Eu sou um sujeito que curte muito jogos com  dificuldade alta. Adoro aquela tensão, aquele quase-pavor de chegar até a última fase de um longo e difícil jogo sabendo que, se cometer um erro, eu vou ter que jogar o jogo INTEIRO novamente *saudades de Battletoads*.

... e quase que nosso herói perde a cabeça.
... e quase que nosso herói perde a cabeça.

Isso não acontece porque sou um velho experiente, e que precisa de desafios porque zera qualquer jogo com uma mão nas costas. Acho que eu simplesmente sou o trouxa típico pego pela maldosa estratégia “crie-um-jogo-pequeno-e-faça-durar-por-meses-colocando-a-dificuldade-lá-em-cima”. Quem já jogou Mega Man sabe como é perder dezenas de vidas tentando dar um salto quase impossível sobre uma plataforma que não para de se mover e ainda se abre a cada dois segundos, forçando o jogador a ficar dando saltinhos enervantes para não cair. Geralmente há espinhos no teto também, e se você pular alto demais, dança.

Muita gente considera esse tipo de dificuldade injusta. Eu não considero, porque com trabalho e dedicação o jogador acaba chegando lá. Veja Gaiares, por exemplo, um joguinho de nave que é um verdadeiro balé espacial: você é obrigado a memorizar as fases, porque é impossível não morrer sem ter conhecimento prévio de algumas seções. Injusto? Não, só exige tempo e dedicação.

Agora, tem um jogo que, usando português claro, é uma tremenda sacanagem. E acho que o nome desse jogo não foi escolhido por acidente: após meses de jogatina infrutífera, o jogador só pode mesmo se sentir uma besta. Aliás, menos do que isso: a sombra de uma besta.

Piada ruim essa, hein?

Besta? Eu?

Pombas, um de cada vez, por favor!
Pombas, um de cada vez, por favor!

A série de jogos Beast é um clássico do Amiga. Shadow of the Beast foi o primeirão da trilogia, e fez um baita sucesso. Acho que a popularidade do jogo se deve aos gráficos viajantes, ao design piradíssimo dos personagens e à atmosfera fantástica. O mundo de Shadow of the Beast está cheio de cenários bizarros e criaturas muito, muito esquisitas, que desfilam pela tela com uma trilha sonora absolutamente arrepiante. Parece ótimo, né? Mas vem cá, por que diabos o jogo é TÃO difícil?!

Para quem não conhece Shadow of the Beast, estamos falando de um joguinho de ação lateral. Você controla um pobre camarada que foi sequestrado por um demônio quando era bebê, foi transformado em monstro, perdeu a memória e só recuperou anos depois, ao ver seu pai ser morto pelo tal demônio. Há um campo de ação principal, que seria tipo o “world map” do jogo — mas não se deixe enganar, o pau come, e come FEIO nessa parte do jogo. Movimentando-se por esse cenário você encontra as entradas para duas fases: a da árvore e o castelo (sem contar o poço, que é a saída da fase da árvore). Ou seja, na real mesmo temos a “fase principal”, a fase da árvore e a fase do castelo, que tem uma subseção. Todas são pequenas, e talvez por isso o game designer tenha decidido tacar a velocidade lá em cima.

A versão para Amiga já tem uma dificuldade meio brutal — uma única vida, doze míseros pontinhos de energia e, como diria meu amigo de asilo, Revolver Ocelot, there are no continues, my friend. Para piorar, seu único ataque é um mísero soquinho — isso, obviamente, sem contar a pífia voadora do nosso herói, que nem os mais sádicos vão querer usar. Some a isso ocasiões em que um único erro causa morte instantânea. Barra pesada, hein? Acha que não pode ficar pior? Pois é. Pode sim.

A versão do Mega Drive

Foto do encontro anual de jogadores que zeraram Shadow of the Beast do Mega Drive.
Momento de descontração no XII Encontro Anual de Jogadores que Zeraram Shadow of the Beast do Mega Drive.

Eu só joguei outras versões de Shadow of the Beast há poucos meses (a de PC Engine é muito boa, diga-se de passagem). Mas a versão que eu conheço desta “belezinha” foi a que a Eletronic Arts lançou para o Mega Drive. Um amigo meu tinha o jogo (o mesmo cara que tinha o Phantasy Star I que eu joguei pela primeira vez). Nós jogamos direto… dias, semanas, meses, e parecia que não evoluíamos, a gente sempre morria mais ou menos no mesmo ponto, com pequenas variações. Numa boa, o jogo era simplesmente ultrajante, a situação chegava a ser rídicula. A jogatina nem era prazerosa, porque cada pancadinha que a gente levava do inimigo fazia toda a diferença do mundo. Se perdesse x pontos de energia na fase da árvore, a gente já sabia que não ia dar para passar do pedaço Y. Dava para arruinar um jogo em poucos segundos, com um ou dois comandos entrados na hora errada.

Só muito tempo depois eu fui descobrir o motivo da insanidade da versão do Mega Drive. As televisões europeias usam uma taxa de atualização de 50 Hz, enquanto o padrão americano é de 60 Hz. Nem vou tentar explicar o que isso significa, mas o efeito mais direto disso é que jogos feitos para o padrão europeu rodam mais rápido em consoles americanos.  Por isso, quando um jogo é lançado primeiro na Europa, ele é adaptado para os nossos 60 Hz. Só que os programadores de Shadow of the Beast simplesmente esqueceram de adaptar a velocidade para o mercado americano.

O que isso significa? Que um jogo que já era difícil para caramba ficou ainda mais difícil para os habitantes das américas, porque roda 16,7% mais rápido! Imagine esta cena típica do jogo: o seu personagem, que está no meio da tela, corre que nem um doido para a esquerda. Nisso, um inimigo surge de repente na esquerda da tela, correndo na direção contrária. Saca aquele lance da física, de somar as velocidades para calcular o impacto? Pois é. Eu fiz um pequeno vídeo ilustrando a situação para vocês: primeiro temos o jogo rodando em sua velocidade normal. Depois, temos a versão “acelerada” e ainda mais impossível de ser zerada que chegou por aqui. Note como a música fica bem mais rápida também:

A diferença parece pequena, mas faz MUITA diferença. Aliás, o vídeo também serve para demonstrar a insignificância do soco do nosso amigo. Você deve estar pensando: “o Gagá é um prego mesmo”. Pois experimente rodar o jogo aí na sua casa, e acertar esses socos aí que eu errei. É logo no começo do jogo, é só andar para a esquerda. Pode até ser que você acerte, mas tente repetir o feito umas dez vezes seguidas. Pelo menos metade você vai errar. Shadow of the Beast não é um jogo de tentativa-e-erro que recompense o jogador pela sua persistência: você está sujeito ao acaso, ao humor do instável sistema de detecção de colisões e à própria sorte. Você pode se sair perfeitamente bem em um trecho do jogo agora e se estrepar todo no mesmo trecho na jogada seguinte. Frustrante.

Vou até soltar um outro vídeo para vocês entenderem do que eu estou falando:

Vejam bem: os olhos quicam rápido pra caramba. Você não só tem que passar zunindo por baixo deles na hora certa, como precisa parar exatamente no ponto certo entre um e outro. Para piorar, há dois momentos em que vem um bichinho voando a quinhentos por hora! Anotem aí: os programadores desse jogo não têm mãe. Nasceram todos de chocadeira.

Eu até acredito que alguém seja capaz de zerar a versão do Amiga, ou a do PC Engine. Eu joguei esta última, e embora seja pauleira, acho que é um dos casos mais extremos do modelo insista-que-você-chega-lá. Mas essa versão do Mega Drive, numa boa, é coisa para gente sádica. Se você tem algum amigo que zerou esse negócio sem macetes, sugiro que passe a evitar esse amigo. Se você zerou, por favor não me conte: talvez me aterrorize tanto saber que pessoas capazes de um ato tão sórdido visitam o meu blog que posso trancar tudo, apagar as luzes e pregar madeiras nas janelas aqui do retiro dos artistas, deixando vocês sem posts por meses. Considerem-se avisados.

UPDATE: Esqueci de mencionar um detalhe. O cartucho tem um macete de imunidade, que a SEGA só revelou muito tempo depois. Com o macete eu zerei o jogo, e o final é frustrante. Vejam só a foto do último chefe:

sotb-chefao_final

Sim, senhoras e senhores. Um pé. E você tem que socar a unha do dedão dele. É o último chefe. Derrote-o, e você poderá se declarar oficialmente “Manicure of the Beast”.

Ah, e fiquem longe do Nino Megadriver. Ele zerou esse negócio sem truques, e pode apresentar surtos psicóticos perigosos.

Para xingar os programadores: Shadow of the Beast (Mega Drive)

78 ideias sobre “Para xingar os programadores: Shadow of the Beast (Mega Drive)

  • 18/12/2009 em 11:47 pm
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    Estou começando a me achar um gênio dos videogames, porquê eu zerava esse jogo muito (mas muito mesmo) facilmente quando eu tinha ele (aliás, ainda tenho) a muito tempo. E sem truques.

    Este, o Strider (no Hard), o Fantasia (tá… nesse eu penava).

    O grande segredo do jogo é, além de pegar o tempo certo (não sabia desse problema de padrão de Hz!) para acertar os inimigos, também saber como evitá-los e lógico: saber para onde ir. Você não chega muito longe sem saber exatamente o que fazer e aonde.

    Começo a pensar seriamente em fazer um detonado deste e de outros jogos “impossíveis”. Ah, e é claro, não sou sádico. Espera, volta aqui!!

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  • 19/12/2009 em 3:29 pm
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    @Marcos “mcs” Valverde

    Então você é o “The Wizard” que ficava falando “California” várias vezes e teve que aturar o Kevin Arnold? XD

    Ah sim, tenho uma sugestão para detonado: Toki/Juju.

    @Orakio Rob, “O Gagá”

    “Quero receber novos comentários feitos neste post por email (assim posso revidar se alguém falar mal de mim).”

    Suas frases explicativas são as melhores que vi até hoje XD.

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  • 21/12/2009 em 6:29 pm
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    Parabéns pelo post, muito bom! Só discordo da existência de problema no sistema de colisão do jogo. Se você jogar muito, verá que ele não te trai. O problema é que ele (o jogo, a Psygnosis…) requer timing perfeito do jogador. E isso requer sangue-frio extremo, uma vez que o jogo é só isso do início ao fim, sem perdão.

    Aliás…

    Consegui finalizar Shadow Of The Beast do Mega Drive uma única vez. Mas usei um aliado: não, não me refiro à invencibilidade (claro que não!). Foi meu videocassete! Pois então: Fui gravando minha partida para servir como registro do próximo inimigo. Quando eu não tinha certeza de onde vinha o próximo inimigo, “PLAY”. Pronto? “PAUSE”, mudava pro Mega. Lá vou eu. Quando eu atingia mais distante que eu tinha gravado e estava prestes a passar por ele, “REC”. Cara e coragem, e o VHS gravando. Morri? “STOP”. Principalmente no diabo do castelo, isso era/foi essencial. Assim, eu fui tendo um registro completo do jogo todo – até chegar no chefão. Inclusive, se me recordo direito, o único jeito de matá-lo era agachado PERDENDO life o tempo todo (tb não tenho certeza, lembro que cheguei com 10 ou 12 lá, então tinha pra gastar…).

    SoTB é até hoje meu ‘ultimate challenge’ pessoal. Strider e Fantasia, que alguém falou aí, são difícies (Fantasia mais que Strider). Mas não são, tipo, assim, “imperdoáveis” como o jogo da Psygnosis. Somado aos 16.7% do Mega Drive… Era o jogo que os amigos gamers da época largavam na segunda partida. Acho que jogavam a segunda só pra ver se era isso mesmo… ehehehehehe

    Foi minha entrada no ‘caderninho de zerados’ mais emocionante de escrever, tenham certeza!

    Pelos gráficos incríveis, pelo parallax chocante, pela ótima trilha, pelo clima ‘survival horror 2D’ 🙂 e, finalmente, pelo desafio espetacular e honesto do jogo, ele é um dos meus favoritos de todos os tempos.

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  • 21/12/2009 em 9:34 pm
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    @Eric Fraga
    Eric, essa do vídeo foi o máximo… você acaba de entrar para a galeria de heróis do Gagá Games. Agora vai ser Eric “o cara do VHS de Shadow of the Beast” Fraga 🙂

    Eu chegava até aquela fase em que o cara ganha um jato, com fundo meio azul, se não me engano. E toca um rock maneiro pra caramba! Se não me engano eu chegava no chefe dessa parte. Já estava relativamente perto do fim, depois disso acho que era só correr para a direita passando por uns inimigos no cenário principal e enfrentar o big boss. Mas não deu, o saco já estava cheio demais e eu queria perder a virgindade antes dos trinta, então acabei desistindo 🙂

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  • Pingback:Tweets that mention Gagá Games » Para xingar os programadores: Shadow of the Beast (Mega Drive) -- Topsy.com

  • 22/12/2009 em 4:26 am
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    Ainda não zerei a versão americana do jogo (só consegui chegar até o castelo, sem truque), mas deu pra perceber que os gráficos e a paleta utilizada na versão japonesa é melhor (também pudera, foi lançado depois). Um detalhe interessante, que eu percebi só agora, é que os zeppelins (bem mais bonitos na versão japonesa) do jogo desafiam as leis da Física: se você corre na mesma direção que eles, eles aumentam a velocidade, caso contrário eles diminuem XD . E mais: há vários logos da Psygnosis (cara de coruja dentro de uma esfera) em série que sobem e descem na parte da árvore, o som do “pause” lembra som de ganhar vida e todas as iniciais dos high scores são “ROB”, coincidência macabra O_O .

    Acabei de jogar um pouco a versão do Lynx de novo para testar. Ela foi feita pela Digital Developments e lembra um pouco a versão do SNES por causa dos morcegos. Ela é mais complexa que a versão do Mega Drive, há uma barra de life em vez do número, você tem 3 continues e, para ajudar, alguns monstros não morrem com apenas 1 hit :S .

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  • 22/12/2009 em 10:00 am
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    @Orakio Rob, “O Gagá”

    ehehehehehe, valeu pelo lugar no hall da fama! 🙂

    Pois é, nessa época sem fraps (êpa, capturar vídeo é só no PC não?) os tempos eram negros, eheheheh. A idéia de usar o VHS é porque eu já gravava a abertura e, caso terminasse o jogo, o final de cada jogo alugado/emprestado numa fita T240 em EP. Lembro-me que a fita abria com Revenge of the Shinobi, escolhido a dedo por causa da abertura empolgante. Infelizmente essa fita de SotB eu desgravei, mas fiz o mesmo com Out Of This World e Flashback – ambas estão devidamente capturados para digital e vão para o youtube em breve. O que me lembra a sensação de ‘ummm, que legal, já fiz isso antes’ quando eu vi o conceito do speedrun nos tempos atuais. Tipo, eu tinha feito estes speedruns na era pré-web (92, 93) eheheheheheh. Além de gravar a abertura e o possível final, numa K7 eu gravava as ‘melhores do soundtest’ de cada jogo.

    Ô, diversão aquilo viu… ah, e era antes dos 20, então não era de preocupar ainda 🙂

    Ah, e não são só os zepellins que “desafiam as leis da física (eu diria, do parallax 🙂 ): fora do castelo, o último layer de parallax da grama se movimenta mais lento que o castelo, que está ao fundo, eheheheheheheh

    (Obs após reler: não tinha, que eu lembre, diabo nenhuma no castelo. Quando disse ‘principalmente no diabo do castelo’ me referia ao castelo todo 🙂 )

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  • 12/01/2010 em 7:13 am
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    Depois de muitas semanas de lamúrias, decepções, choro, xingamentos, skol, baconzitos (bah… doritos tbm! rs!!!!)…

    FINALMENTE ACABEI COM O DESAFIO DO INFERNO!!!!

    Nessa madrugada terminei o Beast!!! Uhuuuuuuuulllllllll!!!!!!!!

    Bem, antes de dar minhas impressões sobre meu feito histórico, rs, gostaria de salientar que joguei a versão japonesa, mas usei as opções de fábrica, nada de aumentar meus pontos de vida… rs! Usei a joponesa pois emulou melhor, e o design das criaturas eh bem mais legal: por exemplo, o primeiro boss da parte da árvore eh bem mais animalesco, com tons escuros e sangue nas presas…

    Sem mais delongas, vou dar minhas observações sobre o game:

    – Primeiro Adventure Field (eh assim que chamo o mapa rs): Nadegas a declarar, um caminho tranquilo ateh a arvore, claro, se gostar de morcegos super desenvolvidos!! ehehehe… mas eh facinho.

    – Árvore Maldita: Bom… o começo do inferno!!! rs… na verdade, o jogo começa a mostrar que eh muito apelão jah nessa parte, as chaves são muito bem protegidas, mas jogando e morrendo muitas vezes descobri algo muito útil em Beast: Jogar com calma não tah com nada na maioria das vezes! Digo isso pois parar pra aniquilar cada inimigo pode lhe causar muito dano! Nas partes de muita apelação como a parte dos olhos, ou dos guerreiros infinitos que vem dos dois lados, sempre tem garrafas de life antes desses desafios, logo eh melhor dar uma de suicida: sair correndo pra cima deles sem golpeá-los, pegue o seu item, e volte pra se curar!!! 😛
    Mas nem a dificuldade dessa área me assustou tanto quanto as bizarrisses!!! Tipow, tem uma parte que os inimigos são o logotipo da PSYCNOSIS!!! Isso mesmo, aquelas bolinhas com carinha de coruja… bom se não for eh muito parecido! rs!!! Querem mais bizarrisses???? Que tal fantasmas dividindo espaço com insetos gigantes que defecam pepitas de ouro??? hehehe… mas uma ainda eh mais brutal: antes do confronto com o chefe que guarda a saída da árvore, temos turbinas de onibus espaciais no teto!!!! uheuheueh soh num entendi pq o teto não levantou voo com as propulsões das turbinas!!! rs… falando no chefe… ele eh complicado se chegar com pouco life… muito chato desviar dos tentaculos e do fogo que ele emana… se tiver muito life, e claro, experiencia pra chegar no castelo vivo (o segundo adventure field eh osso!), vale a pena dar uma de suicida e soca-lo com tudo, sem se preocupar em desviar. Ele eh bem bizaro, num conheço nem criatura mitológica pra comparar!!! Ou o corpo dele fica atras do poço, ou ele eh o poço com alterações genéticas, ou ele eh uma pobre criatura sem corpo e de mal hálito!!!! heuheuhe!! Fim da arvore do cão!!!! hehe

    – Poço: Suba as escadas… e só… aproveitem esse sublime momento, eh o unico de calmaria no jogo todo…

    – Segundo Adventure Field: Esse agora eh o caminho do poço ao castelo… COMO MORRI NESSA PARTE!!!! Eh muita apelação mesmo!!!! Primeiro que o caminho pra chegar ao castelo eh infindável, ateh um queniano se cansaria!!! Sem falar os inimigos: tentaculos saindo do chão, crituras peladas caindo de árvores, trombetas alienígenas, um dragão fazendo uma espécie de cocô, ateh fogos de artíficio no melhor estilo ACME!!! eheuheuheu… eh… os programadores não queriam nosso sossego! Nessas partes o melhor eh ir devagar, dando toquinhos no direcional, pois nem o melhor computador do mundo decoraria a sequencia quase infinita de inimigos desse lugar!!! Eiiii… será que algum programador eh fã do Led Zepellin? 😛 Depois de percorrer uma distância equivalente da terra ao planeta Namek, chegamos ao castelo!!! Mas o beast num tem visão noturna, peguem o pedacinho de madeira que emana uma chama eterna um pouco depois da porta do castelo!

    – Castelo de Greyskull: Hora de enfrentar o esqueleto!!!! rs… brincadeira! Chegando a reta final do jogo, que não eh muito longo… bom… criaturas mais exóticas estão por vir, o motoqueiro voador peladão que o diga!!! Sem falar dos pac-men de caudas (não to falando dos espermatozóides!! euheuhe). Bom… mas se chegaram aqui, morreram e recomeçaram tantas vezes que as aberrações vão ser tão naturais quanto àquela vizinha que não tira os Bobs do cabelo. O lugar eh muito mais apelão que a arvore… eh comum retas abarrotadas de monstros de todos os tipos, onde nao da pra abater todos. Recorram a velha técnica: se sabes que tem life por perto, sejam suicidas, pra evitar a morte… morrer aqui dah um dor no coração! Ateh o simples subir de uma escada eh atrapalhada as vezes por uma espécie de boneca da estrela pelada que fica pulando sem parar! Bom… nada de grandes labirintos, a coisa aqui eh ateh linear… fica mais divertido quando vc pega a bazzoka! ^^ Ao final, com a bazzoca, enfrentamos um dragão enorme, com umas tres cabeças acho (eh… contar em meios aos seus ataques nao eh bom negócio!), muito facinho por sinal… mas não sorriam antes da hora!!! Pois a coisa fica preta a seguir:

    – Beast Thunder Force Mode: Isso mesmo… depois de tudo quanto eh aberração, beast veste um jet pack e vira um game de shooter!!! Shooter que pariu!!!! E como todo bom e velho shooter, EH DIFICIL PACAS!!!! Como eu joguei sem save state, foi a parte que mais me irritou: eh impossivel nao sofrer danos constantes!!! O lance eh eh criar uma coreografia, e criar um caminho pra sofrer menos danos, e não se esquecer de pegar todos os lifes possíveis! Beast tbm eh cultura: eu não sabia que os caramujos voavam!!! 😛 Conseguiu chegar vivo ao final??? Prepare-se pra morrer no chefe!!! Uma aberração (novidade) que parece um unhex gigante (será que o ultimo boss usa ele pra cortar as unhas??? 😛 bah… isso eh assunto pra depois!). O lance eh ficar desviando do menbro vibratório dele e acertar nas aberturas (o kid bengala passa fácil desse chefe! ehuehueue). Matamos… tamos quase lá!!!!

    – Ultimo Adventure Field – Bom… como era de se esperar, mais inimigos… mas esse eh mais tranquilo… ande devagarzinho, encha seu life, de tchauzinho aos Zeppelins e vamos ao ultimo Boss!!! Uhulllll!!!

    – Final Boss: O Gigante comedor de presunto com a unha encravada!!! – No final do ultimo adventure field, vc vai ver uma mao gigante te atacando com um presunto e chegará ao peh dele. Oh… uma unha encravada!!!! Oh… mas eh claro, quebramos o unhex dele tempos atras!!! Bem… os golpes dele sao sempre em locais especificos, eh soh desviar dos presuntos e atacar a unha! Moleza!!!!!!

    E uhulllllllllll!!!! Chegamos ao fim desse clássico estressante!!!!

    E vale a pena terminar esse jogo gente… ver o Beast no vinal virando o Michael Jackson não tem preço!!!!! eheuheuheuheueh…

    Queria agradecer ao pessoal do Gagá Games pela matéria que me fez terminar esse grande (?) jogo!!! ^^ Tirando a parte dos cabelos arrancados, joysticks dilacerados… eheuheuheuheu

    SHADOW OF THE BEAST ROCKS!!!!!

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  • 12/01/2010 em 10:23 am
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    @Orakio “O Gaga” Rob
    Ah… e uma pequena observação sobre o final: É simplesmente comovente!!!!

    Oh como o Beast é uma criatura triste!!!! Ele atravessa um mundo que é constituído apenas para dizima-lo das formas mais cruéis e bizarras possíveis, com o intuíto de voltar a ser um homem!!!

    Mas… após enfrentar a morte de frente o tempo todo e detonar o monstro que o tornou bestial juntamente com seu unhex demoníaco, ele se torna… se torna… OMG O QUE EH AQUILO???

    Ele se transforma no Michael Jackson na sua fase “Monster Jackson”!!!!!

    Isso mesmo… nada de princesas, mulheres semi nuas, e tão pouco uma cabrita pra recebê-lo com relações sexuais bizarras no final de sua jornada!!! Nada disso!!!! Apenas ele perde seu visu estiloso de Besta (fala sério, ele eh estiloso sim, será ele primo do Raziel do Soul Reaver??? :p) para andar pra tras, mudar de cor e comer criancinhas!!! :p Ele tinha que virar o Monster Jackson??? Esses programadores nunca assistiram as novelas da Televisa???? Que caras mais desumanos!!!!

    Snif… pobre beast!!!

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  • 12/01/2010 em 3:57 pm
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    Uma colega de trabalho de minha mãezinha iria viajar para os EUA e perguntou qual cartucho de Mega Drive eu queria que ela trouxesse pra mim. Eu respondi de cara: Phantasy Star 3 !!! Aí, ela me perguntou: E se eu não encontrar este?? Eu respondi: ah… traz Shadow of the Beast! Eu sei, eu sei… Por que não pedi Phantasy Star 2? Ou uma barra de chocolate Lolo?? Eu não mereço perdão… Mas foi assim que Orakio Rob jogou Shadow of the Beast pra Mega Drive pela primeira vez!!

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  • 29/07/2010 em 11:05 am
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    Tenho traumas até hoje com esse jogo. Trauma que ficou ainda mais acentuado depois que meu vizinho conseguiu zerar a versão do Mega Drive sem usar macete. Isso foi em 1994 e até hoje o sacana fica me gozando!

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