Olá amigos que visitam o Gagá Games! Aqui é o retrogamer André Breder trazendo até vocês mais uma edição do Recordar é envelhecer! Hoje irei falar do primeiro Castlevania portátil a dar realmente certo neste formato: Castlevania II – Belmont´s Revenge do Game Boy. Peguem seus chicotes, tenham todos uma boa leitura e até a próxima!

Introdução

Castlevania II – Belmont´s Revenge foi o segundo jogo da série para Game Boy, lançado em 1991. Desta vez a Konami não deu mancada, fazendo um Castlevania de verdade para o console de bolso da Nintendo. Só pra ressaltar uma grande vantagem de Castlevania II – Belmont´s Revenge em relação ao jogo lançado para o Game Boy anteriormente, o horrendo The Castlevania Adventure, é que nele o personagem principal não perde mais “upgrades” do seu chicote quando é atingido por um inimigo.

A história do jogo se passa 15 anos após a batalha de Christopher Belmont contra Drácula. Solieyu, filho de Christopher, é consagrado o novo caçador de vampiros da família ao completar seus 15 anos, mas durante a cerimônia uma densa névoa aparece e Solieyu desaparece. Juntamente com esse evento aparecem quatro tenebrosos castelos na Transylvânia, e Christopher tem certeza que Drácula é o responsável por tudo isso!

No jogo pode-se escolher em qual dos quatros castelos você vai jogar e os passwords estão de volta para ajudar os jogadores. Só após vencer cada um dos chefes dos quatro castelos é que Christopher poderá adentrar no verdadeiro Castelo de Drácula.

Sobre o game

Castlevania II – Belmont´s Revenge possui bons gráficos, bem melhores que os de The Castlevania Adventure. Mesmo com a limitação de cores (apenas duas), os produtores conseguiram usar de maneira sábia cenários de fundo cheios de detalhes para as fases do jogo, tendo um resultado bem bacana. Cada estágio possui cenários de fundo próprios, fazendo com que haja uma grande variação de ambientes no jogo, ao invés de tudo parecer uma coisa só. Apesar do game se passar em diversos castelos, não pense que tudo será janelas e tijolos: aqui há também ambientes abertos, ao ar livre, e até mesmo regiões com rios subterrâneos, por exemplo. Em Belmont´s Revenge o jogador nunca ficará com a sensação de estar em um ambiente fechado ou limitado, graças aos cenários e fases muito bem elaboradas. Em relação ao design dos personagens e criaturas que povoam o game, e também quanto a animação dos objetos gráficos na tela, tudo está muito melhor se formos comparar com que havia sido feito no primeiro título da série lançado para o Game Boy.

Os efeitos sonoros estão um pouco melhores do que os que se encontram em The Castlevania Adventure. Tudo continua bem simples, mas é fácil notar uma pequena melhoria nesta questão. Enquanto que no game anterior alguns efeitos eram até feios e nada agradáveis sonoramente, aqui temos efeitos mais bem feitos, com uma sonoridade mais apurada. O grunido que o herói emite ao ser atingido em Belmont´s Revenge, por exemplo, é bem mais agradável de se ouvir do que o efeito tosco do game anterior.

As músicas do jogo, contudo, dão um show! Mesmo a qualidade sonora do Game Boy sendo bastante fraca, qualquer um que tenha ouvidos pode perceber a qualidade das músicas de Castlevania II – Belmont´s Revenge! Mas não é para menos, pois no quesito trilha sonora a Konami raramente falha!

Os controles continuam duros como os de The Castlevania Adventure, mas agora o personagem principal não está tão lento como no jogo anterior, o que é um ponto positivo a mais para os controles. Com a volta de algumas armas sagradas, a função botão direcional para cima mais botão de ataque aparece pela primeira vez no Game Boy.

Na versão japonesa de Castlevania II – Belmont´s Revenge existe a cruz, o machado e a água benta, e na versão americana a cruz foi retirada em mais um ato de censura com símbolos religiosos na franquia. Vai entender a cabeça dos americanos… O mais triste é que a cruz é a arma mais eficaz no game, fazendo então com que a versão americana saia perdendo em comparação com a completa que só os japoneses tiveram acesso. Bem que a Konami poderia ter simplesmente alterado o design da cruz, para deixá-la com um aspecto de um bumerangue mesmo (algo que, acreditem, foi feito em versões americanas da série lançadas após Belmont´s Revenge), e manter esta arma secundária no jogo. É por uma dessas que muitos jogadores sempre preferem as versões japas dos games.

Castlevania II – Belmont´s Revenge é um jogo bem difícil, com fases mais complicadas e maiores que as de The Castlevania Adventure, e inimigos mais variados e “petulantes”. Os chefes então, são terríveis, destacando-se Solieyu (sim você tem que lutrar contra ele) e Drácula, como os mais difíceis de todo o game. Você consegue terminar Belmont´s Revenge? Então pode se considerar um verdadeiro caçador de vampiros!

Conclusão

Castlevania II – Belmont´s Revenge é o melhor Castlevania lançado para o Game Boy. Nem mesmo o jogo Castlevania Legends que seria lançado para o portátil alguns anos depois supera este jogo! Este é um game que todo dono de um Game Boy deveria ter!

Recordar é envelhecer: Castlevania II – Belmont´s Revenge (Game Boy)

16 ideias sobre “Recordar é envelhecer: Castlevania II – Belmont´s Revenge (Game Boy)

  • 25/02/2012 em 8:07 am
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    Eu joguei apenas o primeiro castlevania e apesar dos gráficos mais pobrezinhos e os tons cinzas dos games, ele conseguiu passar toda a experiencia em jogabilidade da série Castlevania para o portatil, e isso era o grande diferencial dos jogos de Game boy, eles não precisavam ser bonitos mas sim ser tão divertidos quanto dos consoles de mesa. A dificuldade o Castlevania 1 era igual aos outros da série do Nes e acredito que esse Castlevania 2 deve ter continuado o mesmo excelente desempenho do primeiro, ja fiquei com vontade e vou baixar para emular ele

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  • 25/02/2012 em 8:37 am
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    Uma coisa que se pode dizer deste jogo é que a versão americana é bem mais difícil que a japonesa, simplesmente por falta da arma secundária cruz. Tem hora durante o jogo que a cruz quebra o maior galho. òtima matéria!

    Falow!

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  • 25/02/2012 em 5:44 pm
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    Preciso jogar mais o GB, vou experimentar este Castlevania ainda esta semana.Quando você disse que o som é show,pronto já conquistou minha atenção,sou apaixonado por gamemusic,e este quesito é muito importante pra mim em um jogo.

    Sobre a censura da CRUZ eu fiquei irritado em saber disso,não chega a ser surpresa mas é inevitável se indignar.Voce tem razão André, a Konami poderia ter feito alguma modificação na cruz ou inventado uma arma “genérica” para que a versão americana não ficasse assim em desvantagem.
    Quero destacar o trabalho artistico lindo feito na capa do jogo.Renderia até um poster.

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  • 25/02/2012 em 8:31 pm
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    @Unknownuser2

    Castlevania é mesmo uma bela franquia, cheia de clássicos. Valeu pela presença!

    @Leandro Vallina

    Você vai ver que ele é bem melhor do que o primeiro Castlevania do Game Boy.

    @piga

    Realmente foi um vacilo a ausência da cruz. Por isso a versão japa é melhor, e um pouco menos difícil.

    @helisonbsb

    Concordo!

    @Cosmão

    O Belmont´s Revenge eu considero ótimo. Já o Castlevania Adventure eu acho ruim, e o Castlevania Legends bom, mas não supera o segundo game da franquia lançado para o Game Boy.

    @leandro(leon belmont)alves

    O nome do filho do Christopher é realmente estranho. Mas vai que ele tem algum significado até interessante? Vai saber…

    @Strider

    O pessoal fazia milagres na época do Game Boy. Apesar de toda limitação, muito game excelente saiu para este portátil.

    @Dactar

    Uma coisa que dificilmente a Konami erra é em relação a trilha sonora, ainda mais em se tratando de Castlevania. Com certeza vai curtir as músicas de Belmont´s Revenge.

    E a capa do game ficou bonita mesmo!

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  • 26/02/2012 em 1:00 pm
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    Este castlevania do Gboy é o melhor dos três mesmo. O Adventure é ridículo pois o personagem tem barra de energia mas perde power ups igual o Mario Bros cada vez que é atingido. O pessoal da Konami deve ter fumado um dos bons quando fez o Adventure.

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  • 27/02/2012 em 5:15 am
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    Que coincidência! Conheci esse jogo somente há algumas semanas, e já estava quase terminando no emulador do iPhone (à custa de infinitos save states, obviamente), mas empaquei violentamente no Solieyu, por isso dei uma parada para “respirar”. O problema é que eu esperava voltar a jogar em breve, mas saber que depois dele ainda tem o Drácula me desanimou. Vou ter que envernizar meu velho chicote, pelo visto, porque a coisa ainda vai demorar.

    Por sinal, o meu grande trauma dos jogos excessivamente difíceis (como esse, ou alguns outros que só vim a zerar depois dos emuladores), e que muitas vezes o final é pouco recompensador, geralmente um mero “the end”, ou “congratulations” (embora tenha exemplos excelentes, como as séries Ninja Gaiden e Megaman). Nisso eu tenho que reconhecer a superioridade dos jogos novos, que pelo menos te dão alguma historinha ou plot twist no final.

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  • 27/02/2012 em 7:31 pm
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    @Paulo Mateus

    Tenho a mesma opinião em relação ao Adventure. E muito bem sacado a comparação com Super Mario Bros e este jogo, no lance do personagem perder os upgrades cada vez que é acertado pelo inimigo. Algo que realmente ficou muito tosco.

    @Gley Riviery

    Realmente Solieyu é dose, e o Dracula é tão, ou ainda mais difícil. Mas com um pouco de prática e paciência você chega lá e consegue terminar este game. Não perca a sua fé! 8)

    E também acho bacana o fato dos games de hoje em dia terem finais mais abrangentes, e recompensadores para quem jogou. Quem terminou o Shinobi do Master System, e depois viu só uma tela de Game Over como final, com certeza ficou muito decepcionado na época.

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  • 01/03/2012 em 9:01 am
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    Eu prefiro os Castlevanias portáteis que os pra console mesmo (culpa de Aria of Sorow e Order of Eclesia) mas nunca joguei os de GBC. Este parece uma ótima opção pra começar. Uma coisa que me desanima nos Castlevanias lançados depois do Symphony of Night é que os chefes muitas vezes podem ser derrotados só por puro gridding. É só chegar com níveis o bastante que ele não dá pro gasto. Vai ser divertido suar pra matar o Dracula e seus capangas de novo ^^

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  • 01/03/2012 em 6:21 pm
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    @Heider Carlos

    Eu também gostei e joguei muito os games da série Castlevania lançados para os portáteis e que seguiram o mesmo esquema de Symphony of The Night. Só que gostei de jogar até o Aria of Sorrow. Depois quando chegou os de DS, confesso que já estava de saco cheio do estilo MetroidVania, e nunca joguei nenhum Castlevania de DS até o final.

    Ainda este ano estarei abordando os Castlevanias do Game Boy Advance aqui no Gagá Games. São jogos muito bacanas, mas para mim MetroidVania já é um tipo de jogo que está muito desgastado. Ainda bem que a série está tentando se reinventar, como mostrou em Lords of Shadow.

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