Como bom amante dos RPGs, eu sempre achei que não poderia morrer sem zerar pelo menos um Dragon Quest. Afinal de contas, DQ talvez seja a série de RPGs mais importante da história dos consoles de videogame, e um sujeito sério não pode se dizer um profundo conhecedor da história dos RPGs sem ter jogado ao menos por umas boas horas o jogo que deu início à febre desse gênero nos videogames japoneses, e que naquelas longínquas terras orientais consegue ser ainda mais popular do que a badalada série Final Fantasy.

Você já deve estar careca de saber disso, mas no ocidente o jogo se chama "Dragon Warrior".

Você já deve estar careca de saber disso, mas no ocidente o jogo se chama “Dragon Warrior”.

Eu já tinha feito algumas tentativas fracassadas de zerar um Dragon Quest. A primeira foi com o Dragon Quest VII de Playstation. Passei uns poucos dias jogando, mas estava achando o ritmo um tanto lento, e a trama parecia simples demais para o meu gosto. Não estava levando jeito que uma história épica ia sair dali, e eu definitivamente estava esperando algo na linha de um Final Fantasy. Pensei que talvez a série já estivesse perdendo o gás, então fiz uma pesquisa e descobri que o Dragon Quest favorito do criador da série, Yuji Hori, supostamente era o quinto episódio. E lá fui eu com Dragon Quest V: Hand of the Heavenly Bride, de Super Nintendo. Nhé. Não curti. Aconteceu a mesma coisa: achei paradão, achei que a história era meio bobinha e larguei nas primeiras horas de jogo.

Mas claro, eu sou brasileiro e não desisto nunca: por ocasião da minha “Cruzada NES” aqui no blog, meu pecado se tornou duplo: além de ficar feio ser um amante de RPG que nunca tinha zerado um Dragon Quest, eu agora ia me tornar um pseudo-conhecedor do NES que nunca tinha zerado um Dragon Quest. Não, eu tinha que resolver essa pendenga. Decidi encarar o primeiro Dragon Quest, o jogo que começou tudo. Aliás, para ser mais exato, eu decidi me forçar a terminar o jogo, por mais que eu o odiasse. Para mim, essa jogatina ia ser um fardo, mas eu tinha que acabar logo com isso.

E hoje estou aqui, assumindo publicamente que eu sou um imbecil. Dragon Quest é um jogo absolutamente maravilhoso.

Cuma? Maravilhoso? Tá brincando?

Ok, eu sei, DQI tem lá os seus problemas. Se você fica um segundo parado, o menu de status pipoca na tela automaticamente, o que atrapalha muito as suas caminhadas. Para falar com alguém, é preciso abrir o menu de ações e escolher “Talk”. Mas vamos ser justos: eu já vi muita gente reclamando desse lance de ter que abrir menu para falar com alguém ou até para abrir portas e baús. Eu acho que isso está longe de ser um problema aqui. A opção “talk” é a primeira do menu, então para falar com alguém é só apertar o botão duas vezes. Além disso, você quase não vai abrir portas e baús no jogo, não achei nem um pouco incômodo ter que ir até o menu nas esparsas ocasiões em que tive que fazer isso.

Obviamente, o sistema de jogo é bem simples (estamos falando de um jogo lançado em 1986, antes mesmo do primeiro Final Fantasy): não dá para vender itens quando você quer. Na hora em que você compra uma arma nova, o vendedor se oferece para comprar a antiga. Não dá para levar mais de uma.  Não há um grupo de aventureiros, aqui temos um herói solitário e de poucas palavras. Esteja você numa floresta ou num deserto, o cenário de batalha é sempre o mesmo. Os gráficos são o que você esperaria de um jogo lançado em 1986, mas o design dos monstros é simpático, cortesia de Akira Toryama, da série “Dragon Ball”. A música também não foge à regra da simplicidade, mas vale destacar que os temas são muito bem compostos. O compositor da trilha, Koichi Sugiyama, é um nome muito badalado até hoje.

dqi-esqueleto

Se você não gosta de ficar matando monstros para avançar níveis, vai odiar DQ. A lógica do jogo é a seguinte: você começa em um castelo, vizinho a uma cidade onde pode restaurar sua energia. Os monstros da região estão mais ou menos no seu nível, e você pode matar alguns e ganhar experiência por ali sem muitas dificuldades. Mas se você se afastar demais da cidade, geralmente atravessando uma ponte, vai encontrar inimigos muito mais fortes e provavelmente vai dançar em poucos segundos. Isso significa que você vai seguir o esquema cidade nova > matar muitos monstros da região para comprar armas e avançar níveis > seguir para a próxima cidade. E avançar níveis e conseguir o dinheiro para certos equipamentos pode demorar muito. Agora eu entendo por que os jogos dessa série são famosos por serem longos: você vai batalhar centenas de vezes seguidas só para chegar a um nível que lhe permita alcançar a próxima cidade. Mas para ser honesto, a simplicidade dos combates e do uso de magias até que agrada.

Sem surpresas na trama: princesa sequestrada por vilão cruel, descendente de grande guerreiro do passado deve recuperar item sagrado e derrotar vilão cruel. Nesse sentido, o que eu pensava sobre Dragon Quest se mostrou verdadeiro: a trama é extremamente simples, e não há reviravoltas mirabolantes ou surpresas no enredo, exceto por uma curiosa possibilidade de “bad ending” quando você encontra o último chefe. Mas a verdadeira surpresa, e o maior trunfo do jogo, está em uma de suas personagens: a princesa Gwaelin.

Pelo amor de uma princesa…

A série DQ é considerada bastante tradicional, e não é o primeiro nome que vem à mente quando pensamos em inovações no gênero dos RPGs. Mas este primeiro jogo tem uma sacada absolutamente genial, que pega o jogador de calças curtas. A qualquer momento do jogo, você pode levar seu guerreiro até uma pequena caverna que fica a poucos passos do castelo onde o jogo começa, enfrentar um dragão e salvar a princesa. Claro, você precisa ganhar alguns níveis para fazer isso, e pode deixar para o final se preferir (ou até mesmo pode deixar a princesa lá mofando para sempre), mas eu consegui resgatar a princesa mais ou menos no meio da minha jogatina, sem grandes dificuldades.

Aí vem a grande cena do jogo. Quando eu encontrei a princesa naquela caverna, fiquei surpreso. Eu esperava encontrar um item por ali, e não a princesa, tão precocemente. Mais surpreso ainda eu fiquei quando a princesa disse estar muito feliz por ter sido salva, e o pequeno sprite do meu guerreiro tomou a princesa nos braços, a música mudou para um tema cheio de ternura e o jogo me devolveu o controle do personagem. Eu literalmente carreguei a princesa nos braços até chegar ao castelo do Rei Lorik.

dqi-salvando_a_princesa

Aquilo não foi inusitado apenas no aspecto técnico, pois nessa época a memória disponível para os jogos era pequena, e você não espera que os programadores “desperdicem” sprites para retratar o herói carregando a princesa. Aquilo foi inesperado porque o jogo todo vinha se mostrando tão simples e frio, e subitamente aquela cena encheu o jogo de calor. Ali você entendia o propósito da sua missão, ali você assumia o compromisso de ajudar o herói a derrotar o lorde do mal, não em nome dos NPCs que não significavam nada para você, mas em nome da princesa pela qual você havia se apaixonado. De fato, não há nada de inovador em enfrentar um senhor do mal em nome do amor de uma princesa, mas a forma como o jogo apresenta isso tudo é singela e genial.

Eu levei a princesa de volta ao castelo, sob efusivos agradecimentos do rei. Ela fica ao lado do pai até o fim do jogo, mas não sem antes dizer: “Aceite meu amor, herói. Mesmo separados por grandes distâncias, eu estarei com você”. E então você recebe o item “Gwaelin’s Love”, que indica a que distância você está do castelo e do coração de Gwaelin. O item também indica a localização no mapa de um item necessário para a conclusão do jogo.

A partir do resgate da princesa, o jogo ganhou alma nova. Nada havia mudado na interface, mas eu estava mudado. Agora eu estava realmente disposto a levar a aventura até o fim. Zerar Dragon Quest deixou de ser um fardo, e virou uma missão que eu cumpriria com muito prazer. Não vou estragar a surpresa do fim do jogo, mas a princesa volta a roubar a cena no encerramento.

Conclusão

Se eu estava errado em relação a Dragon Quest? Sim e não. De fato, o sistema de jogo é primitivo, os personagens de um modo geral não são muito interessantes, o sistema de jogo é extremamente simples e a trama nem se compara ao que você encontraria em qualquer Final Fantasy. Mas eu estava errado por não ter percebido como a extrema simplicidade do jogo atua em seu favor. Eu estava errado em esperar de DQ o mesmo que eu esperava de um FF. Em um jogo como Final Fantasy, uma cena singela como a do resgate da princesa jamais poderia brilhar e envolver o jogador da mesma forma que em um jogo simples e tradicional como Dragon Quest. Mal posso esperar para jogar o próximo.

dqi-bravo

Dragon Quest (NES): era uma vez uma princesa…
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41 ideias sobre “Dragon Quest (NES): era uma vez uma princesa…

  • 31/03/2010 em 9:02 am
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    Na época em que eu comecei a me interessar por RPGs foi na era dos 16 bits, com Zelda de SNES, The Immortal de Mega Drive e principalmente os RPGs de PC. Por isso na geração 8 bits passei batido pelos jogos do gênero. Fui jogar e terminar pela primeira vez o Phantasy Star de Master no final de 2009!!! Quanto a série Dragom Quest, eu não sei se estou falando abóbora, mas me lembrou muito a série Ultima, muito famosa no PC. Belo artigo Orákio!!!!

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  • 31/03/2010 em 9:10 am
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    As minhas maiores reclamações em relação a este jogo são a jogabilidade e o pouco desenvolvimento da história que é bem cliche mesmo.

    No caso da jogabilidade tudo seria muito mais simples se existisse somente um botão de ação e outro pra cancelar. E o fato do menu surgir do nada depois de um tempo parado também é um tanto incômodo. Essa jogabilidade seria perfeita para um PC ou videogame com mais botões, mas é um porre no NES e seu controle de apenas 2 botões.

    O fato da história ser cliche até dá pra relevar, afinal é um jogo de 1986, e até mesmo o primeiro Final Fantasy tinha uma história bem fraca em relação ao resto da série. Além disso os outros DQ corrigiram esse fato com histórias mais bem desenvolvidas.

    Em suma, o jogo é divertido sim, mas está longe de ser esse fenômeno que os japoneses pregam. Final Fantasy ainda é melhor, mas se deixarmos a competição de lado Dragon Warrior pode ser muito bem apreciado.

    A cena da princesa realmente é surpreendente, apesar de que eu nem fiquei carregando ela tanto tempo assim, já que usei a magia de voltar para o castelo.

    O fato de ficar zanzando por aí pra ganhar níveis pode ser irritante, mas pra quem está acostumado a jogar MMORPGs isso não é problema.

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  • 31/03/2010 em 9:11 am
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    Aeh Gagá! Mandou bem, parabéns! 😀

    Acho que é por isso que este é o único DQ que eu zerei, a simplicidade é o grande charme deste jogo, e o grinding neste game não é tão tedioso quanto nos outros RPGs. O rei e o sistema como um todo parecem motivar o jogador a adquirir mais exp, e de vez em quando o jogador acaba criando suas próprias quests ousando ir mais além para enfrentar inimigos mais fortes. Este é um J-RPG que se assemelha muito aos RPGs ocidentais.

    Agora, quanto a história do DQ5, tem uma reviravolta legal depois de um tempo e acaba mudando totalmente o foco do jogador e dificulta o jogo consideravelmente, mas infelizmente ela demora bastante para acontecer.

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  • 31/03/2010 em 9:23 am
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    @Oráculo
    Eu acho que até a questão da jogabilidade pode ser relevada também, não podemos esperar muita coisa dos jogos dessa época, os desenvolvedores estavam descobrindo novos gêneros, por isso que nos remakes de SNES e GB o Dragon Quest 1 possui botões para cancelar e ação.

    E DQ é um fenômeno sim, a série que definiu os J-RPGs como um todo e que ainda agrada os japoneses até hoje não está nada longe de ser um fenômeno. Mas com certeza FF é melhor.

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  • 31/03/2010 em 9:27 am
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    @Piga
    Pode apostar, Piga, Dragon Quest bebe total da fonte do Ultima. Dá para notar várias semelhanças entre os dois dá para fazer um post inteiro só estabelecendo as relações.

    Oráculo :

    A cena da princesa realmente é surpreendente, apesar de que eu nem fiquei carregando ela tanto tempo assim, já que usei a magia de voltar para o castelo.

    Tás brincando que você teve a chance de carregar uma princesa bonitona no colo por todo o reino enquanto seus amigos olhavam cheios de inveja e preferiu usar a magia para voltar direto para o castelo? :p

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  • 31/03/2010 em 9:41 am
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    eu lembro como se fosse hoje; estava eu andando pela feira de vilar dos teles quando me deparei com uma coisa que me chamou profundamente a atenção: dragon quest 2 original do nes! fiquei louco, desesperado e corri pra casa de um amigo meu pra garibar uma grana emprestada pra arrebatar aquela “raridade”. pra minha tristeza ao voltar lá na feira (depois de andar uns 5 quilometros indo e vindo da casa do meu colega) ela não estava mais lá 🙁 bem, na semana seguinte fui eu a feira de novo e vi um tal cavaleiro com um tal dragãozinho. é estava lá dragon quest 1! bem arrebatei-a! corri pra casa e desenterrei das profundezas meu dynavision! não preciso dizer que joguei muuuuuuuuito esse jogo. mas não cheguei a zera-lo 🙁 o jogo é como ja foi dito bem simples e “curto” o tempo maior que vc perde com ele é evoluido seu personagem. esses jogos antigos sempre tem algum mistério “indecifravel” na fase final (alex kidd que o diga!) pois bem, mas aquele jogo marcou minha vida! a musiquinha do castelo é magica (taranraranrarararan…) até minha mãe (que abomina video games) ficava cantarolando-a… saudade desse jogo que me deu agora… acho que vou botar um emulador no meu celular e dar uma reavivada… viva DQ!

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  • 31/03/2010 em 10:06 am
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    Tás brincando que você teve a chance de carregar uma princesa bonitona no colo por todo o reino enquanto seus amigos olhavam cheios de inveja e preferiu usar a magia para voltar direto para o castelo? :p

    A magia deixa do lado de fora do castelo, então eu ainda pude bancar o maioral falando com o povo no caminho até a sala do trono. xD

    Na verdade o caminho da caverna até o castelo só tem mesmo uns monstrinhos inconvenientes que nem XP dão, porque os malditos fogem…

    Aliás, fazer um monstro fugir depois de um ataque deveria valer XP. Nem digo nada dos que fogem à primeira vista, mas no caso de uma fuga depois de um ataque deveria valer prêmio, já que em RPGs de mesa é assim.

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  • 31/03/2010 em 10:15 am
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    Muito bom! O que acho melhor nesses artigos é que por causa deles a gente fica com mais vontade ainda de jogar esses jogos antigos… O que nos lasca é o tempo, que não é nada tolerante ^^. Pretendo ainda jogar esse jogo, principalmente quando terminar minha cruzada pessoal do Mario RPG!

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  • 31/03/2010 em 10:39 am
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    Poxa hgaga mas em 1986 esse jogo não era avançado? Ele não é pioneiro no estilo da coida?Então no ano era bom não?
    E o que acontece se você sair adoidado por ai com a princesa? (tipo vai pro fight com ela no colo? :P)

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  • 31/03/2010 em 10:50 am
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    Atari Age :
    E o que acontece se você sair adoidado por ai com a princesa? (tipo vai pro fight com ela no colo? )

    Absolutamente nada!

    Na própria caverna acontecem umas lutas ainda carregando a princesa.
    Como nesses jogos temos que usar a imaginação, presumi que o herói coloca a princesa no chão atrás de si e parte para o ataque de maneira paladinesca 😀

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  • 31/03/2010 em 10:52 am
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    @Atari Age
    Com certeza, para a época estava muito bom. Pena que ele saiu nos States com atraso, e ainda já parecia meio primitivo, acabou não colando.

    Oráculo :

    Na própria caverna acontecem umas lutas ainda carregando a princesa.
    Como nesses jogos temos que usar a imaginação, presumi que o herói coloca a princesa no chão atrás de si e parte para o ataque de maneira paladinesca :D

    Vai ver que a princesa tinha um estilingue no bolso :p

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  • 31/03/2010 em 10:56 am
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    Sensacional! Agora morro de inveja de você, Gagá, porque sempre quis terminar o primeiro episódio, mas nunca consegui superar o preconceito dessa maldita janela, que é algo ínfimo perto de toda a experiência do jogo – nem fazia ideia desse lance da princesa. O máximo que acompanhei foi a trilha. Como o maximuscesar comentou aí em cima, a música do castelo “Chateau Ladutorm” é pura magia.

    O máximo que havia conseguido jogar da série, além de pouca coisa do Dragon Quest IV e V para DS, foi o VIII, que ainda não terminei e deve ter umas 200 horas de duração. 😀

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  • 31/03/2010 em 12:49 pm
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    Mestre Orákio, faz tempo que não “blogo” pois meu pc tá quebrado e eu andava sumido, mas, agora comprei um Dingo, e ler sobre Dragon Quest me dá renovadas esperanças para o futuro,hehehe, muito obrigado!
    Vou começar com Dragon Quest hoje mesmo!

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  • 31/03/2010 em 1:51 pm
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    Posso dizer “EU NÃO TE FALEI?”?

    O primeiro Dragon Quest que eu joguei foi o V, realmente, a história começa bem infantil, o que meio evidente, afinal o personagem principal é uma CRIANÇA…! Personagem Criança, História de Criança… Personagem Adulto, História de Adulto…

    E o Adinan lembrou bem, há uma reviravolta… ops! Pra mim, três reviravoltas, que mudam completamente o rumo da história… Tem uma lágrima que sempre insiste em cair dos meus olhos quando aquela estátua recebe chutes e pontapés até desabar no chão (Quem já jogou sabe do que estou falando…)

    Como já estava devidamente “catequizado”, partir para jogar o III, como já disse, aquele que inaugurou o sistema de profissões nos J-RPGs, história grande, a chave final quase IMPOSSÍVEL de ser encontrada, e TODO o Dragon Quest I sendo jogado de novo… (É Gagá, você joga o I dentro do III, como é isso eu não conto…)

    Depois, nesta ordem bem aleatória, passei para o I. A única coisa que valia a pena, para mim, era saber a origem dos Slimes e do Hoimi… Mas o jogo tem seus momentos, como ressaltou o Gagá.

    O II eu joguei mas pela obrigação de zerar… Uma melhorada imensa na história, gráficos e modo de luta (enfrentar uma batalha com 3 sempre é melhor do que só com 1…). Um bom jogo, mas eu já conhecia o III. Não pude apreciá-lo tanto assim.

    O VI… Meninos, agora sim! Um jogo de Dragon Quest para o SNES! Reviralvoltas? Vocês querem em ordem alfabética ou cronológica…?

    O VII é como um caminho bem longo, que vale tanto pelo caminhar quanto pelo destino. A história começa bem devagar, você tem de atravessar quase 10 horas de jogatina para realmente começar a entender o jogo! Mas depois, pelo menos aconteceu comigo, você embala e começa a louca procura pelas peças de quebra-cabeças.

    Não joguei nem o IV, nem o VIII, não posso opinar sobre eles.

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  • 31/03/2010 em 2:26 pm
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    O único Dragon Quest que joguei até hoje foi o VIII do PlayStation 2, mas acredito que fora os gráficos e sua sonoridade de última geração, o game em si deve ser bem parecido com os demais da série, pois ele é tradicional ao extremo. Até parece ser um remake de um RPG das antigas do que um RPG feito no século XXI.

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  • 31/03/2010 em 4:40 pm
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    Adorei a história!
    Gagá se redimindo com classe.
    Não sabia desse charme todo que DQ tinha.
    Nunca consegui me adaptar a essa simplicidade,
    apesar de ser muito fã de rpgs simples.
    Agora você acabou de riscar um da minha lista.
    Terei que enfrentar outro DQ para adicionar alguma coisa.

    Excelente Post!

    PS: Não posso jogar esse jogo nem morta. Vai que tenho
    que carregar essa baranga até o castelo para terminar isso.

    Tá Lôka!? Jogo ela no rio, Linda!

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  • 31/03/2010 em 9:55 pm
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    André Breder :
    O único Dragon Quest que joguei até hoje foi o VIII do PlayStation 2, mas acredito que fora os gráficos e sua sonoridade de última geração, o game em si deve ser bem parecido com os demais da série, pois ele é tradicional ao extremo. Até parece ser um remake de um RPG das antigas do que um RPG feito no século XXI.

    De fato o Dragon Quest VIII parece mais um remake de um jogo antigo usando tecnologia de ponta (pelo menos na época em que foi lançado). Isso pode ser um ponto negativo se pegarmos em comparação um Final Fantasy XII por exemplo (aliás esse Final Fantasy me deixou muito puto. Se passa em Ivalice mas não vi nenhuma referência ao FF Tactics).

    Contudo, esse tradicionalismo no DQ pode ser visto como algo positivo, afinal mantém um certo ar retrô mesmo sendo um jogo moderno. Ainda não pude dar a devida atenção a esse jogo porque ultimamente meu PS2 anda muito ocupado com Kingdom Hearts, mas pretendo logo jogar DQ VIII assim que zerar o DQ1 😀

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  • 31/03/2010 em 10:44 pm
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    Oráculo

    Contudo, esse tradicionalismo no DQ pode ser visto como algo positivo, afinal mantém um certo ar retrô mesmo sendo um jogo moderno. Ainda não pude dar a devida atenção a esse jogo porque ultimamente meu PS2 anda muito ocupado com Kingdom Hearts, mas pretendo logo jogar DQ VIII assim que zerar o DQ1 :D

    Eu pelo menos, vi esse tradicionalismo no DQ VIII como algo muito, muito positivo. Me diverti muito ao jogá-lo (gastei mais de 80 horas de jogo para terminá-lo), e recomendo-o.

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  • 31/03/2010 em 10:45 pm
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    Oráculo

    Contudo, esse tradicionalismo no DQ pode ser visto como algo positivo, afinal mantém um certo ar retrô mesmo sendo um jogo moderno. Ainda não pude dar a devida atenção a esse jogo porque ultimamente meu PS2 anda muito ocupado com Kingdom Hearts, mas pretendo logo jogar DQ VIII assim que zerar o DQ1 :D

    Eu pelo menos, vi esse tradicionalismo no DQ VIII como algo muito, muito positivo. Me diverti muito ao jogá-lo (gastei mais de 80 horas de jogo para terminá-lo), e recomendo-o.

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  • 01/04/2010 em 12:43 am
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    @André Breder

    Cacilds!

    80 horas! Esse é o meu maior problema com o PS2. Eu adoro os jogos dele, é um dos melhores videogames que eu já tive (e o primeiro bancado inteiramente com a minha própria grana, afinal trabalhar tem que ter um lado bom, né…).

    O maior problema é que a grande maioria dos jogos são imensamente longos e ultimamente ando tendo pouquíssimo tempo pra ligar o vg.

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  • 01/04/2010 em 10:15 pm
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    @Zolini

    Eu gosto de jogos longos, o problema é que ultimamente eu ando que nem o Julius do seriado Todo Mundo Odeia o Chris. Trabalho a maior parte do dia pra pagar contas e o pouco tempo que sobra eu só consigo dormir…

    Tanto que eu comecei o DQ1 antes do Gagá e ainda tô bem longe de zerar (parei na cidade do Golem). Se bem que esse mês tem dois feriados longos então dá pra compensar a minha falta de jogatina.

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  • 12/04/2010 em 10:54 am
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    Americanos gostam de RPG sim! O RPG nasceu nos EUA, e a SSI produziu dezenas de jogos baseados em RPG para DOS e NES.

    No Nintendinho o melhor jogo do gênero baseado na linha Dungeons & Dragons é o Dragons of Flame, baseado nas Crônicas de Dragonlance. A jogabilidade e os gráficos lembram Zelda II.

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  • Pingback:Gagá Games » Cruzada NES: atira que ele pula!

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  • 10/11/2012 em 2:35 am
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    Uau, que inusitado… ri para me acabar aqui. XD

    Não me entenda mal: Dragon Quest é minha franquia favoritíssima de RPG (considerando que The Legend of Zelda não seja um). Embora eu tenha jogado primeiro (e com muitos anos de antecedência) algumas outras franquias – sobretudo vários Final Fantasy (destaque para o VI e o XII, meus favoritos) –, Dragon Quest é – para mim – insuperável.

    O primeiro Dragon Quest que eu joguei foi o IX. Nossa! O que é aquilo? Nunca ficara tão maravilhado com um RPG na vida. Que jogo PERFEITO!!!! TUDO! Os gráficos são inacreditáveis para o Nintendo DS. A trilha sonora é mais do que épica. Haja inspiração para compor Heaven’s Prayer, certamente uma das músicas mais fodásticas e memoráveis dentre todos os jogos de todos os tempos. A história fabulosa (não, não posso nem lembrar… será que eu consigo dormir hoje?). Personagens customizáveis. A segunda tela do DS usada à perfeição. Impossível achar um efeito sequer.

    A única coisa que eu lamento foi ter demorado tanto tempo para conhecer a série… sério! Quanto tempo mal aproveitado no passado…

    Depois de um tempo, consegui me segurar (haja sacrifício para tanto) e parei. Calma, calma, pensei. É melhor eu zerar os anteriores primeiro… eu sei que a história é independente, porém – pelo o que eu vi – o IX iria me deixar MUITO mal acostumado… ele é PERFEITO, eu já disse. XD Melhor zerar os mais antigos primeiro, conclui.

    Então eu zerei o V (meu primeiro DQ zerado), recentemente detonei o IV e estou prestes a começar o VI (tenho que me programar, pois é começar a jogar para o resto do mundo sumir). Depois disso, irei para os três primeiros para só depois fazer a seqüência VII, VIII e o tão aguardado IX. O X é online… não sou muito fã de RPG online. E nem tenho Wii. Deixa para lá.

    De fato, Dragon Quest é único ao nos emocionar na simplicidade. Você DISSE TUDO, Gagá. Sabe que até hoje eu nunca soube ao certo o motivo de eu gostar tanto de Dragon Quest… agora eu sei. Lhe agradeço deveras!!! =D Agora posso verbalizar Dragon Quest para meus amigos!!!! “Emociona na simplicidade”, parece o lema da União Europeia… ahahahaha!!

    O quinto episódio é realmente fantástico. Como não ficar boquiaberta com os eventos que acontecem em certa altura do jogo? Não é nada do outro mundo. Nada surpreendente. Nada imprevisível. Porém simplesmente acontece. E você fica “ohhhh”, quase chorando. XD O único RPG que me fez chorar até hoje foi um Final Fantasy (não vou dizer qual, é segredo de Estado), porém curiosamente eu considero Dragon Quest V infinitamente mais “chorável”, mesmo que eu tenha ficado só no quase. XD Eu sei, ‘tá estranho, contudo acho que dá para entender para quem já jogou as duas franquias.

    O IX não fica atrás nem na primeira hora de jogo. É simplesmente indescritível. E o IV avacalha: o remake para DS tem um prólogo que já balança o coração do jogador nos primeiros MINUTOS de jogatina. É mole?

    Altas são minhas expectativas com o VI. ^^ Com ele termino enfim terminarei a trilogia de Zenithia. Yahoo!! XD

    Por falar em gratas surpresas, recentemente me impressionei com Cave Story (jogo estilo Mega Man). Nunca imaginei que um dia na vida eu iria gostar TANTO de um jogo do gênero (Cave Story foi o primeiro e até agora único jogo de plataforma com tiro que eu zerei, daí você tira). Antes fosse só isso… nunca na vida pude sequer delirar que veria um jogo do tipo que me passasse a sensação de um RPG. Altas horas eu poderia jurar estar jogando um RPG.

    E pensar que Cave Story é um jogo indie. Por causa desse detalhe a mais, Cave Story é – sem margens para quaisquer dúvidas – o jogo mais surpreendente de todos os tempos. Ele supera de forma insana todas as expectativas que você nem tinha. Não consegui achar um post neste blog sobre ele, então concluo que você nunca o jogou (só pode, ou então você está guardando um post antológico na manga). Ele é gratuito (acho que só por isso o joguei… nem consigo acreditar em mim mesmo), está disponível para download em português, roda em Windows e – infelizmente – é terrivelmente curto. Se eu tivesse um 3DS, já estaria considerando comprar a versão para ele, por mais que o jogo seja o mesmo. Não posso, portanto, deixar de lho recomendar: http://www.cavestory.org/downloads_game.php

    Adoraria ler um post sobre esse jogo escrito por alguém com tanta sensibilidade como você.

    Parabéns pelo blog e continue zerando os DQ!!!!! o/

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