Olá amigos leitores do Gagá Games! Aqui é o retrogamer André Breder para trazer até vocês mais uma edição do Recordar é envelhecer! Hoje nossa viagem no tempo será para 1992, ano em que a Hudson Soft lançou para o TurboGrafx-16 mais um game protagonizado pelo corajoso Master Higgins: trata-se de New Adventure Island, um divertidíssimo e dificílimo game de plataforma. Tenham todos uma boa leitura e até a próxima!

Introdução:

New Adventure Island foi lançado um pouco depois de Super Adventure Island do Super NES. Ele era uma volta ao básico, sem os ajudantes jurássicos do game Adventure Island II do NES, mas em compensação trazia uma jogabilidade melhor, mais opções de armas e inimigos mais variados. Tudo isso com gráficos belíssimos e uma sonoridade caprichada! Pronto, não era preciso mais nada para que o game pudesse ser considerado como um dos melhores dentro da sua franquia!

Em New Adventure Island, Master Higgins continua sua carreira de herói, enquanto que os vilões teimam na mania de sequestrar os outros: bem no momento em que Higgins e Tina deixavam a igreja de sua ilha após terem se casado, o estraga-festa Baron Bronsky, juntamente com seis capangas, sequestram a pobre moça, juntamente com seis crianças da ilha. Master Higgins, louco para poder curtir sua noite de núpcias… er… salvar sua amada, parte então em mais uma missão, tendo que passar por seis ilhas diferentes até ser capaz de adentrar no esconderijo do barão fanfarrão…

Sobre o game:

Como Super Adventure Island e New Adventure Island foram lançados no mesmo ano, e muito provavelmente tiveram também seu desenvolvimento dentro de um período similar, é fácil notar similaridades entre os dois jogos, sendo que o game do TurboGrafx-16 saiu, na minha opinião, melhor do que o game do Super NES.

O modo de jogo em New Adventure Island continua sendo o mesmo dos outros games da série, onde o protagonista tem que atravessar diversos cenários, cheios de inimigos e obstáculos. Um contador de tempo no alto da tela faz com que o jogador seja obrigado a sempre pegar o maior número de frutas possível, ou caso contrário verá este contador zerar e Master Higgins morrer de fome.

O herói Higgins continua podendo contar com as armas e itens que são encontrados dentro de ovos, como o veloz Skate e as clássicas machadinhas, mas novas armas também se fazem presentes desta vez, como o bumerangue e a flecha. Uma arma já vista anteriormente, e que retorna neste game são as bolas de fogo, arma esta que podia se encontrada no primeiro Adventure Island lançado para o NES. Esta arma é a mais poderosa do game, pois pode também destruir alguns obstáculos que ficam no caminho e alguns inimigos com maior facilidade, e ela só é encontrada em “ovos invisíveis”, fazendo então que o jogador tenha um certo trabalho para encontrá-la.

A fadinha que dá invecibilidade temporária, bem como o legume roxo que só atrapalha, também se fazem presentes no jogo, e como não dá para identificá-los, já que ambos são encontrados nos ovos brancos, a sorte aqui conta bastante. O jogo é dividido em 7 ilhas, sendo que as seis primeiras são divididas em 4 fases, cada uma tendo um chefe no final da quarta etapa. Já a última ilha é apenas um curto estágio que leva até o confronto contra o último chefão do game.

A qualidade gráfica de New Adventure Island é do mais alto nível, com cenários bem coloridos e variados. O jogo traz personagens/criaturas com grandes sprites na tela, e tudo rodando com uma animação perfeita! É bacana notar que alguns cenários chegam a influenciar no jogo em si, como um dos cenários onde vulcões cospem bolas de fogo que podem fazer com que Master Higgins vire “churrasco”, e ainda as clássicas, e sempre traumatizantes, fases onde o gelo se faz presente, tornando o solo bem escorregadio.

Para mostrar todo o poder gráfico do jogo, até rola algumas animações de Higgins festejando após derrotar cada um dos chefões do jogo, mas eu preferia, sinceramente, que elas não existissem: em uma das animações o valente Higgins comemora a vitória até dançando “balé”. É aquele tipo de situação constrangedora que dá uma extrema vergonha alheia…

A sonoridade de New Adventure Island é excelente, com efeitos sonoros leves, todos com uma sonoridade bem infantil. A trilha sonora é muito boa com músicas variadas, que passam os diversos climas da aventura de maneira perfeita!

A jogabilidade continua tão simples e prática como nos outros games da franquia Adventure Island. Quem conhece a série já sabe que as aventuras de Master Higgins são sempre eletrizantes, com o jogador tendo que a todo tempo se preocupar tanto em pegar as frutas e alimentos que aparecem no caminho, e também ficar atento em relação aos inimigos, obstáculos e abismos de cada uma das fases. Um jogo deste tipo, tendo uma jogabilidade excelente, com certeza deixa tudo nos seus devidos lugares.

A dificuldade do game é grande, apesar dele parecer pelos belos gráficos e personagens caricatos, algo feito para criancinhas. Master Higgins, como sempre, é bem frágil, e morre com apenas um esbarrão em um inimigo, portanto em New Adventure Island só os mais habilidosos sobrevivem. O jogo do TurboGrafx-16 está com muito mais inimigos menores do que os jogos anteriores, o que só torna a missão de Higgins mais complicada. Para amenizar um pouco a dificuldade, existe contudo um “marcador” em forma de mastro de bandeira durante as fases, fazendo com que o jogador que perca uma vida, possa voltar no estágio a partir desse local ao invés de ter que começar do início da fase.

O Skate é algo que muitas vezes mais atrapalha do que ajuda, pois torna o ritmo do jogo que já é acelerado por natureza, ainda mais rápido. Mas jogadores que se deem bem nas 4 rodas, podem ter pelo menos a vantagem de não se preocuparem tanto em ser atingido, já que quando isto ocorre com o Higgins skatista, ele só perderá o seu “veículo”, e não morrerá no ato. Agora o jogador deve ter cuidado, pois ao perder o skate Higgins irá automaticamente cair para frente, e se estiver um abismo bem na posição em que o herói pretendia fazer seu “pouso”, ele irá se dar mal.

A batalha contra os chefes continua seguindo o estilo do jogo original, onde é necessário atingir os malditos com golpes diretamente em suas cabeças, pois este local é o único onde eles podem ser feridos. Cada um dos chefes possui uma forma de atacar, mesmo que visualmente (fora a cabeça que sempre muda) eles pareçam todos iguais. E curiosamente aqui não é como no primeiro jogo, onde um chefe derrotado apenas perde sua cabeça e outra diferente surge no lugar. Em New Adventure Island são mesmo seis “capangas” diferentes.

A dificuldade em relação aos chefes vai muito da atenção do jogador, que deve primeiro ser capaz de rapidamente entender a forma de ataque para saber a melhor maneira de se posicionar na tela para escapar, ao mesmo tempo em que ataca nos momentos corretos. Um erro e uma vida será perdida, então habilidade nos controles do jogo e pensamentos rápidos são necessários para se dar bem em New Adventure Island. O último chefe é o pior de todos, e para piorar as coisas o maldito tem duas formas, o que torna a vida do jogador ainda mais complicada na batalha final do game.

Conclusão:

New Adventure Island é um ótimo e divertido game de plataforma. Na minha opinião é um dos games de sua franquia mais gostosos de se jogar. Na época de seu lançamento não foram tantos que puderam jogá-lo pelo mundo afora, visto que apesar de todas as qualidade do console TurboGrafx-16/PC-Engine, ele acabou não fazendo o sucesso merecido, deixando que pérolas como New Adventure Island passasse em branco na vida de muitos gamers. Mas hoje não há mais desculpa, e New Adventure Island pode ser facilmente encontrado para download no Wii’s Virtual Console e também na PlayStation Network. Não tem um console da atual geração? Então vai de emulador mesmo meu amigo, pois pecado é ficar sem jogar este grande game da Hudson Soft!

Recordar é envelhecer: New Adventure Island (TurboGrafx-16)

13 ideias sobre “Recordar é envelhecer: New Adventure Island (TurboGrafx-16)

  • 05/11/2011 em 5:58 am
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    Não tem um console da atual geração? Então vai de emulador mesmo meu amigo, pois pecado é ficar sem jogar este grande game da Hudson Soft!

    exatamente,não tenho um desses novos consoles. 🙁

    quando joguei esse Adventure Island, foi no SNES. era dificil pacas e quase ninguém da rua se atrevia a joga-lo. apenas eu,mas não chegava muito longe…como já tenho o emulador do turbografx-16 instalado, vou baixar esse game e tirar o passado a limpo. belo post,André.

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  • 05/11/2011 em 8:20 am
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    A maioria de nós ocidentais pouco ou nada conhecemos sobre os excelentes jogos do TurboGrafx-16 (PC-Engine), principalmente os produzidos pela Hudson Soft.
    Mas como vc bem disse André, não temos mais desculpas, a atual tecnologia e os serviços de vendas online direto no console proporciona a todos o resgate e vivência destes ótimos games.
    Sobra diversão, desafio, qualidade gráfica, sonora e nostalgia da boa!

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  • 05/11/2011 em 10:45 pm
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    Sou louco prá comprar esse joguinho pro meu PC-Engine. Basta o dólar voltar prá casa dos R$1,60 de novo. Falar em PCE, André, essa semana esse nosso queridíssimo console chegou na “idade do tigrão” (24 anos), vocês não vão preparar nenhuma materia prá comemorar?

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  • 06/11/2011 em 2:48 am
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    Gráficos muito bons para um game de 1992.
    Não sei se é a idade, só sei que de uns anos pra cá eu tenho me interessado bem mais por jogos antigos do que pelos atuais. Tenho dois consoles da atual geração, mas mesmo assim, depois de ler o seu retroreview, fiquei BEM mais interessado nesse game aí do que no Batman AC que acabou de chegar pra mim.
    A Hudson sempre fez jogos muito divertidos e criativos. Com certeza uma das melhores softhouses do universo gamer. ^^
    Valeu pela dica.
    Abraços!

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  • 06/11/2011 em 5:10 am
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    Eduardo :

    Falar em PCE, André, essa semana esse nosso queridíssimo console chegou na “idade do tigrão” (24 anos), vocês não vão preparar nenhuma materia prá comemorar?

    Eu, pelo menos, não irei preparar nada. E acredito que o restante da galera do blog também não deve fazer nenhum post “comemorando” mais um aniversário do PCE. Aqui no Gagá Games não somos muito ligados a datas comemorativas, salvo raras exceções.

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  • 07/11/2011 em 8:48 am
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    cara + q jogão na minha opnião o PC Engine só tem games avassaladores putz o console ja tem a 24 anos??? um console q jamais saira da minha mente pena q nunca tive um! só descobri atraves de emuladores até hj me encanto com os games (especialmente YS 3) explendido review mal posso esperar pra adquirir um PC engine (nunca é tarde para consoles ^^)

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  • 07/11/2011 em 9:32 am
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    Bacana ver um game do PC-Engine por aqui, gosto muito dos jogos dele.

    Adventure Island é uma série que joguei pouco, somente os primeiros pro NES e o saudoso Wonder Boy do Master System.

    Pretendo pegar as versões do SNES para fechar algum dia, são bem diferentes dos antigos.

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  • 08/11/2011 em 10:02 am
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    Rapaz, vou te dizer que Adventure Island sempre passou batido, mas depois de ler deu uma vontade de corrigir esse furo retrogamístico… O TurboGrafx tem sempre um visual muito interessante nos jogos – deve ter sido incrível ter jogado um na época. Aqui contávamos somente (mas não apenas) com o Master System que, embora tendo rendido MUITA diversão, parecia normal para seu tempo em matéria de gráficos e processamento né.
    Parabéns pela matéria.

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  • 10/11/2011 em 1:54 pm
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    Vocês vão me espancar, mas eu não consegui me empolgar com os Adventure Island com a jogabilidade diferente da do Nes.

    O Super eu tentei jogar várias vezes, nunca termino. Esse do PCE é o que eu consigo jogar mais, parece uma mistura dos dois estilos.

    Saiu um novo no Wiiware e não consegui gostar dele pelo mesmo motivo que não me empolgo com o Super… Talvez os fãs do SUper gostem do ADventure ISland do wii

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