Nota do Orakio: na semana passada, nosso amigo Piga aqui do Gagá Games contou sua experiência colecionando jogos de videogame. Hoje, Eric “Cosmonal” Fraga, editor do Cosmic Effect e dono do Superconsole, faz uma participação especial e compartilha conosco a paixão que move seu hobby favorito.

Eis o objeto mais caro do mundo, levando em conta o peso: 0,03 gramas e valor estimado em 14 milhões de dólares. O que é? Um selo sueco de 1855 sem nenhum valor funcional.

Quando alguém fala sobre o hobby de colecionar, qual objeto surge em sua mente em primeiro lugar… seriam selos? Na minha também, selos. Filatelia é o nome dado ao hobby de estudar e/ou colecionar selos postais e alguns itens relacionados. Talvez você nunca tenha colecionado selos, assim como eu – antes de colecionar videogames e cartuchos, meu único contato com algum tipo de colecionismo teria sido através de álbuns de figurinhas dos campeonatos brasileiros dos anos 80: coisa passageira e comercial, como brincar com ioiô da Coca-Cola – não conta.

Qual o impulso, o que movimenta o mais popular passatempo da humanidade (sim, há estimativas de 20 milhões de colecionadores de selos, só nos EUA) a transformar um pequeno pedaço de papel com uma ilustração em um objeto de desejo com valores que já ultrapassaram sete milhões de dólares? Originalmente ele foi vendido oficialmente por míseros centavos: Não importa o país de origem, selos são quase de graça, como sabemos. O que ocorre com aquela tira de papel, com o passar dos anos? Ela se transforma em ouro? Em plutônio? Pelo contrário: fisicamente, deteriora-se – e nada mais.

Poderíamos estar lidando com loucos, insanos? As centenas de milhões de colecionadores de selos postais espalhados pelo mundo, há séculos… seriam exemplos de pessoas em falta com suas faculdades mentais? Veja bem: gastar 14 milhões de dólares em um pedaço de papel minúsculo de 1855 feito por um artista qualquer na Suécia ou simplesmente mandar um email? Ah: o selo caríssimo nem iria servir ao seu propósito original, ainda que você fosse um morador da Suécia. Então, para você e para mim, não há dúvidas: não vamos pagar uma fortuna descabida por um selo que sequer me permite enviar uma carta para alguém; vou usar a Internet ou, se estiver no clima de uma comunicação old-school (risos), basta comprar uma cartela de selos brasileiros por 5 reais. Guardarei os milhões de dólares para ser um milionário, ou algo do gênero. Porém, alguns milhares de colecionadores sérios espalhados pelo mundo não teriam dúvida: disputariam cada lance desse leilão milionário até o final, se tivessem a oportunidade. 

Amigos, o texto ficará um pouco pessoal agora, mas logo, logo, voltaremos à programação normal. Prometo que não fugirei do assunto, ainda que vocês certamente tenham esta impressão. Pelo menos, estarei falando de alguns ótimos jogos… de qualquer maneira, será decisivo para tentar mostrar as diversas facetas do hobby de colecionar videogames.

Starflight e Bioforge. Meu jogo favorito de Mega Drive (que é O console favorito) seguido do meu título preferido de PC, de todos os tempos. Eu gostava tanto de Starflight que ele foi o único cartucho que guardei da época do Mega Drive. Sabe onde? Em uma de minhas gavetas de roupas. Após finalmente vender o Mega Drive, em 1994, coloquei-o na gaveta do meu armário, bem embalado com várias “voltas” de plástico. Ele permaneceu lá por uma década inteira, nunca atrapalhou – é loose (sem caixa), afinal. Porque fiz isso? Um prazer que somente eu sei descrever. E irei compartilhá-lo rapidamente para vocês, amigos:  por volta dos meus 13 anos de idade, pelos idos de 1991, joguei Starflight como se não houvesse amanhã. Literalmente. Foi o primeiro jogo que lembro ter me feito ver o sol nascer – e não somente uma vez. Joguei-o muitas vezes até o final e, na verdade, após a primeira partida completa, voltei a jogar apenas para explorar o espaço. Era o meu MMO particular. Sem Internet e sem walkthrus em revistas de videogame, Starflight sempre foi um mistério para mim. Tanto que evito ler sobre ele na Internet, até hoje.

Neste jogo verdadeiramente épico para quem joga, você é o comandante da tripulação de uma espaçonave num futuro muito distante (4000 pra frente…) e recebe várias missões em sua estação espacial, distante anos-luz da Terra. Viajando no espaço, você encontra outras naves – e pode conversar com a tripulação, no momento adventure do jogo. É exibida na “tela” de sua nave a transmissão visual do alienígena com o qual você está papeando. Mesmo com as raças que falam línguas diferentes, é possível visualizá-los enquanto tenta uma conversa (ainda que o papo seja em números binários, como acontece com uma certa “raça”).

Porém, um alienígena especial, conhecido como “Uhlek”, nunca aceita conversar, muito menos aparecer na sua tela. Eles posam, para o jogador, como um uma espécie de “chefão”, ou pelo menos um inimigo muito difícil.  Você nunca os vê — claro que não vou revelar o significado disso no “grande esquema das coisas” do universo dessa ROM de 8 megabit (nota: há relatos de que ele teria sido o primeiro cartucho de 8 Mb do Mega Drive). Na verdade, Starflight, que mistura RPG, adventure, shmup 2D e exploração (tudo isso mesmo e bem dosado) fez parte do meu imaginário de uma maneira tão arrebatadora, que até deixei de locar/relocar os VHS de Star Wars por um tempo: naquele momento, senti que os videogames iriam substituir o cinema no meu ranking pessoal de hobbies para sempre.

Nunca vi um Uhlek, somente suas naves. Não sei com o que se parecem. Por vezes, eu os imaginava. Se há um sprite dele perdido na ROM ou talvez na versão em floppy para PC, não quero saber. Por favor, não coloque o link para a imagem nos comentários. Tenho medo deles, não sei se suportaria vê-los. Prefiro deixar assim: e quando carregar meu savegame com quase 20 anos poder continuar minha própria aventura, em busca de ruínas desconhecidas em planetas distantes, fugindo sempre dos Uhlek.

Bioforge. Um thriller sci-fi com terror em forma de jogo eletrônico. É a melhor definição, e não foi cunhada pelo departamento de marketing da Electronic Arts. Quem está falando isso é um mero fã apaixonado pelo game. Não irei discorrer sobre o título como fiz com o Starflight, importa apenas dizer que guardo uma relação semelhante de “amor” ao jogo. Em 1995, comprei-o pirata. Nessa época, baixávamos jogos em BBS (sistemas online baseados em texto, antes da Internet) e jogos em CD-ROM eram simplesmente impossíveis de disponibilizar online – legalmente ou não. Transmitir 600 MB custaria o preço de um PC novo na conta telefônica no final do mês. Li numa revista importada sobre ele e parti para comprá-lo; peguei uma cópia ilegal em lojas de São Paulo que anunciavam na revista Micro Sistemas. Após jogar, fiquei tão louco por ele que fiz uma segunda cópia numa mídia de maior qualidade  (que me custou 8 reais – um CD virgem Mitsui Gold, “o melhor do mundo”) e uma capinha personalizada, a qual compartilho com vocês nas fotos tiradas especialmente para este post. Quinze anos mais tarde, em 2010, adquiri a versão em caixa que saiu na Inglaterra, com um extenso manual que me propiciou uma fabulosa leitura.

Google Imagens? Nada, aqueles planetinhas que inseri na capa são de um arquivo PIC baixado num BBS. PIC era um formato comum na época do MS-DOS, algo como o JPG de hoje. A "arte" (risos) foi feita no CorelDRAW 4.0 e a impressão numa HP 692 colorida (!).

Final Fantasy VII. Possuo a versão original para PC, ou seja, do único port  do original do PlayStation e que dispensa apresentações, sétimo jogo da franquia de RPG carro-chefe da Square. Nunca joguei Final Fantasy VII. Aliás, praticamente não joguei Final Fantasy nenhum – meu “recorde” são 3 horas de Final Fantasy XII. Nada contra, apenas circunstancialmente nunca joguei nenhum deles. Mas, tenho esta versão em minha coleção. Completa, a embalagem muito bonita, manual, todos os encartes e os 4 CDs em absolutamente perfeito estado.

Gosto de saber que há uma penca de jogos maravilhosos ainda desconhecidos por mim. E alguns deles estão dentro do meu quarto! 🙂

Comprei pela oportunidade. Comprei por outro hobby, que não é o de jogar videogame. É como filatelia e colecionador de selos postais: o filatelista nem sempre coleciona, ele estuda através de museus, por exemplo; este seria o jogador de videogame que conhece uma vasta quantidade de jogos, através do uso da emulação, por exemplo. O colecionador de cartuchos e consoles é o colecionador de selos propriamente dito. Porém, na maioria das vezes, o filatelista também é colecionador de selos. Este seria o colecionador que efetivamente joga os jogos que compra — é o meu caso, por exemplo.

Final Fantasy VII na minha prateleira, juntamente com dezenas de jogos que nunca joguei mas comprei desde que comecei a colecionar em 2005, são meus equivalentes aos selos postais do filatelista. Gosto de acordar, e olhar para as prateleiras, para a arte da capa. Jogos originais de Atari, creio que todos aqui reconhecem a beleza que certos cartuchos apresentavam no label e/ou na embalagem. Quando criança, era um incrível estímulo para conhecer o game na tela da TV. Hoje, reconheço o valor artístico daquelas imagens. Para mim e para muitos colecionadores, é a mesma sensação prazerosa de admirar um belo quadro. Não preciso nem colocar o cartucho no videogame, e já estou aproveitando, sabe? É uma outra forma de entretenimento – mas uma legítima. Nunca joguei Final Fantasy; mas essa caixa costuma ficar na frente da prateleira.

Imagina essa ilustração adornando o seu quarto. Isso é só um exemplo: centenas de cartuchos originais do Atari nos brindavam com estes "gráficos" incríveis na caixa.

Starflight e Bioforge, como contei para vocês, são jogos com muito significado para mim. Daí, olhar para a caixa, para o cartucho, pegar o manual pra ler – tudo faz parte de um gostoso ritual nostálgico. Já Final Fantasy VII, ou todos os jogos que tenho e ainda não joguei, são mistérios para mim; além do puro e simples prazer de colecionar o item per si, diferentemente dos selos, ganho a função adicional de representarem uma aventura ainda não percorrida. Basta colocar o cartucho no console que ele funciona e cumpre seu propósito inicial!

Mas, parte do prazer do hobby de colecionar não tem a ver diretamente com os videogames. Garimpar é um deles. Passar horas em sites de leilão, pesquisando, rolando barra de rolagem por horas seguidas. Já aconteceu de encontrar um cartucho que eu queria muito assim, rolando o scroll meio que desligado… TUM! Aparece lá o cara vendendo Cybercop do Mega Drive, baratinho. A palavra “cybercop” não estava digitada corretamente pelo vendedor. Talvez eu nunca encontrasse, no estado e preço que encontrei. Foi um completo acidente. Pois é, coleção de videogames está intimamente ligada com a Internet. A maioria dos colecionadores começaram o hobby por conta dos sites de leilão e do fato de conhecer outras pessoas com os mesmos interesses na Internet. Pouquíssimos colecionam desde o tempo dos próprios consoles. Crianças não colecionam brinquedos, mas muitos adultos se tornam colecionadores de brinquedos. Com os jogos eletrônicos, muitos criaram interesse após a popularização da emulação: decidiram reviver a experiência completa, principalmente anos atrás quando a emulação da maioria dos consoles não era satisfatória. Fora a experiência tátil proporcionada somente pelo joystick original: há quem se importe com isso.

O simpático Matt Barton, é um colecionador, historiador (de videogames) e apresentador de uma das melhores séries sobre jogos que você já viu, seja na TV, na Internet ou onde for: a série "Matt Chat".

Tem mais: mudar a arrumação da prateleira, mudar a aparência, a apresentação da coleção. “Agora quero os cartuchos de Master System na frente”. Aproveita pra passar um paninho, cuidar dos itens. Especialmente os consoles, que requerem mais cuidados. Em geral, ao comprá-los, a gente os revisa, abre, limpa, aplica spray anti-corrosivo. Cartuchos recebem uma aplicação de spray protetor nos contatos. Isso tudo ajuda a mantê-los por mais tempo – cuidar é parte do prazer de colecionar.

E não acaba aí: catalogar. Sim, hoje em dia há até sistemas específicos para colecionadores de jogos eletrônicos e consoles de videogame. Minha coleção é pequena ainda, mas já senti falta de popular o banco de dados do programa que peguei para este fim – já fiz compra repetida, sem querer, pois não lembrava se tinha ou não determinado cartucho.

A maioria dos colecionadores hardcore de videogame não possuem blogs. Eles, necessariamente, não escrevem sobre jogos, como nós fazemos por aqui. Em geral, reúnem-se em listas de discussão e fóruns e discutem as etapas que precedem a aquisição dos jogos (não que nunca falem dos jogos em si, claro; não conheço um colecionador de videogame que não seja apaixonado). Algumas listas são antigas e populares, como a Canal 3. Participo há muitos anos desta, e lá encontrei dezenas de tipos de colecionadores de videogame diferentes: tem o cara que coleciona de tudo e um dia vende tudo porque está prestes a casar; o que só coleciona Odyssey; ou só Atari 2600. Tem o sujeito que vende e compra de tudo; tem gente até vivendo disso – de vender cartuchos, consoles e acessórios de videogames antigos.  Tem gente que só coleciona itens da Nintendo lançados antes de Mario Bros. Ah, esse tem até blog (gringo), olha só: http://blog.beforemario.com – isso mesmo, o blog se chama “Before Mario” 🙂 Foi o foco que ele definiu, é assim que ele se diverte. Ah: se você curte Nintendo, não deixa de visitar. Tem coisa que você só vê nesse blog.

O colecionador gringo Johnny Millenium é o segundo maior fã de Phantasy Star do sistema Algol. Piadinha obrigatória: o primeiro é brasileiro e se chama...

Outro colecionador que tem uma maravilhosa coleção – esse brasileiro – é o Antonio Borba. Ele é o maior colecionador de Atari do Brasil – devidamente reconhecido e premiado. Realmente recomendo que olhem com carinho o site dele: é obra de apaixonado, dá gosto de ver. Se você não conhece sua coleção e também é um fã do Atari, faça um favor a si mesmo: não deixe de ver isso aqui http://tombrazil.magicwebdesign.com.br/ É um pedaço da história gamística, retratada através de sua coleção. Não gosto de encher posts com links, mas se você não visitar o site, escuta pelo menos ele falando sobre sua paixão por colecionar Atari. Repara nos olhos do cara, brilhando. O vídeo é curto, mas… não importa se você coleciona ou não, se não se identificar com a emoção do Tom Borba neste vídeo, pergunte novamente se você ama os videogames mesmo 😛

O colecionador de Atari e dos itens antigos da Nintendo são bons exemplos de colecionadores focados, com escopo bem definido. Assim como tem gente que coleciona “somente rótulos de leite em garrafa da marca Sussex”, muitos colecionadores de videogame também costumam fazer o mesmo, focando sua coleção. Você coleciona o que quiser, como quiser. Ou não. Para uns, o cheiro do interior de um carro novo é o máximo; para outros, o cheiro do plástico de um cartucho de Atari ou de um alternativo perebento de Mega Drive é o que há!

Do CD piratinha do Bioforge que tem muito valor para mim e nenhum para ninguém mais, até o quarto cartucho-protótipo da série Swordquest (o AirWorld) do Atari 2600 que é capaz de valer mais que aquele selo sueco (se um dia aparecer),  o ato de colecionar videogames é um hobby saudável e livre. Se você um dia aparecer em minha casa e for um jogador de videogame, é possível que eu faça a brincadeira de recebê-lo com uma caixa de um jogo antigo ao abrir a porta. Ora: preciso de muitos títulos físicos na minha prateleira para fazer isso com eficiência, afinal, as pessoas têm gostos diferentes! Tem gente que compra certos títulos e os mantém lacrados, para vender no futuro por altos preços. Está valendo: ele investiu na compra, não usou, e não abriu. Armazenou e cuidou durante anos. Agora, ele quer o retorno pelo seu investimento. Tem alguém que paga e reconhece valor no que aquele colecionador fez? Sim, tem, e em comum acordo. Ninguém coloca uma faca no seu pescoço e diz: “compre este Super Mario World lacrado AGORA!!!”. Como citei, 99% dos colecionadores de videogame existem graças à Internet – é difícil forçar alguém através de um site de leilão. Claro que, assim como em qualquer coisa, há os mau-elementos. Dizem que tem o cara que falsifica jogos antigos lacrados, por exemplo. Se itens lacrados são o que lhe excita, tenha cuidado.

O famoso colecionador James Rolfe (AVGN) lembra: "Swordquest AirWorld do Atari é exatamente isto mesmo... ar"

Colecionar é um ato completamente humano, algo cosmopolita, que tem a ver com a essência do mundo civilizado. Diria mais: é mais uma prova do nosso poder (no bom sentido da palavra), não só sobre os demais animais, como sobre nós mesmos. Afinal, conseguir convencer milhares de pessoas que um papel de 0,03 gramas pode valer 14 milhões de dólares… não ache que os convencidos deste valor são idiotas; é sempre bom respeitarmos os valores que o outro cultiva. Imagina só: se  ele conseguiu 14 milhões para gastar em um selo postal, é difícil não pensar no cara como alguém que não é inteligente, correto? O homem é um ser refinado. Ele guarda uma bebida por décadas para que a mesma seja agraciada com uma nova, quase imperceptível, nuance no sabor. Escolhe um momento importante, com alguém que admira, para abrir aquela garrafa especial. Especial? Não há diferenças físicas gritantes em um vinho envelhecido que justifiquem tanto aumento de valor. Mas, a trajetória que aquela garrafa precisa seguir – bom armazenamento, cuidados com temperatura, etc., tudo isso pode representar um valioso aprendizado para quem faz, além de dar prazer. É este valor intangível que se agrega ao objeto. Como falei… isso é “coisa” de ser humano.

Sabia que existe o cartucho de Hang-On + Safari Hunt? Será que o joguinho do labirinto também está incluso? 😉

Colecionar videogames pode propiciar momentos deliciosos, como o de tomar um bom vinho — single player ou acompanhado por um grande amigo 🙂 Quem atribui o valor a cada item de sua coleção de videogames é, somente, você mesmo. Aproveite. Ou se o hobby não lhe agradar, não há problema algum: venda ou doe para quem aceitar. Você estará fazendo um grande favor dando o destino certo para quem valoriza aquele cartucho que você se satisfaz emulando, por exemplo. Pois, para quem coleciona videogames, o importante nem sempre é o destino: e, sim, a aventura até ele…

* * *

Referências:
http://www.nytimes.com/1996/12/15/business/delivery-isn-t-guaranteed-but-stamps-are-turning-profits.html?pagewanted=all

http://en.wikipedia.org/wiki/Philately

http://en.wikipedia.org/wiki/Collecting

O prazer de colecionar videogames
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74 ideias sobre “O prazer de colecionar videogames

  • 08/09/2011 em 7:21 am
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    poxa,isso sim que é post hein?

    demorei um tempinho para ler o post inteiro e fiquei com um pouco de inveja do Eric e desses gringos que possuem uma “Senhora” coleção de jogos. e eu ainda estou com os meus 5 Cds de Saturn :/

    não fiquei surpreso pelo Eric ter tanto apreço pelo Starflight. como estou jogando os 4 Phantasy Star na ordem cronólogica, vou demorar um pouco para jogar ele, mas pelo pouquinho que joguei, esse vai ser um daqueles games que vai acabar com a minha vida social. e sobre o FFVII que ele comprou…graças a Deus ele não ter jogado. não que esteja menosprezando a compra dele, mas digo que tem muito Final Fantasy melhor do que essa bagaça do FFVII. mas claro que é pelo colecionismo, então tá valendo. e esse Jonhnny Millenium? será que ele é mais fã de Phantasy Star do que o nosso querido velhinho? seria legal um encontro desse dois e postar o encontro aqui ou na Gazeta do Algol.(sou mais o Gagá :))

    vou continuar a minha pequena coleção de SEGA SATURN. tenho esperança que um dia se torne maior, e vou aproveitar e comprar aquele Devil Summoner que vi outro dia aqui no site na secção de Shin Megami Tensei 🙂

    Ps: espero que esse mercado livre seja confiavel.

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  • 08/09/2011 em 9:31 am
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    @leandro(leon belmont) alves

    5 CDs de Saturn? Tá quase que nem eu… Tenho 8 na minha coleção. Originais e em bom estado. É um ótimo console, uma pena que os jogos dele estejam ficando cada vez mais raros (e caros).

    Sobre o artigo… Admiro e respeito quem coleciona, mas não concordo. Para mim, os jogos e consoles que eu comprar, devem ser utilizados para nos divertir sempre, nunca para viverem lacrados e/ou fechados dentro das caixas.

    Antes de tudo, sou jogador…

    Abraços

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  • 08/09/2011 em 10:05 am
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    @leandro(leon belmont) alves
    Legal Leandro, saber que você tem Starflight pela frente meu caro! E sim, dificilmente jogarei primeiro o FFVII, provavelmente começarei pelo VI/III ou até mesmo um do NES.Como você lembrou, a compra foi para item de coleção mesmo. Continua sua coleção de Saturn aê, do jeito e na velocidade que você curtir! E no ML, como tudo na vida, há os maus intencionados mas… como aquela propaganda da Coca-Cola diz, “os bons são maioria”. Na prática, estatisticamente falando, a vasta maioria das negociações em sites de leilão são com pessoas honestas e tudo dá certo. Claro que já comprei um NES quebrado e um cartucho pirata e na foto era original, mas isso representa 0,01% das negociações que fiz.

    @Man On The Edge
    É isso aí Man On The Edge, cada um na sua! Colecionar não é o mesmo que jogar videogame, ainda que, como enfatizado no artigo, a coleção de videogames/jogos GARANTEM essa função adicional para quem coleciona, o que é um ótimo bônus! Eu mesmo sou um colecionador lentinho, meu foco é jogar, assim como você — justamente por isso fiz o SuperConsole, que mantém os consoles protegidos em “estado de coleção” e, ao mesmo tempo, mais fácil de jogar do que qualquer setup que você vai ver por aí (porque os 18 consoles ficam 100% do tempo conectados na mesma TV!). Ontem mesmo, antes de dormir… deu uma vontade danada de jogar Verytex, no Mega Drive. Peguei o cartucho e coloquei no Mega do SuperConsole, pluguei joystick… e voila, estou jogando exatamente como há 15 anos (por causa do uso do joy original e da jogatina ter zero de chances de ser interrompida por uma atualização do antivirus ou ganhar um slowdown inesperado porque um serviço qualquer do sistema operacional tomou os ciclos do processador de última geração por um segundo e o emulador engasgou, rs) Abração!

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  • 08/09/2011 em 10:34 am
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    Show esse post, Eric, chutou o balde. Muito bom mesmo!

    leandro(leon belmont) alves :
    E esse Jonhnny Millenium? será que ele é mais fã de Phantasy Star do que o nosso querido velhinho?

    Nunca! ^_^

    Mas ele é fãzaço. Na verdade eu já troquei uns emails com ele, indiquei os livros japoneses de Phantasy Star que digitalizei lá na Gazeta de Algol, ele se amarrou. Parece ser gente fina.

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  • 08/09/2011 em 10:43 am
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    Eric, achei demais o post. Genial!

    Ter alguns jogos e não joga-lós, faz parte da minha rotina também. Coincidência ou não, tenho Final Fantasy VI japonês na caixa do Super NES – a coisa mais linda do mundo. Nem tenho um Super NES (por enquanto), mas fiz questão de comprar o cartucho mesmo assim. Sempre que posso, pego a caixa e fico admirando aquele item, como você mesmo citou com Final Fantasy VII.

    Acho que o colecionismo de games, pelo menos na minha opinião, vai além da jogatina como você mesmo falou e, mesmo não jogando cada título adquirido, ele nunca vai deixar de ser o que é – videogame.

    Não é mesmo? ^_~

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  • 08/09/2011 em 12:28 pm
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    Fui abrir o Gagá aqui no meu PC, e como tenho net discada, notei que tava demorando mais do que o normal para abrir. Depois que fui ver o motivo: este topico foi colocado cheio de imagens pesadas, pelo menos para minha net, e todo de uma veizada só, ao inves de seguir o padrao dos demais topicos do blog, onde tem o botão leia mais para continuarmos lendo o topico. Voces vao voltar a postar os textos desta forma novamente? Se vao peço que mudem de ideia, pois vai ficar mais chato para mim ficar lendo o blog, pois do outro modo posso abrir somente aquilo que quero realmente ler.

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  • 08/09/2011 em 2:00 pm
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    saudades dos tempos de vanguard…peguei esse cartucho e foi a semana inteira e mais nenhum jogo na época!!!!!!!bom,,,li esse texto totalmente saudoso e que mostra o quanto existe e existem mais old gamer da vida!!!!boas fotos e bons jogos…tenhos jogos de saturn, psx, mega drive, snes, atari, sega cd, 32x, nes…parei mesmo no psx…nem ps2 e 3 eu estou colecionando,,,jogo apenas no ps2 do meu sobrinho,,,,hoje em dia fico mesmo nos consoles antigos e no meu pc atualmente,,,pouco tempo, pouco dinheiro…mas satisfeito com as raridades que eu tenho!!!!!!

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  • 08/09/2011 em 3:09 pm
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    Amigo @cosmonal,além do prazer implícito em colecionar qualquer coisa,foi um prazer imenso e surpresa ao carregar a página do Gagá,visualizar seu avatar,logo pensei:
    -Não acredito!Isso sim é um crossover maravilhoso “Gagá & Cosmic Effect”
    Este post é um verdadeiro presente para mim,ficou impecável.
    Texto ma-ra-vi-lho-so! 🙂
    Eu não coleciono nada,mas quando era criança colecionava carteiras de cigarro,achava-se aos montes pelo chão,até hoje lembro de marcas absurdas,ha ha ha… eu tinha umas 400 marcas!Detalhe,não sou fumante. Na década de 80 o cigarro tinha comerciais abertos na TV,não havia
    campanhas contra o produto,era algo muito natural fumar no cotidiano.Enfim foi munha única experiência em colecionar algo.
    Colecionar games? Eu tenho planos,mas isso fica para o futuro,não tenho
    condições de alimentar um hobby por enquanto. 🙁

    Eu já conhecia suas paixões Starflight e Bioforge,mas neste post você
    acrescentou e não se repetiu,parabéns.
    Sobre o prazer de colecionar,muito deste prazer está relacionado ao amor
    táctil,o formato a textura do cartucho ou até mesmo o cheiro daquele console antigo,você foi exato neste ponto.É por isso que a experiência de emular um game nunca será a mesma que jogá-lo no console,principalmente para um retrogamer.

    Outro ponto foram os links,principalmente o “before Mário”,caraca minha cabeça explodiu 🙂 sempre tive em mente que a Nintendo basicamente fabricava baralho no começo e depois se especializou em jogos eletrônicos,mas foi muito mais que isso,a Nintendo foi como uma “ESTRELA” ou “GLASSLITE” pois fabricava todo tipo de brinquedo no Japão,incrível.

    A imagem da capa do “Vanguard” no texto ficou absurdamente nostágica foi de encher os olhos e o depoimento do Borba(já conhecia ele)impecável,coisa de apaixonado por games mesmo.

    Eric,seu texto me lembra a cantora Elis Regina,quando certa vez disse que é difícil “competir” com músicos que interpretam suas próprias canções,por exemplo: Milton Nascimento.O cara(Milton) faz a letra e pensa: Vou gravar ou deixo que outro faça?O paralelo que eu quero traçar é o seguinte:
    Você escreveu um dos seus melhores textos,ficou ótimo!De repente você cede ele ao Blog do Gagá que é um parceiro,assim como Milton e Elis eram… mas eu pergunto:-Não deu vontade de postá-lo no seu Blog mesmo?

    Eric,todos nós aprendemos um pouco mais sobre colecionadores hoje,mas prazer mesmo foi encontrá-lo por aqui.Abraços.

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  • 08/09/2011 em 3:14 pm
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    Que coleção linda essa, eu adoraria ter o FF VII original para pc com todo esse capricho. É o meu segundo rpg favorito.
    Eu admiro quem coleciona e sente prazer por isso, não só junta objetos pensando no lucro de amanhã. Tem que disponibilizar muito tempo para tomar conta, é como cuidar de um ente querido.
    Nunca tive ânimo porém para colecionar coisas, talvez pq tive a experiência de perder um amigo tragicamente que colecionava gibis importados, onde a maioria não foram lidos, eram guardados em sacos plásticos como se fossem um tesouro. No fim toda sua coleção foi doada/jogada fora e ele não pode aproveitar nada. Espero que ele se sentisse como vc Eric, satisfeito em ver sua coleção e tomar conta dela, pq assim não teria sido desperdiçada.

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  • 08/09/2011 em 5:06 pm
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    Dactar :
    Não deu vontade de postá-lo no seu Blog mesmo?

    SHHHHHH! Fala baixo, rapaz, não dá ideia não 😛

    Eu fui na cara de pau mesmo pedir ao Eric para fazer o texto, e nem acreditei quando ele aceitou. Sabia que ia sair coisa boa, mas também imaginei que talvez ele quisesse fazer o post lá para o Cosmic Effect. Aliás, Eric, se quiser pode postar o texto por lá também, viu? No stress!

    O único problema do post do Eric é que eu tô morrendo de ódio dele por causa dessa coleção toda. Cara, desculpa se cair um raio aí e tacar fogo em tudo, é que o poder da inveja às vezes é incontrolável ^_^

    E só para reforçar, eu realmente acho que você foi muito feliz no seu texto. A comparação com o lance do vinho foi ótima, porque esse negócio de colecionismo (e de vinhos ao entardecer, he he) é o tipo de coisa que em teoria não faz sentido algum, mas quando você se coloca na cena e se relaciona com aquela sensação, as peças meio que se encaixam. Você projetou uma situação na qual eu acredito que as pessoas consigam se enxergar, e isso é muito bacana e importante para definir a graça de uma boa coleção.

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  • 08/09/2011 em 5:35 pm
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    @Orakio Rob, “O Gagá” Você tem razão Gagá,o Eric usa muito bem o recurso das comparações e analogias para passar a mensagem do texto de forma clara,para o maior número de leitores possíveis. Uma pessoa que nunca colecionou nada poderia achar estranho dar tanto valor a coisas aparentemente sem valor algum,e neste ponto o post foi bem esclarecedor.

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  • 08/09/2011 em 5:52 pm
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    @Orakio Rob, “O Gagá”
    Valeu Gagá, foi ótima a oportunidade de falar sobre o assunto, propiciada por você!

    @Mano Beto
    Valeu Mano Beto, é isso mesmo, colecionar não é o mesmo que jogar, é um prazer mais subjetivo ainda do que o primeiro. Admirar a arte da embalagem é um dos vários prazeres relacionados. Lembro quando você apareceu com um Master System e um Gangster Town na twitcam, super empolgado com a aquisição. Tem gente que gasta boa parte dos proventos com cerveja no final de semana – nada de errado nisso, se é o que a pessoa gosta, ora! Mas, para outros, o cheirinho do Óculos 3D do Master System vale muito mais do que uma rodada no bar! 😀

    @helisonbsb
    Legal Helison, fã de Vanguard também? Puxa, antes de R-Type era a maior aventura em forma de shmup que existia nos videogames 😀 Lembro como hoje que, quando Vanguard estava disposto na prateleira da locadora, não tinha como não ficar hipnotizado pela ilustração: “Pai, quero aquele ali… Vanguard!” (risos). Abração meu caro!

    @Dactar
    Grande Dactar! Taí, você colecionou carteiras de cigarro? Caramba! E muito louco mesmo o “Before Mario” não? E olha que, se não me engano, praticamente tudo que está lá nos posts ele realmente adquiriu. O lance histórico, de preservação, é outro lado interessante do ato de colecionar.

    Ehehehehe, já que você já conseguiu o aval do nosso amigo Orakiano, vou aproveitar o conteúdo lá pro Cosmic Effect depois 😉 Quem sabe até faça uma versão “Director’s Cut”? (risos) Abração Dactar, que sempre está complementando com mega-empolgação os conteúdos da gente, retrosfera afora! 🙂

    @Oztryker
    Falou tudo Oztryker, colecionar tem muito a ver com a brincadeira de cuidar daqueles itens que você adquiriu. Com certeza o seu amigo aproveitou a coleção, pode ter toda certeza disso – senão ele simplesmente não colecionaria. O valor é intangível, e às vezes até um CD pirata pode ter algum significado, como a história que contei do Bioforge. No final, tudo (gibis, cartuchos, o que for) são objetos, sem alma, sem vida. Estes traços é o dono da coleção quem os confere ao objeto. Com isso feito, a diversão está garantida.

    Uma coisa é certa: colecione ou não cartuchos, mas… se você pôr as mãos num cartucho, na caixa, de um jogo antigo que você gostou muito, que significou muito para você… se alguém, de surpresa, entregar pra você, em suas mãos… pode ter certeza: a sensação pode até ser rápida, mas é deliciosa! Outro dia o Danilo (Dancovich, também do Cosmic Effect) apareceu lá em casa e eu, ao abrir a porta, entreguei para ele o cartucho de Super Mario 2 (ele é fã absoluto deste título em especial) e o controle do NES; ele abriu um sorrisão, inseriu o cartucho no NES e começou a jogar e contar um monte de coisas sobre a época em que jogava aquele jogo em especial. Taí, foi como tomar um bom vinho na companhia de um amigo! 😀

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  • 08/09/2011 em 6:01 pm
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    @Orakio Rob, “O Gagá”
    Valeu Orakio, vou soltar por lá depois também! E brigadão “oficial” aqui pelas suas palavras de elogio ao texto.

    Olha… sabia que comprei o King’s Quest do Master System (que está ali na foto) pouco antes de você fazer um post sobre ele aqui? Inclusive comprei pra tentar jogar mesmo, achando que poderia ser mais fácil que o do PC… que nada, o port é fiel, sobrei 😛

    Ei… um cheiro de cartuchos queimados vindo do quarto… Gagá??? Eheheheheh 😛

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  • 08/09/2011 em 8:37 pm
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    Eric, bons pontos de vista e concordo em quase tudo exceto este trecho:
    “Tem gente que compra certos títulos e os mantém lacrados, para vender no futuro por altos preços. Está valendo: ele investiu na compra, não usou, e não abriu. Armazenou e cuidou durante anos. Agora, ele quer o retorno pelo seu investimento.”

    Cara, se alguém quer colecianar algo por ser algo de valor sentimetal, como mega drive e minha infância, beleza, é um hobby.
    Se quer colecionar apenas jogos que tenham patos, beleza, é uma coleção com um delimitante, é um hobby.
    Se o cara deu a louca e pensa em ter todos os cartuchos do atari até o nintendo 64, tranquilo é outro hobby, caríssimo mas um hobby.

    Mas comprar, pra revender mais caro no futuro, não é hobby, não é colecionar, é especulação, lugar de especular é na bolsa de valores.
    Gostaria de deixar caro, que o problema não é pagar, ou pagar caro, mas o de pagar um preço abusivo.
    Tudo bem que o vendedor não colocou a faca no pescoço de ninguém, mas um item de coleção, pra um colecionador é uma necessidade, não algo supérfluo, ainda que entra a má intenção dos especuladores malditos, que sabendo que a procura é maior que a oferta, tacam um preço estúpidamente abusivo.
    Seria tal qual se um vendedor de um bar, com a concorrência praticamente inextente, subisse o preço de uma Cola Cola gelada de dois para dez reais só porque ele sabe que você está com sede e quase sofrendo desitratação.

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  • 08/09/2011 em 9:23 pm
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    @Eric Fraga

    Jogar no console original tem outro gosto… Não é que nem jogar no emulador.

    Sempre tem àquele gostinho de nostalgia, de lembranças do passado.

    O legal é que jogo com a mesma seriedade desde os jogos do NES, até aos de PS2.

    Eu mesmo adoro jogar Castlevania IV e Axelay do SNES. Para mim, são jogos que são referência até hoje.

    Jogar SF II´ Champion Edition do Mega Drive no seu ótimo controle de 6 botôes também é algo que não temos nos dias atuais…

    Abraços

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  • 08/09/2011 em 10:22 pm
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    James Hatter :
    Mas comprar, pra revender mais caro no futuro, não é hobby, não é colecionar, é especulação, lugar de especular é na bolsa de valores.

    Eu discordo. Uma coisa seria o cara comprar todo o lote de cinco mil unidades de uma edição de tiragem limitada para vender mais tarde, aí eu concordo que seria uma baita sacanagem. Agora, comprou, guardou direitinho por anos pensando em vender no futuro… não vejo problema.

    Veja bem, se um cartucho é tão essencial para um colecionador quanto água no deserto (e concordo que é), por que ele não comprou o jogo quando ele saiu? Talvez ele ainda não tivesse começado a colecionar; talvez o jogo tenha sido lançado antes dele nascer até. Mas alguém comprou, e conservou aquele treco direitinho na estante, lacrado, por ANOS. Na minha opinião, ele tem todo o direito de cobrar caro.

    Além do mais, olhando por outro lado… se não fosse o alto valor monetário desses jogos após alguns anos, é muito pouco provável que a gente conseguisse adquiri-los em bom estado. Imagine, por exemplo, que ninguém vendesse uma edição original do primeiro Zelda, lacradinha, a sei lá quantos mil dólares; que essa edição custasse só, sei lá, trinta dólares. Você acha que essa edição ia sobreviver linda, perfeita, imaculada a quase trinta anos de existência? Claro que não, ia passar pela mão de um monte de gente, ninguém ia ficar guardando intocada lá na estante.

    Ou seja: a especulação pode dificultar a aquisição dos jogos para nós, meros mortais, mas ela também contribui para a conservação dos jogos mais raros, não é mesmo? Aposto que daqui a vinte anos praticamente todas as cópias de, digamos, Pier Solar estariam destruídas se alguns compradores não tivessem noção da grana que pode valer daqui a uns anos. Pode apostar que em vinte anos ainda teremos lindas cópias perfeitinhas do jogo, porque a turma hoje está contando em conservar a cópia para vender mais caro amanhã. A preços altíssimos, mas é história gamer preservada.

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  • 09/09/2011 em 12:48 am
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    James Hatter :
    Mas comprar, pra revender mais caro no futuro, não é hobby, não é colecionar, é especulação, lugar de especular é na bolsa de valores.

    Quando um colecionador compra para revender posteriormente um jogo, ele está abdicando,ele está deixando de ter um prazer imediato com aquele jogo,para que outra pessoa tenha por ele no futuro.Este colecionador é o mais nobre e humano de todos os colecionadores,porque ele é responsável pelo cuidado,conservação e charme do ato de colecionar coisas,graças a ele peças únicas ou em poucas quantidades,poderam ser encontradas no futuro em perfeito estado,caso contrário poderiam virar lixo ou pó de circuitos em algum processo de reciclagem.Este colecionador que você intitula “especulador maldito” é fundamental,inclusive nos exemplos ditos “honestos” que voce mesmo citou lembra?

    1-Colecionar por valores sentimentais: E se o cartucho sentimental do cidadão não existe mais? -é o “especulador” que irá salvá-lo… salvar a infância dele.

    2-O cara que quer colecionar apenas jogos com patos:é realmente uma situação delimitante e sem os “especuladores malditos” poucos patos sobrariam para você meu amigo.

    Seu terceiro exemplo é o mais ilustrativo para provar a importância do colecionador que revende:

    3- “O cara deu a louca e pensa em ter todos os cartuchos do atari até o nintendo 64”: Você disse que seria um hobby caríssimo…só que sem o “especulador maldito” isso não seria apenas caríssimo,poderia ser impossível.Imagine estamos falando de TODOS OS CARTUCHOS.

    Respeito sua opinião,mas no meu ponto de vista esse colecionador tem todo direito de escolher o preço de venda,e o livre mercado vai decidir se a peça em questão vai parar nãs mão de outra pessoa ou continuará seguro,intacto e protegido por muito mais tempo.

    E para finalizar,em relação ao argumento do “Vendedor do BAR” não tem relação alguma com colecionismo,nunca vi ninguém morrer de sede ou desidratação só porque não conseguiu comprar aquele jogo tão desejado.
    Mesmo aquele cara “mal intencionado” que apenas compra e vende e não se importa com o que significa o produto da venda,mesmo este,presta um importante trabalho ao mundo dos colecionadores,já que ele preserva aquilo que possui,mesmo que por interesse.

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  • 09/09/2011 em 12:53 am
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    @James Hatter
    James, não acredito que Eric quis mencionar se a prática é aceita ou não, se é “sacanagem” ou não. Acredito (e me corrija Eric se eu estiver errado) que ele apenas relatou o ato como existente e praticado por alguns como mais uma forma de coleção, a “coleção para especulação”. Seria um motivo de colecionar tão válido quanto amor pela coleção, afinal especular sobre coleção requer um alto nível de conhecimento que não pode ser adquirido por qualquer desocupado com dinheiro sobrando, então não podemos dizer que o especulador também não tem amor por sua coleção.

    Concordo com o Gagá que este tipo de comportamento faz parte da arte de colecionar. Se não houvesse um fator de dificuldade em obter certos itens, eles não seriam importantes para colecionadores. Imagine se aquele cartucho dourado de Nintendo World Championship fosse vendido por qualquer pechincha, não teríamos um episódio de AVGN dedicado sobre o assunto.

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  • 09/09/2011 em 12:54 am
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    Uma vez eu assisti a um programa sobre um homem que entendia tudo sobre diamantes, e ele disse uma coisa que significou muito para mim. Não me lembro as palavras dele, mas a ideia era a seguinte:

    “Eu não ligo para o diamante mais caro do mundo, pois ele foi feito em laboratório. Eu me importo com a história por trás da joia, pois aí está o verdadeiro valor.”

    Do que adianta você ter o jogo (ou qualquer item de coleção) mais raro do mundo se ele não significa nada para você?

    Eu tenho o orgulho e a emoção de ter uma das maiores relíquias do (meu) universo videogamístico: Turma da Mônica em: O Resgate de Master System, completinho, exaustivamente jogado durante toda minha infância, com o manual amarelado e algumas páginas coloridas com lápis de cor (eu não admitia que ele fosse todo preto e branco). E, agora em 2011, autografado pelo Mauricio de Sousa, meu maior ídolo.

    Enquanto folheava o manual, ele se virou para mim e disse brincando: “Isso não é do seu tempo não!”, o que respondi com um sorriso… Pronto, já posso morrer feliz.

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  • 09/09/2011 em 1:56 am
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    Gostei muito do post, parabéns, Eric!

    É muito difícil explicar o que é colecionar algo pra quem não liga pra esse tipo de coisa. Mas é muito legal ver palavras de uma pessoa falando de algo pelo qual ela é apaixonada, esse post refletiu bem isso.

    Aliás, gostei muito de como vc o finalizou: “Pois, para quem coleciona videogames, o importante nem sempre é o destino: e, sim, a aventura até ele…”. Eu tô sentindo na pele o que é isso, mesmo não sendo efetivamente um colecionador.

    Há algum tempo estou procurando algumas coisas pra minha pseudo-coleção e não encontro em canto algum, não da forma como as quero. Quando começo a procurar, o tempo passa muito depressa, e eu nem sinto. É algo interessante.

    Se fosse fácil colecionar, acredito eu que não teria graça. A dificuldade seria ter dinheiro suficiente pra investir e um grande espaço pra estocar uma porrada de coisa. Mas aí perderia o brilho.

    Outra coisa que alguns comentaram também é guardar as coisas do passado que ainda estão guardadas, sejam jogos, consoles, brinquedos, etc. Como é o caso do seu Starflight, por exemplo. Eu vejo isso como se fosse uma “prova viva” de muitas histórias que vc tem pra contar na vida.

    Sou fã de colecionadores, pela atitude, ousadia, paciência, etc. Juro que gostaria de ter uma coleção pra valer, mas vivo ensaiando e não passo disso. Quem sabe um dia, né?

    Gagá, parabéns pela feliz idéia dos posts sobre “colecionismo”. Espero que tenha mais desses por aí! =)

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  • 09/09/2011 em 11:01 am
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    Mudei minha visão sobre colecionadores, embora continue com a visão do primeiro post da “série”. A descrição sobre o efeito de visualizar a caixa de um jogo me fez ver o motivo de se colecionar, é algo além de ter. É um valor que faz sentido ao proprietário e a ele basta. Bacana mesmo.

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  • 09/09/2011 em 5:02 pm
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    Bem Eric . . .

    Soberbo seu post.

    Fiquei com meus olhos marejados quando chegou meu Super Nintendo Playtronic aqui em casa no sabado passado.

    Na verdade foi por causa de jogos em CD que o adquiri no final de semana passado.

    Vou tentar resumir a história.

    No mês anterior adquiri um Playstation japa com 7 jogos originais e 2 controles tudo perfeitinho. Ai aconteceu o seguinte, iria desbloquear ele mas não encontrei nenhum ser vivente que desbloqueasse ele, ou seja, perdeu o valor. No mercado livre tentei trocar com as pessoas mas por causa do Playstation 2 que jogamos tambem ps1 sem chance, mesmo em excelente estado.

    Outra coisa os preços abusivos dos CD’s que não irão durar para sempre, ao contrario dos cartuchos que resistem bravamente aos anos, eternos.

    Fiquei muito triste em ver um R-Type Delta por 200 Dilmas e pensei comigo: não vou comprar porque muito caro e tenho outras prioridades.

    Então o que fiz foi trocar ele com um conhecido meu que vende e troca jogos e consegui um Snes, um pouco amarelado mas funcionando perfeitamente com 6 cart: um com dois jogos do Mickey, Super Turrican, O rarissimo Panel de Pon, Tetris 2, Art of Fighting e Prince of Persia.

    Ou seja, estou muito contente com o aparelho e pretendo ver se consigo algumas pérolas só que ainda acho caro o Super Metroid por 60 Dilmas no ML mas é mais em conta do que 200 num CD que pode se perder.

    Sobre quem vende eu penso o seguinte, muitos inflacionam o preço mas deveriam ser mais justos talvez porque nem sempre temos condições de ter determinados jogos. Eu mesmo não me importo se é genérico (graças aos genéricos joguei muitas pérolas e terminei vários jogos e ainda os termino) ou original. É claro que o original principalmente do oriente são bacanas.

    Enfim para encerrar esse Artwork do Vanguard deu uma nostalgia né!

    Valeu amigos e obrigado pela oportunidade.

    Ulisses Old Gamer 78

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  • 09/09/2011 em 10:52 pm
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    @James Hatter
    Puxa James, eu já acho o contrário: esse tipo de colecionador, o honesto que preserva mesmo o cartuchinho lá, na caixa, manual, etc, pra vender mais caro no futuro também tem sua utilidade. Primeiro, ele garante ótimas peças (lembre-se sempre que, mesmo que você não se importe, TEM quem se importe em comprar um cartucho de um jogo antigo, na caixa perfeita, com o manual sem orelhas) no futuro distante; segundo, ele gasta com o armazenamento. Terceiro, especular não é crime: não acho que ele é um “ser vil” por fazer isso. Eu não faria, mas não porque acho maldade e simplesmente porque não é a minha praia.

    Um exemplo interessante: Ikaruga do Dreamcast. Esse jogo só saiu no Japão, poucas unidades. Rapidamente, tornou-se item de colecionador, com altos preços no ebay. Em 2009 (acho que foi em 2009) saiu Ikaruga na Live, do Xbox 360. O preço dos retails japoneses no ebay DESPENCOU, por causa da versão em download oficial da Microsoft. Inclusive, surgiram diversas discussões sobre o futuro dos colecionadores de jogos, uma vez que a tendência natural é que eles se incorporem a sistemas online através das diversas alternativas legalizadas (se compra de Atari a PlayStation 1 legalmente via download hoje em dia, como você deve saber). Depois de um tempo… Ikaruga volta a subir no ebay. Ou seja: compra o retail quem quer, constatou-se que provavelmente as versões para download não irão influenciar no ato de colecionar (pois são 100% intangíveis, não há muito sentido em colecionar apenas os bits, pelo menos do ponto de vista tradicional do colecionismo).

    A analogia com o refrigerante e a desidratação… desculpe, mas acho que não tem nada a ver, uma vez que privar um colecionador de videogames de ter um determinado item porque você está estourando o preço em um site de leilão, sinceramente, esse colecionador que deseja comprar o tal item que se sentir tão mal assim por causa disso precisa procurar ajuda 🙂 Se este mesmo especulador fizesse isso com água ou a coca-cola do seu exemplo numa situação extrema de vida como você descreveu, aí sim ele é um pilantra — são coisas bem diferentes!

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  • 09/09/2011 em 10:59 pm
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    @Dancovich
    Exatamente isso mesmo Danc, valeu por completar e lembrar de um EXCELENTE exemplo: o tal Nintendo World Championship que rendeu um incrível episódio do AVGN, um dos melhores dos últimos tempos, por sinal. Assistí-lo é mais um exemplo interessante sobre o fascínio que itens raros de videogames exercem em algumas pessoas. Outra adição muito importante do Danilo acho que foi sobre o fato do especulador ser um envolvido com videogames: não dá pra ser um cara totalmente desconectado da realidade dos jogos pra poder ser um “bom especulador”, vamos dizer assim. Se o cara for apenas um mercenário, sei lá, acho que ele vai investir o tempo em outras “maldades” – posso estar errado, mas videogame é um troço muito legal pra atrair gente assim, rs

    Como o Dactar comentou, até o cara que só compra e vende tem uma função importante neste ecossistema, eu mesmo conheço um de longa data que praticamente não joga, mas boa parte de sua renda familiar vem de compra e venda de videogames e jogos antigos. Compro com ele faz muitos anos, aguardo ansiosamente cada nova tabela recheada de “novidades” que ele consegue comprando e especulando por aí.

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  • 09/09/2011 em 11:04 pm
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    @Foffano
    Caramba, que legal essa história do cartucho da Turma da Mônica!

    Taí, é como o Bioforge pirata que eu mesmo fiz a capa e escrevi com pilot na mídia: juro que, de vez em quando, puxo do porta CDs e fico olhando e curtindo a capa, lendo o texto em inglês todo desengonçado que escrevi sobre o Bioforge na parte de trás. “O valor não está no diamante… e sim na história por trás dele!” Seu cartucho é só um símbolo, uma materialização que te ajuda a lembrar dos momentos felizes que você teve com Wonder Boy, digo, com a Mônica no Master System! 😀 Como sempre gosto de dizer, você não precisa se importar com isso; mas tem quem se importe!

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  • 09/09/2011 em 11:28 pm
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    @Cadu
    Puxa, valeu Cadu, você realmente reforçou muito bem o espírito da coisa! A dificuldade de encontrar, o investimento de tempo *e* de dinheiro, tudo isso faz parte do ato de colecionar.

    @Guilherme
    Pois é Guilherme, é uma curtição olhar as caixinhas. Cara, a maior parte dos meus cartuchos com caixa são do Mega Drive. É uma delícia, quando vou arrumar na prateleira, passar pelas capinhas, uma a uma. Paro, olho, leio o texto da parte de trás… lembro de alguma coisa da jogatina, pego o manual; leio todo, eram curtos nessa época né? E, se der vontade, dá pra pegar o cartucho e até jogar o danadinho com o controle original, sem chances de falhas ou distrações gerados pelo uso de emuladores – pra mim, é um bônus também.

    Ah, e o avatar é o Landau, personagem de Lord Of The Sword do Master System (um dos favoritíssimos do SMS).

    @Ulisses Old Gamer 78
    Valeu Ulisses, seu Super Nintendo emocionou hein? 😀 Cara olha que coincidência: meu PSX da época que comecei a colecionar veio com R-Type Delta (genérico, não era o original) dentro, que o dono havia esquecido hahahaha! Outra coincidência interessante, no mesmo comentário seu: o Dancovich (que comentou aqui também) achou pra mim um Super Metroid no ML ano passado, ele queria muito que eu jogasse; mandou o link pra mim, eu comprei, foi 50,00 loose. Virou um dos meus jogos favoritos de todos os tempos, até fiz um post apaixonado por ele recentemente, peço licença pra colocar o link aqui:

    http://cosmiceffect.com.br/2011/05/25/super-metroid-snes/

    Por causa do cartucho, pude fazer as fotos para este post através de captura direta do console e, assim, manter a tremedeira visível de Norfair nas fotos (em emulação, iria congelar em um flicker). Mas não quer dizer que sempre gasto com o cartucho/CD original se quiser jogar. A pouco tempo, joguei os dois primeiros Castlevania do NES. O primeiro Castlevania, mesmo loose, estava bastante caro; então, decidi não gastar e joguei no Nestopia no PC, por inteiro (enquanto o Dancovich jogava o mesmo jogo no Dingoo dele). É isso, sem preconceitos: às vezes no original, às vezes na emulação, às vezes só na prateleira… 😀

    Por sinal, o que você falou sobre os CDs, concordo plenamente: tanto que compro quase nada para consoles em CD, é um dos focos da minha coleção nessa fase inicial – priorizar a era dos cartuchos.

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  • 10/09/2011 em 2:38 am
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    Ok, peguei pesado com exemplo do vendedor, reconheço.

    Mas o que me preocupa mesmo, é que uns vendedores que metem a faca com força. Como eu disse, o problema não e pagar caro, mas o de pagar um preço abusivo.
    Vez ou outra você vê um vendedor colocando um preço muito acima da média.
    Isto, às vezes, rola até pra consoles.

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  • 10/09/2011 em 8:39 am
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    Bem sempre pensei que em tudo tem o lado bom e o lado ruim.
    Mas tem sempre de vencer o bom senso.

    E todos devem ter consciênca de que se vai colecionar, colecione o que pode e não o que não pode por m… motivos.

    O meu objetivo no caso de jogos é a diversão e excelentes lembranças, acho que por exemplo: minhas idas e frequencias a fliperamas que infelizmente morreram, o jogo Street Fighter II de Snes e por ai vai.

    É isso

    Ulisses Old Gamer 78

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  • 10/09/2011 em 10:53 am
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    James Hatter :
    Vez ou outra você vê um vendedor colocando um preço muito acima da média.
    Isto, às vezes, rola até pra consoles.

    Infelizmente acontece mesmo, mas felizmente o mercado de coleções se “autoregula”. É difícil determinar se algum preço é abusivo com coleções, já que você está dando preço em emoção. É sua vontade de ter aquele item na coleção que vai dizer se o preço está abusivo.

    É mais ou menos assim, tenho um amigo que comprou o Megajet, um Mega Drive portátil bem raro que estava presente em alguns aviões para serem jogados durante o vôo. Não lembro quanto foi mas acho que ele pagou uns R$400,00 nele (Eric, vc sabe dessa história, corrija se eu estiver errado). Quando ele me contou a história, eu que não coleciono falei – você é doido, R$400 num Mega Drive! – E a resposta foi categórica – O quê Danilo? R$400 num Megajet? Paguei uma pechincha, acho que o cara não sabia o que tinha na mão.

    O exemplo oposto eu vi em outro episódio de AVGN, o do Virtua Boy. Ele analisou todos os jogos do VB exceto um, que na ocasião ele descreve como “Raro, caro e provavelmente não vale essa merda toda”. Ou seja, alguém cobrou alto pelo jogo e o cara, colecionador, não achou que valia a pena, talvez por não ser tão raro assim a ponto de custar aquilo tudo. O interessante é que eventualmente ele conseguiu o jogo e atualizou o vídeo, então ou ele mudou de ideia quanto ao valor ou achou um preço mais justo em outro lugar.

    É isso, acho que a arte de colecionar inclui este julgamento de preços. Você vai se bater com muita coisa cara que não vale a pena e vai se bater com verdadeiros diamantes a preço de pedra brita, acredito que faça parte da emoção de colecionar e por isso eu admiro muito este mundo de colecionadores, apesar de eu mesmo não colecionar.

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  • 10/09/2011 em 11:16 am
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    Depois de responder a 2 posts, acho interessante escrever o meu próprio e passar minha opinião no artigo.

    O texto está muito bem escrito e as histórias que li aqui (e algumas conheço pessoalmente da voz do próprio Eric) são realmente emocionantes, mas o que me chamou imediatamente a atenção foi quando o texto menciona o filatelista como “nem sempre um colecionador”.

    Achei isso interessante e consegui me adiantar ao texto, pois imediatamente imaginei nós jogadores e amantes de jogos antigos e nutrem este gosto através da emulação. Qual não foi minha surpresa quando Eric conclui o parágrafo mencionando exatamente esta comparação.

    Não sou colecionador de jogos mas de certa forma me orgulho do conhecimento que consegui acumular “honestamente” sobre eles. Tive amigos com consoles diferentes do meu e locadoras que alugavam o console por hora perto de mim, então consegui jogar muita coisa em seu habitat natural, em um console com um gamepad na mão.

    Apesar disso minha paixão por jogos por vezes esbarrava na minha conta bancária e nunca minha vontade de conhecer mais jogos poderia ser satisfeita jogando eles nos consoles e PC, então quando a emulação ficou forte e se tornou fácil encontrar emuladores para as mais obscuras plataformas, foi com grande alegria que voltei aos velhos clássicos e em seguida conheci várias pérolas que de outra forma nunca iria ver, como Crusader of Centy, Beyond Oasis, Shining Force 1 e 2, Tactics Ogre, Tales of Phantasia, etc. etc.

    Nunca tinha parado pra pensar antes de ler este post, mas acho que jogar jogos antigos, mesmo que através de ZSNezes e DOSBoxes da vida, pode ser considerada uma coleção por si só, ou talvez um estudo, o estudo da história dos videogames. Concordo que jogar trocentos jogos emulados nunca vai se comparar ao charme de ser um colecionador das peças físicas, mas mesmo assim acho importante e muito legal ser capaz de participar de uma roda de amigos que conversam sobre os grandes clássicos de jogos eletrônicos, sabendo que você vai sempre sair da conversa com o caderno cheio de nomes de jogos obscuros para experimentar.

    Valeu mesmo Eric pelo texto e Gagá por publicá-lo, vocês estão ajudando a registrar a história dos videogames no Brasil.

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  • 10/09/2011 em 9:58 pm
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    Senhores, que texto brilhante sobre o colecionismo. sem mais palavras no momento ( dizer o que agora???? ) mas curti muito a leitura e como da outra feita sobre o tema, me identifiquei em varios trechos

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  • 11/09/2011 em 10:02 am
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    @Dancovich
    Confirmando, Dancovich, foi pelos R$ 400,00 mesmo! Só por curiosidade, o MegaJet era um portátil que não tinha tela, só as saídas AV mesmo (a pessoa conectava na TV do seu assento da tal linha aérea que disponibilizava).

    Só reforçando o que Danilo complementou: ele mesmo é um fã de Final Fantasy, mas fã MESMO, como muitos de vocês e onde mais ele jogou os Final Fantasy? ZSNES/SNES9X/Nestopia. Aliás, Danilo meio que passeou por muitas plataformas, a fundo mesmo, e boa parte foi através da emulação. Agora que estamos no meio do ano de 2011, já dá pra dizer que emular consoles de videogame não é nenhuma novidade, já passa de uma década esse negócio. E Danilo é desses que está desde os “tempos remotos da emulação”, vamos dizer assim, rs. O cartucho em si é só a “casa da ROM”, para quem não coleciona ou não curte o item físico presente em sua casa. Uma vez extraídos aqueles bits, no mundo digital estamos com a genuína cópia 100% fiel daquele título, e até acompanhar o trabalho árduo dos programadores de emuladores se torna um tipo de prazer, principalmente para quem é programador como o próprio Danilo: lembro que o cara se emocionou quando a turma que desenvolve o ZSNES conseguiu emular um certo tipo de transparência do Super Nintendo…

    Realmente um filatelista, estudioso do universo que cerca os selos postais (cartuchos)! 🙂

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  • 11/09/2011 em 10:48 pm
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    ” se ele conseguiu 14 milhões para gastar em um selo postal, é difícil não pensar no cara como alguém que não é inteligente, correto?”

    Como cada um tem seus valores… eu discordo. Assim como um analfabeto tem sua inteligência para algumas coisas, um grande empresário, bem sucedido e mega-rico pode ter sua pequena dose de burrice… e pagar 14 milhões de dólares em um minúsculo pedaço de papel, que deveria estar em um museu público e não em uma coleção pessoal.

    Mas minha opinião é peso-morto, sou contra qualquer tipo de coleção sem utilidade prática.

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  • 12/09/2011 em 8:50 am
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    Eric
    O Lord of The Sword é um jogão e eu iria responder a pergunta do amigo mas preferi que tivesse a honra e não seri indelicado de minha parte fazer isso né.

    O que penso através da emulação é que determinados jogos o prazer é maior adquirindo o console e os jogos.

    Por exemplo: hoje emulo o Magic Engine e é maravilhoso poder jogar castlevania sem pagar um absurdo num Cd com risco de se perder ele.

    Mas no caso do Super Nintendo, é mais em conta colecionar ele.
    Nessa semana estava dando uma xeretada aqui perto e os preços são atraentes aqui, mas o estado dos cartuchos da dó, o Gagá iria adorar as perebices que encontrei aqui.

    No caso do Super Metroid, eu tenho uma coleção de caixas de loccadora e manuais de diversos consoles, e estou triste porque tenho o Manual e a caixinha do Super Metroid, mas não tenho o principal, o jogo.

    Espero conseguir ir adiante com minha coleção humilde, tanto que ja fui huilhado com um vizinho que eu não sabia que ele tinha 100 cartuchos de Super e 75 de Mega em ótimo estado, acabei doando meu manual do Kid Chameleon para ele já que não possuo o game ainda.

    É isso e abraço a todos que estão lendo pois me sinto um contratado do site contando isso ok.

    Obrigado

    Ulisses Old Gamer 78

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  • 12/09/2011 em 5:36 pm
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    @Iceman
    Opa Iceman, pelo que percebi, os itens colecionáveis “top de linha” (como o tal selo citado) os colecionadores quase sempre são donos de museus, ou algo que o valha. Mas não tenho certeza, não li muito sobre este aspecto.

    É aquele lance… assim como você acha “burrice” o cara pagar milhões de dólares em um selo de papel raro para adornar sua coleção, eu, por exemplo, acho “burrice” o cara gastar “milhões de dólares” durante sua lifetime com cerveja no final de semana. Mas esse “achar que é burrice” é quando a gente aplica aquele ato a nós mesmos; para outras pessoas, gastar dinheiro com cerveja durante sua vida é valioso, tem retorno para ele. Fisicamente/biologicamente, cerveja não é um alimento interessante – o álcool presente se traduz em um mega esforço para o organismo expelir, etc, etc. Mas, para o cara que bebe e gasta muito dinheiro com aquilo, o valor social, etc, compensa. Cada um na sua hehe!

    A coleção de videogames, pelo menos a minha, tem diversas utilidades práticas, como descrito no post – uma delas é jogar. Sua opinião de maneira alguma é peso-morto, meu caro! Acho o mais importante entender que a mesma coisa ou ação tem significados diferentes para outras pessoas (como o exemplo de colecionar lacrados, para mim não tem importância alguma jogos lacrados, mas ENTENDO numa boa que tem gente que gosta, sem problemas se é o que ele curte!) — abração!

    @Abel Valeu Abel, brigadão!

    @Ulisses Old Gamer 78 Valeu Ulissew, opa, bom conhecer mais um fã de Lord Of The Sword, eles existem e estão linkados magicamente pelo mundo! 😀 Legal seu relato sobre colecionar SNES, procurar jogos perebentos em “feiras do rolo” da vida é uma diversão, até aqui em Salvador que é a mais apagada das capitais nesse sentido rola uma feira dessas, me divirto garimpando por lá, como você também o faz. Caramba, tenho só o Super Metroid loose e você a caixa e o manual, precisamos juntar forças 😀 Segue colecionando do jeito que você curte aí, grande abraço!

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  • 13/09/2011 em 9:23 am
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    Já pensei muito em começar uma coleção, mas antes de torrar meus preciosos reais resolvi refletir sobre o que nos leva a colecionar e cheguei à conclusão de que tal prática está relacionada com a nostalgia, com o desejo de se resgatar os sentimentos da infância.

    Acredito que nem jogando no console verdadeiro é possível resgatar a sensação da infância. O tempo passou, as coisas mudaram e as responsabilidades cresceram; não há mais como se repetir a magia daquela época. Questiono-me também do porquê desta pira de voltar a ser criança, tudo bem, um game bom será bom eternamente, assim como um filme, mas ficar exageradamente preso a uma época não pode ser saudável.

    Não sou muito apegado a jogar no videogame real, já fiz a experiência em emuladores e nos aparelhos e percebi que pra mim o que mais importa são as lembranças e não o contato com cartuchos, joysticks e apetrechos dos anos 80/90; não tenho essa tara toda em assoprar fitas e abdicar de um save em games que nos forneciam passwords medonhas.

    Provavelmente já assumi que estamos no século 21 e que, apesar de admirar quem coleciona, posso concentrar todos os meus games antigos preferidos em uma única interface, economizando espaço e dinheiro.

    Enfim, percebi que já me sentia satisfeito emulando no Wii e no PC, logo desisti de colecionar. Resolvi aplicar meu suado dinheirinho em outras coisas, ao invés de acumular velharias em casa: como games novos, roupas, ou coisas que realmente iria usar. Nada contra quem faz isso, mas é uma questão de experiência pessoal e visão da coisa; não preciso cheirar manuais nem soprar cartuchos para me lembrar da infância e não acho correto que ficar preso demais ao passado.

    Apesar dessa minha opinião aparentemente divergente, gostei do post, passou, de maneira bem abrangente, o sentimento que o colecionador tem ao ver suas conquistas na prateleira.

    Abração Eric!

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  • 13/09/2011 em 9:51 am
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    Bem Eric, se quiser o manual eu posso te descolar ele mas como faremos? Eu quero o jogo, os manuais estão guardados em caixas.

    Pretendo me livrar deles em breve, sobraram muita coisa aqui, mas queria uns cartuchinhos neles, alguém se habilita??

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  • 13/09/2011 em 12:27 pm
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    @Tandrilion, o Matusalém
    Eu já segui o caminho inverso, Sandro: há anos jogava em emuladores, de repente comecei a redescobrir o prazer de jogar no console e soprar a fita, he he…

    Outro dia um joguinho de Mega travou na segunda fase, culpa dos contatos do cartucho, e a Fafá disse para mim: “Não entendo que graça tem isso” ^_^ Coisa de retrogamer, rs…

    Quanto ao lance de voltar a ser criança, eu também não gosto dessa nostalgia triste de “como a vida era boa, eu queria voltar no tempo”. Eu lembro da infância com felicidade, porque eu fui feliz quando criança, mas continuo sendo. A vida muda, e alegrias diferentes vão surgindo. O lance é não ficar idealizando o passado, né?

    Eu, por exemplo, amo o lance retrô, mas ando extremamente envolvido pelo Xenoblade de Wii, não consigo parar de jogar aquele treco. Mesmo assim, sempre sobra um tempinho para uma partidinha de Atomic Runner no Megão…

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  • 13/09/2011 em 1:43 pm
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    @Tandrilion, o Matusalém É isso aí Sandro, colecionar pra cada um tem um significado diferente! Colecionar não é o mesmo que jogar, por isso intitulei nosso papo de “O prazer de *colecionar* videogames”. Como descrito no post, coleção tem várias etapas, garimpar, catalogar, cuidar, armazenar — é preciso gostar dessas coisas. O cara que não curte isso, é melhor não comprar, porque senão vira “tralha” dentro de casa, concordo plenamente! Cada um na sua!

    De qualquer maneira, colecionar videogames tem o que chamo de “bônus”: é possível fazer uso real daqueles itens, a qualquer momento (desde que o console e o cartucho estejam funcionando, claro, hehe!). Mas vai de cada um: como dá pra emular (e bem demais) e pegar os full packs em minutos de qualquer console, não é necessário o ritual dos cartuchos e dos joysticks na hora de jogar hehe. Eu mesmo mantenho, a décadas, todos os full packs de todos os consoles principais e computadores antigos no meu PC principal e no notebook. Quando dou na telha que quero jogar Karateka do Apple II, não espero comprar um Apple ou um TK3000 antigo não, vou no AppleWin, carrego Karateka.BIN e vou ser feliz 😀

    Eu mesmo não curto aquele lance de “no passado é que era bom”, ou no nosso caso, “só os jogos antigos eram bons”. Sou do tipo que procura se concentrar no que há de bom no passado (exemplos: gráficos pixelados — adoro só olhar, rs, sou do time que considera um tipo de arte específica — ou game music produzida com limitações) e enfatizá-lo. Tanto que 20% dos jogos que tenho eu ou nem joguei ainda ou não tinha nostalgia, pretendo conhecê-los em algum momento. E, aos poucos, tenho realmente conhecido o que acabou desembocando em fazer um blog sobre o assunto (o Cosmic Effect).

    Não ligo pra “resgatar os valores da infância” através de jogar nos consoles, ou algo do tipo. Mesmo dizendo isso, confesso que tenho um ritual, que acho delicioso e vou compartilhar aqui: domingo à noite, antes de dormir, escolho um jogo em cartucho e jogo (em geral, ou é Master, ou Mega ou Super NES) um pouquinho, nesse caso específico, nunca emulando, só vale no console mesmo, com aquele blá-blá-blá do joystick original, etc, rs. Esse é o meu único momento retrô-nostálgico, e confesso que adoro. É engraçado que, às vezes, acabo nem jogando: quando abro a caixa do cartucho e vejo o manual, começo a ler… e acabo nem jogando hehe. Mas viveria sem isso numa boa, o resto da semana estou jogando ou jogos novos ou um antigo que não tinha jogado — seja no console ou num emulador.

    Como falei, sou um pequeno colecionador, tenho pouca coisa ainda. Compro aos poucos… bem devagar mesmo, passo meses sem comprar nada. Mas volta e meia, compro algo, no meu ritmo. Colecionador hardcore mesmo nem tem blog, pode procurar por aí, vai achar poucos. Em geral, estão em listas de discussão como a Canal 3 citada no post. Blogueiro de videogame, em geral, curte mais é jogar e discutir sobre os joguinhos. Mas as duas coisas (colecionar *e* jogar) podem co-existir numa mesma pessoa, numa boa! Abração Tandrilion!

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