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A capa do cartuchão do Neo Geo AES

Fala pessoal! Sou conhecido como Piga, e jogo videogames desde que me dou como gente. Frequento alguns blogs como o Retroplayers, o Gagá Games, a Gazeta de Algol e dois fóruns. Um deles a maioria aqui deve conhecer, é o Retrobits e o outro é o Playstation 3 Fórum, do qual sou moderador. Já fui colecionador, porém hoje em dia meu único console é um PS3, o restante eu emulo no PC.

Sempre achei importante nunca defender uma camisa e sempre apreciar o que cada sistema tem a oferecer. E agora cá estou integrando a grande equipe do patrão Orakio Rob, o Gagá, pra falar de um sistema que poucos tiveram a oportunidade de conhecer na sua plenitude no início da década de 90: o Neo Geo.

Para meu primeiro post sobre a plataforma Neo Geo e seus jogos, talvez fosse mais interessante dissertar sobre um jogo que é a “Top of Mind” da SNK-Playomore, ou seja, qualquer um da série The King of Fighters. Mas não. Escolho um que também é conhecido pela maioria dos gamers que viveram a era de ouro dos 16 bits, e que foi o motivo para eu querer um Neo Geo: Art of Fighting.

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A tela de seleção. Apenas Robert e Ryo são selecionáveis.

A SNK lançou Art of Fighting em 1992 para os arcades MVS, um ano após a estréia arrebatadora do arcade Street Fighter II da Capcom (1990), e fez o que parecia impossível para a época: personagens gigantes. Essa era a primeira coisa que chamava a atenção. Tudo era grandioso, desde os níveis de detalhes dos cenários até o zoom quando os personagens mudavam de plano. Simplesmente de encher os olhos e a tela! E para a alegria daqueles que possuíam um Neo Geo AES, em 1993 estava disponível o cartuchão pelo precinho singelo de 350 dólares.

Foram implementadas algumas coisas inéditas até então num jogo de luta. Havia uma segunda barra de energia, e quanto mais cheia ela ficava, mais forte ficava seu ataque especial. Outra grande sacada da SNK foi tentar deixar o jogo mais “informal”. Usando como plano de fundo uma história pra lá de piegas, durante a luta podia-se provocar o adversário fazendo com que essa segunda barra de energia diminuísse, diminuindo o efeito dos golpes especiais do adversário. Mas se engana quem pensa que isso era privilégio do jogador: o computador também se utilizava desse artifício para minar suas chances de vitória.

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Os personagens são enormes. Repare nos “amassados” na calça do Robert!

E falando da história, vamos a ela: a irmã de Ryo Sakazaki foi raptada, o que faz com que Ryo e seu amigo Robert Garcia varram a cidade em busca dela. Antes e depois de cada luta havia um diálogo que dava pistas aos heróis em torno do paradeiro da moça. Sendo sincero, a criatividade no quesito história passou longe. Posso citar um monte de jogos que usam isso como base (Final Fight, Double Dragon, Ghosts N’ Gobblins, Haunted Castle, Mario Bros., Donkey Kong e muitos outros têm uma donzela que precisa ser salva)!

O que acontece é que ao contrário de Street Fighter II, no qual se podia escolher entre oito personagens, em Art of Fighting somente dois eram jogáveis (Ryo e Robert). Para muitos na época, isso tirou um pouco o brilho do jogo, pois seu irmão mais velho por diferença de alguns poucos meses, Fatal Fury, tinha três personagens para jogar. O que muita gente não se deu conta foi que, devido à quantidade de sprites que se movimentavam na tela, principalmente os dos personagens (comparando grosseiramente, os do Art of Fighting eram bonecos da linha Falcon, enquanto os do Street Fighter II eram da linha Playmobil), provavelmente a equipe que trabalhou no jogo resolveu alocar mais memória para que o som e a jogabilidade excepcional do game ficassem à altura da parte gráfica.

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Zoom out > Zoom in… simplesmente fantástico!

Temos que levar em conta também que o Neo Geo ainda engatinhava com os seus mais de um ano e poucos de vida. Nessa época, nem a SNK sonhava com o “Giga Power” que veríamos em jogos posteriores como The Kings of Fighters 2003, o último jogo da série baseado no hardware do Neo Geo. Vale a pena conhecer Art of Fighting!

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