Olá amigos leitores do Gagá Games! Aqui é o retrogamer André Breder trazendo mais uma edição do Recordar é envelhecer! Hoje vou relembrar um grande clássico dos fliperamas, que foi lançado pela Konami no ano de 1988: o eletrizante Super Contra! Tenham todos uma boa leitura e até Sábado que vem!

Introdução

Após o sucesso que o game de ação Contra fez em todo mundo, a Konami que não é boba, resolveu transformar a batalha contra aliens invasores em mais uma de suas franquias. No ano de 1988 o game original começou a ter versões nos mais variados sistemas, onde sua versão do Famicom/NES foi com certeza a mais famosa. Com o nome Contra em alto no mundo dos games, nada melhor do que lançar uma nova sequencia ainda melhor que o orginal. Ainda em 1988 era lançado então para os fliperamas o título Super Contra, que mantinha todo o “espírito” do Contra original, mas adicionava alguns detalhes inéditos, que só ajudariam a trazer ainda mais fãs para esta nova franquia.

Nesta nova “empreitada”, os heróis Bill Rizer e Lance Bean são convocados mais uma vez para salvarem o planeta dos remanescentes da antiga ameaça alienígena, que para infelicidade de todos, não foi totalmente eliminada na primeira missão da dupla. Após retomarem suas forças, os aliens atacam uma base militar e acabaram por possuírem os corpos de muitos soldados, montando assim um enorme e perigoso exército. Bill e Lance, com o orgulho ferido por não terem acabado com os aliens na primeira oportunidade, farão de tudo para que desta vez eles sejam escurrassados da face da Terra…

Sobre o game:

Super Contra traz algumas diferenças em relação o original, que o deixaram mais “versátil”: logo no começo do jogo, durante a atravessia do primeiro estágio, o jogador irá se deparar com superfícies inclinadas, algo que não estava presente em Contra, e que dão um toque especial para as fases. Agora o jogador estará em terrenos com subidas e descidas, ao invés de ficar seguindo apenas em linha reta. E enquanto que no game original os estágios eram divididos entre fases com visão lateral e fases em uma perspectiva quase em primeira pessoa, em Super Contra os estágios ambientados nas bases inimigas em 3D foram substituídos por áreas com uma visão superior, similar a de alguns arcades da época como Commando e Ikari Warriors. Na opinião da grandiosa maioria dos fãs, esta mudança foi altamente benéfica, pois as fases com este tipo de visão permitem uma melhor exploração da área por parte dos jogadores, e são também mais divertidas de serem jogadas. Ao todo o game traz cinco estágios, que se estendem por três tipos de áreas: base militar, floresta e lar dos aliens.

Bil e Lance continuam tendo um armamento do mais alto poder destrutivo em suas mãos. Eles começam com armas simples, mas podem pegar um armamento bem mais especial durante as fases. As armas especiais se dividem em quatro tipos: Machine Gun, Spread Gun, Laser Gun e Bomb Gun. O jogador deve ficar atento aos objetos voadores que carregam estes tipos de armas poderosas para poder estar sempre com uma força de ataque bem superior em relação aos seus inimigos. Portar sempre armas poderosas são de extrema ajuda para a missão de Bil e Lance, pois elas são de extrema eficácia na aniquilação dos malditos aliens invasores. Durante os estágios em “top view”, os heróis ainda recebem uma arma extra: os objetos voadores que carregam as armas especiais podem dar aos bravos heróis uma bomba (shell) que ao ser utilizada literalmente arrasa com todos os inimigos menores que estiverem na tela. É interessante notar que este recurso seria depois utilizado também em jogos posteriores da série, como a poderosa bomba existente no game Contra III do Super NES.

Assim como no primeiro game da série lançado para os Arcades, Super Contra possui uma paleta de cores bem limitada, mas a tonalidade das cores são todas bem escuras, o que ajudam a dar o clima sério que um game do tipo deve possuir. Apesar das limitações, os produtores mais uma vez usam de sua genialidade para criar cenários bem diversificados e bem detalhados, sabendo empregar cada tipo de cor de uma maneira que tudo na tela fique bem variado. Recursos simples mas interessantes, como algumas árvores na fase da floresta que passam um bacana aspecto em 3D, só ajudaram a deixar o aspecto gráfico do game bem inovador para a época. O design das fases e dos personagens do primeiro game já eram muito bons, mas em Super Contra os produtores se superam, ao deixar tudo com ainda mais detalhes. Os personagem são mais bem feitos e os cenários melhores estruturados em Super Contra, o que só ajuda a reforçar que o subtítulo “Super” não foi colocado nesta versão em uma atitude falsa de marketing por parte da Konami. Outro ponto de melhoria está também na animação dos personagens na tela, bem melhor que no primeiro jogo. Os soldados agora possuem até uma pele roxa, da cor dos aliens, para mostrar que tratam de pessoas que foram possuídas pelos extraterrestres. Ao matar um soldado e ver seu corpo explodindo no ar, dá para perceber nitidamente que havia um asqueroso alien habitando aquele pobre ser humano.

A sonoridade também é do mais alto nível, e dá uma passo a frente do game original, trazendo efeitos sonoros ainda mais bem feitos. Já na tela de apresentação do game, o jogador pode conferir vozes digitalizadas durante uma curta mas bacana animação, que mostra a dupla de heróis partindo para o ataque em cima dos aliens, algo que para a época era simplesmente demais! Em relação a trilha sonora, Super Contra traz músicas bem agitadas e aceleradas, sendo a maioria dentro do estilo rock/heavy metal. Não é por acaso que muitas bandas de Game Metal adoram fazer versões da série Contra. Mesmo que as músicas do primeiro game da série tenham ficado mais inspiradas (ou será que se trata apenas de saudosismo da minha parte), as “sonzeiras” de Super Contra também são ótimas, e ditam de maneira perfeita o clima de ação ininterrupta que todo jogo desta franquia deve, de maneira obrigatória, possuir.

Os comandos continuam básicos e funcionais. Nas fases laterais os dois botões de ação servem um para pular e o outro para atirar, enquanto que nos estágios com a visão superior, os heróis não pulam, mas usam o segundo botão para acionar as bombas exclusivas deste tipo de fase. Os controles seguem o que foi visto no primeiro game da série, com todos os comandos funcionando sem atrasos, tudo de uma maneira praticamente perfeita. Só que ainda há um “bônus” em relação a jogabilidade de Super Contra: durante as fases laterais, o jogador pode controlar o tamanho dos saltos, o que acaba se tornando de extrema ajuda para a sobrevivência no game. Existem três tipos de pulos no jogo: o normal, acionado com o simples apertar do botão de salto; o pulo alto, executado ao apertar o botão ao mesmo tempo em que se mantém o manche direcional para cima; e o pulo baixo, que é executado de maneira inversa ao do pulo alto, ou seja, neste caso o manche direcional deve ser mantido para baixo.

A dificuldade de Super Contra também mantém a tradição do primeiro game, e está praticamente dos “infernos”! Não há pontos de energia, mas em “compensação” os tiros inimigos vem de todos os lados! Seja pela direita, seja pela esquerda, ou mesmo pela parte inferior ou superior da tela, as tropas inimigas não darão um segundo de sossego para os jogadores! Como a munição das armas de Bill e Lance são infinitas, os jogadores devem realmente mandar ver para destruir os inimigos que surgem a todo momento na tela, ao mesmo tempo que também tentam se desviar dos contra ataques dos malditos aliens! Super Contra traz alguns inimigos novos, em comparação com o game anterior, que dão muito trabalho aos heróis. Os chefes continuam promovendo batalhas épicas na tela, e também muito xingamento por parte dos jogadores! Apesar do game ser relativamente curto, sua alta dificuldade é praticamente uma barreira para que todos os jogadores possam chegar ao seu final. Assim como ocorreu no Contra original, aqui há um limite de créditos que o jogador pode utilizar durante sua jogatina: só é possível continuar vezes, depois disso é game over sem dó, e o jogador que ainda queira continuar jogando é obrigado a voltar no começo do game! Jogadores “hardcore” com toda certeza são capazes de terminar este game, muitos até mesmo com um crédito só, mas a maioria dos jogadores nunca foram ou serão capazes de chegar no fim deste game, pois ele é difícil mesmo! Se você é um dos que conseguiram na época terminar este game, ou mesmo ao jogá-lo nos dias de hoje sem o uso de truques ou “cheats”, pode se considerar um vencedor!

Conclusão:

Super Contra foi o que precisava ser feito para que mais uma grande franquia da Konami viesse para ficar! Assim como ocorreu no primeiro Contra, a segunda aventura de Bill e Lance teve versões lançadas para os mais variados sistemas, o que só ajudou a série a ter milhares de fãs ao redor do planeta. Foi o último título da franquia a ter seu lançamento original para os Arcades, o que serviu para mostrar que a série tinha criado um vínculo mais forte com os jogadores que preferem jogar por meio de consoles, na tranquilidade e aconchego dos seus lares.

Recordar é envelhecer: Super Contra (Arcade)
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22 ideias sobre “Recordar é envelhecer: Super Contra (Arcade)

  • 25/08/2012 em 2:33 am
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    não tinha experimentado essa versão vou conferir na minha proxima folga na verdade só conhecia a versão do SNES esse negocio de voltar tudo desde o começo deixa qualquer um irritado mas ai q esta a graça do game =)

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  • 25/08/2012 em 8:17 am
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    não conhecia esse Contra do arcade. parece ser no minimo 2 vezes mais dificil que a versão SNES. e acho que dá para termina-lo, não em um dia ou dois, mas se insistir, acho que é possível.

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  • 25/08/2012 em 9:39 am
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    tonshinden,

    Qualquer jogo da série Contra é do “capeta” mesmo!

    Sirlon Hayate,

    Acho a versão do NES até melhor do que a do Arcade, pra ser sincero, mas vale a pena conhecer a versão original também.

    leandro(leon belmont)alves,

    Impossível não é, mas o “troço” é complicado. Mas nada que um pouco de treino não resolva (no meu caso, nem com muito treino…uhauahuaha).

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  • 25/08/2012 em 10:38 am
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    Olá André, tudo bem? Ótima matéria.
    Super Contra do NES foi o primeiro título da série que tive contato e um dos games que mais joguei na minha infância (ao lado de Double Dragon II – The Revenge) e por isso dentre todos da série é o meu preferido até hoje. Descobri esta versão para Arcade/MAME há pouco tempo e confesso que não curti muito. Achei um pouco travado… Fiquei acostumado com as versões de console e o salto mortal tipo “bolinha” que, me parece conferir mais agilidade aos personagens (acho que é só impressão minha). Mas agora que li o seu post, resolvi dar a devida atenção a versão de arcade e quem sabe eu acabo gostando, e derrubo a primeira impressão que tive. Mais uma vez, ótimo post. Parabéns.

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  • 25/08/2012 em 1:08 pm
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    confesso que jogo muito a versão nes de contra e super contra!!!!essa versão arcade é boa,,,mas acredito que muitos jogaram a versão arcade por causa de emuladores…eu fui uma dessas pessoas,,,nos anos 90 os arcades eram mais variados,,,tinha um 1942, final fight, street fighter the world, pit fighter, after burner,,,só coisa boa,,,mas com o tempo foram apenas prevalecendo jogos da sega, snk e namco,,,e assim limitando sempre a jogos de corrida, luta e o que é hoje em dia mesmo…então muitos jogos tipo r-type, darius apelão e super contra,,,quase ninguém teve a oportunidade de jogar no buteco do seu zé!!!!!o importante é que depois de muito tempo podemos regressar e rever esse review aqui no gagagames…graças aos emuladores esta ai para todo mundo jogar…dukaralho!!!!!valeu

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  • 25/08/2012 em 5:55 pm
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    Grande Contra!!! Esse do Arcade parece ser muito bom,mudanças na inclinação da fase e nos comandos do pulo fazem uma diferença bem legal mesmo.Contra é assim um clássico em diversas plataformas.A primeira vez que quebrei um controle foi com Contra e a primeira vez que trapaceei no mundo dos games foi com Contra também(cima ciima baixo baixo …he he he)um jogo inesquecível.

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  • 25/08/2012 em 10:26 pm
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    Leo Souza,

    Realmente a versão do NES é melhor, mas vale conhecer a versão original, nem que seja por curiosidade.

    helisonbsb,

    Viva a emulação!!!

    Paulo Mateus,

    Concordo totalmente.

    Dactar,

    Acho que a primeira vez que usei um “macete” em um game foi por conta de um título da série Contra também.

    Marcelo,

    Creio que os filmes da série Aliens serviram como inspiração para a franquia Contra. Tem tudo a ver (ou pelo menos quase tudo).

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  • 26/08/2012 em 12:31 am
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    Tenho no MAME, o jogo é bom sim…

    Mas a versão do NES me pareceu mais dinâmica e divertida de jogar.

    Contra é 2D. As versões em 3D são umas drogas. O Legacy Of War e o The Contra Adventure são umas aberrações.

    A Konami voltou a acertar no Shattered Soldier do PS2, que foi um dos melhores Contras já criados. Por sinal, foi a mesma equipe que criou o Contra III do SNES e com a trilha sonora incrível de Akira Yamaoka, o mesmo que criou a trilha sonora igualmente incrível dos Silent Hill…

    Na minha opinião, o Contra III é o melhor de todos, sendo seguido bem de perto pelo Shattered Soldier e as duas versões do NES.

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  • 26/08/2012 em 12:31 pm
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    Contra III com certeza foi o ápice da série, tanto na parte técnica quanto em inovação e jogabilidade. Praticamente definiu o “padrão Contra”. Mas o Contra Hard Corps do Mega, pra mim, é tão bom quanto o III. E o tal Hard Corps: Uprising para PS3 e XBOX360, alguém já jogou?

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  • 26/08/2012 em 9:47 pm
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    Pelo trailer que vi, o Hard Corps Uprising é 2.5D e em cell-shading. Se tivessem lançado também para PC, provavelmente eu experimentaria. Mas concordo com você, André. Contra é 2D! Aquelas versões em 3D para PSX foram traumatizantes. AH! Tem o Contra Rebirth pro Wii. É 2d e em HD. Também o vi em vídeo, parece o Contra III do SNES. Pelo jeito, é um retorno as origens.

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  • 27/08/2012 em 2:17 pm
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    André Breder,

    André, o Shattered Soldier do PS2 é 2D total… Vale cada centavo. Eu mesmo não sosseguei enquanto não achei um original completo. E ele tem muitos elementos do Contra III do SNES, já que foi feito pela mesma equipe. É uma continuação direta, pois se passa a 6 anos depois.

    Aliás, hoje tenho todos os Contras que sempre quis ter: Contra e Super Contra do NES, Contra III do SNES e Shattered Soldier do PS2.

    Pode jogar ele que é Contra old school total!

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  • 29/08/2012 em 1:48 pm
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    Nunca joguei esse Super Contra dos arcades 🙁 Como a maioria, só tive contato com os de Nes, Super Nes e Megadrive,este último, é o melhor em termo de desafio pela possibilidade de escolher caminhos alternativos no meio do jogo, quebrando um pouco a linearidade e aumentando o fator replay. Os de PSX e Sega Saturn( que são os mesmos) não curti! Os de PS2 eu gostei de ambos, apesar do NeoContra ter visão isométrica.

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  • 09/08/2017 em 3:00 pm
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    dos jogos de contra eu so peguei para jogar o 1, mas quem pega outro contra pode estranhar na jogabilidade , quando peguei o 1 para jogar apanhei um pouco, pois sua jogabilidade era diferente de outros jogos que peguei na epoca ex: mega man, mario, metroid.

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