Olá amigos leitores do Gagá Games! Aqui é o retrogamer André Breder para trazer até vocês mais uma edição do Recordar é envelhecer! Neste Sábado as coisas serão só um pouquinho diferentes, onde irei falar sobre um game lançado recentemente, mas que possui os dois pés no passado: Streets of Rage Remake. Tenham todos uma boa leitura e até Sábado que vem!

Introdução:

Parecia até mentira, mas o mês de Abril começava de uma maneira ótima para os eternos fãs da franquia Streets of Rage: após 8 anos em produção, o famoso e aguardado Streets of Rage Remake, um game desenvolvido pelo pessoal da Bomber Games, teve finalmente lançada a sua versão final! Mas como alegria de pobre dura pouco, bastou passar uma semana após os desenvolvedores do projeto terem disponibilizado o game para download totalmente de graça, para que a SEGA surgisse para “melar” a nossa alegria, e pedisse então que o jogo não fosse mais distribuído.

Representantes da SEGA vieram com o papo de que fizeram tal pedido para “proteger os direitos das nossas propriedades intelectuais”. Certo, a série Streets of Rage é realmente uma propriedade da SEGA, mas o que custava para esta lendária empresa dos games permitir que um jogo gratuito como Streets of Rage Remake continuasse sendo distribuído para os fãs de uma franquia que ela mesmo parece preferir que continue no limbo? Eu sinceramente não consigo ver como a SEGA teria algum tipo de dano ou prejuízo ao simplesmente permitir que tal projeto continuasse sendo disponibilizado para os fãs de Streets of Rage.

Só que a SEGA agiu tarde demais, e mesmo que o pessoal da Bomber Games não mais distribua o game conforme ela pediu, é só procurar no Google para encontrar os mais variados sites com links para o download da versão final de Streets of Rage Remake. Acho pouco provável que a SEGA consiga tirar do ar ou impedir que o jogo continue sendo distribuído pela internet, mas em todo caso sugiro que todo fã da série procure baixar o game o mais breve possível, só por questão de garantia. Nas próximas linhas estarei fazendo uma análise de Streets of Rage Remake, e mostrar porque ele merece mesmo a atenção dos fãs da franquia.

Simplesmente o melhor fã game que já joguei!!!

Vou confessar uma coisa antes de tudo: os games feitos por fãs nunca conseguiram me agradar como os originais… fato que veio mudar somente após eu ter jogado Streets of Rage Remake! Muitos fãs da franquia poderão até discordar, mas na minha opinião este game consegue superar todos os três games que foram feitos pela SEGA. Claro que a empresa japonesa tem o mérito de ter criado os patamares da franquia, mas o pessoal da Bomber Games, talvez por ser claro, formado por fãs da série, conseguiu reunir em um só jogo tudo o que os fanáticos por Streets of Rage queriam, unindo características de todos os três games originais mas indo também além, ao criar novos elementos para o jogo. Streets of Rage Remake traz ao todo 103 estágios diferentes, dividos em quatro rotas que podem ser escolhidas logo no início do jogo em um mapa bem sacado, fazendo com que 8 finais sejam possíveis. O bacana é que algumas fases trazem a possibilidade de escolher caminhos diferentes, o que só aumenta o valor replay do game, visto que você sempre ficará com vontade de jogá-lo novamente só para saber quais inimigos iria encarar se tivesse escolhido outra rota.

Pelo que indica a bela tela de abertura do game, a trama de Streets of Rage Remake se passa um ano após a última batalha dos heróis contra as forças de Mr.X, tempo este que foi suficiente para a organização criminosa do maldito voltar com força total. Mais uma vez Adam Hunter, Axel Stone e Blaze Fielding decidem fazer um ataque direto contra as forças de Mr.X. Três velhos amigos do trio de heróis, que já os havia ajudado em batalhas anteriores, também entram na “briga”, formando então um time praticamente imbatível: o fortão Max Thunder, o jovem Eddie “Skate” Hunter e o poderoso Dr. Zan. Streets of Rage Remake coloca todos os personagens principais da série em um mesmo pacote, permitindo assim uma variedade muito maior na formação das duplas. Adam Hunter que só foi um personagem jogável no primeiro Streets of Rage, e portanto nunca teve movimentos ou golpes especiais como os personagens que continuaram ou que surgiram nos dois jogos posteriores da franquia, aqui recebeu um tratamento todo especial, e pode agora dar golpes tão devastadores quanto os de seus amigos.

A jogabilidade do game, que para mim é o fator mais importante em um Beat ‘em up, foi renovada e ampliada, contando agora com sete “botões”, onde seis são destinados as ações dos personagens na tela. O último botão, reserva uma surpresa para os velhos fãs: a ajuda da polícia está de volta! Sim, como ocorreu no primeiro jogo os heróis podem pedir uma força para seus amigos policiais que, dependendo do tipo de área que os jogadores estiverem, virão até mesmo de helicóptero para dizimar malfeitores que estejam complicando a vida dos jogadores. O sistema de golpes e combos tem como padrão os vistos no jogo Streets of Rage 3, mas isso pode ser alterado na parte de opções do jogo caso o jogador prefira o sistema visto no segundo game da franquia. Outras novidades em relação a jogabilidade é que agora os personagens podem executar movimentos especiais com as armas que estiverem portando, sendo que até mesmo armas de fogo podem ser encontradas para serem utilizadas nos inimigos.

Em relação a parte gráfica do game, apesar do título preservar muito dos sprites clássicos dos jogos originais e ter utilizado praticamente todos os cenários já vistos na franquia como base para a criação das fases, os produtores do remake se dedicaram mesmo ao projeto, e criaram também personagens totalmente novos. A qualidade gráfica vai ainda para um patamar que o velho Mega Drive não poderia mesmo fazer, apresentando novas texturas que literalmente dão vida ao game. As explosões que ocorrem durante o jogo, por exemplo, mostram uma perfeição absurda e que não poderia mesmo ser reproduzida pelo hardware do console de 16 Bits da SEGA. A presença de sangue no jogo é outra novidade, algo simples mas que dá uma toque de realidade para o game. Agora vou citar um fato curioso que ocorreu em uma das minhas jogatinas, quando me deparei com um inimigo inusitado: Cody da franquia “rival” Final Fight. O coitado faz um ponta em um dos cenários do remake como um personagem comum, mas que me deixou uma vida extra após ser derrotado. É o tipo de piada que só poderia aparecer mesmo em um projeto feito por fãs, e que acaba sendo realmente muito divertido. Ainda sobre a parte gráfica, vale citar que o game traz em seu total 40 cutscenes, que apresentam desenhos muito bem feitos que são exclusivos do remake. Um verdadeiro trabalho de arte por parte da equipe da Bomber Games.

A parte sonora é uma homenagem ao trabalho de Yuzo Koshiro na série, trazendo todas as músicas que o mestre compôs só que remixadas, para dar também um toque de originalidade ao remake. Ao todo são 76 músicas, onde se incluem algumas inéditas que foram criadas pelo pessoal por trás do projeto. A parte dos efeitos sonoros foi trazida diretamente dos jogos do Mega Drive, só que aqui estão com uma qualidade sonora melhor, graças ao belo trabalho da Bomber Games, que fez questão de separar os efeitos por 24 canais de áudio, evitando assim que os sons ficassem misturados/embolados com outros, e consequentemente soassem distorcidos.

Agora vem a parte mais “chata” do remake: sua alta dificuldade. A galera que integra a Bomber Games deve ter apenas jogadores “hardcore”, pois Streets of Rage Remake é um game com um desafio alto mesmo se jogado na sua dificuldade mais baixa. Muito disso se deve ao fato de que a inteligência artificial dos inimigos do remake está muito mais avançada do que a dos inimigos dos jogos originais. Aqui não pode marcar bobeira: os inimigos atacam de forma implacável e em grandes grupos, e mesmo quando você parte para cima deles, deve fazer isso de maneira precisa e com o devido cuidado, pois eles sabem muito bem se defender também. Jogadores que contudo achem o game muito fácil, podem optar pelo modo “Mania”, nível de dificuldade insano que nos jogos originais da franquia Streets of Rage era habilitado por meio de “macetes”, mas que aqui se encontra disponível no menu de opções do game. Só existem ainda 2 “continues” disponíveis para os jogadores, algo que definitivamente torna a missão de terminar este game ainda mais complicada. Aos “bravos heróis” que conseguirem terminar Streets of Rage Remake contudo, serão agraciados com um vasto conteúdo adicional, como a possibilidade de adquirir novos personagens, itens, cheats e modos de jogo.

Conclusão:

Volto a repetir: na minha humilde opinião, Streets of Rage Remake conseguiu superar todos os jogos originais da franquia, trazendo inovações e melhorias que os fãs só poderiam antes encontrar em seus sonhos. Um trabalho que merece todos os elogios, algo feito de fã para fã, mas com uma qualidade totalmente profissional. A SEGA ao invés de preocupar em tirar este game da internet deveria era contratar os caras da Bomber Games, encher os bolsos deles com grana, e fazer um lançamento oficial de Streets of Rage Remake. Ao contrário dos jogos de Mega Drive que ela insiste em vender via Steam, este remake eu faria questão de comprar. Bem, a esperança é a última que morre…

Recordar é envelhecer: Streets of Rage Remake (PC)

57 ideias sobre “Recordar é envelhecer: Streets of Rage Remake (PC)

  • 07/05/2011 em 9:47 pm
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    Acho que o jogo tem mais é que ser dificil mesmo, até por que os personagens tem abilidades e agilidades o suficiente pra estar a altura de qualquer desafio, não seria certo se eles só possuissem ataques muito limitados como em SoR1. Quem quizer jogo facinho de vencer que vá jogar games infantis de criancinhas.

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  • 31/05/2011 em 2:46 pm
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    Rapaz, que jogo maravilhoso. Tenho 30 anos, passei pela febre do Mega Drive, quendo a molecada chamava esse jogo de “Briga de Rua”, e ainda me divertia com as 3 versões originais no emulador. Este remake realmente superou os originais em todos os quesitos, e é bem difícil de terminar mesmo. Jogaço, capaz de me fazer encostar o Playstation por um tempo. É uma pena que a Sega (ou seria “cega”) não dê o devido valor ao excelente trabalho dos programadores da Bombergames, porque é coisa de profissional mesmo. MUITO FODA!

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  • 31/05/2011 em 3:21 pm
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    @Leon
    Comentário infeliz, amigo. Acho que você é o único que criticou o game, aliás o único fã game que vi que ficou melhor que o original em todos os aspectos. Porém, ainda é um fã game, e deve ser avaliado como tal, fato que torna seu comentário ainda mais descabido.

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  • 10/01/2012 em 8:58 pm
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    realmente estar muito dificil, pra galera que curtiu street of rage 2 no nível mania, vai adorar jogar,o jogador irá se sentir desafiado mesmo pelo jogo.eu andei jogando um pouco e vi que eles caprixaram nas fases sor1 e revivendo muitos inimigos da quela plataforma eles tbm colocaram uma ceta dificuldade quando se escolhe no mapa para ir nas fases so sor1..nossa os inimigos estão muitos fortes muito rápido vale a pena jogar pela diversão e dificuldade parabens

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