Presumo que todos os meus leitores já estejam carecas de conhecer a WarpZone, uma empreitada retrogamer que vem entupindo as melhores livrarias do país com um sem número de livrinhos sobre jogos retrô. Quem ainda não topou com um desses por aí? 

A princípio, a ideia era fazer uma revista bem aos moldes das clássicas Supergame, Videogame e afins. Porém, no caminho para o lançamento da revista, a turma começou a fazer esses livrinhos de 100 páginas altamente deliciosos e a ideia da revista meio que perdeu pique. Trata-se de um projeto encabeçado pelo empolgadíssimo Cleber Marques, ao lado do Ivan Battesini, que é simplesmente o criador da lendária rede de locadoras PROGAMES (acho que eu devo pelo menos 60% da felicidade da minha adolescência a esse camarada).

Os livrinhos da WarpZone se dividem em séries, como “Clássicos” (contando toda a história de alguma franquia retrô), “Biografias” (tratando de personagens retrô famosos) e a minha favorita: “101 Jogos” (apresentando brevemente 101 jogos selecionados de um console específico). Todas essas séries são bem legais, mas eu gosto muito da “101 Jogos” porque parece uma versão turbinada daquele folhetinho de jogos do Master System, tão lembrados? Perfeita para uma leitura rápida e gostosa, como um Toddy quentinho entre um hadouken e outro nas jogatinas de Street Fighter II no Super NES. Ah, bons tempos!

Old quem?

É, eu sei, já existe a Old!Gamer e tal. Daí pintam as inevitáveis comparações: tem a turma que prefere a pegada mais técnica da Old e diz que a Warp é perda de tempo; outros preferem a nostalgia gostosa da Warp e dizem que a Old é fria demais. Honestamente, eu acho a rivalidade uma besteira. As duas publicações são ótimas dentro de suas respectivas propostas. Eu não trocaria uma pela outra; prefiro ter as duas, coexistindo em paz aqui na minha estante.

A maior diferença entre as duas publicações é que a Old é mais jornalista, tem aquela coisa bem técnica de abrir a barriga do jogo com bisturi, separar os órgãos em frascos e analisar cada detalhezinho da maneira mais detalhada possível. É uma abordagem fantástica para quem já sabe praticamente tudo sobre um jogo e quer saber ainda mais. Eu já escrevi para a Old diversas vezes, e vocês me conhecem, eu quero explicar até o motivo da gente ouvir o “teglomp” do Dr. Lester engolindo o refrigerante na abertura do Out of this World. Sim, é sério, eu expliquei mesmo isso na Old!Gamer edição 4. Juro que não sou virgem, vocês precisam acreditar em mim.

Um livro inteiro de 100 páginas só para Streets of Rage? Holy shit!

Já a WarpZone tem outra proposta. Não, eles não ficam só no papo nostálgico; se você comprar o “Biografias” do Sonic, vai ver lá direitinho os textos sobre o Yuji Naka, o Naoto Oshima… só que em vez de dissecar o sapo como a Old faz, em vez de apresentar até o boletim do Naka na sétima série para explicar o motivo da música da Flying Battery Zone ter sei lá quantas batidas por segundo (eu inventei isso agora, não procurem no Google, pelo amor de Newton), a WarpZone prefere se focar mais no jogo em si, no que você vê na tela e na sua reação àquilo.

Vamos colocar da seguinte maneira: a Old te mostra coisas inéditas sobre os jogos que você ama; a WarpZone te lembra por que você ama esses jogos. Querem outra comparação? A Old é uma enciclopédia sobre aviões de combate; a Warpzone é o filme “Top Gun”. Deu para entender? Técnica e jornalismo de um lado, nostalgia e emoção do outro. Não que não tenha nostalgia na Old, nem jornalismo na Warp, mas a balança pende mais para um lado na Old e para o outro na Warp.

E lá vou eu de novo

Com esse jabá todo que estou fazendo aqui, vocês já devem estar imaginando, mas… o Gagá é o mais novo colaborador da WarpZone ^_^

Sim, meus caros leitores. Não satisfeito em encher o saco de vocês aqui no blog e em eventualmente poluir as páginas da Old!Gamer com as minhas asneiras, agora eu também vou arruinar a qualidade da WarpZone. E minhas primeiras contribuições acabam de chegar na praça!

O primeiro trabalho que fiz para a Warpzone foi extremamente modesto se levarmos em conta o escopo ÉPICO do volume completo: o Mega Drive Definitivo!

Esse super-hiper-roller-coaster livro sobre o Mega Drive tem incríveis 358 páginas num formato ridiculamente luxuoso. É uma coisa assombrosa, sem exagero. Taí, eu acho que o nome do livro deveria ser “Mega Drive Assombroso”. Que trabalho bonito, gente.

Minha contribuição para o livro foi pequena porque peguei o bonde andando, entrei para a equipe já no final do trabalho. Mesmo assim, o Cleber me arranjou perto de 60 jogos para resenhar e eu mandei bala. O grosso do livro mesmo ficou por conta dos meus companheiros de redação, sobre os quais falarei em breve. Como este post já está meio longo, vou fazer um post detalhado sobre o Mega Drive Definitivo na semana que vem, aí dou os devidos créditos. Quem não precisar de mais argumentos pode ir lá comprar o Mega Drive Definitivo agora mesmo no site da WarpZone.

Minha segunda contribuição foi bem mais expressiva: tá chegando o WarpZone Clássicos: Resident Evil, e eu tive a imensa honra de escrever sobre o magnífico Resident Evil 4, o bacanérrimo Resident Evil 5 e o… Resident Evil 6. Vamos em frente, não quero apanhar dos fãs de Resident Evil 6, mas fiquem tranquilos que não espinafrei o jogo no livro não. Afinal, o livro é para os fãs! ^_^

 

Mais uma vez, teremos um post sobre o livro do Resident Evil. No post, darei créditos a todos os envolvidos e falarei mais detalhadamente sobre o livro, mas já adianto que ficou legal pra caramba. E em breve, trarei novidades sobre um outro projeto meu lá na WarpZone… peraí, esse é segredo ainda!

Onde eu compro essas coisas lindas?

No site da WarpZone. Os livros são enviados numa embalagem super reforçada, e vão chegar na sua casa perfeitinhos mesmo se o carteiro for o Pitfall ^_^

WarpZone: aquele Toddy quentinho entre um hadouken e outro

7 ideias sobre “WarpZone: aquele Toddy quentinho entre um hadouken e outro

  • 04/09/2017 em 11:21 pm
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    O Gagá sabe vender o peixe :).
    Concordo com sua opinião de que ambas publicações coexistem muito bem. Agora, em tempos de esquerda e direita se batendo mais que torcida em final de campeonado, é natural que o pessoal tenha se acostumado a “escolher um lado”. Ai chega você e mostra sua filosofia budista-alike, no eterno “caminho do meio”.
    Brincadeiras à parte, sempre bom ver que a “cena” não sumiu e continua com preseças de peso.
    Falando em peso, a vida de pai de família já te rendeu uma barriguinha?
    Abraços, rapaz!

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  • 05/09/2017 em 11:58 am
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    Dei uma folheada na Warpzone Master System: 101 Jogos Inesquecíveis.
    Achei bem bacana, a pegada lembra bastante as revistas antigas.
    Pra mim o importante é ter qualidade, podem ser até meia dúzia de revistas diferentes, não faz mal. haha

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  • 24/09/2017 em 8:53 am
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    Velharada, fiquei devendo o post sobre o Definitivo de Mega Drive e não fiz, sorry. Vou fazer nesta semana, eu juro! Tenham paciência com o velhinho que em breve anunciarei outros projetos editoriais…

    Cassio Raposa:
    Falando em peso, a vida de pai de família já te rendeu uma barriguinha?

    Se eu te disser que perdi três quilos, você acredita? 0_0 E olha que sou sedentário, não pratico esporte nenhum, trabalho sentado o dia inteiro comendo biscoito porcaria. Simplesmente não sei mais o que fazer para ganhar peso. Já fui a nutricionista, endocrinologista, só tá faltando ir ao centro espírita agora, rs…

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  • 20/12/2017 em 10:30 am
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    Confio cegamente no trabalho do nosso amigo Gagá. Tenho motivos para isso. Comecei a acompanhar o blog dele na década passada e peguei o auge da onda retrogamer. Escrita divertida, carismática e cheia de informação bacana. Sem dúvida, o escritor nº 01 do mundo gamer brasileiro.
    Gosto da galera do WarpZone e digo que eles acertaram em cheio ao adicionar Orakio Rob ao seu plantel.
    Ainda não comprei meus exemplares porque meu backlog de revistas/livros é ainda maior do que o de games, de maneira que preciso dar um jeito nisso.

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