“Para quem quer fazer exercícios de reflexão”

Olá crianças!

Entre nós que gostamos de jogos antigos o problema do “nível de desafio” ou “nível de dificuldade” dos games é algo corriqueiro. É até usual que utilizemos aquele argumento bem conhecido de que “os jogos atuais são muito fáceis” para que demonstremos a precariedade contemporânea da indústria.

Inclusive falamos um pouco a respeito desse assunto algumas vezes nessa nossa coluna. Porém, havíamos comentado sobre a importância de existir algum desafio para que o jogador pudesse seguir adiante e perceber-se arriscando de alguma forma. Afinal, todo jogo contém como elemento essencial a surpresa e retirá-la com um nível baixo de desafio pode aniquilar completamente a experiência que podemos ter com ele. Para hoje estava pensando em refletirmos juntos sobre um outro ponto dessa mesma questão.

Em muitos jogos antigos podemos escolher a dificuldade. Com muitas variações de nomes e designações, parte-se do fácil ao difícil. Até aí tudo bem, mas com certeza já ouviram (ou falaram) que jogar um game no modo mais fácil é “inferior” a terminá-lo em um outro modo mais desafiador. Essa é uma ideia que chega até mesmo a ser incentivada por algumas empresas. Como exemplo, poderia citar a Konami e o Castlevania Bloodlines para Mega Drive. A cada nível de dificuldade que você aumenta no jogo, maior (e mais completo) o encerramento fica.

Também serviria como possibilidade desse incentivo oficial a dificuldades maiores aqueles games que, ao utilizarem dessa possibilidade de escolha de dificuldade, acabam inventando outro jogo mais fácil e simplista. É aquele famigerado modo de treino (practice) que vemos em jogos como Castle os Illusion para Master System e Mega Drive também.

Alguns jogos, pessoalmente, não consigo jogar em dificuldades maiores que o normal (ou até mesmo não saio do fácil dependendo de qual for). Isso, que também exploramos a respeito do desafio em outro post, é porque não apenas o desafio precisa existir, como também é necessário que se mostre possível de ser superado por nós. Se é visto como impossível, não pode haver jogo para nós.

E é aqui que há a necessidade de retomarmos o que essas palavras “fácil” e “difícil” querem dizer e qual a relação entre elas.

O aspecto interessante é que os adjetivos “fácil” e “difícil” têm a mesma origem comum sendo diferenciados apenas por um prefixo. “Difícil” vem do latim “difficulis”. Retirando o prefixo “dif-“, ficamos com “ficilis” que é uma versão de “facilis”. Este deriva do verbo “facere” que significa simplesmente “fazer” em sentido amplo envolvendo não apenas ações que empreendemos, mas também criações e construções. O sufixo “-ilis” significa “algo que é capaz de…”.

Isso quer dizer que “fácil” (“facilis”) significa simplesmente “algo que é capaz ou possível de ser feito”. Vemos como fácil algo que nós percebemos como podendo ser realizado, algo que conseguimos superar de algum modo. Ou seja, algo é fácil para nós quando possuímos poder, habilidade, conhecimento e recursos em geral que nos permitam fazê-lo. A palavra “faculdade” tem essa mesma origem de modo que a ideia de “fácil” como algo que não exige esforço nenhum é uma derivação posterior.

O prefixo “dif-” vem de “dis-” no latim que significa literalmente “distante” e tem proximidade com o latim “duo” (que significa “dois”). Logo, algo “difícil” é a alternativa a “fácil”: é aquilo que não vemos como possível de ser feito, algo para o que não possuímos poder, conhecimento ou meios para realizar.

O que isso tudo quer dizer? Que “fácil” e “difícil” não é simplesmente uma questão de selecionar em um menu alguma coisa. Independentemente se escolhemos “practice”, “very easy”, “piece of cake”, “easy”, “normal”, “hard”, “very hard”, “nightmare”, “expert” ou “mania”, sempre queremos optar por uma coisa simples: dificuldade. Ou seja, queremos ser desafiados com alguma coisa que não conseguimos superar com toda certeza com nossos saberes e conhecimentos prévios.

Mesmo jogos colocados na dificuldade mais fácil das opções podem possuir desafios interessantes e divertidos caso mantenham sua surpresa, risco e envolvam o jogador. Experimentar um game em um nível de dificuldade maior não o torna mais divertido ou melhor por definição. E isso nem sempre passa por menus anteriores ao jogo propriamente dito: muitos jogos são vistos como difíceis (ou desafiadores) simplesmente por exigirem uma habilidade que não podemos utilizar ainda. Por exemplo: jogos esportivos que exigem tendinite ou a quebra dos controles. Outra possibilidade para pensarmos poderiam ser aqueles jogos que demandam paciência (muitos antigos pedem isso de nós!) ou reflexos rápidos (que pela idade que porventura tenhamos podemos perder um pouco).

Todo jogo é e deve ser difícil para qualquer jogador. Mas, ao mesmo tempo, também deve ser fácil. O paradoxo é justamente esse: ao mesmo tempo que reconhecemos um desafio estranho que exige coisas inéditas em nossa habilidade e motivação, também há certa familiaridade com aquilo que já conhecemos a respeito daquele game ou outros semelhantes. O jogo apenas não acontece quando seus extremos acontecem plenamente: se sabemos que somos totalmente incapazes de superar certo desafio impossível, ou se temos certeza absoluta de como o jogo vai se desenrolar sem qualquer risco para nós.

É isso que queria compartilhar com vocês essa semana! Até o próximo post!

Academia Gamer: Fácil e difícil

25 ideias sobre “Academia Gamer: Fácil e difícil

  • 28/08/2012 em 9:52 am
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    sobre dificuldade…para mim isso varia, geralmente ponho em normal, jogo até zerar e fica por isso mesmo. não costumo jogar o mesmo game numa dificuldade maior. a não ser que o prêmio valia a pena. pouquissimos games vou em Hard ou Maniac. como God of War, Guilty Gear…e de jogos antigos, zerei o game de terror Nosferatu(otimo game de vampiro) nessa dificuldade pois o final era mais satisfatório. para quem jogou e zerou Castlevania, mesmo em Hard aquilo é um passeio no parque, a maior parte do tempo.

    uma coisa que me irrita nessa história é gamer se fazendo de bonzão: “ah, eu só jogo no hard e nada mais.” eu conheço uns gatos pingados que se dizem bonzões. quando na verdade é balela. tudo bem a pessoa ser tão boa num game que joga apenas em hard para se divertir(se eu jogar Guilty Gear em normal, eu durmo…) mas ficar se gabando como um mala…tenha dó né meu filho.

    Mardição Duda!

    mas tem games que são dificeis por natureza, é gostoso tentar passar de uma fase, mesmo que morra umas vezes. como diria o Grande Nerd:

    “Veja bem, não estou malhando games simplesmente por serem difíceis, alguns dos mais clássicos games da história são notoriamente difíceis: Contra, Ninja Gaiden, Double Dragon e por aí vai. Dificuldade não é um fator negativo, ela mantém o jogo interessante por mais tempo.

    Por outro lado, existem games que se tornam tão difíceis que acabam sendo frustrantes. Não são o tipo de título que toda vez que se perde uma vida, você sente mais vontade de tentar novamente e avançar na história, são games tão abusivamente difíceis que fazem com que percamos cabelo, peso, amizades e tudo mais que possamos perder até temrinarmos!Games que só podem ser terminados com códigos, trapaças, truques ou fazendo um fazendo um pacto com uma entidade poderosa”

    tipo, The Adventure of Billy Bayou,Contra Shattered Soldier, Yo Noid!. Athena(sim, aquele game com a menina da Kof, foi o game de aventura mais dificil que terminei, acreditem ou não)Eternal Champions e o game de Navinha Mushihime Sama, declarado o jogo mais díficil de nave de todos os tempos!!!

    http://www.youtube.com/watch?v=sQZuidKexBQ&feature=related

    para aqueles que acham que estou de brincadeira….

    é sério, aquele jogo é um pesadelo a qualquer fã de Ace Shooter. esses só para citar exemplos. esses não nós divertem. mas torra a nossa paciência. e quando o termina, nem dá vontade de comemorar. mas com tantos games fáceis da nova geração, é bom termos desafios, mas não que tomem a nossa sanidade.

    Hee-Hoo Mestre-Senil! WA ZARUDO para você nessa terça 🙂

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  • 28/08/2012 em 12:56 pm
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    Vendo a foto do Shining Force, lembrei que existia mesmo essa opção de dificuldade e que eu sempre ia no mais fácil. Fiquei curioso agora pra saber como é a dificuldade no “Ouch!”…hehe..
    E eu sempre joguei e jogo no normal ou fácil, vez ou outra que jogo no hard, ou coisa parecida. Ainda mais agora que temos pouco tempo para jogos (e são tantos!), então seria desgastante jogar num nível difícil e gastar mais tempo no processo.
    Fora que dependendo do jogo, vc se estressa, e eu não quero jogar pra me estressar..hehe

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  • 28/08/2012 em 3:22 pm
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    Já li em muitos comentários por aí que o sujeito se diz sempre começar na dificuldade maior, eu meio que não creio nisso, tem jogos modernos que a dificuldade maior é praticamente injogável.
    Eu pessoalmente sempre começo o jogo no nível médio, não consigo começar um jogo e deixar no easy assim de primeira(lembrei que tenho uma exceção que é os Silent Hill e Resident Evil).
    O curioso é que o último jogo que andei jogando bastante(e queimei a língua por ter criticado o jogo) é o Deus Ex: Humam Revolution, ele é interessante que ele divide os níveis em termos, seriam eles assim:
    1-Me dê uma história-Easy(pra quem curte história apenas, eu gosto de jogabilidade logo não selecionei esse nível não)
    2-Me dê um desafio-Normal(esse é como supostamente o jogo deveria ser jogado)
    3-Me dê Deus Ex-Hard(depois de terminar no Normal, e o jogo até que não é facinho não, estou jogando nesse nível atualmente)

    Só que dei uma estacionada no Deus Ex e comecei e jogar o LoZ: Ocarina of Time alternando com Fire Emblem(de GBA, foi ler sobre esse jogo num post do Gagá que me deu vontade de jogar o jogo). E esses dois jogos não tem níveis de dificuldade, ou vai pelas regras dos jogos e avança ou se estacionar fico empacado neles(no Zelda mesmo depois da fase dos gorons eu não sei como entrar na fase dos zoras, e não tava a fim de usar gamefaqs num clássico desses, vou explorar um pouco mais o mundo)

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  • 28/08/2012 em 3:26 pm
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    Tudo depende do jogo e da disposição do jogador, é bom ter um desafio. Lembro também que jogos fáceis demais também são deveras frustrantes, fazem você se perguntar “por que estou jogando isso?”. Cabe a cada um achar a sua medida certa, os diversos níveis de dificuldades nos jogos antigos tinham exatamente esse propósito: atingir um número maior de jogadores, dependendo de sua habilidade e também da faixa etária!

    O garoto, quando muito pequeno, pode ainda não ter a coordenação necessária para se dar bem em determinada dificuldade. Sei disso porque quando eu volto a jogar um jogo antigo percebo que eu jogo melhor. Ou não, jogo pior porque perdi a prática, hahaha, isso também ocorre.

    Agora, a dificuldade mais engraçada que eu já vi foi no Doom: “I want my Mommy”. Huahauhauhauhau! E ainda mostrava o personagem com babador e chupeta. Em compensação, na dificuldade “Nightmare” ele parecia a encarnação do capeta.

    Até mais.

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  • 28/08/2012 em 10:08 pm
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    O texto (e os prints) me fizeram lembrar da dificuldade MANIA de Streets of Rage 2, acessada com códigos. Um amigo e eu jogávamos (inutilmente) e mal passávamos da segunda fase. Teimamos por um tempo até desistir “que diabos os programadores pensaram com isso? hunf”

    Já com o maledeto Bullets de Super Monaco GP foi diferente: sem desistência, prática máxima até conseguir passar. E quando passei, o que restava? Tentar ser campeão com equipes menores, porque não tinha mais desafios.

    Outra possibilidade para pensarmos poderiam ser aqueles jogos que demandam […] reflexos rápidos (que pela idade que porventura tenhamos podemos perder um pouco).

    Eu não jogo Doom fora do Too Young to Die nem a pau. Outras dificuldades matam minha diversão.

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  • 28/08/2012 em 10:10 pm
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    Jogos deveriam ser como livros.Você acha Dom Casmurro fácil ou difícil de ler?Que tal 1984 de George Orwell ou talvez Jogos Vorazes da Suzanne Collins?A resposta varia para cada pessoa que lê.Já imaginou abrir qualquer romance e se deparar com uma página de “opção de nível de leitura” logo após o índice?
    Claro que jogos e livros são coisas diferentes mas poderiam compartilhar da mesma premissa:
    O produto final é o que é.

    Eu odeio esta plasticidade na dificuldade desde os tempos de NES 8-Bits.Ora cada jogo deveria ter uma dificuldade própria implícita a ele,única e ponto final.Castle of Ilusion,por exemplo,seria mais fácil para os marmanjos(já que foi pensado para um público mais infantil)do que Ninja Gaiden.O nível único de dificuldade ficaria a cargo dos desenvolvedores do jogo,assim como o escritor,que decide que tipo de livro vai escrever.Se ele(livro)é bom ou ruim,fácil ou difícil,isso quem decide é o leitor/jogador.

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  • 29/08/2012 em 8:07 am
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    Pra mim nível de dificuldade está relacionado diretamente com o fator replay. Se o jogo, jogado nos modos mais difíceis, te traz mais recompensas, tornando-o mais divertido que os níveis anteriores, aí sim vale a pena acessar outros níveis de jogabilidade. Exemplos clássicos disso são os jogos já supracitados pelo Leandro: Silent Hill e Resident Evil. Você detona monstros e zumbis com muita alegria e saliva na boca. Dando o troco apropriado nos malditos.
    Outro estilo de game que não precisa de níveis de dificuldade mas que se baseiam na premissa do fator replay, são os RPG’s, mais notadamente os da série Final Fantasy. Chega um momento que você se orgulha de ter evoluído o seu personagem a um nível tal que você detona com alegria aqueles monstros que antes eram o ‘terror’. Novamente a premissa co-relacionada nível de dificuldade alto = mais recursos disponíveis. Se um game não segue essa premissa ele é logo enconstado. A não ser que você seja um masoquista de plantão.

    Abraços

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  • 29/08/2012 em 7:18 pm
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    leandro(leon belmont)alves,

    Eu também opto sempre pelo “normal”,o easy da a sensação de que está se perdendo algo do jogo e o Hard parece ser um excesso,só relevante para quem detonou no “normal” e quer mais desafio.Cada jogo tem suas características próprias mas no geral faço bem assim como você.

    Fernando Lorenzon,

    Perfeito.Você entedeu exatamente como eu penso essa coisa de dificuldade.Afinal de contas,qual é o nivel oficial?Geralmente fico com o “médio” e vamos a jogatina.
    🙂

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  • 30/08/2012 em 7:13 pm
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    depende muito do tipo de dificuldade. por exemplo, o jogo Aliens vs Predator para PS3 e 360 (pc tb) tem um atal de nível Nightmare em que os inimigos tiram (ainda) mais dano que no hard; menos itens de cura e zero de checkpoints. ou seja: morreu começa TUDO de novo, no melhor estilo dos jogos antigões. isso num jogo em que um tiro de shotgun à curta distância pode te mandar pro espaço (aliens espirram ácido, pra quem ainda não sabe). acho isso irracional e idiota. não basta ser mais difícil? ainda tem que remover os checkpoints? quem tem tempo pra jogar nessas condições hoje em dia? isso se justificava antigamente pela limitação técnica. pra aparelhos com HD isso é inadmissível.

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  • 01/09/2012 em 1:18 pm
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    fala mestre senil e a todos!!!!antigamente quando se escolhia o modo easy,,,eu escolhia para chegar ao final do jogo,,,mas com o tempo notava-se que no fácil nem sempre vc via o final do jogo,,,apenas os créditos e uma musiquinha,,,um exemplo é o jogo un squadron ou area 88 do snes…no modo easy não vemos o final que são as naves saindo da caverna,,,apenas vemos as letrinhas subindo e as naves sendo posicionadas…se prestar atenção em nossas vidas sempre escolhemos o modo easy para chegar a determinado local,,,exemplo…pegando um atalho,,,ou quem sabe usando a internet ou telefone para se comunicar com determinada pessoa onde vc deveria ir e resolver tudo pela a comunicação online,,,o modo easy é muito utilizado hoje em dia,,,só que infelizmente nossas vidas estão no modo super hard ou super dificil mesmo,,,temos que fazer milagres com o salário mínimo e enfrentar ÔNIBUS LOTADOS e pagar a nossas contas,,,sem contar a dificil e precária condição nos hospitais públicos e a falta de segurança,,,vivemos num mundo onde não podemos escolher a dificuldade…temos que encarar o modo hard todos os dias,,,essa é a verdade!!!!!valeu,,,belo post!!!!!

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  • 02/09/2012 em 10:36 am
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    essa coisa de dificuldade me “obrigou” a cometer um dos maiores excessos que já cometi com jogos de videogame.
    no god of war chains of olympus tem o modo God (ou seja lá o que for. é o equivalente ao very hard). o chefe final, Persephone, é putamente difícil. ela te mata com três acertos ou menos.
    eu comecei a enfrentá-la de meio-dia e só consegui derrotá-la de nove da noite (ô época boa aquela quando eu tava desempregado. se eu for fazer isso hoje em dia…).
    quando acabei tava um caco. só parei pra comer e ir ao banheiro rsrsrs. não recomendo ninguém a fazer isso. mas é mais ou menos a mentalidade com que as empresas de antigamente faziam os jogos: “caprichavam” na dificuldade pro jogo durar mais.

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  • 02/09/2012 em 1:20 pm
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    Olá senhores! Um jogo que ficará para sempre em minha memória é Battletoads do nintendo 8 bits. Não é possível escolher a dificuldade, somente a que vem implícita no jogo (mega, hyper hard.. rrs) mas enfim, foi o jogo mais difícil que consegui terminar. Pra quem procura um desafio de primeiríssima, este jogo é recomendadíssimo (sem avançar níveis por warp por favor). Grande abraço

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  • 02/09/2012 em 1:52 pm
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    Giovanni:
    Olá senhores! Um jogo que ficará para sempre em minha memória é Battletoads do nintendo 8 bits. Não é possível escolher a dificuldade, somente a que vem implícita no jogo (mega, hyper hard.. rrs) mas enfim, foi o jogo mais difícil que consegui terminar. Pra quem procura um desafio de primeiríssima, este jogo é recomendadíssimo (sem avançar níveis por warp por favor). Grande abraço

    Cara tu deve ser muito bom(ou era nos tempos do NES) pois terminar o Battletoads tem que ser muito fera, quando jogava eu deveria ter 6 ou 7 anos, no máximo cheguei na fase dos jetsky aqueles. Daí recentemente vi um TAS no Battletoads e me surpreendi com o que tinha a mais de jogo, aquilo é insano, fiquei seriamente pensando que aquilo é impossível de terminar na raça.(doía só de assistir e imaginar jogando aquilo)

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  • 02/09/2012 em 3:01 pm
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    Outro belíssimo post, Senil!
    Gostei bastante de saber mais sobre as palavras “fácil” e “difícil”, esse tipo de coisa enriquece a cultura de qualquer um.
    O que eu penso sobre fácil X difícil… bem, concordo que tem que ter desafio para ter jogo e também concordo que até os modos de jogo mais fáceis podem proporcionar desafios, isso é um fato e não podemos discordar. Mas o que é mais importante na minha opinião é que o jogo proporcione diversão, e não apenas desafios insuperáveis ou algo que vc joga com desprezo de tão fácil que é. Vidas infinitas da geração atual não tornam um jogo fácil, apenas os tornam possíveis de serem finalizados, agora que são bem mais longos que os jogos antigos.
    O desafio da paciência que vc citou é algo bem interessante, mas nunca pode ser colocado num jogo longo, ou todo mundo vai acabar abandonando uma hora ou outra (até os que se dizem apaixonados pelo modo hard).
    Enfim, esse assunto dá pra falar muito mais coisas, até pq tem muita gente que gosta de se exibir falando que terminou os jogos no nível mais difícil e tudo mais, algo que não entendo muito bem, pois pra mim o mais importante sempre será a diversão.
    É isso! hehe

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  • 03/09/2012 em 5:36 pm
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    Vamos lá tentar responder alguns comentários antes de ir para o trabalho de novo! hehe Desculpem a demora pessoal! Correria básica de sempre…

    [apenas quatro consegui responder… Mais à noite respondo mais!]

    leandro(leon belmont)alves,

    Pois é! O pior mesmo é esse pessoal que fica se gabando… Tem gente que só escolhe um nível de dificuldade maior não porque é mais divertido, mas para dizer-se superior a outras pessoas. Tem gente que até joga games reconhecidamente difíceis para isso apenas…

    Interessante o que falou sobre games tão dificeis e frustrantes que mal aproveitamos o final (isso se o terminamos). Estamos tão cnasados e fatigados que não temos forças para coisa alguma. hehehe

    Eu já terminei alguns games difíceis, mas não sei se voltaria a eles não… Esse da Athena é bom? Nunca joguei e ouvi falar muito pouco dele… Se ele for difícil, mas bacana até valeria a pena…

    Marcelo,

    Exatamente! o jogo tem que se manter divertido e ser visto como possível de ir adiante. Shining Force é relativamente fácil e, com o tempo, você pega o jeito e a dificuldade maior não incomoda tanto assim (embora uma IA mais sagaz atrapalhe e MUITO em alguns cenários). Mas nem sei o que estou dizendo. hehehe só joguei uma batalha no nível hard (não o ouch!) e logo voltei para o normal. hehehehe No mais fácil eu já perdi para aqueles fantasminhas da torre! huahuahauhauhauhauahuhauhaua

    Juliano,

    Eu geralmente começo no médio também. Só quando apanho demais nele que mudo depois. hehe Às vezes conhecer o jogo num modo mais fácil ajuda a esenvolver habilidades necessárias no modo médio/normal.

    Jogando três games ao mesmo tempo me lembra algo que já discutimos aqui: jogar é um descanso que cansa e, muitas vezes, descansamos de um game com outro game. Para nós que jogamos RPGs (táticos principalmente, mas tradicionais também), jogar algo com um pouco mais de ação, ou mais simples acaba ajudando a relaxar um pouco.

    Eu mesmo no momento estou jogando Chrono Cross e “recuperando minhas energias” com Wonderboy e Streets of Rage.

    Onyas,

    Sem dúvida! Jogos muito fáceis também frustram tanto quanto os muito difíceis! Embora a razão seja diferente: em um porque temos certeza absoluta de que vamos vencer; no outro porque não vemos a mínima chance de vencermos.

    hauhauahuahuahah Bem lembrado! Tem games que eu jogo melhor hoje do que quando criança, mas também o contrário. A própria idade ajuda (ou atrapalha) nesse sentido. Um ajuste de dificuldade pode ser útil nesse sentido.

    hehe Esses gráficos do Doom eram muito engraçados mesmo! Ou os nomes dos níveis de dificuldade mesmo (no Duke Nukem tinha o “Piece of cake” por exemplo). Muito bem lembrado.

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  • 04/09/2012 em 1:01 am
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    Daniel Lemes,

    “Mania” realmente é um tormento. hehehehe Muito difícil mesmo! Lembro de jogar quando moleque e acho que nem passava da primeira fase! hehehe

    O ideal é tentar manter um nível de dificuldade que sustente a diversão, como falou com relação a Doom.

    Dactar,

    Cara, muito legal sua comparação! hehehe É algo que não tinha pensado antes e que faz todo o sentido! Claro que livros são diferentes de games, mas sua ideia de algo de acordo com o que os escritores/designers desejavam é algo realmente importante.

    Muitas vezes, a impressão que temos é que nem o “normal” é a dificuldade que eles pensaram de fato para o jogo (veja aqueles que, por exemplo, exigem que terminemos no “expert” para vermos o “final verdadeiro” ou algo do tipo).

    Ocorreu-me a série Sonic que, até onde sei, não trabalha com esse esquema de dificuldade. E os jogos só ficam fáceis quando você decora tudo que tem para fazer e tal.

    Albatross,

    É preciso que haja sim esperança de vitória com algum desafio e também certa incerteza com relação ao que acontecerá (quando muito fácil, temos certeza que terminaremos o game, por exemplo).

    E, de fato, às vezes é divertido fazer diferente. hehe Tipo sair com a rocket launcher infinita explodindo zumbis por aí sem se preocupar com ranking ou coisas do tipo. hehehe

    Fernando Lorenzon,

    Sim! Eu também gostei bastante da descrição dele e concordo plenamente com vocês.

    Shadow Geisel,

    Isso sem levar em conta a falta de tempo de hoje em dia. Jogar sem saves rápidos (checkpoints, save states etc.) é impraticável para muita gente. Mesmo que o desafio seja interessante, acabamos deixando de lado porque não temos tempo disponível para ao menos arriscar.

    helisonbsb,

    A vida deve estar mais próximo do “expert”, “hardest” ou “mania”. hehehehe Boa parte das pessoas têm poucos recursos (embora todos tenhamos apenas uma vida!). Pegar atalhos é mais simples mesmo, ainda mais quando só nos preocupamos com o fim e não com o desenrolar do jogo. E nisso podemos perder muita coisa: não apenas novas cenas no encerramento, mas a própria diversão enquanto jogamos.

    Shadow Geisel,

    No caso dos arcades, caprichavam na dificuldade para ganharem mais dinheiro. hehehe Nos consoles domésticos nunca entendi muito a razão desse exagero na realidade. Até pode ser divertido, mas muitas vezes beira o frustrante. Faltava bom senso às vezes. Dá a impressão que os designers pensavam: “ah tá muito fácil esse negócio, aumenta a dificuldade aí!”, mas eles conheciam o game de cabo a rabo e tudo era óbvio para eles! hehehe

    Giovanni,

    Essa é uma excelente sugestão! Dificuldade padrão muito alta de fato! Nunca passei da fase das paredes rosas da morte na versão de Mega Drive. hehehehehe

    Abraços também cara!

    Juliano,

    hehehehe Paramos exatamente no mesmo lugar então! Nunca passei daí! O game é estupidamente difícil e só piora parece. hehehe

    Gamer Caduco,

    Valeu cara! Eu gosto mais dos comentários de vocês na verdade, só que tenho estado tão corrido que mal tenho conseguido ler durante a semana (que dirá responder…).

    Você resumiu bem meu posicionamento com relação a isso. O desafio deve ser visto como superável, mas não ser suplantado sem esforço nenhum. E isso é essencial para manter o risco e a surpresa do jogo (sem o que não existe jogo).

    Muitos jogos exigem uma paciência absurda, embora sejam fáceis em outras coisas. Muitos RPGs são assim (principalmente pelas batalhas aleatórias hehe).

    Tem gente que se gaba mesmo de ter vencido em modos tidos como impossíveis, mas eu gosto mesmo de jogar pela diversão. Até posso arriscar aumentar a dificuldade se for possível dependendo do caso ou, se não for, criando novos objetivos (sei lá, terminar todas as fases do Sonic pegando todas as argolas – ou evitando todas elas hehehe). É isso que inclusive mantém o jogo vivo na minha própria experiência.

    E isso com certeza dá pano para a manga!

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  • 05/09/2012 em 10:10 pm
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    pj,

    O importante é isso que falou: “ter graça”. Não importa o nome que os desenvolvedores deram para o nível de dificuldade. “Fácil” e “difícil” são conceitos que variam e têm que aparecer juntos para nós enquanto jogamos qualquer coisa em qualquer nível de dificuldade.

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  • 09/09/2012 em 9:01 pm
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    Muito bom o texto, Senil. Achei muito bem colocada a observação sobre o que é desafio. Não é colocar um jogo no modo “Insane”, e sim colocar uma dificuldade que você não tem certeza que pode superar, mas acha que dá. E aí pode variar muito de jogador pra jogador.

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  • 10/09/2012 em 10:37 am
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    Juliano,

    Juliano

    Vai por mim, demorei muito, muuuuuito tempo pra conseguir passar a odiosa fase do “jetski” (odiosa pois uma infinidade de gamers desistiram de jogar devido a esta fase)mas depois que você passa simplesmente engrena no jogo, ou em outras palavras, se aquece para as demais fases com veículos! Mas pra falar a verdade, todas as fases com veículos são bem difíceis (menos a do surf).Tinha uma outra fase simplesmente insana, me lembro como foi angustiante a frenética perseguição da bola elétrica , se você não fosse bem preciso com o joystick em cada curva ela ia chegando cada vez mais perto e no final você precisa lutar com ela. Tinha uma outra também a pé em que era necessário correr mais rápido que uns ratos lá e descer a bica na bomba antes que o rato chegasse nela!! Foda!! E a fase das minhocas? Cara que nostalgia! Só sei que naquela época nos esforçávamos muito mais pra “zerar” algum jogo, era outro naipe comparado com os jogos atuais… Ainda bem que existe emulador!! Abraço!!

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  • 11/09/2012 em 1:35 pm
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    Outra coisa que esqueci de falar.. Recentemente joguei a versão para o mega drive, mas a versão para Nes é muito melhor em sfx (principalmente o som das porradas)tem nível de dificuldade mais elevado , e realmente os caras da RARE usaram o potencial máximo do Nes. A versão de mega drive é muito coloridinha e a dificuldade já é moderada, a fase do jetski por exemplo é em camera lenta.. Vá de 8 bits!!!

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  • 11/09/2012 em 5:26 pm
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    João ferreira,

    Valeu pelo elogio cara! Acho que você resumiu com excelentes palavras aquilo que defendi aqui: “colocar uma dificuldade que você não tem certeza que pode superar, mas acha que dá.” É isso que sustenta a aventura de todo jogo e sem isso, não há diversão e nem desejo de passar uma temporada nesse outro mundo.

    E com certeza isso varia de jogador para jogar. Um tuaregue pode aventurar-se em algum deserto que desconheça porque há ali um desafio para ele, mas percebe que pode conseguir superá-lo. Agora, um montanhista talvez visse como impossível atravessar uma floresta tropical.

    Giovanni,

    Como assim em câmera lenta?! huahauhauhauahuha Eu só joguei a versão de Mega Drive até hoje e foi dela que não consegui passar. hehehehe Pelo visto sou um tapado mesmo nesse jogo! huahuahauhauhauhauahuha

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