eu gosto muito de emuladores, ROMS e etc. Ainda gosto de jogar games com vinte anos de idade, e concordo com um colega aí pra cima que disse sobre esse tipo de software dever estar em domínio público. Será possível que depois de tantos anos, as empresas ainda contam com qualquer tipo de retorno dessas mídias, pra ficarem de alguma forma incomodadas com quem joga?

    E honestamente, de novo, não tenho a mínima disposição de pagar duzentas pratas em um console pra emular jogos. Se for pra fazer isso, prefiro procurar o aparelho original com alguém que o tenha encostado e comprar com um precinho módico. Eu mesmo, quando me desfiz de meu Mega Drive e Sega-CD (isso já no começo dos anos 2000), vendi por míseros R$60,00 cada, pois estavam criando pó em casa… Mas ainda assim, não me importo de usar um emulador com a ROM, apesar dos inconvenientes relacionados à joystick, o fator “saudosismo”, já que não é a mesma coisa, etc…

    Quanto ao trecho em que o Senil falou sobre essa obsessão de baixar centenas de ROMs e nunca jogá-las, a carapuça serviu-me hahaha
    Há uns dois anos, ou mais, quando comecei a jogar as velharias outra vez, baixei em algum lugar um pacote monstro de roms do Mega Drive, com todos os jogos lançados. TODOS. Incluindo versões beta, demos, japonesas, europeias, enfim… Óbvio que não joguei e nem vou jogar nem 10% deste pacote. Quando alugávamos os jogos, não teríamos acesso a nenhum outro durante alguns dias, então queríamos tirar o máximo possível dos que estavam em nossas mãos (tirar o máximo = terminar o jogo). Tínhamos que curtir ao máximo aqueles, até que pudéssemos alugar outros, normal que o interesse fosse muito maior do que hoje, quando temos acesso a milhares deles de uma vez.

    Fazendo uma (porca) comparação, é como um cara bastante impopular com as mulheres, que de repente arruma uma namorada, e outro, para quem as mulheres imploram para namorar. Qual deles dará mais valor a mulher? O que tem qualquer uma aos seus pés, ou o que só tem uma? =)

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  • 18/12/2010 em 1:03 pm
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    @Iceman
    huahuahua Se não existe, neologismos são as coisas que mostram a vivacidade de uma língua e não reformas ortográficas arbitrárias e legalistas. hehehehe

    Eu mesmo prefiro procurar um console usado também. Quando meu objetivo é só jogar certo jogo, nem me preocupo muito com caixa, documentação e o escambau.

    Precisa rever essa sua obsessão porque esses pacotes completos existem aos montes (conheço pelo menos uns três ou quatro grupos que fazem as listas de jogos existentes para os consoles) e sãoa tualizados constantemente. Um dos que mais acompanho é o de Master System porque estão dumpando roms bem raras (betas principalmente, mas algumas que nem jogos são, como um cartucho que a TecToy usava na sua loja para fazer anúncios nas televisões de lá hehehe).

    Calma aí, vamos pensar direito essa sua comparação. hehehe Essa namorada única do cara “deu uma chance” para o impopular, ou foi ela que deu em cima dele? huahuahuaha Isso deve mudar um pouco a situação toda porque o cara pode passar a se sentir o máximo e até largar a menina para tentar sair “pegando todas”. hehehehe

    Mas, se entendi bem, eu creio que o cara com uma única namorada daria mais valor a ela. O que tem várias mulheres a seus pés e “usa” cada uma delas quando lhe aprouver não está pensando nelas: somente em si mesmo e no número de mulheres que “coletou”. Pensando em roms, a analogia é possível.

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  • 18/12/2010 em 1:54 pm
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    Obsessão foi abandonada depois do primeiro pack 🙂 É o que falei, nem dá pra ficar um ou dois dias baixando um baita pacote daqueles por torrent e depois jogar menos de 10%. É que quando comecei, tava com uma preguiça danada de ficar baixando rom, uma por uma… Pensei: “vou pegar logo tudo, e depois escolho”. É o mesmo que andei fazendo com discografias (tive que parar porque entupi o HD até o talo! Não aguentava mais ver “Espaço em disco insuficiente”). Agora ouço umas faixas na Last.FM e se gostar, baixo um álbum por vez.

    E a analogia é essa mesmo. Quando alugava um jogo no fim de semana, ele era a “namorada” daquele período, e a atenção era toda dela. Jogar bola? Só depois da namorada, digo, do game.
    Já o cara que pega geral… Pra que dar atenção, se já tem outra na fila? É o caso das roms transbordando no pc…

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  • 18/12/2010 em 2:04 pm
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    @Iceman
    huahuahuaha Que bom. hehehe Tem gente que baixa toda versão nova dos packs que saem. E às vezes deixam lá em 7zip porque ocupa menos espaço e nem usam para jogar nada. Vai entnder! hehehe

    Ah, então entendi direito sua comparação. Acho que seja bem por aí mesmo. É como se cada jogo não exigisse nada mais, nada menos do que dedicação e entrega a ele (como é uma namorada, se formos aproveitar ainda sua analogia). Se você não se entrega, durante aquelas horas, inteiramente para o jogo, você não está dando o seu melhor para ele, não está fazendo a única coisa que ele pede de voê para envolvê-lo. É quase uma ofensa, se formos pensar. hehehehe E para mim, o mesmo se aplica à música; de modo que o que falou sobre baixar discografias inteiras e tal se encaixa perfeitamente nisso.

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  • 15/05/2011 em 8:00 am
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    esse négocio das locadoras estragar a venda de jogos é mito(na maioria das vezes) me lembro dos meus 13 anos quando a minha mãe comprou o nintendo 64 e ia na locadora alugar F-Zero 64,Turok 2,Ocarina of Time,Crius in Usa,Quest 64(lixo total! não joguem!)World Driver Champhionship( o game de simulador que chegava perto de Gran Turismo) e vários outros e 2 anos depois, acabei comprando o Zelda 64, Turok 2,Fighters Destiny e vários outros pq eu já sabia que eram bons. mas o négocio é: primeiro: encontrar o game daquela locadora para vender, e naquela epoca cartucho de N64 com algum jogo que prestasse era raro.segundo:ter condições para compra-lo. e sobre esse negocio de baixar games pela net, eu aprovo, mas com moderação. eu mesmo só baixo algum game depois de ter zerado outro ou então deixo a rom na espera pois eu vou joga-lo futuramente. ao contrario dos meus amigos que baixam uma penca de jogos e não zeram nenhum e o meu amigo Lucas é o pior deles. ele fica procurando na net algum jogo para jogar e quando encontra,resolve baixa-lo e quando baixa o game,joga um pouquinho e acaba desistindo. ou seja ele é um QUIT GAMER. ele não é jogador casual e não consegue se apegar a nenhum jogo por preguiça ou pela dificuldade(por menor que seja) ontem baixamos o novo street fighter pelo torrent. ele jogou um pouquinho,quando começou apanhar. já queria baixar NFS pq era mais fácil…esse são tipos de pessoas que realmente baixar várias roms só para dizer quem possuem, mas na verdade não zeraram ou jogaram menos da metade que foi baixado. lamentavel.

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  • 16/05/2011 em 4:33 pm
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    @leandro(leon belmont) alves
    Concordo plenamente. É que nem aquelas pessoas que, cheias da grana, compram dezenas de jogos e não jogam nenhum deles direito. É preciso moderação nas coleções. Colecionar acaba virando um “jogo de jogos” (como na expressão “jogo de panelas”) em que a totalidade dos games reunidos lacrados numa prateleira faz mais sentido do que jogá-los.

    Muitos dos jogos que tenho aqui em casa até hoje inclusive são aqueles que alugava direto.

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