No meu post sobre as diferenças entre as versões japonesa e americana do game Super Castlevania IV, eu mostrei como os americanos censuraram sem dó algumas partes do game, onde sangue, nudez e referências a religões eram mostrados na sua versão original. Ficou evidente a diferença entre dois países, no caso Japão e Estados Unidos, em relação a sua cultura e forma de ver os jogos eletrônicos.

Bem, no post de hoje da série Censura nos Retrogames vou mostrar que os países europeus são ainda mais conservadores em relação aos games do que os americanos.

A lendária série Contra da Konami sofreu uma forte censura quando levada para o mercado europeu, onde todos os personagens humanos dos jogos tiveram que ser mudados para personagens robóticos, o que fez com que até mesmo o título da série mudasse na Europa para Probotector ( uma mistura de “robot” e “protector”). De maneira curiosa as versões dos games Contra e Super Contra lançadas para os arcades na Europa não sofreram alterações gráficas, mas a palavra Contra foi trocado por Gryzor.

Abaixo estarei relacionando três games da franquia Contra que sofreram esta censura e tiveram os humanos e aliens trocados por seres robóticos, usando imagens das versões americanas e európeias, para que todos possam fazer um comparativo entre elas. Humanos trocados por robôs? Qual o motivo dessa “palhaçada”? Deve ser porque os robôs não sangram…

Contra e Probotector (NES)

Operation C e Probotector (Game Boy)

Contra III e Super Probotector (Super NES)

Mais games da franquia Contra censurados?

Além dos três games mostrados acima, mais 3 jogos da franquia também sofreram o mesmo tipo de censura quando foram para o mercado europeu, a saber: Super C (NES), Contra: The Alien Wars (Game Boy) e Contra: Hard Corps (Mega Drive). Todos tiveram, no mínimo, os personagens principais trocados por robôs.

O primeiro game da série Contra a ir para o mercado europeu sem ser alterado, e carregando o título original e não a infame palavra Probotector, foi o Contra: Legacy of War, que foi lançado para o PlayStation. A partir de então nenhum game da franquia Contra sofreu mais esta censura “robótica” nos conservadores países da Europa, que a princípio não aceitavam que games onde seres humanos matassem uns aos outros fossem lançados em seu território.

Censura nos Retrogames: Série Contra

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