Olá amigos leitores do Gagá Games! Aqui é o retrogamer André Breder para trazer até vocês mais uma edição do Recordar é envelhecer. Hoje vou relembrar um jogo que eu considero como sendo um dos mais divertidos dentre todos os que foram lançados para o Nintendo 64: trata-se do viciante Mario Kart 64! Tenham todos uma boa leitura e até sábado que vem!

Introdução

No ano de 1992 o game Super Mario Kart foi lançado para o Super NES, e logo fez um estrondoso sucesso. Tendo Shigeru Miyamoto ocupando o cargo de produtor e contando também com Tadashi Sugiyama (Ice Climber, Super Mario Bros. 2, Pilotwings) e Hideki Konno (Super Mario Bros. 3, Super Mario World) ambos ocupando o cargo de diretor, o game não tinha como não dar certo. Foram mais de 8 milhões de cópias vendidas no mundo todo, fazendo de Super Mario Kart o terceiro jogo mais bem sucedido do Super NES. Tal sucesso fez com que ocorresse o óbvio: nascia mais uma sub-franquia da série Mario, e em 1996 veio para o Nintendo 64 a aguardada sequência, que recebeu o nome de Mario Kart 64.

Novamente Shigeru Miyamoto ocupava o cargo de produtor, só que agora apenas Hideki Konno voltaria como diretor. O salto de qualidade entre Super Mario Kart e Mario Kart 64 era gritante: com o último tendo todos os cenários e objetos em bacanas gráficos em 3D, o que já era bom ficou ainda melhor, pois a nova tecnologia permitiu que as pistas tivessem características que não eram possíveis de serem concebidas no game anterior.

Sobre o game

Mario Kart 64 traz 4 modos de jogo (Grand Prix, Time Trial, Versus, e Battle) e 8 personagens selecionáveis, que são: Mario, Luigi, Bowser, Princesa Peach, Wario, Yoshi, Toad, e Donkey Kong. Cada um dos personagens possui características distintas, sendo que eles variam em peso, velocidade e aceleração. Todos os oito personagens participam em cada corrida, sendo que até quatro deles podem ser personagens jogáveis, enquanto o restante é controlado por computador.

O modo Grand Prix é o principal do jogo, e nele os jogadores (até 2 no total) devem competir com os personagens controlados pelo computador em um torneio composto de corridas em quatro pistas individuais, organizadas em quatro etapas (aqui chamadas de “copas”). Para cada corrida, os pontos são concedidos com base na posição que cada competidor terminar uma prova, sendo que o jogador precisa tirar no mínimo o quarto lugar para prosseguir para a próxima pista. No final, o grande vencedor é decidido com base no número de pontos que vão sendo acumulados por toda a competição. O jogador pode escolher livremente qualquer uma das 4 copas existentes no início do jogo, assim como a dificuldade, que é medida pela potência do motor (50, 100 ou 150cc). Quanto mais potente o motor, logicamente mais rápido os karts serão, e consequentemente mais difícil as corridas se tornarão.

O modo Time Trial é mais para treinar as pistas ou para aquele jogador que gosta mesmo é de mostrar ser o mais rápido de todos, já que ele permite a um jogador disputar uma corrida em qualquer uma das pistas do jogo, sozinho ou contra um competidor “fantasma”, onde ele busca melhorar seu tempo na pista. O jogador começa com três cogumelos (que permitem explosões de velocidade), mas não pode obter os demais itens adicionais costumeiros nas corridas normais. Caso o jogador esteja correndo com um competidor fantasma, este jogador fantasma imitará os movimentos que foram gravados da jogada anterior que serviu de base para sua criação. É curioso notar que até os dias de hoje, mesmo depois de anos do lançamento original de Mario Kart 64, ainda existem diversas comunidades on-line dedicadas a registrar os recordes de tempo em cada pista do jogo.

Já os dois modos restantes do jogo, são para serem disputados por mais de um jogador: no modo VS, a corrida acontece normalmente só que apenas com os personagens escolhidos pelos jogadores, ou seja, nada de competidores controlados pelo computador aqui, sendo uma modalidade excelente para se divertir exclusivamente com os amigos; enquanto que o Battle mode, os jogadores competem em arenas cheias de itens, sendo que cada um dos participantes possui três balões grudados em seus karts, e vence aquele que for o único que ainda tenha pelo menos um de seus balões intactos no final.

Em relação aos gráficos, Mario Kart 64 claramente pegou emprestado muito do que foi utilizado em Mario 64, só que os problemas que existiam neste último, foram corrigidos e a taxa de quadros aumentada, fazendo com que nem mesmo inconvenientes slowdowns existam em Mario Kart 64, ou pelo menos eles sejam bem raros. Este jogo era de encher os olhos quando foi lançado em 1996, e até hoje continua esbanjando belos gráficos! Os diversos cenários do jogo são bem construídos, os efeitos de luzes utilizados em certos momentos dão vida ao game, e o design dos personagens está praticamente perfeito! Jogadores acostumados com os gráficos mais “perfeitos” dos consoles atuais podem até mesmo achar que Mario Kart 64 é um game feio, mas dentro os games de seu console e de sua época, ele fez realmente bonito. Como já afirmei antes, até hoje continuo achando que este game tem belos e agradáveis gráficos, mantendo muito bem o estilo cartoon que marca qualquer jogo da família Mario.

A sonoridade do game também é nota 10, trazendo efeitos sonoros bacanas, e todos bem agradáveis de se ouvir. Tudo tem um clima bem cômico e infantil, como deve ser todo deste tipo. Algo que chama a atenção logo no início do jogo, é a presença de vozes digitalizadas para cada um dos personagens. A trilha sonora, feita por Kenta Nagata, é muito boa, e traz temas bem diversificados, cada qual casando de maneira perfeita com cada cenário no qual ela se faz presente. Apesar de não termos remixes de velhos clássicos da série Mario por aqui, todas as músicas de Mario Kart 64 são bem similares ao que estamos acostumados a ouvir nos demais jogos da franquia Mario.

A jogabilidade de Mario Kart 64 é excelente, com todos os comandos funcionando de maneira precisa. Jogos de corrida tendem a ter controles difíceis, onde você sempre tem que saber o momento certo, e até quando deve frear seu carro para ser capaz de fazer aquela curva fechada. Aqui tudo é bem mais simples, e mesmo que o jogador tenha que ter uma certa habilidade nos controles, tudo é bem mais fácil de ser feito do que nos outros jogos de corrida que você encontra por aí. No mais, pise bem fundo no acelerador (mas quando a corrida já estiver rolando, e nunca antes de uma largada, ou seu motor sofrerá uma leve pane) e divirta-se!

Em relação a dificuldade, Mario Kart 64 está mais fácil do que seu antecessor lançado no Super NES, mas mesmo assim ainda traz um desafio considerável, com pistas cheias de obstáculos e desafios. O nível de dificuldade pode ser definido pelo jogador, então cada um deve escolher aquele que estiver mais dentro da suas capacidades. No modo Grand Prix, por exemplo, jogadores mais habilidosos e “espertos” que souberem explorar bem as opções que o jogo traz, como os itens de “guerra” que podem (e devem) ser usados contra os outros competidores, não terão tantos problemas de conseguirem se qualificar nas corridas. O jogador só deve ter em mente que os adversários também podem utilizar as mesmas “armas” contra ele, e procurar sempre se precaver de possíveis (ou inevitáveis) ataques. A inteligência artificial dos competidores controlados pelo computador é muito boa, e muitas vezes eles poderão dar um certo trabalho, mas nada que um bom jogador não dê conta do recado.

Conclusão

Seja sozinho, seja com um grupo de amigos, Mario Kart 64 é um game altamente divertido. Sua fórmula simples e viciante pode ser aproveitada pelos mais variados tipos de gamers, do casual ao hardcore, sem o menor problema. Um jogo onde, mesmo com toda sua competição escancarada, o que vale mesmo é se divertir. Mario Kart 64 é um dos melhores games de corrida que já tive o prazer de jogar, e talvez seja por isso que continuo jogando-o até os dias de hoje.

Recordar é envelhecer: Mario Kart 64 (Nintendo 64)
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18 ideias sobre “Recordar é envelhecer: Mario Kart 64 (Nintendo 64)

  • 21/05/2011 em 2:17 am
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    óptima matéria, deu até saudades, joguei muito de quatro (no bom sentido) com meus amigos e amigas, só acho a dificuldade do game jogando sozinho contra a máquina muito fácil, a versão do nintendo ds ficou mais desafiadora, mas é um ótimo jogo.

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  • 21/05/2011 em 3:10 am
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    Reconheço todas as qualidades do game, exceto uma: a diversão jogando sozinho é uma m…. Possuí esse game, original, e não aguentei jogá-lo de tão chato que achei. Tudo parece muito grande e vazio. O game não passava pra mim a sensação de velocidade adequado, nem de urgência. Troquei ele, sem titubear, por um game que achei muito mais cativante e desafiador, Pilotwings 64. Meus colegas disseram que fiz a maior burrada, mas pra mim foi uma das melhores trocas que já fiz. Até hj jogo Pilotwings 64 fazendo 100% em todas as fases. Isso sim é que é game.
    Mario Kart bom mesmo é o do SNES, do DS e o imbatível do GameBoy Advance. Nunca me diverti tanto jogando um Mario Kart como no do GBA. O fator replay dele é 10.

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  • 21/05/2011 em 3:59 am
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    Que saudade desse jogo. Na época ele me trouxe muitas alegrias, tanto jogando sozinho, como jogando com amigos e família. E tanto no modo corrida, quanto no modo batalha. O Bowser era meu personagem preferido, acho talvez porque era o a grande maioria menos gostava e eu queria ser diferente..hehehe
    E minha pista favorita era a Toad Turnpike mirror, correr na contramão nessa pista era motivo para muitos xingamentos e mordidas no joystick (sim eu mordia o joystick quando me irritava com algum game)hehehe, bons tempos.

    Não sei se procede ou é apenas impressão minha, mas parece para mim que esse jogo é dotado de uma inteligência artificial até que bem complexa. Pois a mim parecia que quanto melhor o jogador era, mais competitivo os oponentes ficavam. Por exemplo se você corresse normalmente e batesse aqui e acolá, fosse ultrapassado ocasionalmente, os adversários pareciam maneirar nas armas e sacanagens contra o jogador. Já quanto mais o jogador se esforçasse para fazer um corrida perfeita, mais agressivo os adversários ficavam, apelando com cascos vermelhos e fazendo ataques kamikazes o tempo todo.
    Bem como eu disse não sei se isso é verdade, mas o jogo sempre me passou essa sensação.

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  • 21/05/2011 em 8:00 am
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    Para mim este jogo foi apenas mediano. Ainda acho o Super Mario Kart mais interessante para 1 jogador.

    O que mais me incomodava era a curva que os karts faziam. Quando você virava para a esquerda, o kart se deslocava para a direita e só então começava a virar para a esquerda, mas derrapando. Isso era tão absurdo que se você quisesse desviar de uma banana, por exemplo, tinha que virar NA DIREÇÃO dela, para o kart ser jogado na direção contrária e evitar o obstáculo.

    O melhor jogo de kart para o 64 na minha opinião é o Diddy Kong Racing, com muito mais segredos e inovações. Os gráficos também eram melhores, com cenários variados.

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  • 21/05/2011 em 8:57 am
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    EEEEIITCHAA!! jogo bom danado esse sô^^. me lembro que esse foi o primeiro jogo original do N64 que joguei(o mario 64 era pirata e queimou o console)eu e o meu irmão jogavamos isso direto que a gente descobria varios atalhos praticamente impensaveis nas pistas Wario Stadium,Rainbow Road,Moo Moo Farm, Peach Raceway,Bowser Castle…sem falar nos que eu chamo de”Pit Fatalites”. tá bom, vc não vai degolar a cabeça do bowser no meio da corrida mas da para fazer umas sacanagens no meio da pista para todos os outros concorrentes se ferrarem.exemplo, tipo aquele “pulão” no fim da pista de Peach Raceway,basta jogar um “raio” segundos antes de executarem o pulo e kkkkkkkk! com os personagens pequenos,eles não tinham força para executar o pulo e acabam caindo no rio^^.(Dick Vigarista Mode On) o grafico é perfeito, e as musicas são marcantes. a minha favorita era o do Toad Turnpike, aquele clima de racha de fim de tarde que o estagio trazia era mágico. sem falar que essa pista no modo extra é a mais dificil do jogo. olha, com relação a dificuldade, ele pode ser mais facil que a versão do SNES e para mim foi por isso que achei o melhor. o nivel de Super Mario Kart era absurdo na epoca que eu jogava, eu e o meu irmão desistimos dele. na versão no N64 pelo menos incentiva o cara que não é tão hardcore a termina-lo. bons tempos…alias, acho q vou baixa-lo agora msm. fui!

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  • 21/05/2011 em 9:29 am
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    Ótima postagem Breder, só uma correção, o modo principal Grand Prix (Campeonato) não é disponível para até 4 jogadores e sim para até 2 jogadores, a foto “gameselect300.jpg” que você colocou comprova isso, aonde tem MARIO GP somente para 1 ou 2 jogadores… Esse jogo junto com STAR FOX 64 foram o pontapé inicial para criar o meu blog “Jogando com os Amigos”.

    Comprei 4 controles de Nintendo 64 e adaptadores para jogar no emulador do computador, chamei meus sobrinhos e fomos jogar essa perola e o Star Fox, nem precisa falar o carão que passei quando percebi que não tinha modo principal para 4 jogadores, somente Versus…

    Aquele abraço

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  • 22/05/2011 em 11:50 am
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    🙂 Conheço mais o Mario Kart do SNES e esse era um daqueles cartuchos impossíveis de alugar nas locadoras ,sempre locado, e tinha “preço especial” de locação também!Um grande game feito para jogar acompanhado porque sozinho perde muito do seu brilho,sem dúvida.
    🙁 Avaliando o gameplay de uma forma geral Mario Kart pode ser visto como um jogo que reconpensa a trapaça e a malandragem onde os mais espertos sobrevivem,não é um jogo de corrida é um jogo de trapaça que faria inveja a RockStar e seus GTA´s da vida.A grande jogada da Nintendo foi vender um game moralmente duvidoso com o selo livre para crianças.Eu adoro Mario Kart, mas uma análise crítica do contexto do game expõe pontos positivos e negativos.

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  • 22/05/2011 em 2:55 pm
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    Os games da série Mario Kart para mim são divertidos exatamente por conta da presença de trapaças. Nada melhor que dar uma de “Michael Schumacher” e sacanear os adversários, jogando sujo mesmo.

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  • 22/05/2011 em 7:03 pm
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    João do caminhão :
    Que saudade desse jogo. Na época ele me trouxe muitas alegrias, tanto jogando sozinho, como jogando com amigos e família. E tanto no modo corrida, quanto no modo batalha. O Bowser era meu personagem preferido, acho talvez porque era o a grande maioria menos gostava e eu queria ser diferente..hehehe
    E minha pista favorita era a Toad Turnpike mirror, correr na contramão nessa pista era motivo para muitos xingamentos e mordidas no joystick (sim eu mordia o joystick quando me irritava com algum game)hehehe, bons tempos.
    Não sei se procede ou é apenas impressão minha, mas parece para mim que esse jogo é dotado de uma inteligência artificial até que bem complexa. Pois a mim parecia que quanto melhor o jogador era, mais competitivo os oponentes ficavam. Por exemplo se você corresse normalmente e batesse aqui e acolá, fosse ultrapassado ocasionalmente, os adversários pareciam maneirar nas armas e sacanagens contra o jogador. Já quanto mais o jogador se esforçasse para fazer um corrida perfeita, mais agressivo os adversários ficavam, apelando com cascos vermelhos e fazendo ataques kamikazes o tempo todo.
    Bem como eu disse não sei se isso é verdade, mas o jogo sempre me passou essa sensação.

    Já reparei isso também.

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  • 25/05/2011 em 8:41 pm
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    Mario Kart 64 é excelente. Cansei de ir à locadora jogar com meus amigos, era muito bom. No entanto, acho o Diddy Kong Racing melhor, me parece mais completo e tem um single player muito maneiro. Mas acho que estou sozinho nessa corrente, hehe.

    Bela postagem.

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