Olá crianças!

Nada como um bom jogo de suspense e terror em uma semana como esta, não é verdade? Dia 31 foi dia das bruxas, dia 1º foi de todos os santos, e dia 2 foi dia de finados. Portanto…

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Talvez seja necessário explicar, antes de começar de verdade, a razão de eu ter colocado não só o nome deste game em inglês, mas também seu nome em japonês (em alfabeto ocidental). Na verdade, podem até fazer um teste. Digitem “D” e busquem no Google. Perceberam a dificuldade? Por isso, achei por bem fazer desta maneira, para facilitar um pouco as coisas e caso pretendam buscar por este post (ou informações adicionais sobre o jogo) em algum outro momento posterior.

Queria pedir ainda que não malhassem os gráficos do jogo. Mesmo sendo um 3D que muitos considerariam arcaico pela época em que foi produzido e por ser “imperfeito” e até “feio” e que “tinha seus méritos e louvores na época em que foi lançado”, nós que tanto apreciamos jogos antigos não ligamos para aspectos puramente visuais, certo? A simplicidade destas três dimensões que estavam começando a ser melhor exploradas não impediram que experimentasse vivamente um genuíno e interessante jogo. Peço somente que tentem fazer o mesmo e mantenham-se abertos ao que o jogo pode nos oferecer. Que tal iniciarmos este post do começo? Coloquei acima a tela-título, mas que tal a abertura?

Não tenho dúvidas de que vão pensar: “Caramba! Como essa personagem é inexpressiva!”. Se realmente se pautarem somente pela sua visão, com certeza é fácil de se imaginar isso, por mais dramática e tensa que a atmosfera do jogo se mostre. Com as limitaçõs técnicas da época (e somente três computadores Amiga), uma pequena empresa chamada Warp desenvolveu este que foi seu primeiro sucesso (e pensavam que seria o único). Laura, como é chamada esta personagem supostamente sem emoção, expressa-se de outras maneiras. Por exemplo, no decorrer do jogo ela tem uma série de visões e alguns eventos que aterrorizando-a de alguma forma fazem-na inspirar e expirar com aquela agudeza que somente experimentamos em momentos de profundo terror. Se estiverem com fones de ouvido, podem até mesmo sentir o ar quente saindo de sua boca, fria como todo o resto do seu corpo pelo temor que a invade se fecharem os olhos.

D não é somente um game que promete ser tenso. Ele também é intenso. Isso aparece, principalmente, no adequado e eficiente uso de uma trilha sonora que propicia uma atmosfera única. Os efeitos sonoros que vão de rangidos irritantes a passos nas escadas só o tornam ainda melhor. Preciso acrescentar que o jogo é extremamente subestimado? À época em que foi lançado, seus gráficos foram muito elogiados e, por esta razão, hoje esse é o principal aspecto a ser criticado. Mas não somente isto. Pelo fato de ter sido originalmente lançado para um console e ser um adventure, acabou recebendo a pecha de “adventure de console”. Ou seja, apesar de poder ser descrito como um “adventure”, seria “inferior” a muitos outros por coisas como: ser muito fácil e linear, ter puzzles simples e ser extremamente curto.

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Acima, uma das várias perspectivas possíveis da primeira sala do jogo.

Vocês me conhecem e sabem que não gosto de contar detalhes da história de um jogo para não estragar boa parte da diversão de vocês e não vou fazer isso aqui. Mas saibam que o enredo é bom; ele é bem amarrado e, ainda que deixe algumas perguntas ao final, responde outras mais que possam surgir. Fora que abriu possibilidades para outras aventuras de Laura como Enemy Zero (lançado também para Sega Saturn) e o famigerado D2, inicialmente projetado para o sucessor do jogo no 3DO, mas que acabou aparecendo no Dreamcast. Embora não seja parte do escopo do blog, vale dizer que D2 padeceu do mesmo destino daquele que lhe deu origem. Louvado em uma série de aspectos logo ao aparecer como um dos primeiros games lançados para o Dreamcast (foi até um dos anunciados antes do lançamento do console), ainda hoje é criticado nestes mesmos elementos.

Isso provavelmente se dá por uma razão simples. Vou até usar uma pequena analogia para tentar explicar o que penso a respeito disso. Existem pequenos produtores de vinhos pelo país e também as famosas micro-cervejarias com edições pequenas de suas bebidas. Não são extremamente fáceis de se encontrar, não rendem muito lucro, não vendem demais, mas isso tudo permite que estes produtores e “designers de bebidas” ousem mais em seus aromas e sabores de maneiras que grandes empresas jamais ousariam. A Warp é uma dessas empresas. Seus jogos são ousados, para dizer o mínimo. Tanto é que quero fazer um post específico sobre seus jogos num futuro próximo. Somente no Saturn temos vários que mereceriam destaque.

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Acima, primeiro puzzle do jogo a ser resolvido.

Estaria eu fugindo um pouco do foco falando disso? Mais ou menos. O fato de ter sido uma equipe pequena que produziu o jogo revela muito do que eles quiseram passar com o jogo. Tanto que há relatos de que eles esconderam a versão final antes de mostrar para as empresas que possuíam o hardware do console para que desenvolviam por ela ser demasiadamente forte. Não digo de violência ou sexo (que são tão banalizados hoje em dia, mesmo em games) que acabam ajudando a vender jogos para dizer a verdade. Falo do horror mesmo. Aquela sensação claustrofóbica que mescla impotência com a vontade de poder; paradoxal, não? Mas é bem isso que passa por mim o tempo todo em que jogo esse negócio. É um dos jogos que não me arrependi de ter comprado para meu Sega Saturn até hoje.

Podemos agora, após essa introdução (que provavelmente será maior que o resto do post) falar mais especificamente do jogo? Talvez pelas críticas comuns, para rebatê-las um pouco.

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Acima, o espelho que permite que vejamos de relance o próximo passo que devemos tomar.

Espero que tenha ficado bem evidente que esse jogo cumpre aquilo que promete: você se sente amedrontado enquanto joga. Não com sustos, monstros aparecendo o tempo todo e coisas assim. Há, claro, algumas surpresas, mas nem vou me arriscar a dar algum exemplo aqui para não estragar alguns dos melhores momentos do game. Só por esta razão, D já se mostra como um jogo que não é nem um pouco fácil; sua digestão, na verdade, é um tanto difícil. É preciso se jogar de cabeça nele (isso nem é difícil), mas é difícil aceitar aquilo como um mundo agradável de diversão. Os músculos de meus braços ficam tensos junto ao meu tronco e meu olho procurando por detalhes e coisas que provavelmente não ia querer ver se estivesse na pele de Laura.

Agora, se com facilidade me refiro ao controle da personagem, ele é realmente fácil de se assimilar e usar. Da vastidão de botões do Sega Saturn, utilizamos somente o direcional, os laterais (R e L) para navegar pelos itens coletados e o A para usar os itens e executar algumas ações no ambiente em que se está. A perspectiva em primeira pessoa existe enquanto nos movimentamos, mas muda, dependendo do evento em que estamos envolvidos.

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Acima, a resolução do quebra-cabeça mais entediante do jogo.

Os puzzles são, com uma ou outra exceção, bem simples. Nisto eu concordo com os críticos. Mas não julgo como algo ruim. Faz sentido na ambientação do jogo que não haja uma série de quebra-cabeças complexos. Alguns são difíceis de se entender o que se fazer, mas pela tentativa e erro com os itens que possui no inventário dá para se adivinhar. Outros chegam a ser chatos, como são muitos desafios de adventures mais tradicionais. Mas a maioria deles não acontece sem dicas; algumas extremamente descaradas, enquanto que outras requerem uma atenção maior do jogador. Fora que existe um espelho que Laura carrega consigo que pode dar pistas sobre como resolver determinado impasse. Vale o aviso, porém, que ele quebra após usá-lo algumas vezes.

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Acima, um dos vários besouros que vocês podem (ou não) encontrar em sua jornada. Vê-los indica uma cena adicional a ser vista por Laura e por vocês, jogadores.

Quanto ao fato dele ser curto, ele o é de fato; mesmo possuindo dois CDs. Como muitos adventures também o são se você sabe exatamente o que fazer, por onde ir, quais itens usar e onde usá-los. Um amigo meu certa vez terminou Full Throttle na minha frente em menos de meia hora. Os críticos comentam que D é ruim neste sentido porque ele tem um prazo para ser finalizado. E isso é verdade. Tudo começa em determinado horário e, a partir daí, temos duas hroas para terminar o jogo. Por isso, enquanto não entenderem bem o que é para fazer, com certeza vão ver uma tela de Game Over por seu tempo ter estourado algumas vezes. Ou seja, o fato de possuir um limite de tempo não significa que qualquer um que o pegue vá finalizá-lo neste tempo e depois esquecer que D exista. Eu demorei duas semanas, entremeadas por frustrações e vãs tentativas, até finalmente conseguir chegar ao final pela primeira vez. Eu acho até interessante, porque acrescenta um certo caráter de urgência que realmente perpassa o jogo todo e é anunciado logo nas primeiras cenas. Perder tempo é essencial para se envolver com o jogo, mas não para terminá-lo. Ah, e nada de salvar o jogo. Isso não é possível. Então, se acabar a energia na sua rua enquanto estiver jogando, já era.

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Acima, tirando a chave dourada da mão de um cadáver.

E, falando sobre linearidade, além do game over por não termos terminado o jogo no tempo limite, existem mais três finais. Um é o final ruim, o outro é o final bom e o outro é algo que chamaria de “final perfeito” porque envolve assistir quatro cenas especiais durante o jogo que revelam dados sobre o enredo e que, embora haja mais ou menos o dobro de locais em que elas podem acontecer, são aleatórias. Em minha última jogatina, por exemplo, consegui somente três destas cenas e não vi este final. Não vou entrar em detalhes sobre como são estes finais ou como obtê-los porque com certeza vou estragar uma série de revelações interessantes. Recomendo até que não cacem muito sobre isso por aí porque todo site a respeito que vi descreve estes finais e acaba entregando alguma coisa.

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Acima, a cena que possui o que hoje se chama de “Quick Time Events”, mas que já existiam há anos. Time Gal e Dragon’s Lair são ótimos exemplo.

O que quero dizer com tudo isso é que D é um jogo importante de ser jogado. Não por sua “inovação à indústria” ou qualquer outro mérito puramente comercial, mas por ser um jogo que demanda e exige envolvimento. Se não se jogarem nele, não se divertirão mesmo e o deixarão de lado bem depressa. É um daqueles raros jogos de horror em que você sente que não daria um passo adiante se estivesse lá, mas que, por ser um jogo, ir para trás significa encerrar o jogo; é preciso ir adiante, continuar arriscando e ver o que acontecerá a seguir. Diferente de muitos jogos com ambientação semelhante, você não se sente mal a ponto de desistir do jogo ou desistir de “levá-lo a sério” e começar a fazer piada com vários amigos que jogam junto com vocês em vez de se deixar levar por aquele mundo solitário e amedrontador.

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Acima, destruindo um vitral a tiros.

Descrever D com uma só palavra? Que tal “desolação”? Acho que isso diz muito a respeito do clima do jogo e também de Laura. É um jogo de horror psicológico e não de asco e náusea. É preciso se deixar levar pelo modo com que Laura experimenta aquilo tudo. Só assim entenderão o que “D” realmente pode significar para vocês como jogadores.

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Acima, mensagem de encerramento para o caso de não terem visto todas as cenas adicionais (ela surge depois de uma excelente canção de encerramento).

É isso por hoje. Até o próximo post!

D (Dī no Shokutaku, Sega Saturn)
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27 ideias sobre “D (Dī no Shokutaku, Sega Saturn)

  • 05/11/2010 em 7:39 am
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    Realmente D é o jogo que você descreveu, quem jogou na época ficava impressionado com o ele, mesmo por mais critico que vosse e é por causa dele que joguei o meu primeiro adventure coisa que só quem tinha um bom pc podia fazer na época e isso me fez jogar um outro chamado Lunacy essemais amplo e dinâmico em comparação com D e que gostei muito na época.

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  • 05/11/2010 em 7:56 am
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    Eu tinha este jogo no meu Saturn. Minha primeira impressão na época com este jogo foi que era um The 7th Guest (PC) com os gráficos de Alone In The Dark (PC). Porém a ambientação dele é ótima e a trilha sonora arrastada contribui para formar a tensão do jogo.

    Eu sempre analiso um jogo pelo fator diversão. De nada adianta um jogo bonito e chato de jogar. Mas vale um jogo feio que diverte. Recomendo a quem puder jogar este game, seja no console, seja no emulador que o faça. É uma ótima esperiência. Falow!

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  • 05/11/2010 em 11:35 am
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    A descrição desse game me lembra o primeiro Penumbra para PC. É essa mesma sensação de terror psicológico, de que você vai se dar mal à qualquer momento : Um som assustador atrás de você e você vira e não tem nada, aquela sensação de estar sendo vigiado o tempo, algo te seguindo. É horrível ! Mas é muito bom de se jogar. Na madrugada, sozinho, no escuro com fone de ouvido então…
    Tem momentos nesse game que você anda planejando todos os seus passos durante a fase inteira apavorado e chega ao final sem encontrar uma única surpresa (Vai ver que tinha e tive sorte de não encontrar !).
    É um excelente estilo de game que deveria ser bem mais explorado.
    Quando tiver a oportunidade vou descolar a iso de D…

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  • 05/11/2010 em 12:30 pm
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    Cara, eu vou ser sincero: vou escrever aqui a 1a coisa que me passou pela minha cabeça qdo vi o nome do post na minha RSS list aqui:

    “Depois de tanto tempo esperando um post sobre jogo de Saturn aqui, vcs me vêm logo com esse? Cara, eu sou um tremendo fã de Saturn, mas eu tenho OJERIZA desse maldito D. Cara, que jogo podre, pra mim tudo nele, absolutamente td, é ruim. Os gráficos, a história confusa, os puzzles imbecis, a própria jogabilidade, fora que dá pra zerar o jogo em menos de 1h, pra se ver um final totalmente tosco e mal feito. Não sei como essa m* pode ser considerado um dos grandes clássicos do Saturn!
    E eu ainda tive a infelicidade na época de alugar essa bosta justo num feriadão (de emendar sab, dom, seg e ter, qdo vc pegava o jogo no sab e devolvia na 4a de manhã) e fui obrigado a ficar com ele os 4 dias, msm tendo terminado em menos de 2 h depois de chegar em casa!
    Por sorte eu já tinha jogado o Enemy Zero antes e sabia que era um jogo bom. Pq se tivesse conhecido o “sucessor espiritual” do D depois eu nunca o teria alugado e ficaria sem conhecer um dos verdadeiros clássicos do Saturn.
    Qdo eu comecei a minha coleção de Saturn eu fiz questão de comprar o D só pra ter certeza de que qqr jogo que eu comprasse depois não seria tão ruim a ponto de eu achar que desperdicei o meu dinheiro (já que já tinha comprado O pior de tds)
    Na boa, joguinho horrível msm!”

    E agora a minha impressão depois de ler a sua matéria:
    “Cara, vc qse me enganou! Se eu não soubesse da verdade eu até acharia que o D é bom depois de ler o seu post XD”

    Hahah, brincadeira.
    O que passa na minha mente agora é: “TALVEZ eu devesse dar uma chance melhor pro D”. Com certeza ele não vai se tornar um dos meus favoritos, mas talvez até perca o posto de “pior jogo do Saturn na minha opinião” pro Virtual Hydlide XD
    Eu não sabia desse lance de vários finais, o que já aumentou consideravelmente o meu interesse no jogo 😀 Bom, algum dia eu jogo ele novamente^^

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  • 05/11/2010 em 12:35 pm
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    E só uma nota interessante sobre a Warp: Na boa, eles eram DOIDOS. Malucos msm.
    Pra ter uma idéia, eles lançaram um jogo pra cegos (!!!!) no Saturn! Isso msm, jogo pra cegos! A tela é completamente preta o tempo inteiro, e vc joga só pelo som (é mais ou menos um text adventure, só que o texto é td falado, e vc vai escolhendo as ações do char no estilo (aperte pra cima pra correr atrás da mocinha, aperte pra baixo pra deixar ela ir embora)
    E o que é mais bizarro, o jogo é de fato interessante XD A história parece um pouco aqueles simuladores de encontros “Tokyo love story”, mas pelo menos o começo é bem legal. E deve ser um jogo consideravelmente longo, pq vem em 4 cds :O
    Ainda pretendo jogar ele até o final
    Ah, a propósito, o nome do jogo é “Kaze no Regret”, pra quem quiser procurar mais infos.

    E reza a lenda que veio do Kaze no Regret a idéia de os inimigos serem invisíveis no Enemy Zero (idéia MT foda por sinal, e que eu gostaria mt que fosse aproveitada num jogo moderno, principalmente usando o som 5.1 pra vc localizar os inimigos). Legal, né?

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  • 05/11/2010 em 2:11 pm
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    @Marcelo
    Sem dúvida. E olha que só joguei ele “depois de velho”, mesmo tendo muita curiosidade na época de lançamento. acho que peguei pela primeira vez em 2002 se não me engano quando consegui comprar a um bom preço.

    @piga
    Falou tudo. hehe O importante é divertir mesmo. E eu consegui com D, sem sombra de dúvida. A trilha sonora é espetacular (incluindo, claro os efeitos sonoros).

    @Carlão
    D2 eu nunca joguei e Enemy Zero sou doido para jogar. hehehe Quem sabe um dia se minhas condições permiterem? huahuahuahua

    @Flávio de Oliveira
    Tem jogos desse estilo muito bons mesmo. Outros, de tão amedrontadores, deixam de divertir. hehehe Tem um para PC muito bom (e que nunca terminei) que pode agradar a você. Vou falar dele numa próxima coluna do Academia Gamer (daqui a quinze dias talvez), fique atento então!

    @Jorge Chernicharo
    huahuahuahuahauha Que coisa! hehehe Mas também deu um baita azar né? terminar o jogo rápido e em um feriadão? Lembro quando aluguei Nights em um esquema semelhante e terminei em um dia. hehehe E olha que o jogo é bem repetitivo (tem que passar a mesma fase várias vezes para aumentar o ranking e coisas do tipo para acessar a última fase).

    hehe Que bom que vai dar outra chance para ele. Esse Virtual Hydlide eu nunca ouvi falar; do que se trata? É ruim mesmo? Eu até hoje não joguei nenhum jogo de Saturn que realmente abominasse. Tenho meus preferidos e aqueles que evito jogar, mas nada tão extremo assim. E fique tranqüilo que, como adoro esse console, com certeza falarei de outros jogos para ele em breve. Acho que andei falando demais de PSX e SNES nos últimos tempos. hehehehe

    Pô, estragou uma das surpresas do post que estava fazendo sobre a Warp! huahuahuaha Esse jogo para cegos é uma idéia MUITO legal. Pena que não há versão ocidental. Esse é o tipo de game que deveria ser traduzido, pelo menos, nos dez idiomas mais falados no mundo. Tem uma versão para Dreamcast mais “amigável”, com a parte visual implementada, permitindo que seja jogado até por quem não tem deficiência visual.

    E eu li uma entrevista que a idéia desses inimigos invisívels em Enemy Zero veio mesmo desse jogo. O designer queria que pessoas que enxergam se sentissem um pouco como quem é cego. Muito legal mesmo!

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  • 05/11/2010 em 3:26 pm
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    Nunca joguei nem o D e nem o D2, só o Enemy Zero, e mesmo assim não conseguia passar de uma parte em que você tinha de atravessar um corredor com um inimigo sem ele te atacar e sem você poder se defender, porque perdia a pistola um pouco antes.

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  • 05/11/2010 em 3:36 pm
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    Cara, eu era um visionário (gargalhadas mil!!!) o único cara do meu bairro que em 1996 tinha um Saturn (infelizmente, ou muito felizmente) destravado e curtia MUITO os meus jogos todo mundo falava que eu era maluco que o PSX era o que há e tudo mais… Enfim joguei o D, Lunacy, não consegui jogar Enemy Zero (sempre tinha outro RPG na frente…) embora tivesse o jogo.Foi o console que mais joguei, basta consultar o meu perfil no Playfire (bem defasado) mas não lembro exatamente de todos os jogos pra por lá. O mais triste foi quando eu precisei (MUITO) de uma grana e tive que vender tudo pra um cara que se desfez de tudo em 6 meses…..

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  • 05/11/2010 em 4:20 pm
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    @maxi2099
    Ah, sempre tem um ou outro jogo que empacamos mesmo… Pior é quando você pega para jogar de novo e passa na maior facilidade. hehehe

    @Adriano
    Somos dois. hehehe Só eu tinha Saturn por aqui também; comprei o meu em 1996 como você. Ele é um console excelente, sem sombra de dúvida. E, embora tenha sido mal aproveitado no Ocidente, é o meu preferido da geração da qual faz parte (e o mais resistente também. hehehe Nunca deu problema e olha que já o tenho a quase 15 anos).

    Pena que, como este cara para quem vendeu, há pessoas que não dão a mínima para isso…

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  • 05/11/2010 em 5:04 pm
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    @Flávio de Oliveira
    O difícil é achar um que seja bom, mas não seja piegas demais; ou que não te bote tanto medo que queira muito mais desligar o console/PC ao invés de querer chegar ao final. hehehehe

    @Adriano
    Rayearth é espetacular! Com certeza vou falar dele em algum momento. Ele inclusive é um marco importante: último jogo ocidental oficialmente lançado para o console. Fechou com chave de ouro, mas ainda poderia ter recebido vários jogos interessantíssimos (como Policenauts que até capa já tinha…) se não tivessem aplicado eutanásia no console. hehehe

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  • 05/11/2010 em 5:14 pm
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    @Adriano
    Pois é… O pior é que, depois do “falecimento” dele no Ocidente, ele continuou fazendo relativo sucesso no Japão tendo tido jogos lançados por alguns anos (mesmo apos o lançamento do Dreamcast). O problema foi mais “do lado de cá” do Meridiano mesmo… Infelizmente.

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  • 05/11/2010 em 11:28 pm
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    Taí… agora um motivo a mais pra “eu sair do anonimato” aqui: Saturn!
    Adoro o Gagagames, e o acompanho há um tempão.
    Amo o Sega Saturn, e nunca fui com a cara do PSx (não joguei muita coisa do PSx, e sequer sei da existência)… acho que “garimpar game pro Saturnão” era algo que me divertia muito na época dos 32-bits, sem contar que os games, geralmente, eram muito mais bem cuidados no SAT, seja o game que for (ehr… exceção da besteira que a subsidiária da Konami fez com o Akumajou Dracula do Saturn).

    Gostei bastante desse D na época em que eu o joguei (acho que foi em 97, 98… e depois de alguns anos, um “replay”. Mais “desolador” que ele, só o Lunacy (Gekkamugentan Torico), jogo que sou louco de paixão, e dou um replay nele pelo menos uma vez por ano, todo ano (desde que conheci).
    Só tinha ficado chateado com o D na época em que eu o joguei por ele ser curto, mas tinha gostado bastante da ambientação escurona, dos gráficos gerais e da “tensão” que o game dá! Jogar à noite é da hora!
    Só poderia ser um tanto longo, assim como foi o Enemy Zero (esse eu penei pra terminar, e xinguei até dizer chega quando a “bateria do PDA” da personagem acabou, me obrigando a jogar tudo de novo).
    Jogasso, sem mais!
    Vi alguém aqui falando mal dele… mas se for jogar esse tipo de game “com impaciência”, ou com mania de querer terminar vários games num dia só/ jogar um monte de coisa, pode acabar dando “desgosto” mesmo, hehehe…
    Ah sim, alguém falou do “Virtual Hydlide” também. O jeito “tosco” do game me diverte (o que me aborrece mesmo são os slowdowns e o “frameskip” que o jogo faz às vezes), mas nunca consegui terminá-lo…

    Outro grande post, Senil!!

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  • 06/11/2010 em 10:32 am
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    @Kuro_Neko_666
    Que bom que comentou então! Fico contente que isso tenha motivado você a escrever uma resposta e também por ter escrito algo que é do seu profundo interesse!

    Eu também adoro o Saturn. É de longe meu console preferido do período. Tudo bem que os programadores sofriam para fazer jogos para ele, mas, quando conseguiam, o resultado ficava impecável. Acho até uma pena que pouca gente se dedique a fazer jogos para ele ainda hoje com tantos kits de desenvolvimento por aí. Quero fazer um post sobre o console falando de várias das coisas que ele tem de interessante.

    Falaram de Lunacy em outros comentários também, mas este é um que não conhecia. Vou pesquisar a respeito e ver se consigo encontrar. Enemy Zero está na minha lista de prioridades para Saturn. hehe Vamos ver se consigo arrumar um logo.

    Valeu pela força e continue acompanhando! Vou falar de mais jogos de Saturn conforme as oportunidades forem surgindo (e eu for tendo tempo para jogar hehe).

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  • 06/11/2010 em 7:51 pm
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    Opa! Muito bom o post!
    Eu só lembro mesmo do D2 no Dreamcast. Os gráficos, claro, eram melhores que esse, ainda não era uma perfeição mas era jogável. Laura tinha um pouco mais de expressão, e o jogo era bem mais nojento, afinal ver uma aeromoça toda cheia de gosma, com um olho caindo, se transformar num monstro estranho, não é lá algo muito saudável depois do almoço. Na época eu achava um jogo beeeem esquisito, pra mim era uma tentativa de ser Resident Evil, meio RPG, meio ação, meio bizarro. E eu nem tinha idéia de que D2 era uma continuação pra mim era apenas o nome do único jogo mesmo.

    Eu fiquei curioso com o que escreveu no início do post, eu trabalho com SEO (Search Engine Optimizer) e algo que pode ajudar as pessoas a encontrarem esse post de uma forma mais fácil, é transformar a url em uma url amigável, ou seja colocar o nome do post na url também. Existem também diversas outras técnicas pra deixar o blog e as notícias mais fácil de achar. Qualquer coisa é só entrar em contato que eu ajudo de graça mesmo. hahaha

    Abraços

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  • 07/11/2010 em 7:37 pm
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    Saturn é resistente mesmo, comprei o meu em 1998, só começou a dar problema em 2004(e só viria a morrer em 2007).

    Se foi o video-game que mais me diverti? Não sei, o SNES e o NES também foram ótimos investimentos, mas sem dúvida foi o video-game mais subestimado da história.

    E é verdade, nem todo jogo saía para Saturn, mas quando saía para ele e para o PS1, geralmente o console da sega tinha a melhor versão.

    Alguém se lembra dos cartuchos de RAM? Merecem uma matéria dedicada a eles!

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  • 08/11/2010 em 12:39 am
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    Ainda não joguei D, mas nessa semana mesmo eu consegui uma versão pra PC de Enemy Zero, e é simplesmente a experiência mais visceral que eu já tive em um game de horror. Você disse sobre D que “é difícil aceitar aquilo como um mundo agradável de diversão”, e eu digo: Enemy zero não é divertido. Um game não precisa ser divertido para ser bom, ele precisa alcançar o objetivo do designer. Enemy zero poderia ser uma FPS como Doom, mas o inimigos são invisíveis, a arma não é letal e tem pouco alcance e além disso precisa ser recarregada depois de 5 tiros, o sistema de save também não perdoa. Esses elementos são combinados de forma que a experiência pode ser definida em uma palavra: D esespero. Divertido? De forma alguma, Enemy zero dispara outras emoções. E é nessas horas que eu penso “games são arte, sim senhor”. Kenji Eno é O CARA.

    Obs: Outra coisa bem legal são os créditos com fotos do time de desenvolvimento. Me senti como se tivesse vendo o encarte de um CD, com fotos dos membros da banda. E quase caí da cadeira quando vi o Fumito Ueda.

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  • 08/11/2010 em 11:10 am
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    @Emeagate
    Valeu pelo elogio! E a Warp faz mesmo jogos esquisitos. O que não é ruim. hehehe Só não vende muito mesmo (só em alguns casos).

    Quanto à ajuda para localizar os posts, eu agradeço muito! As tags ajudam bastante já, mas quem sabe? Mas essa parte do blog não compete a mim. Então, vou mandar para o Administrador (ou gerente-residente? hehehe) do Asilo e aí ele fala com você.

    @Marcio Yukio Lima
    Nem me fale de ser resistente. hehe O meu está inteiraço até hoje. É um dos hardwares mais sólidos dos videogames e, como falou, um dos mais subestimados.

    Esses cartuchos de Saturn são um barato mesmo! Lembro que tinha que alugar o jogo e eles às vezes. hehehe O ruim era tentar rodar um jogo japonês que precisasse de cartucho de RAM (ou se qusiesse usar o de Backup).

    @Diego
    Definitivamente preciso arrumar Enemy Zero. hehehe Ah, e semana que vem sai um post meu do Academia Gamer sobre essa coisa de diversão e tensão. Dê uma lida quando sair e a gente continua essa discussão sobre o que pode arruinar a diversão de um jogo. hehehe

    Sim, os créditos são bem legais. Em D eles fizeram isso também (presumo que esteja falando do final de Enemy Zero hehe) e achei muito bom. Uma equipe pequena, mas muito competente.

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  • Pingback:Gagá Games » Academia Gamer: tensão e diversão

  • 19/11/2010 em 7:50 pm
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    Que legal encontrar uma matéria recente sobre D! A cada dia que passa, fico convencido de que eu preciso comprar um Saturn. Estou doido pra jogar Lunacy, Enemy Zero, Panzer Dragoon Saga e Grandia Digital Museum. Ah, e Virtual Hydlide! Sempre quis jogar VH pra ver se o jogo é tão tosco mesmo. Que tal uma matéria sobre VH no futuro?

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  • 23/11/2010 em 11:30 pm
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    @Thiago Simões
    Precisa mesmo. hehehe O Saturn é um dos melhores consoles já lançados. Uma pena que o ocidente tenha desistido tão cedo dele… Perdemos alguns de seus clássicos por conta disso (como os cenários dois e três de Shining Force III, Policenauts e, por muito pouco, não ficamos sem Magic Knights Rayearth…).

    Vou procurar esse jogo. Pesquisei sobre ele e não parece ser meu estilo de jogo predileto. hehehe Mas se conseguir pôr as mãos nele, eu faço uma matéria sim.

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