Olá, Mundo!

Boa, tarde fieis leitores do Gagá Games. Quem lhes escreve é o novo colaborador, Cassio “Pé na Cova” Raposa, apresentando-se brevemente como estudante/profissional da área de games e retrogamer convicto que, aparentemente, enfrentou todos os perigos à la Pitfall colocados entre a redação do Gagá e as belas praias cariocas!

Como sou usuário de PC das antigas, venho iniciar meus posts falando sobre um título que,cronologicamente não é o mais adequado, porém acabou por definir muito minha vida pessoal, logo vejo isso como um pequeno tributo 🙂

Em 1992 o término da reserva de mercado (politica que criou uma gigantesca defasagem tecnológica no Brasil) trouxe para a mesa de meu pai uma pequena maravilha: um PC 386 de 33MHz! Monitor VGA colorido, não mais aquelas telas com pinta de Matrix em baixa resolução. Só faltou uma placa de som para eu me sentir um viajante do futuro!

Em pouco tempo botei as mãos numa caixa de disquetes para ter meu primeiro contato com o recém-lançado “Indiana Jones and the Fate of Atlantis”, da então nova LucasArts (antiga Lucasfilm Games).

Prepare-se para uma viagem por lugares exóticos pouco antes da 2ª guerra 🙂

Primeiro contato

“Jogo do Indiana Jones? Sei… meu Master System já provou que desse mato não sai muito cachorro”. Ledo engano.

Enquanto o pessoal dos vídeo games se divertia com uma infindável gama de jogos de plataforma, nos PCs as coisas iam por outro caminho. A época foi o ápice dos adventures point and click e a LucasArts dominava o cenário,  junto com a Sierra.

Logo que digitei “atlantis” na tela do DOS e assisti/joguei a introdução do jogo, sabia que as coisas seriam outras dali em diante. Explico: se nas TVs de tubo a qualidade do pixel art passava despercebida por causa da imagem embaçada, nos computadores aquela coleção de pixels formava agora imagens “foto realistas” de cair o queixo.

Comparação pixe art vs foto real. Para época era impressionante!

Em FoA encontramos uma coleção de cenários bastante vasta, passando a impressão de que você realmente está explorando grande parte do mundo. Os personagens são bem trabalhados e casam perfeitamente com o restante da arte no jogo.

Embora na época eu tenha apenas experimentado os ruídos do PC Speaker – que, dada a limitação,  chegavam a ser impressionantes – hoje afirmo com conhecimento de causa que a trilha sonora é bastante competente. Não inesquecível, mas nada que fique na cabeça te perturbando o sono. O destaque fica para a edição especial com vozes gravadas. Considerando a época, é uma dublagem acima da média.

Sobre a jogabilidade, cabe salientar que não há grandes inovações no gênero, porém está de tal forma bem implementada que passa longe de perturbar. Pelo contrário, na verdade incentiva o jogador a explorar – no meu caso fez com que eu aprendesse inglês (é sério) só para poder seguir com a história. Mas com noção básica no idioma você chega facilmente ao fim da aventura.

A rotina é a de sempre: pegue tal objeto, combine com uma corda, amarre num cofre, ligue um gerador e… enfim, a coisa não fica absurda como em adventures de orçamento reduzido (ou excentricidade elevada), mas a mecânica é bem essa. Tudo na base de clicks sobre objetos e ações.

Talvez o grande trunfo de FoA seja mesmo a história. O game não é baseado em nenhum filme, tendo um roteiro próprio bastante bem desenvolvido – se fosse filme, em minha humilde opinião, seria o melhor da série. Devemos isso ao brilhante Hal Barwood, então bastante novato na direção de games, mas uma aposta certeira da softhouse.

A história

Indiana Jones é um personagem que dispensa apresentações. Para a remota possibilidade de você não conhecer, faço a grosseira descrição: o cara deve ser avô da Lara Croft.

Em 1939, nosso “arqueólogo”, Dr. Henry Jones Jr., depara-se com Mr. Smith, um visitante interessado em uma estátua guardada em algum lugar na universidade Barnett. Nosso herói encontra o artefato e reúne-se com Smith, juntamente com Marcus – colega de trabalho e amigo pessoal. Com o uso de uma espécie de chave, a estatueta revela um metal esférico cor de bronze.

Indy diz acreditar que tudo não passa de uma falsificação, ao que Mr. Smith ironicamente responde que, se é uma falsificação, eles não se importarão dele levá-la embora. Arma na mão, sotaque alemão revelado e, após trocar alguns tapas, o agora sabido agente nazista consegue fugir pela janela, deixando porém para trás seu casaco e, no bolso do mesmo, o passaporte e o segredo de sua verdadeira identidade.

A pequena cena inicial lança o jogador no rastro de uma história carregada de crenças antigas, ao passo que o ceticismo de Indiana vai sendo posto à prova. O que os nazistas buscam? Uma suposta fonte de energia diante a qual a bomba atômica não passaria de um brinquedo de segunda categoria.

A “Indy girl” da vez é Sophia Hapgood, ex-arqueóloga e atual vidente, cartomante ou seja lá qual for o nome que você prefira para a arte da “adivinhação”. A moça foi companheira de Indiana em uma expedição no passado e, por tomar para si itens que o protagonista acredita “pertencerem a um museu”, separou-se dele desde então.

Indiana e Sophia em matéria de exploração.

Sophia é uma personagem muito interessante. Sempre que sentir-se perdido o jogador pode pedir sua opinião, trazendo normalmente um bom auxílio. Chegamos até mesmo a jogar na pele da garota em duas cenas. Em certo ponto do jogo há a opção de escolher seguir em frente sozinho ou ao lado dela – ainda, podemos continuar sozinhos E por um caminho com mais ação e menos história. Cada uma das três opções aborda cenários diferentes ou mudanças nos cenários em comum, além de afetar o desfecho da história.

Ao que parece a civilização atlante deixou vestígios nos cenários mais exóticos. Com auxílio de um diálogo perdido de Platão, o jogador passará por Tikal, Monte Carlo, Santorini (Thera), Creta, dentre outros. Há voo de balão, perseguição de carro e até manobrista de submarino você deverá ser! E vale lembrar que a beleza nos gráficos se faz uma constante.

A coisa toda acaba, naturalmente, te levando a Atlântida – ou ao que sobrou dela, como você deve ter intuído facilmente pelo título do jogo, portanto não fiz um spoiler aqui :D. E exatamente buscando manter essa prática não aprofundo mais a narração.

Contexto histórico (na história dos games, que fique claro)

Fate of Atlantis não foi novidade para os adventures. Títulos como Monkey Island e mesmo a versão game do filme “A Última Cruzada” já haviam pavimentado esse caminho. Entretanto, vale lembrar que para usuários de computadores mais “exóticos”, o título foi um sopro de vida nova nesses sistemas que vinham paulatinamente sendo abandonados.

Houve uma sequencia, The Iron Phoenix, que começou a sair do papel, porém teve seu desenvolvimento cancelado devido a dois fatos: primeiro, as equipes responsáveis pela arte do cenário e pelos sprites não entraram em acordo, o que resultou num jogo com gráficos ao mesmo tempo realistas e cartunizados. Mas o golpe fatal se deu pela decadência do gênero. Todos sabemos que os adventures passaram mais de uma década no limbo, tendo poucos exemplos de sucesso. Só agora, com a moda retrô, começamos a ver novos títulos com alguma frequência.

Como já expliquei, devo muito a esse jogo. Foi com FoA que aprendi inglês e também foi esse título que me fez decidir que, quando adulto, trabalharia fazendo jogos. Ambos os fatos moldaram definitivamente minha vida, e embora eu ainda não trabalhe especificamente produzindo jogos, estou na direção certa :).

Uma das fases mais interessantes, um labirinto subterrâneo.

Quer jogar Fate of Atlantis mas não tem um PC com 20 anos de idade?

Não se preocupe! O título está disponível no Steam e, ao que parece, existe inclusive versão para Wii – abençoado seja o wiimote! Se apenas o jogo não te bastar, dê uma busca na internet que talvez você encontre a versão HQ da história. Eu tenho a minha, junto ao xerox do manual que guardo desde a época. Posso dizer que vale a pena dar uma conferida!

O jogo e a HQ não mataram sua vontade de explorar o continente perdido? Então, rapaz, chegou a hora de buscar pela versão “não adventure” do jogo (The Action Game). Infelizmente, adianto que a adaptação não foi das melhores. Conselho da Raposa, vale mais ater-se ao seu mouse.

Indiana Jones and the Fate of Atlantis
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36 ideias sobre “Indiana Jones and the Fate of Atlantis

  • 08/03/2012 em 9:11 am
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    Por isso que humildemente o site do Gagá sempre arregaça !
    Adorei a nova sessão de PC Games com o Cássio, e como igual aos outros, ótimo escritor.

    Infelizmente não pude jogar o Indiana Jones na época, mas só de ler o texto e ser um amante de Adventures Point and Click da LucasArts, já me fez ir no Steam e gastar os U$5.00 que ele está lá. ( Comprado da um gostinho melhor 😉 ).

    Vou jogar e ver como é, meu passado com LucasArts também me fez aprender inglês principalmente com os jogos Full Throtle, Maniac Mansion, Day of the Tentacle, Sam & Max, Secret of Monkey Island que eu jogava no meu primeiro 586.

    Ótimo post !
    E parabéns Gagá por colocar colunistas cada vez melhor e deixar o site bem diversificado. Tava só esperando aparecer os Old PC Games !

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  • 08/03/2012 em 9:44 am
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    quem diria? agora temos uma secção de PCS? é do baralho! 🙂

    eu não era muito fã do Jones, mas após assistir uns filmes dele na Tv a cabo, me abriu um interesse a jogar um game dele. mas já me disseram que o game do Master é uma bomba. vou ver se acho por aí nem que para dar uma testada. pois gosto de jogos point and click desde Myst e Last Resort. e seja bem vindo Cássio Raposa

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  • 08/03/2012 em 11:21 am
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    Fala Cásio. Bem vindo a equipe! Ao contrário do que foi dito pelo Leandro e pelo Marcos de Moraes, o Gagá Games aborda games de PC sim além dos nossos amados consoles. Eu já fiz até um diário de bordo de Maniac Mansion (PC) e o André Breder vira e mexe fala de jogos de PC aqui.

    Falando do FOA, é um jogaço! Lembro que quando consegui a cópia, eu já tava com um 486 DX2 66mhz com 8MB de ram e kit multimídia 2x da Creative. Naquela época os jogos do PC davam uma surra de vara de vergalhão em qualquer console (Neo Geo inclusive) quando se tratava de gráficos e som. Foi nessa época que eu ganhei o Under a Killing Moon da finada Access. Não tinha nada igual na época. Literalmente chutou bundas!!!

    Meu primeiro contato com o gênero point and click foi no meu primeiro PC, um 386 25mhs (c/ co-processador matemático), com monitor EGA e 2mb de RAM, som só na speaker e foi com Maniac Mansion.

    Falow! 🙂 🙂

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  • 08/03/2012 em 11:41 am
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    Excelente coluna “Raposa”, não tive a coragem de iniciar o Fate Of Atlantis, vários outros títulos sempre conquistavam a minha atenção e eu sempre deixava para trás este clássico. Sei que ainda vou ter um tempinho a me dedicar e ver o nosso velho “Indy” nessa super aventura.

    Espero mesmo que com essa onda “Retro”, outras developers comecem a investir no gênero. Creio que os últimos jogos Point-and-click que zerei foram os dois primeiros Broken Sword’s.

    Continue assim e até a próxima!

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  • 08/03/2012 em 11:56 am
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    Eu joguei MUITO Fate of Atlantis quando era moleque. Um amigo tinha PC, eu jogava na casa dele. Levamos séculos para terminar o jogo, e se não me engano precisamos da ajuda de um guia, mas foi inesquecível. O jogo é fantástico, muito bom mesmo.

    E seja bem-vindo, Raposa! Agora que seu primeiro posts saiu, você já pode se apresentar na sala de reuniões do Gagá Games para levar suas primeiras chibat… digo, para receber seus primeiros cumprimentos! ^_^

    piga :

    Fala Cásio. Bem vindo a equipe! Ao contrário do que foi dito pelo Leandro e pelo Marcos de Moraes, o Gagá Games aborda games de PC sim além dos nossos amados consoles. Eu já fiz até um diário de bordo de Maniac Mansion (PC) e o André Breder vira e mexe fala de jogos de PC aqui.

    É, falar a gente fala, eu mesmo fiz um post ou outro (tem sobre dois King’s Quest, outro sobre Tex Murphy, um sobre Ishar…) mas geralmente os jogos de computador ficam meio preteridos, porque a gente costuma focar mais nos jogos de console. É meio que “vou fazer algo diferente, vou postar sobre um jogo de DOS”…

    E eu não só AMO Under a Killing Moon como tenho uma surpresa sobre esse jogo… aguarde.

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  • 08/03/2012 em 12:31 pm
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    fala star fox!!!!seguinte,,,já tive também o saudosos 386 sx da vida!!!bons tempos de DOS…muitos jogos bons antigamente,,,joguei muito Alone in the dark, doom, lotus, e muitos outros!!!!Ainda tenho meus disquetes da época,,,inclusive tem um aqui com o virus sabrina,,,esse virus na época detonou meu autoexec.bat na época!!!,,,escroto!!!Confesso que eu não conhecia essa versão Doutor Jones,,,mas me parece ser interessante!!!!
    jogos de pc antigo tem toda a sua magia em cima,,,simplicidade e bons gráficos nos rodeiam,,,o que falta mesmo é tomar posição e iniciar o jogo!!!gostei do post,,,continuem assim,,,bons tempos de soundblaster!!!falou!!!!

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  • 08/03/2012 em 1:47 pm
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    Opa, obrigado a todos pela calorosa recepção 😀
    Apesar de FoA ter sido um grande marco para mim, também fui atrás de jogar diversos outros adventures (Monkey Island é genial hehehe). Era um gênero em alta pra PCs e quem gosta sente falta – embora tenhamos a feliz novidade: http://www.kickstarter.com/projects/66710809/double-fine-adventure
    Realmente há posts de jogos de PC por aqui. Aliás, em se tratando de velharada, realmente o Gagá Games é o asilo certo!

    piga :
    Já tava esquecendo. Fala mais da sua profissão aí! Você disse que tá quase trabalhando com games. É programador? Tá fazendo/já fez algum jogo indie? Desenha? É roteirista? Speak lound pra galera!!!

    Piga, era um co-processador weitek? Paguei uma fortuna num desses!
    Sobre minha profissão, trabalho com uma empresa Chinesa de MMOs com localização de conteúdo e como comunity manager :). Não é minha tão sonhada empresa de indiegames mas é um bom início de caminhada.

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  • 08/03/2012 em 3:27 pm
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    Pra quem interessar, Fate of Atlantis é um extra desbloqueável no Indiana Jones and the Staff of Kings do Wii.

    Também pode ser jogado no console da Nintendo através do emulador ScummVM (que também roda Full Throttle, The Dig, Monkey Island, entre outros).

    É sensacional jogar Point and Click sentado no sofá usando o wiimote como mouse!

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  • 08/03/2012 em 3:28 pm
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    BAH :
    Pra quem interessar, Fate of Atlantis é um extra desbloqueável no Indiana Jones and the Staff of Kings do Wii.
    Também pode ser jogado no console da Nintendo através do emulador ScummVM (que também roda Full Throttle, The Dig, Monkey Island, entre outros).
    É sensacional jogar Point and Click sentado no sofá usando o wiimote como mouse!

    Muito bem lembrado!

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  • 08/03/2012 em 4:35 pm
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    Parabéns para o Cássio pela nova coluna… Realmente muito boa, esperamos um texto novo por semana… hehehe

    Como a maioria dos colegas foram os jogos de PC que me fizeram aprender inglês, no meu caso foram o Indiana Jones and the Last Crusade, e especialmente o Ultima VI: the Last Prophet. Traduzia manuais, textos e diálogos do jogo, tudo com um dicionário inglês-português, daqueles de colégio mesmo. Bons tempos… hehehe

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  • 08/03/2012 em 7:54 pm
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    Perfeito!!! naõ sei nem o que dizer sobre a nova coluna games para PC, o blog do gagá mais uma vez se superando \o/
    seja bem vindo Cássio (raposa), e se por um acaso pintar uma máteria com “Day of Tentacle” eu infarto de vez.

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  • 08/03/2012 em 9:04 pm
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    Tensa situação, acho que sou um dos caras mais novos que acessa o blog. Meu primeiro computador (que estou usando agora) foi em 2008, então… Além de que nunca entendi muito bem jogos Point and Click. Nunca joguei muitos pra comprovar, infelizmente, mas de uma forma ou de outra nunca me atraíram muito. Mas de uma forma ou de outra (ou com uma heresia ou outra hehehe), parabéns por agora participar da equipa retro do blog e pelo texto!

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  • 08/03/2012 em 10:44 pm
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    Tenho o FoA e o Monkey Island 2 como os melhores adventures de todos os tempos. O Fate of Atlantis tbm tenho um carinho muito grande, pois sou fã do filme e tbm de Point and Click, e veio juntar minhas duas paixões através desse game, e como foi dito na matéria, “o filme que não existiu”, quem é fã de Indiana é obrigado a jogar e ver a história tão bem bolada que foi feito pra esse game, e tem tudo: Nazistas, lutas, conversas épicas, namoradas, etc!! Nota 10!

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  • 09/03/2012 em 11:52 am
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    @Thiago Righetti
    Realmente, Thiago, quem pegou esses jogos quando era novidade foi feliz hehehe!

    @André Breder
    Valeu André! Realmente adventures ou você ama ou… não vou dizer que odeia, mas passa longe.

    @cis_negro
    Day of the Tentacle merece mesmo uma menção de honra rs. Com o tempo da pra falar de todos esses jogos, mas se eu não pegar leve vou falar só de adventures 🙂

    @Dark Classic
    Valeu, Dark! O negócio é assim mesmo, nem todos os gêneros nos agradam tanto. Eu admiro MUITO que se dá bem em RTS mas, embora eu jogue, sou um zero à esquerda, então por isso deixo o gênero meio de lado.

    @denny naka
    Tenho um poster de MY2 em casa :). As equipes de desenvolvimento mandavam muito bem mesmo.

    @Juliano
    Adventures são como Classic Rock – quem pegou a época sempre vai falar que o que veio depois não presta hehehe.

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  • 09/03/2012 em 1:22 pm
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    Senhores, eu estava tentando jogar Grim Fandango no meu PC, mas ele dá tilte toda hora porque encrenca com PCs modernos.

    O primeiro Wing Commander é outro problema: fica rápido demais, e as tentativas de regular a velocidade com recursos do DOSBox só pioram as coisas.

    “Pregunta”: qual seria um bom PC velho para comprar para rodar esses jogos? Se bobear tem algum baratinho no ML.

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  • 09/03/2012 em 1:53 pm
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    @Orakio Rob, “O Gagá”
    Gagá, pega aqueles kits de pentium III que vem em gabinete da Dell ou IBM (normalmente uns 200 reais). Instala neles Windows 98 e pronto 🙂
    (O Grim Fandango tem um launcher pra PCs modernos e, no caso do seu PC ser mais parrudinho, pode virtualizar um Win98 e não gastar nada).

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  • 09/03/2012 em 8:01 pm
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    Cássio “Pé na Cova” Raposa :

    Opa, obrigado a todos pela calorosa recepção :D

    Piga, era um co-processador weitek? Paguei uma fortuna num desses!

    Não. Era um Intel 387. Ele era um chip quadradão preto com escritas em amarelo e era encaixado numa espécie de “slot” marrom. Na época que comprei meu 386, nem sabia que paradas eram essa. Eu tava caminhando na informática ainda, só conhecia uns comandozinhos de MSX e mais nada. Tanto que o cara me empurrou uma placa de video e um monitor EGA ao invés de um VGA. 🙁 Também com 2mb de ram não sei se o processador matemático adiantava de muita coisa, rsss…..

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  • 11/03/2012 em 11:12 pm
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    Eu tenho muitos jogos antigos de PC que infelizmente não funcionam no Windows 7… 🙁

    Antigamente não funcionavam porque meu PC era muito velho e hoje não funcionam porque o PC é novo demais, hehe!

    DOSBOX é difícil de fazer funcionar e é difícil fazer funcionar com os melhores gráficos possíveis.

    Estou pensando sériamente em montar um retro-PC.

    Uma pena ter vendido minha voodoo 4500…

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  • 12/03/2012 em 2:33 pm
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    Leon :
    @cis_negro broken sword é facil um dos top 10 point&click de todosostempos! tem disponivel tambem pra Wii e ipads… jogar no DS nao me parece uma boa opção ;x

    hmm blz, vou dar uma olhada depois, vi alguns vídeos no youtube e gostei, tem até a rom traduzida para o DS, no meu caso vai ter que ser no DS mesmo, pq não tenho o wii 🙁 mas vlw pela dica!

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  • 12/03/2012 em 4:44 pm
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    Opa, seção oficial com jogos de MS-DOS/PC no Gagá Games, seja muito bem-vindo Cássio! Começou em altíssimo estilo, putz, Fate Of Atlantis… ahhh, Fate of Atlantis… ah, como demorávamos pra descobrir como capturava aquele maldito caranguejo… rsrs

    Legal sua história, muitíssimo parecido com a minha, se me permite: meu 386 foi da mesma época, com um belo VGA da Videocompo (risos) e com a mesmíssima “placa de som” que você, hehe. Aliás, a trilha dos adventures da Lucas era muito bem cuidada no PC Speaker, como você ressaltou — fiz até um post sobre o esforço da turma do áudio da Lucas em Monkey Island (http://bit.ly/qM5onQ) e sobre a trilha genial de Michael Land (que também compôs Fate).

    Sobre o que falou sobre a nitidez dos monitores, era uma faca de dois “legumes” muito interessante não era? Por um lado, tínhamos aquela nitidez incrível da máscara perfeita de um CRT de computador; por outro, os 320×200 muito aparentes podiam incomodar alguns… pixelart ainda não era arte naquele tempo, rs… quando li numa PC Gamer da época um artigo chamado “free anti-aliasing!”, fiquei doido: a sugestão era arrumar um conversor pra vídeo composto ou S-Video e “conectar seu MS-DOS” na sua TV de CRT da sala; como a máscara da TV é muito inferior à dos monitores, o vazamento de cor entre os pixels gerava um “anti-alias gratuito”.

    Arrumei um conversor destes e, putz, quando vi Doom 2 na TV por S-Video, tudo “grande” e com as “escadinhas de pixel” menos aparentes… inesquecível. Sensação que só foi superada com a chegada da Voodoo e seus filtros poderosos em hardware. Quem diria: hoje, a gente sente mesmo é prazer ao visualizar os pixels estourados, o mundo dá voltas (risos).

    Os point&click eram jogos single-player que jogávamos em dupla, trio, etc com os amigos, putz, todo mundo aprendendo inglês juntos. E Fate era muito mais dificil do que Last Crusade — este eu mesmo (acho que muitos fizeram isso) joguei com um VHS do filme alugado com um amigo, era só seguir o filme; com a história original de FoA, como você muito bem mencionou, putz… e ainda por cima era um dos poucos adventures da Lucas que dava pra morrer em alguns momentos, se não me falhe a memória, não?

    Valeu Cássio, ótimo post e maravilhosas lembranças! Abração e muitos pixels estourados comemorando sua chegada no Gagá Games! 😀

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  • 12/03/2012 em 7:37 pm
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    @Cosmonal
    Então, Cosmonal, esse lance dos pixels é mesmo curioso. Na verdade sempre fui vidrado em pixels e odiava minha TV de tubo – a não ser pelo fato de ter um refresh infinitamente melhor que meu LCD ¬¬.
    Acho que o lance de ver arte em quadrados ordenados em 32×32 pegou muito mais forte o pessoal do PC exatamente por isso.
    Lembra-se de quando começou a febre da emulação, antes de existirem filtros como 2xsai ou SuperEagle, que todo mundo dizia que no computador os jogos de video game ficavam quadrados? hehehe, bons tempos!
    Obrigado!

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  • 15/03/2012 em 12:50 am
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    Foi mal o atraso, pessoal!

    @Luis Pereira
    Já tentei o modo de compatibilidade, mas não adiantou. A versão dublada em português sempre dá tilte no áudio, mesmo seguindo mil procedimentos loucos (incluindo desativar a aceleração de áudio do DirectX)… mas vou pegar o jogo em inglês, porque parece que com ele dá para encarar usando um launcher personalizado e patches que corrigem o problema.

    E cheguei a tentar uma máquina virtual, mas o desempenho do jogo ficou muito ruim 🙁

    @Otto
    Pena que o Grim Fandango usa uma engine diferente e não funciona no ScummVM…

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