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“Para quem quer fazer exercícios de reflexão”

Olá crianças!

“O que é isso, Senil?! Vai falar de arte agora?”. Não é incrível como eu sempre acabo pensando em alguma pergunta bizarra que vocês fariam ao ver os títulos e as propostas estranhas que coloco nos posts? Mas adianto que, pelo menos por enquanto não falarei de arte; isso é só um pequeno jogo de palavras com o tema de hoje: arcade.

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Arcádia não é a origem verdadeira do termo “arcade”, mas é interessante imaginar que temos um movimento literário em nossa história que se refere a uma espécie de nostalgia de uma região pastoril da Grécia Antiga. Ou seja, uma “região idealizada de prazer simples, rústica inocência e quietude ininterrupta”. Nada a ver com os locais barulhentos com máquinas de arcade, certo? Barulhento, gente gritando, sons altos de máquinas diferentes e tudo mais… Mas não vamos nos adiantar.

Vocês devem se lembrar de uma época em que os fliperamas eram o ápice da tecnologia de videogames. Os melhores jogos saíam para arcade. Seus gráficos, músicas e detalhes eram esperados ansiosamente em uma versão para o console que o jogador possuía. E geralmente só esperávamos mesmo. Mesmo sabendo que alguns (senão todos) perderiam muito em conversões, a esperança dificilmente morria. Muitos consoles, principalmente os da Sega, seguiram uma premissa simples: levar um arcade para dentro da casa do jogador. Assim surgiu o Mega Drive; mas já vemos o germe disso durante a era do Master System com diversas versões de clássicos de fliperamas da Sega (claro, lembram-se do monopólio feito pela Nintendo? Pois então…). Exemplos não faltariam: OutRun; Hang On; Space Harrier; Galaxy Force e Penguin Land (um pouco diferente, mas baseado no original mesmo assim) para ficarmos em somente alguns.

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Acima, ilustração presente na máquina clássica de Altered Beast. Abaixo dela, várias máquinas de pinball.

Em inglês, de onde vem todo o vocabulário de games que conhecemos e usamos, “arcade” se referiu em primeiro lugar ao espaço em que as máquinas eram reunidas. Ou seja, ao falarem “arcade machines”, não querem dizer “máquinas arcade” e sim algo como “máquinas de arcade” ou, para ficar mais claro “máquinas no arcade”. Aqui no Brasil, esses lugares ficaram conhecidos como “fliperamas” com clara referência aos flippers (aquelas alavancas que rebatem a bola, sempre errando aquilo que desejamos que façam :-P) dos jogos de pinball. Só posteriormente que tanto “arcade” como “fliperama” acabaram se referindo às máquinas propriamente ditas.

Alguns pesquisadores têm afirmado a quase ausência de uma preocupação acadêmica com os arcades; geralmente, pesquisas sobre games focam em consoles, PCs ou, mais recentemente, aparelhos móveis como celulares, iPhone e derivados. Eu até ampliaria essa problemática para jogadores e a comunidade gamer que parecem não ligar muito para arcades. Mas qual seria a razão disso? Embora eles não ousem arriscar uma hipótese, isso me parece ocorrer, dentre diversas razões, por um motivo bem simples: no ocidente, não existe mais uma tradição de arcade como existia há quinze anos. Isso inclui Brasil e, até onde sei, Estados Unidos. Não faço a menor idéia de como isso ocorre na Europa. Aparentemente na Austrália (pela sua proximidade com o Japão) ainda tem bastante casas de arcade com algumas novidades saindo de vez em quando.

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Acima, cabine clássica de Daytona USA. Um dos arcades que mais faço questão de jogar até hoje (e um dos poucos que ainda consigo encontrar).

Evidentemente, não estou aqui falando que precisamos somente de arcades novos; sabem que meu posicionamento é a favor de jogos bons. Se “por um acaso” foram lançados há trinta anos ou há dois dias, isso não importa. E quando falo novidades nesse reino arcadiano, me refiro a coisas novas MESMO. Não a um novo jogo de luta que provavelmente vai sair para consoles. Penso em jogos que, assim que os vemos em alguma rara Arcádia eletrônica em nossas cidades, queremos carregar nas costas as máquinas e instalá-las em nossas salas e que, temos certeza, jamais seriam muito bem convertidos para consoles.

Aqui em nosso país eu tive a honra de jogar alguns destes antes destes lugares de diversão se tornarem mero amontoado de máquinas de jogos de luta padrão e outras com versões de emuladores de diversas placas. Na realidade, esse processo foi até desfrutado por mim que vivenciei bem essa transição. Joguei diversos clássicos do fliperama até meados de 1998. Alguns, que não joguei, me arrependo até hoje de não tê-lo feito quando houve oportunidade. Principalmente porque sei que dificilmente haverá outra oportunidade deste lado do Meridiano. Portanto, estão bem claros em minha mente os jogos que joguei neste período e quando comecei a me dedicar somente a jogos de luta e quando, finalmente, parei de freqüentar esses lugares.

Hoje, os únicos fliperamas que realmente gosto de jogar são os mais clássicos ou os que realmente têm algo de diferente. Jogos de luta dificilmente me atraem (só jogo aqueles que nunca joguei para experimentar, ou um no qual despendi muito dinheiro e que ainda acho divertido para uma partida ou outra), mas não abandono a tradição de correr na pista Beginner de Daytona USA sempre que tenho a chance. Ainda bem que este é um bom fliperama e também um dos mais vendido até hoje! Você encontra desde máquinas Deluxe como também aquelas em que joga de pé com extrema facilidade em qualquer boteco aqui em São Paulo. E se eu visse uma máquina de OutRun, torraria todo um salário nessa beleza sem nem pensar duas vezes. Mas não gastaria muito, por exemplo, com o que aparece de novo por aí como versões de Street Fighter IV, SNK vs. Capcom e coisas do tipo.

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Acima, cabine do jogo Galaxy Force. Nunca joguei e sou doido para jogar. Mas aqui no Brasil não vou conseguir mesmo. 😛

Não por mero saudosismo; é que hoje para mim fliperama tem que ser mais que mero ruído atrás de você e de gente apreciando (ou debochando) de sua habilidade de criar combos e esmurrar adversários. Eu nem posso dizer com aquela nostalgia dolorida que “não fazem mais fliperamas como antigamente” porque fazem! O problema é que não chegam aqui de jeito nenhum! Por exemplo, a própria Sega, mestre em inovações nesta área dos videogames, lançou no ano passado um chamado Border Break. Segundo alguns, seria uma “versão melhorada de Virtual ON”, o mui conhecido simulador de combate de mechas e, acrescento, um dos games que me arrependo de não ter jogado quando tive chance… Imaginem dez máquinas conectadas e dez jogadores lutando contra outros dez mechas (controlados pelo computador ou por outros jogadores); Border Break é essencialmente isso. Isso sim que é fliperama o resto é fichinha (sem trocadilho :-P).

O que quero dizer é o seguinte. Apesar das dificuldades inerentes, é fácil para nós, apreciadores de games antigos daqui do Brasil estabelecer (ou melhor, delinear) uma história dos videogames; contudo, esta não envolve os arcades. Ou melhor, envolve; só que é uma pura tradição oral ou parcamente documentada. Muitos de vocês já devem ter ouvido ou falado: “Lembro de um fliperama em que…”. E isso é importante e serve para recordarmos a história dos videogames aqui no país, mas é insuficiente para que as pessoas de futuras gerações entendam o que queremos dizer com isso. Um vídeo ajudaria? Talvez, mas ver um vídeo não é o mesmo que jogar. Assistir alguém jogando Hang On numa máquina original da época é diferente de você mesmo colocar a ficha e sentar nesta mesma máquina. E é de relatos assim que há escassez no país. É preciso que descrevamos nossas experiências com jogos que, muito certamente, futuras gerações jamais conhecerão ou jogarão em seu hardware original. Nem mesmo a emulação ajuda neste sentido porque não é a mesma coisa jogar um game desenhado para uma máquina móvel com um teclado. Vale repetir que não é por saudosismo; muitos arcades foram desenhados e inventados pensando no tipo de manche que se usaria, na tela, na distância do jogador diante dela, nos acessórios e tudo mais. Emulador nenhum pode recriar a emoção que era jogar G-Loc no simulador R-360 da Sega. Nenhum mesmo! Exceto se fizerem algo que faça sua casa poder virar em todas as direções conforme seu uso do joystick, mas acho muito difícil. 😛

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Acima, à esquerda máquina de Time Traveler (inovadora máquina holográfica que me arrependo de não ter jogado quando tive chance 🙁 ). À direita imagem da máquina de Altered Beast.

Por isso, essa coluna é muito mais desabafo e apelo do que reflexão: (retro)gamers, não deixem o arcade morrer. Não com puras descrições técnicas de placas e quais jogos funcionavam nelas, mas com relatos de pessoas que experimentaram esses jogos. É isso que é importante. Ouvir as pessoas. E não é isso que fazem ao ler reviews de games de consoles? Sejam eles games que já jogaram ou que nunca ouviram falar na vida? Pois então. Não podemos deixar que essa parte importante dos videogames, e que ditou muito dos padrões da indústria durante anos, simplesmente deixe de ser considerada.

Nunca mais voltaremos a habitar essa Arcádia que muitos dizem ser idealizada e irreal. Isso é fato. Mas isso não quer dizer que não possamos descrevê-la para que outros entendam a paixão que sentíamos quando inseríamos uma pequena ficha que nos carregava, numa mágica rara hoje em dia mesmo em crianças, a um outro mundo no qual o que importava era menos os barulhos infernais, pessoas correndo e eventuais espectadores e sim você e sua tarefa naquele jogo. Seja pousar num porta-aviões sem bater, ou chegar ao final de um enduro em uma motocicleta.

Até mais!

Post Scriptum: Não sei se vão se perguntar ou não, mas não custa avisar. Eu sei que a palavra “arcade” e sua origem nada tem a ver com Arcádia, mas sim com um tipo de construção com arcos que eu não vejo outra forma de chamar em português do que de “galeria”. “Arcade” tem origem latina e não grega (como é a palavra Arcádia). Como ilustração, penso em alguma igreja com arquitetura romana, algumas pontes parisienses e até mesmo as galerias de alguns dos mais antigos sistemas de esgoto do mundo. Portanto, fica o aviso. A relação que estabeleço entre arcade e Arcádia é da minha cabeça e não uma relação pré-existente pela etimologia e origem do termo que, como vêem, são bem diferentes. Mas deu para dizer aquilo que quis dizer, não deu? hehe Eu acho que se a origem do termo não é essa, pelo menos alargar um pouco o horizonte permitiu que vislumbrássemos algo que, de outro modo jamais poderíamos ver.

Academia Gamer: Arcádia

23 ideias sobre “Academia Gamer: Arcádia

  • 05/10/2010 em 10:33 am
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    Joguei muito arcade nos anos 80 – Elevator Action e New Rally X eram meus favoritos, cheguei a gastar mais de 20 fichas num só dia no New Rally X.

    Na era dos arcades de luta, eu me distanciei, mas ainda nos anos noventa cheguei a gastar trocentas fichas em TMNT e SImpsons da konami, inclusive certa vez, comprei 16 fichas, mas acabaram faltando poucos golpes pra derrotar o sr. burns ; (

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  • 05/10/2010 em 10:52 am
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    Realmente os arcades são parte fundamental da história dos video-games e hoje em dia estão esquecidos – pelo menos aqui no Brasil -. Joguei bastante Metal Slug no arcade – não sei se era uma conversão para arcade, como fazem hoje em dia, mas estava numa maquina de arcade, então presumo que era o jogo de arcade e não uma conversão -.

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  • 05/10/2010 em 11:07 am
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    Verdade o arcade é muito importante, e já joguei muito.
    Aqui em Guarulhos ainda dá pra jogar bastante coisa como KOF (vários mas o melhor é mesmo o ’98), Daytona USA, Indy 500, Tekken, etc. Por incrível que pareça ainda existe (antiga pra c…) uma loja só de arcades aqui no centro.
    Leio essas coisas e as lembranças surgem. Uma vez fui passar uma semana em um hotel fazenda em Serra Negra e tinha uma máquina de “Pole Position” da Atari (acho que era essa mesmo: http://www.pinballrebel.com/arcade/atari/pole_position/pole_position.htm), e gastei horrores em fichas que fiquei atém sem dinheiro da mesada para comer lanches e passear, mas valeu a pena

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  • 05/10/2010 em 11:40 am
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    Excelente e bem oportuno post, Senil. Os Arcades no Brasil na minha opinião “morreram”. Digo isso pois a maioria é adaptações de vários jogos com um pc instalado rodando o MAME. Sem contar as muitas versões “alternativas” do KOF 2002 e algum XBOX360 com SFIV ou SSFIV (eu mesmo jogo em um assim, pois não tenho o console). Ou seja, jogo novo com versão arcade a gente só vê versão “de console ou emulador” mesmo!
    Eu conheci os Arcades na época do SF2 (achei muito foda quando os muleques chegaram no Vega pela primeira vez), só que eu não jogava ainda. Só comecei a jogar um pouco depois, e por causa da explosão de games de luta da época virei fã do estilo. Tanto q tenho por exemplo alguns cartões dos lutadores do SSF2 e do SF Zero aqui até hj (alguém lembra?). Mas eu acho q essa morte não tem mais volta, aqui no Brasil as mães não deixavam os filhos irem em um bar fedido junto com bebados tirarem um “contra” num MK ou SF por medo delas msm.
    Ah, pra quem curte arcades “com emuladores dentro”, entrem nesse site: http://www.arcadesolutions.com.br/
    O cara faz um trabalho profissional msm. Pena não ter grana pra comprar um desses pra chacará do meu velho, ia ser massa!
    Abraços

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  • 05/10/2010 em 11:45 am
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    É uma pena mesmo ver os arcades serem esquecidos. Me lembro que quando eu era pequeno tinha muitas máquinas que chamavam a atenção. No Shopping Center Norte eu ficava impressionado com Moonwalker, TMNT e Simpsons, e numa casa de fliperamas em Iguape (onde eu passava as férias) tinha Toki, Ninja Gaiden, Jungle Hunt e Rygar. Joguei todos eles, era coisa do outro mundo para um jogador de Master System.

    Hoje em dia sempre que eu posso eu colo nos playlands da vida, ainda tem um pouco daquela magia, mas o impacto já não é o mesmo de antigamente.

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  • 05/10/2010 em 12:24 pm
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    Ainda é possível encontrar em alguns botecos algumas máquinas do tipo Final Fight e Cadillac & Dinossaurs pros lados de onde eu moro, pena que são aquelas máquinas fuleras da Futurama. Em shopping ainda dá pra jogar, mas os preços desanimam.

    Marcelo Gouveia :
    Aproveitando o espaço, dizem que lá no Shopping Morumbi tem 4 máquinas linkadas de Mario Kart GP, que é o meu sonho jogar.
    Alguém conhece??? Já jogou???

    Cara, nunca tinha ouvido falar dessa máquina, pesquisei aqui e fiquei com água na boca…

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  • 05/10/2010 em 1:36 pm
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    Confesso não ser muito fã de arcade. Sempre que penso associo automaticamente a expressão “coin-eater”, mas sempre gostei da estética da coisa toda, você sair de casa com os amigos, encontrar outros malucos que gostam da mesma coisa, enfim arcade era uma grande atividade de integração, assim como as locadoras de games (vai ter um texto sobre elas?). Coisa que a jogatina online destruiu nos tempos de hoje (pelo menos no ocidente).
    Mas mesmo não sendo um ávido fã de arcades tenho dois sonhos: o primeiro (e mais barato) é construir um gabinete para MAME, e o segundo é adquirir uma máquina de pinball.

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  • 05/10/2010 em 3:13 pm
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    Vamos colocar os endereços dos lugares onde há arcades. Só indo e jogando é que poderemos manter vivo essa tradição.

    Aqui em São Vicente/litoral de são paulo

    Tem um grandão em frente ao ponto de ônibus perto do clube do tumiarú.

    Em Praia Grande tem algumas máquinas no Litoral Plaza Shopping.

    Perto de onde eu moro, Na vila margarida/são vicente. Tem três máquinas em uma rua perto da monte plano com a nações unidas.

    Bom tempo o dos Arcades, onde você, mesmo se fosse nerd, ganhava respeito dos marmanjos. Videogame assim é que é bom, pois dava espaço pra você se socializar. Afinal, havia moleques pequenos e os brutamontes. Era videogame de gente grande (lembram dos cinzeiros nos gabinetes?). Lá, quem comandava a jogatina (e muito bem), eram os mais populares das ruas. Hoje videogame é, na maioria dos consoles, uma atividade solitária. Sem palco pra mostrar seu talento.

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  • 05/10/2010 em 5:48 pm
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    Tô me sentindo um velho agora…

    Eu sou do tempo em que se ia no fliperama jogar Golden Axe, Green Beret, Ninja Gaiden…

    Quer ver o sucesso que fez quando chegou a máquina das Tartarugas Ninja, que tinha 2 telas e dava pra jogar em 4 ao mesmo tempo!

    ehehe

    Bons tempos o do Street Fighter 2 The World Warrior… Era um pega pra capar louco! Quando chegou o Champion Edition deu uma aliviada no stress dos inferninho, pq agora dava para os 2 pegar os mesmos jogadores. Isso era motivo para brigas reais por aqui!

    Out Run no arcade então!
    rs

    Art of Fighting 2 eram filas quilométricas tb…

    Hoje esses lugares nem existem mais por aqui… O máximo que encontramos são aquelas máquinas tipo Ski, corrida de carros, tiro com metralhadoras acopladas nas máquinas… e nenhuma delas com menos de 10 anos.

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  • 05/10/2010 em 6:51 pm
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    Time Traveller tem um outro jogo feito pela Sega na mesma estrutura, se chama Holosseum. Legal a imagem lateral do Altered Beast e bem didática indicando os processos do personagem até se tornar o monstro. E se não souber que monstro é aquele, basta somente assistir ao trailer do jogo.

    A Arcádia também é a base para um período literário luso-brasileiro de origem europeia, o arcadismo. O Arcade mencionado aqui é ese: http://en.wikipedia.org/wiki/Arcade_%28architecture%29

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  • 05/10/2010 em 9:39 pm
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    o problema aqui no brasil das antigas casas de fliperamas, é que ficaram muito marcadas por só terem trombadinhas e pessoas do tipo, ou entao muito caras caso das playlands da vida, quando os video games começaram a ter os mesmos graficos das maquinas, elas deixaram de ter serventia, afinal é mais barato pagar 3 reais por um jogo piratex que pagar um monte de ficha, fora os emuladores mames da vida que surgiram aos montes.
    mas adora ir ao fliper jogar circus charlie, raly x, tarzan, quando apareceu double dragon foi um fenomeno, afinal jogo com dois botoes, e ainda poder jogar em dois ao mesmo tempo? nunca tinha acontecido isso antes na historia deste pais aquilo, nem gosto de pensar quantas fichas gastei naquilo e no moonwalker de fliper um dos melhores games que ja joguei ate hj

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  • 05/10/2010 em 10:12 pm
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    Bom post esse aqui senil na academiagamer ja joguei muito arcade por aqui em Santo André hoje você quase não ve muitos parace que foi esquecido no tempo e que a mulecada de hoje ja não se importa mas a saber o que é fico muito triste em relação a isso .Nos shopping se encontra alguns arcades mas geralmente só uma ou outra que se vale a jogar olha que ja joguei muita coisa que hoje em dia não se ve mais .

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  • 06/10/2010 em 2:14 am
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    Po Gagá, eu joguei Time Traveller e vou te dizer… você não perdeu nada. O jogo era muito fraco, curto, os comandos demoravam séculos para serem interpretados, mas os gráficos eram um show a parte, tanto que era mais comum encontrar gente disposta a assistir alguém jogando do que propriamente jogar.

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  • 09/10/2010 em 12:26 pm
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    Fliperamas sempre trazem boas lembranças. Acho que parei de jogar há uns 5 anos porque os lugares que eu costumava ir não tem mais máquinas. Os melhores para mim eram o jogos de luta e principalmente a série KOF. Nada melhor que a “de fora” e a torcida para tirar aquele cara de outro bairro que chegou lá botando banca, sem falar, quando esse cara é você.

    Os fliperamas fazem parte de minha trajetória de jogador como qualquer console e com direito a lugar especial.

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  • 09/10/2010 em 2:20 pm
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    Desculpem o atraso absurdo em responder… Só consegui agora um momento de calmaria…

    @sonic_tales
    Joguei muito esse do Simpsons também. hehehe A vantagem é que fui em um lugar em que uma ficha dava quatro créditos! huahuahuah Nem gastei muito para terminar. E com amigos ajudando é ainda mais legal; adoro aqueles botões em posições bizarras.

    @Luis Felipe
    Pois é… É uma pena mesmo… Eu também joguei Metal Slug, mas como era um baita de um papa-ficha, nunca terminei. Eu morria direto. hehehe

    @Marcelo Gouveia
    Caramba! Que experiência legal essa daí! Eu faria o mesmo se encontrasse alguns fliperamas que sou doido para jogar de novo. Um deles é o R360 da Sega. Não seria nem gasto de dinheiro; seria dinheiro bem investido. 😀

    @Erik Serra
    Essas máquinas de arcade genéricas sempre foram meio ruins; mesmo em épocas pré-MAME eu preferia as máquinas oficiais de determinado jogo. Lembro da enorme de Last Blade que tinha num Shopping em que até banquinho para sentar tinha. hehehe Mas concordo, isso é como se fosse um “funeral prolongado” dos arcades aqui no Brasil.

    @Adinan
    Joguei9 bastante no Center Norte. Inclusive foi lá que joguei no R360 da Sega e muitos outros que, infelizmente, só vi por lá mesmo. Contudo, o Shopping D tinha um piso inteiro (sim, um piso inteiro) cheio de fliperamas raríssimos; a única máquina (ou uma das únicas) máquinas de Sonic the Fighters no Brasil estava lá (e eu joguei hehe); foi também lá que não joguei Time Traveler… Poucas Playlands tem fliperamas legais; os que mais jogo hoje em dia neles são Daytona USA (que jogo sempre que posso), Sega Super GT, Die Hard Arcade e House of the Dead.

    @Michel Alisson
    É que tinham várias máquinas diferentes mesmo. Assim como Daytona USA e Sega Rally que têm uns quatro modelos (mas só aparecem descritos dois, ou três pela internet), Galaxy Force também tinha algumas diferentes entre si.

    @Azureus
    Adoro pinball também! Quando vou em algum fliperama, procuro alguma máquina legal (com temática mais antiga) e dou uma arriscada. Até no PC jogo pinball de vez em quando (mas não é a mesma coisa hehe).

    @Tchulanguero
    Joguei muito Cadillac & Dinosaurs; um dos melhores jogos de briga de rua que já joguei. Principalmente pelo uso de armas de fogo ser tão bem feito. Quanto a Mario Kart, não faço idéia se tem ou não. Fui lá esses dias fazer um levantamento dos fliperamas lá e só cacei os mais antigos (tem uma máquina de Galaga, de Pac-Man e outros clássicos por lá); mas fiquei babando com oito máquinas de Indy 500 ligadas entre si. hehe

    @João do caminhão
    Boa idéia sobre as locadoras. hehehe Quem sabe eu escreva mesmo algo a respeito. E concordo plenamente que alguns jogos de arcade eram somente para você gastar dinheiro, e não para se divertir de verdade. Mas não são todas assim (felizmente).

    @Leandro Moraes
    Sou totalmente a favor disso Leandro. Tenho planos de fazer um levantamento aqui por São Paulo. Pelo menos naqueles lugares de fácil acesso. Qeum sabe criar um banco de dados e organizar encontros? Mas seria legal ver isso pelo país todo. Não duvido que em cidades distantes do Sudeste haja máquinas raríssimas esperando para serem utilizadas. Iria até Rio Branco para jogar algumas máquinas! huahuahauha E muito bem lembrado dos cinzeiros; mas eles eram comuns mesmo nas máquinas “não-oficiais” e naquelas de boteco.

    @Michel Alisson
    OutRun é sensacional no fliperama! Joguei várias vezes e nunca me arrependi. Art of Fighting joguei mais o primeiro no fliperama; o segundo nunca gostei muito (sei lá porque também…). Mas algumas máqujnas formavam filas gigantes mesmo. Mas valia a pena esperar; principalmente quando os caras respeitavam a sua vez (em jogos de luta, sempre tinha aquele chato que, quando você estava no último chefe, entrava contra…).

    @Daniel “Talude” Paes Cuter
    Isso! Mas esse eu nunca vi por aqui. Pena que a idéia dos espelhos não vingou. Se conseguissem fazer outros tipos de jogos que não só um adventure, seria muito legal. Sim. O Arcadismo é um momento da história da literatura em português; e eles usam a idéia do termo grego Arcádia (que é o de uma região idílica e tal). Até devo dizer que foi saber disso que me inspirou a escrever esse post.

    Valeu pelo exemplo em arquitetura de arcade (séria árcade em português? Não faço idéia)! Era isso que imaginava quando pensei em “galeria”, embora este termo tenha um sentido um pouco diferente hoje. E é legal que palavras de origens tão diferentes (latina e grega) sejam tão semelhantes na escrita, mas se refiram a coisas bem diferentes.

    @edu
    Adorei o “nunca na história desse país”! huhuahuahuha mas é verdade o que falou. Eu mesmo, quando moleque, não ia em lugares assim. Mesmo hoje, vou em algumas casas de fliperama meio “suspeitas”, mas só com vários amigos e durante o dia. hehe Quando mais novo, ia em locadoras com máquinas e em shoppings (tanto grandes como os que tinham aqui no meu bairro – o Brás).

    @kleber
    Cara, também fico triste com isso… É realmente uma pena que não haja interesse pela nova geração com relação a isso. E podemos culpar o Playstation por essa virada radical no tipo de cliente que a indústria dos videogames quis formar. hehehe Mas isso fica para outra coluna. No Shopping ABC (que deve conhecer, já que é em Santo André), tem umas máquinas legais que já joguei com um companheiro aqui do asilo. Mas são muito poucas que valem o investimento, infelizmente.

    @Andre Leopoldino
    Pois é… Todo mundo fala isso. Eu assistia o pessoal jogando, mas nunca quis gastar dinheiro nele. Achava que seria “perda de tempo” e que não ia gostar. Pode até ser que não; mas não custava experimentar uma vez pelo menos né? hehehe Vou até falar dele especificament em algum post futuro. pelo menos interessante ele é, sem sombrade dúvida.

    Ah, e apesar de todos aqui sermos velhos, eu sou o Senil. O Gagá e o outro barbudo. huahauhauha

    @GLStoque
    Impagável foi eu e meu primo, que nem éramos lá muito respeitados, enfrentar aquele que todos tinham medo quando entrava contra. hehehe Sabe aquele típico apelão que só entra contra para te sacanear? Pois é. Perdeu, foi embora e nunca mais voltou no mesmo lugar. hehehe Era King of Fighters ’97 se não me engano; costumava jogar bem com o Kyo, nem sei se ainda lembro os golpes direito. hehehe

    Para mim, arcades também têm um lugar especial. E é uma pena que boa parte desta cadeira de honra seja ocupada por meras lembranças. Queria poder jogar muitas dessas coisas de novo…

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  • 12/10/2010 em 4:26 pm
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    Eu me lembro dos arcades dos anos 90.
    Torrei muita grana com uma máquina com Double Dragon, e também tive o prazer de jogar KOF 96 e 97. Em Londrina, lembro que o maior shopping da cidade tinha uma área reservada para arcades, e eram muitos (me sentia nos campos elíseos), hoje ainda se encontra Daytona USA, mas muitos dos que se foram jamais serão substituídos.

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