Há quanto tempo, amigos leitores do Gagá Games!

É, a vida infelizmente dá algumas voltas longas em certos momentos e, numa dessas voltas, tive de me afastar da vida online para correr atrás da rotina mais… táctil, por assim dizer. Entretanto, antes de me retirar para a toca durante um período maior, deixo aqui meu último post, fazendo pela primeira vez parte da brincadeira de “O quê joguei em 2012” :). Não vou chamar de Meme pois, ao meu ver, a palavra teve seu significado muito modificado nos últimos dois anos, então é brincadeira mesmo!

Como sabem, sou um cara verdadeiramente das antigas, ou seja, não esperem nada do tipo “virei duas noites jogando Assassins Creed 15 Ancient Conspiracy edition”. Meus passos no território dos jogos contemporâneos ainda são muito tímidos e muito do que joguei neste ano foi na verdade fazendo a fila de “coisas a jogar” dar mais um passo.

Sem maiores delongas, vamos à lista destas pequenas pérolas eletrônicas!

Animal Crossing: City Folk

Alguma vez já confessei o quanto sou viciado nesta versão “cute” de the Sims? Pois é, o vício me acompanha desde 2007.
A série Animal Crossing é marcada por uma jogatina tranquila e pacífica, um bom humor peculiar e uma série de pequenos detalhes que, juntos, impulsionam o mundinho virtual de forma cativante.

Há aqui personagens atípicos no mundo dos vídeo-games, como é o caso do Resetti, uma toupeira cujo trabalho é punir as pessoas que desligam o console sem antes salvar o jogo. Pode parecer besta, mas, além de ser uma saída interessante para desencorajar os jogadores a tentarem desfazer pequenos erros cometidos, não deixa de ser uma boa comédia ver o quanto aquela toupeira se descabela cada vez mais, conforme suas resetadas vão se acumulando.

Na lista de personagens marcantes há também K.K. Slyder, um cachorro que toca uma gama gigantesca de músicas no violão. Nos tempos do Gamecube o pobre K.K. encarava a vida de músico errante sentando num caixote ao ar livre. Já na versão de Wii a coisa ficou mais chique e agora há um barzinho descolado aonde é possível ouvir suas músicas preferidas tomando um belo café expresso!
A coisa toda é garantia de infindáveis horas de diversão. Não vejo a hora de botar as mãos no mais novo jogo da série que acabou de sair pro 3DS, porém ainda não no mercado ocidental. Como não sou fluente em japonês, o jeito é esperar alguns meses.

Enfim, se você é macho demais pra se dar ao direito de jogar Animal Crossing… Ok, quem perde é você, prezado jogador que fica verde e forte quando nervoso. AC é um achado e uma franquia pela qual tenho o maior carinho, dados os itens comentados e mais um infinidade de coisas que não falei pois precisariam de um post específico para isso.

 

Spelunky

Distribuído de forma gratuita e criado numa engine que até então eu não respeitava, Spelunky mudou meus conceitos sobre desenvolvimento e até mesmo desafio dentro de jogos. Começo dizendo que, se morrer repetidamente e encarar infinitos game overs não é algo que te agrade, passe para algum outro jogo nessa lista pois Spelunky pode ser uma grande frustração.

A coisa é bem simples. Você é um explorador, descendo para níveis cada vez mais profundos numa grande caverna em busca de ouro e demais tesouros. Cada fase é gerada randomicamente, o que é muito bacana pois o sistema funciona extremamente bem. A cada quatro fases o tema do cenário muda, assim como os inimigos e itens a se interagir. Ainda sobre inimigos, talvez o mais interessante seja o shopkeeper. Este simpático vendedor pode ser vitima de jogadores desalmados, decididos a matá-lo para saquear sua loja. E realmente dá certo, com o pequeno porém de que, a partir de então, no fim de cada fase haverá um shopkeeper tentando te matar, o que serve como desafio muito bacana!

O mais interessante? Após morrer um número razoável de vezes, ao invés de frustração, encaramos um espírito gamer oldschool, não conseguindo parar de jogar enquanto não avançarmos um pouco mais. Nenhum jogo havia me prendido tanto desde 1998, quando joguei Banjo & Kazooie tantas horas seguidas que quase desaprendi meu nome. Há um remake super HD e metidão pra Xbox Live… Entretanto, recomendo ao menos jogar o original.

 

Cave Story

Já que falamos de Spelunky, por que não comentar rapidamente sobre o rei dos jogos Indie?

Em primeiro lugar, quem não conhece Cave Story é um pecador que não vai sobreviver ao fim do mundo agora no dia 21, então fique esperto caso se enquadre neste perfil. Ainda da tempo de jogar pra fazer parte da elite mais seleta! Produto de cinco anos de trabalho paralelo de um programador muito gente boa, Cave Story é o máximo que um jogo de plataforma 2D poderia desejar ser. Desafiador na medida certa, repleto de pequenos segredos, com cenários bastante variados e uma história bacana, além de, principalmente, uma jogabilidade muito redonda. Como se não bastasse, há também finais diversos para a história.

Você começa o jogo sem sacar direito o que está acontecendo e, após um cenário breve para compreender os comandos básicos de controle do personagem, depara-se com uma vila povoada por Mimigas, uma espécie de coelhos subterrâneos que, por falta de tomar sol, são todos albinos e sofrem com falta de vitamina D. Brincadeiras a parte, logo fica claro que o jogo é carismático e a simples jogabilidade já seria suficiente para nos fazer desejar seguir em frente.

Com músicas bem feitas, gráficos caprichados e jogabilidade polida, Cave Story foi um grande marco na história dos jogos indie e, posso afirmar com segurança, foi inspiração para mais de metade dos jogos no gênero que vieram nos anos seguintes.

Dreamfall

Talvez meu jogo preferido da década passada, Dreamfall é um exemplo de como contar uma boa história através de mídias interativas.
Criado em 2006, para a época os gráficos eram bem atuais e até hoje o jogo é bonito. A história é bastante complexa e, na verdade, o título é a continuação de “the Longest Journey”, de 1999.

Você joga principalmente – mas não apenas – com Zoe Castillo, uma adolescente desmotivada com a vida que, de forma desavisada, acaba vendo-se envolvida em uma trama que engloba viagens a um mundo paralelo, além de um plano de manipulação global por parte de uma megacorporação no ramo de brinquedos e bonecos interativos.
Zoe viajará por cenários exóticos e conhecerá alguns personagens cativantes – mesmo que muitos deles sejam bastante estereotipados.

Após um hiato de seis anos, Ragnar Tornquist, criador de Dreamfall, finalmente começou a trabalhar na continuação do game e, aliás, fica aqui o aviso: o jogo não chega a um final conclusivo, nos deixando com uma vontade absurda de saber a explicação por trás de alguns fatos. Por sorte, o dia em que veremos o desenrolar destas explicações está finalmente mais próximo.

 

The Legend of Zelda: Wind Waker

Desta vez o jogo dispensa comentários, certo? Errado.

Não vou fazer uma breve análise de Wind Waker,porém deixo apenas um lembrete: se você é preconceituoso com os gráficos cartunizados, que pena. WW talvez seja o melhor game da série e, se não o é, está junto dos melhores. Trata-se de um jogo bonito, caprichado nos mais mínimos detalhes e extremamente rico em sua história, além de quebrar um pouco com a fórmula “pegue seu cavalo e vá explorar Hyrule Field”. Tudo bem que o cavalo foi substituído por um barco falante e o tal field ganhou forma de oceano gigantesco, mas isso são detalhes.

Acredite, caro leitor, este título é um Zelda peculiar, cuja jogatina me trouxe dezenas de horas de alegria. Se tiver a chance, não deixe Wind Waker de lado. Deixe de lado o preconceito com o título.

 

Completo a lista com Mirror’s Edge, mas acabo de ver que é o mesmo final dado à lista do Gagá, então deixo a ele os comentários sobre este fantástico jogo. Que bela coincidência!

No fim das contas, não jogo games atuais não pelo fato de serem novos, mas simplesmente por ainda não ter vencido a fila de jogos excelentes que deixei pra trás ao longo dos últimos dez anos, simplesmente por, durante a maior parte destes, não possuir vídeo-games ou computadores compatíveis com o que, na época, era novo. Comecei o post fazendo uma brincadeira com Assassins Creed, porém sei que trata-se de uma super produção que vale a pena conferir. Só não conferi ainda :).

E é isso, prezados amigos. O ano foi de jogatina contida, entretanto, nem por isso, menos divertida – perdoem a rima.

O que você jogou em 2012? Por Cássio Raposa

13 ideias sobre “O que você jogou em 2012? Por Cássio Raposa

  • 12/12/2012 em 7:17 pm
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    esse Cave Story apenas ouvi falar, mas falam muito bem dele.e jogaria Animal Crossing, se pode escolher entre vários animais? e Dreamfall dei uma jogada, vale a pena. vou ver se o termino antes do Natal.

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  • 12/12/2012 em 8:13 pm
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    não se fazem mais velharias como antigamente…sou das antigas também!!!bons tempos de jaspion (adoro as pernas da Anri), vhs, fita cassete e cartuchos de video game…também dos disquetes é claro,,,tinha muitos jogos DOS em disquete,,,show!!!!a verdade que não consigo parar de jogar jogos antigos e aqui vejo que ainda existem muitos jogos antigos que eu não conheço!!!!!a simplicidade ainda me atrai nos jogos antigos!!!!

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  • 12/12/2012 em 8:35 pm
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    Esse Zelda Wind Waker é um que ainda jogarei quando surgir a oportunidade. Esse game Spelunky lembra um pouco um de DOS chamado Paganitzu. Dreamfall é de lavar os olhos mesmo e não importa se o game é novo ou antigo, para você pode ser um game novo se você nunca chegou a zerá-lo. Deixe as datas de lado, o importante é sua diversão. A lista está ótima.

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  • 13/12/2012 em 10:45 am
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    Fala raposa. Eu tenho aqui no PS3 o SPELUNKER HD que é a versão HD do Spelunker original do qual o Spelunky foi derivado. Estou para jogá-lo ainda, mas falta tempo, sabe?

    Quanto Mirro’s Edge, cara, você TEM que terminar esse negócio. Da metade pro final a dificuldade aumenta MUITO e tem que ter um pouco mais de perseverança para prosseguir. Quando você chegar na parte do pulo do guindaste você me conta. Vai sofrer pra passar. 😀

    Zelda WW quero começar a jogar em 2013 no emulador. Já baixei a ISO e o emulador e já tá tudo configurado, basta eu sentar a bunda e jogar.

    Falow!

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  • 13/12/2012 em 11:16 pm
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    leandro(leon belmont) alves, Então, por incrível que pareça, em Animal Crossing você joga somente como…. humano! E sim, é o único humano existente no jogo, não me pergunte a lógica… Agora, Dreamfall, se puder, não deixe de terminar. Muito bacana mesmo.

    helisonbsb, tem muita coisa boa sim, assim como hoje em dia tem bons jogos – outros nem tanto hehehehe. Mas h[a algo na limitação de hardware que parece forçar os desenvolvedores a se empenharem mais em detalhes. Não sei.

    Marvox, realmente, Dreamfall eu sou suspeito de falar hehehehe. Na verdade a primeira vez que joguei este título foi em 2009, mas não podia deixar de citar aqui – e é verdade, terminei o jogo novamente neste ano, então ta valendo 😀

    tonshinden, sim. Esses dias descobri uns puzzles de Amiga 500 maravilhosos e super obscuros. A gente nunca sabe o que vai encontar.

    Piga “the ancient alien”, é Piga, Wind Waker é muito bacanudo. Tem que deixar de lado aquele sentimento de “Isso é muito cartum” e seguir em frente. E manda ver que roda liso no emulador :).
    O Mirror’s Edge está realmente se mostrando fantástico. Sempre fui com a cara desde quando era novo, porém demorou até eu ter um PC que rodasse e, quando o fiz, tinha a tal fila de jogos que viriam antes – estava parado desde os tempos do Quake III. Enfim, acho que em mais um ou dois anos eu consigo chegar junto com os tempos mais atuais dos jogos.

    Abraço a todos!

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  • 16/12/2012 em 12:39 am
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    Bacana a lista, bem diferente.

    Animal Crossing eu lembro que minha esposa tentou jogar uma época, mas desistiu por não conseguir fazer alguma coisa lá que não me lembro, mas eu mesmo nunca coloquei a mão.

    Cave Story eu só tive contato através da demo na Wiiare, confesso que não curti muito no começo, mas depois joguei a demo mais um pouco e achei bacana.

    Ah, Wind Waker é um bom jogo sim, os gráficos dele são excepcionais, uma das coisas mais bonitas que já vi, mas está longe de ser meu Zelda favorito, principalmente a partir do meio do jogo ele fica muito lento e sinceramente o lance de ficar navegando é muito cansativo. Felizmente o final é ótimo e tira a má impressão que esse miolo deixou pra mim.

    Abraço!

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  • 16/12/2012 em 11:27 pm
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    Mais uma ótima lista aqui no blog, hein? Vcs mandaram bem este ano.
    Sobre os jogos, não sou muito fã de Animal Crossing, já tentei jogar e não fez meu tipo.
    Spelunky eu não joguei ainda, mas tenho curiosidade. Esses jogos cheios de game overs são sempre divertidos, mas tem que estar com cabeça para encará-los.
    O Cave Story cheguei a conhecer esse ano, mas não sou lá muito jogador de PC, então desisti rápido. Mas achei bem bacana! E não sabia que tinha diversos finais, agora fiquei com medo de encarar e ficar muito tempo preso nele tentando fazer todos os finais! hehehe
    Nunca ouvi falar de Dreamfall, parece interessante.
    Zelda eu não curto então não falarei sobre! hehe
    E o Mirror’s Edge, como falei pro Gagá, preciso encarar algum dia. Parece bacana!
    Encare sim Assassin’s Creed algum dia, mas quando tiver passado por todos os jogos que precisa. Afinal, os jogos da franquia levam algum tempo pra terminar, não tem jeito.
    Abraço

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  • 17/12/2012 em 12:21 am
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    Rafa Tchulanguero Punk, o final de Wind Waker é mesmo muito bom. Em geral navegar lá cansa, mas, se você encarar como uma coisa pra fazer enquanto pensa na vida, fica tipo um meio termo entre vídeo-game e meditação rs. Brincadeiras deixadas de lado, o meio é meio paradão mesmo, mas é um grande jogo!

    Rafa Tchulanguero Punk, pois é. Às vezes percebo que estou precisando me atualizar, mas aí aparece aquele RPG de DOS que eu nunca havia jogado e… Enfim, a coisas sempre se repete 😀

    Gamer Caduco, Animal Crossing é meio… Fofo demais para alguns hehehe. Realmente é um jogo que ou se gosta muito ou passa batido, não tem meio termo. Spelunky é muito bacana mas, esqueci de comentar no post, um joystick é quase item de sobrevivência. No teclado é meio sofrido…
    Assassin’s Creed eu sempre olhava com aquela visão “porcaria contemporânea” bem preconceituosa, mas, após iuvir um pouco sobre o jogo através de um bom amigo, acabou que decidi que é mais do que justo deixar o preconceito de lado. Resta jogar e ver se realmente valeu a pena 🙂

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  • 22/12/2012 em 10:48 am
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    Animal Crossing é um dos melhores do mundo! Lendo o que você escreveu dá até vontade de jogar. Estou louca (louca mesmo!) para jogar o novo. Feliz que o mundo não acabou ontem PORQUE vou jogar este jogo, rs. Spelunky eu já joguei,mas não gostei. Fases randômicas te impossibilitam de desenvolver a habilidade específica para aquele cenário e isso me frustra! O legal de Sonic de Mega, por exemplo, é exatamente pegar a habilidade no cenário, naquela fase, que nunca vai mudar para daí poder correr e etc (se bem que eu nunca corro, pois me dói o coração deixar moedas para trás, além dos bichinhos fofos que ficam aprisionados se eu não salvo). E o Spelunky não possibilita isso. Enfim, sei que possibilita outras coisas, mas não gosto dessas outras coisas. Acho que se é para ser tudo randômico prefiro Toejam e Earl ou Worms, que os objetivos justificam fases diferentes. Mas ele lembra um pouco Hero do Atari, que eu amo! Esse Zelda é maravilhoso. Eu já terminei o Phantom Hourglass (é esse o nome? já faz tempo!) que é parecido. O barquinho é incrível. Eles conseguiram fazer de um jeito que não enxe o saco ficar navegando.
    Dreamfall é lindo, mas só joguei o Longest Journey. Não gosto de jogos para contar histórias…para isso prefiro os livros, mas é um jogo lindo.
    Boa lista, anyway!

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