“Para quem quer fazer exercícios de reflexão”

Olá crianças!

Nos últimos dias eu tive a grata oportunidade de reassistir uma vez mais a série Super Dimensional Fortress Macross. Aqui no Brasil ela ficou conhecida tanto como parte de Robotech, mas também em sua versão mais próxima do original como o nome “Guerra das Galáxias”. Embora o assunto pareça a princípio totalmente fora do tema principal dessa nossa Academia e, claro, do blog, verão em breve que não é bem assim.



A série, lançada em 1982 no Japão, começa em 2009 e termina em 2012. Isso tudo é tão claro no decorrer dela que lançaram um OVA chamado “Flashback 2012” em que compilam diversos clipes da cantora Lynn Minmei juntamente com vídeos e animações inéditas de seu último show na Terra e da partida da nave Megaroad-01 (a primeira com a intenção de buscar e colonizar planetar habitáveis em nossa Via-Láctea). 

Juntamente com Cowboy Bebop e Samurai Champloo, Macross é minha série animada favorita. A própria ideia da postagem de hoje surgiu de um e-mail que enviei à Abobrinhas na Elsydeon (lista de assuntos diversos de fãs de Phantasy Star) falando justamente de como toda essa primeira saga de Macross me toca profundamente. Esse OVA mesmo, por mais simplista que pareça é a cereja do bolo de tudo que assistimos durante os trinta e seis episódios da série de TV.

Agora, peço que se lembrem um pouco daquela vez em que conversamos sobre “realismo” em games e recuperamos a crítica que o C. S. Lewis faz à importância exagerada dada à literatura que busca realismo. Embora não seja o único que experimente Macross dessa forma envolvente, tenho certeza de que muitos virão nos anos seguintes e dirão algo como: “ah, essa história não tem graça! Já passamos de 2012 e nada daquilo aconteceu e por isso não me interessa!”

O curioso é que essas mesmas pessoas, se tivessem nascido um pouco antes, encarariam Macross com outros olhos: pensariam que nada mais poderia ser esperado do que aquilo que eles “profetizavam” sobre o futuro em 2012. O próprio C. S. Lewis aponta isso: as pessoas que mais admiram e buscam “realismo” na literatura na verdade são aquelas que apenas se contentam com eventos muito mais improváveis com aparência de corriqueiros. Ele diz, mais ou menos, que o apreciador de histórias fantásticas busca o néctar dos deuses enquanto que o apreciador de histórias “realistas” sacia-se com ovos e bacon.

E quanto aos games nessa história toda?

Muitos dos jogos aos quais nos lançamos e que se passam na Terra em algum momento possuem um ano específico em que acontecem. Claro que isso não é regra, mas não é algo tão incomum quanto possa parecer. O engraçado é que essa busca por “realismo” não se refere apenas aos gráficos. Games baseados em eventos históricos são muito bem vistos por sua “proximidade com o real” como, para ficarmos em apenas um exemplo, Romance of Three Kingdoms III que trata da unificação da China. Quando isso se refere ao futuro, a coisa muda ligeiramente de figura.

Como falei, histórias futuristas que permanecem posicionadas no futuro (ou seja, antes do ano em que aconteçam) ainda são vistas como “realistas” em certo sentido (porque podem acontecer se pararmos para pensar). Mas tão logo passem, deixam de interessar como “realismo” porque não é mais uma história futurista e nem um “futuro do pretérito” em que imaginamos algo que “poderia ter sido” de outra forma como ao imaginarmos um cenário Steampunk, por exemplo. Há uma história antiga em um dos primeiros quadrinhos do Pato Donald aqui no Brasil na década de 1950 em que o ano 2000 é representado como tendo carros voadores e autômatos por todos os lados. Em games, algumas tentativas de burlar isso acaba sendo pela utilização de “X” em algum número do ano, ou dizer algo como “em um futuro distante” ou “em um futuro próximo”.

A pergunta que quero fazer é a seguinte: isso realmente importa?

Será que é realmente relevante que uma história “sobre o futuro” seja abandonada simplesmente porque não se confirmou como profecia? Isso, em certo sentido, é um auto-engano por parte dos consumidores que enxergam a literatura e jogos como preditores de coisas futuras. Aquele tipo de pessoa que pensa que ficção científica “serve” para que realizemos novas descobertas. Sob esse ponto de vista, nenhum prazer poderíamos tirar de Júlio Verne a não ser sua imaginação que levou à criação do submarino, do foguete e de outras coisas. Mas será que é apenas para isso que games com temática futurista servem?

Já falei aqui diversas vezes que um jogo não serve para nada. Ele não tem uma utilidade pragmática, mas “apenas” um sentido nele mesmo. Nós jogamos um jogo porque nele nós nos divertimos e não porque, através dele, aprendemos algo novo, pensamos algo inovador ou melhoramos alguma habilidade que possuímos. Se isso tudo acontece porque jogamos é por acidente e não porque nosso objetivo era esse.

Retomando ao assunto do começo para fecharmos essa pequena reflexão. Eu não assistia Macross como um futuro possível. E mesmo hoje não o assisto como um “futuro que não aconteceu”. Enxergo-o como uma história que se passa em determinado lugar e que simplesmente exige que eu embarque nela assim mesmo. Aceitar o que mundos nos trazem e nos entregarmos a ele para ver o que podem fazer conosco é a coisa mais digna a se fazer com games. E não simplesmente recusá-los porque “não fazem sentido com a realidade”. Perdemos algumas aventuras maravilhosas com esse tipo de atitude. Seja na literatura, no cinema, ou nos games.

É isso que queria trazer hoje para vocês! Até o próximo post!

Academia Gamer: Flashback 2012

40 ideias sobre “Academia Gamer: Flashback 2012

  • 08/05/2012 em 10:51 am
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    Interessante o texto. Apesar de não ter MUITO a ver, me lembrou o início da entrevista dessa semana nas páginas amarelas da Veja. Não mem lembro o nome do sujeito, mas vale a pena dar uma conferida, principalmente nas 2 primeiras páginas, quando fala de ficção e games.

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  • 08/05/2012 em 11:00 am
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    isso de não se interessar por um game, devido ao que aquele futuro não aconteceu…ainda bem que as profecias da guerra nuclear de Fallout falharam(se bem que esse terror deveras eminente) e que não teremos um cyborg chamado Ken que enfrenta o mal por aí

    http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/thumb/d/d3/Street_Fighter_2010_box.jpg/256px-Street_Fighter_2010_box.jpg

    quando foi que transformar o Ken Masters num robô em 2010 seria uma boa ideia?

    já ouvi falar desse Macross, parece legal. já joguei uns joguinhos dele no NES. quando jogo um game futurista, eu não ligo se chegou no tal ano e aquilo não ocorreu. se bem que eu queria encontrar com o Messias no auge do apocalipse nuclear…

    Hokuto no Ken Rules!!

    Hee-Hoo Mestre Senil

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  • 08/05/2012 em 12:17 pm
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    Puxa, que legal, o post falou de duas séries que eu gosto: Macross e Romance of the Three Kingdoms.

    Apesar do tema “futurístico”, o grande lance de Macross são os relacionamentos humanos. Isso que torna uma séria, a priori, absolutamente fantástica, em algo bem verossímil. Aliás, a série é uma ode aos sentimentos humanos, sendo que nela é capaz até de vencer uma guerra, mesmo que cada vez mais demos menos valor a eles. A data em específico perde importância, dada a atemporalidade dos assuntos tratados. Você poderia adaptar a estória facilmente em outros ambientes, como a pré-história, a época das navegações, entre outros.

    É um contra-senso exigir realismo quando o que deseja é fugir da realidade. Livros, filmes, games, têm que ser sinceros, e não realistas. A própria série Romance citada, ao começar um novo jogo, você tem duas opções: seguir a – suposta – história real, ou a IA agir de forma ficcional. Sendo que, na realidade – olha ela aí – o jogo é baseado num livro, que é baseado na história. Quer dizer, por mais que se tente nunca que ela vai ser cem por cento fiel. Mas como eu falei, a KOEI, que desenvolveu o jogo, tentou como pôde trazer a sensação de “fidelidade histórica” que é um dos atrativos da série, ela foi SINCERA.

    Sinceridade é importante nos dias de hoje – talvez por ter se tornado raro? – em que nós somos enganados diariamente. Quando você percebe as que as coisas foram bem feitas, não importa a ambientação, fidelidade histórica, realidade alternativa, ou qualquer coisa que for proposta, você consegue entrar de cabeça naquela “realidade” por livre e espontânea vontade. Até porque, às vezes a realidade “real” pode ser bastante enganosa…

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  • 08/05/2012 em 1:18 pm
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    Sempre tive um grande interesse em assistir Macross porque este foi o primeiro game que joguei no Super Nintendo. O problema é que nunca encontrei a série antiga legendada ou dublada em algum idioma ocidental. Acho que vou procurar novamente.

    Sempre fui fascinado pela temática espacial, tanto é que meu jogo favorito do Snes é Star Fox. Já assisti Cosmos várias vezes. Acho que posicionar uma história de ficção em um momento histórico do nosso mundo só destrói parte da fantasia.

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  • 08/05/2012 em 3:01 pm
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    @Doidao66
    Exatamente! hehehehe Eu até achei engraçado porque assisti Macross em 2009 (saída dela da Terra) e agora de novo em 2012 totalmente sem intenção (nem lembrava as datas direito hehehe).

    Não sou grande fã de pop, mas eu iria na Sayonara Summer Tour com certeza. Isto é se tivesse sobrevivido ao ataque dos Zentraedi. huahauhauhauhauahuahuahauhauha

    Fiquei sabendo dessa exposição também! Muito interessante os modelos em tamanho real. Inclusive o VF lá. hehehe Podiam fazer um que se transformasse mesmo. hehe

    @Michel Alisson
    Sério? Vou tentar ler então. Valeu pelo elogio!

    @leandro(leon belmont) alves
    huahauhauhauha Ainda bem mesmo. hehehe Nossa, nem lembrava desse jogo da imagem! hehehe E acho que sei porque não lembrava. hehehehehe

    Macross é bem bacana. É uma série antiga, mas muito atual (atemporal até). É um clássico mesmo. Acho melhor que Gundam inclusive.

    Encontrar o Messias depois do holocausto nuclear seria bem mais interessante (ou não dependendo do caso). huahauhauhauhauhauaha

    Eu mandei um e-mail para você (do hotmail) respondendo seu comentário da semana passada. Dê uma olhadinha lá quando puder!

    @Onyas
    Que bom que curtiu!

    O cerne de Macross é isso mesmo que você falou. Por isso até que acho mais bacana que Gundam (que parece ficar mais em outro nível, embora com uma ambientação mais ou menos similar). A atemporalidade é o que torna Macross um clássico para mim. Assim como penso com games e já discuti aqui com vocês: a saga faz sentido ainda hoje, trinta anos depois. E não é porque os fãs da época fazem convenções e tal, mas sim porque novos fãs surgem direto deliciando-se com a mesma série de três décadas atrás.

    O problema do realismo nem é tanto na criação, mas na apreciação do “consumidor” (leitor na literatura e jogador em games). Se ele faz questão que algo pareça plausível, vai perder muita aventura bacana. Até porque romances realistas tendem a ser mais improváveis que os fantasiosos. hehehe Mundos com leis de física diferentes fazem mais sentido neles mesmos às vezes que o cotidiano monótono de uma pessoa comum.

    Bem pontuada a questão da sinceridade… Falta isso em tudo hoje em dia e, inclusive, nas prórpias resenhas de games por aí. Descição com sinceridade é o que menos vejo desde que passei a me preocupar com esse aspecto.

    Concordo com tudo que falou na verdade. hehehe Quanto mais “fora da realidade” (ou seja, mais fantasioso), mais interessante se torna e mais fácil de nos perdermos com prazer nestes outros mundos. Afinal, todo jogo é, por definição, um mundo temporário dentro do nosso mundo cotidiano. Por que ia querer “sair do mundo” para algo parecido com o que vejo todo dia? hehe Uma aventura é sempre um avançar rumo ao familiarmente desconhecido e não ao totalmente familiar (ou ao totalmente desconhecido).

    Sabe que preciso jogar mais Romance of Three Kingdoms? Joguei um pouco só, mas não avancei muito… Costumo ser péssimo nesse tipo de jogo, mas é fato que ele é excelente. Tem um 3D recente que joguei um pouco mais até, mas também não fiz muita coisa…

    @Fernando Lorenzon
    Pois procure. hehehe Vale muito a pena! Como falei em uns comentários acima, é um clássico com certeza.

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  • 08/05/2012 em 5:11 pm
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    Você escreveu:

    O próprio C. S. Lewis aponta isso: as pessoas que mais admiram e buscam “realismo” na literatura na verdade são aquelas que apenas se contentam com eventos muito mais improváveis com aparência de corriqueiros. Ele diz, mais ou menos, que o apreciador de histórias fantásticas busca o néctar dos deuses enquanto que o apreciador de histórias “realistas” sacia-se com ovos e bacon.

    Fiquei meio confuso aí, poderia me explicar?

    as pessoas que mais admiram e buscam “realismo” na literatura na verdade são aquelas que apenas se contentam com eventos muito mais improváveis com aparência de corriqueiros.

    Isto é o que eu pensei também, pois histórias (como documentários em cinema, etc…) só existem devidos a pessoas com histórias “maiores que a vida” como costumam dizer. Seja a vida no lixão, ou um engraxador de sapatos que vira milionário, ou até uma pessoa que só pode se comunicar com o piscar de um olho. São eventos reais.

    Só que aí não seria ovos e bacon. Não seria um “néctar dos Deuses” travestido de ovos e bacon?

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  • 08/05/2012 em 7:14 pm
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    @Filipe Felagund
    Samurai Champloo é bom também. Eu que nem gosto de hip-hop adorei a série. O diretor é o mesmo de Cowboy Bebop e muitas das coisas boas do espaço só foram passadas para outro contexto e com outro estilo musical. Recomendo muito.

    @Doidao66
    Zillion me surpreendeu muito quando assisti: muito melhor do que esperava. Yamato ainda preciso ver (nunca vi nada), mas falam muito bem. Parece que uma pessoa esteve envolvido tanto com Macross como com Yamato; só não lembro quem era…

    @Leandro MOraes
    Explico sim! Com o maior prazer inclusive. hehehe

    Na verdade ficou bem sucinto porque eu já fiz um post específico sobre esse assunto aqui e não quis tratar tudo de novo, mas aqui nos cokmentários mesmo eu explico com calma.

    O lewis descreve num texto diferentes tipos de leitores (ou modos de ler). Em um deles (que chama de literariamente iletrado), as pessoas tendem a ler com um objetivo fora do livro (para se tornarem pessoas melhores, para ficarem mais inteligentes etc.). Ou seja, têm o sentido da leitura fora dela mesma.

    Uma pessoa que lê dessa maneira e com essa intenção, acaba preferindo histórias que sejam realistas porque ela poderia imaginar isso em sua própria vida com bastante facilidade. Principalmente aquelas histórias bem melosas em que uma menina de uma favela, por exemplo, casa com o príncipe da Inglaterra. Afinal, por ser “realista” é mais “provável” para ela do que a história da Cinderella que “nunca aconteceria de verdade”.

    Isso tem bastante relação com o modo com que entendemos o conceito de “verdade” hoje graças à ciência moderna. Mas isso já é outro assunto. hehehehe Ficou claro? O problema não é o realismo enquanto estilo literário (obras clássicas e ótimas são nesse estilo), mas a busca pelo “realismo” por leitores que consideram tais histórias como prováveis.

    Logo, preferem ler uma história com ovos e bacon que sabem existir “de verdade” do que o néctar dos deuses “que não pode ser verdade!”.

    Mesmo eventos imaginados, histórias criadas para diversão ou uma narrativa sincera de algum evento pessoal de vida são reais. Afinal, eles todos se msotram de alguma forma para uma pessoa específica. Num exemplo extremo, as vozes que um esquizofrênico ouve são reais. Para ele. Afinal, ele as escuta. Se dissermos que “não há voz nenhuma”, ele vai rir da nossa cara porque há vozes sim. A realidade não é apenas material e histórica (já que a história mesma é reinterpretada e ressignificada com o passar das épocas); e nem a verdade passa apenas por essas duas questões também.

    Se ainda estiver confuso, me avise que tento explicar de novo!

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  • 08/05/2012 em 11:34 pm
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    assistindo e re-assistindo De Volta Para o Futuro não me vem nenhuma crítica em relação ao futuro que eles colocaram no filme, praticamente estamos quase em 2015 e não to sabendo de nenhum skate ou carros voadores mas ainda assim curto o filme demais, minha trilogia favorita.

    e esse jogo, Romance of the three kingdoms, sempre tive vontade de jogar eles, mas nunca tive persistência, não sei se é porque ele rola meio devagar ou se pra se aprender a jogar ele leva tempo, estratégia sempre me chama a atenção e esses jogos com contexto histórico também, tem até uns parecidos só que em relação a segunda guerra mundial, se não me engano se chamava Pacific Operations alguma coisa e é de Snes, acho que preciso de alguém muito bem entendido dos jogos e do gênero pra me dar uma explicação de como é, como funciona e onde esse jogo pode me levar, no mais só me resta a curiosidade, e falta de tempo também, era isso ae mestre Senil

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  • 09/05/2012 em 1:10 am
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    Macross! o/ Aliás está saindo o longa Do you remember love? em Bluray e HD no Japão. E se rodar o Bluray num PS3 tem o bonus o jogo de Macross baseado nesse filme do PS1, só que convertido em HD!

    E Yamato está voltando com o fantástico remake: Space Battleship Yamato 2199 que está sensacional! o/

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  • 09/05/2012 em 1:14 am
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    @Juliano
    Outro bom exemplo. hehehe De volta para o futuro é espetacular! Curto muito também!

    Eu sou meio tapado para jogos tão estratégicos assim também… Dependo muito de um amigo meu que manja e me explica algumas coisas e tal. Ele mesmo é viciadão nessa série daí. Ele fica me instigando a jogar, mas sempre que tento avanço muito pouco… O jeito é continuar tentando. hehehehe

    @Jet Fidelis
    Cara, vai sair um box lindíssimo esse ano por lá. hehehehe Com livros e o escambau em comemoração aos trinta anos da primeira série.

    Esse do filme eu sabia também! Muito bem bolado isso daí! Dá até vontade de jogar. hehehehe

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  • 09/05/2012 em 2:24 am
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    Por falar em jogos de estratégia, a KOEI, além de Romance of the Three Kingdoms (II, III e IV), fez uma pá de jogos no estilo para o Super Nintendo. Chega até a ser curioso, fico pensando se tinha assim tanta demanda. Lembro uma época que eu lia em revistas “especializadas” que jogos de guerra faziam muito sucesso lá no Japão, eram chamados de Daisenryaku… acho.

    Além de Romance, lembro que tinha a série “Nobunaga Ambition’s”, que se passava no Japão feudal, “Rise of the Phoenix”, também na China, porém 400 anos antes de Romance.

    Da segunda guerra, tinha esse que o Juliano citou, o “P.T.O – Pacific Theather of Operations”, que tratava mais da guerra no Pacífico entre EUA e Japão. E tinha também o “Operation Europe – Path to the Victory” que é ótimo se você não o subestimar, já que não parece grandes coisa à primeira vista.

    “Genghis Kahn II – The Clan of the Gray Wolf”, que acompanhava a ascensão do líder mongol. “Uncharted Waters” que não era tanto estratégia, mas acompanhava a época das navegações. Tinha a série “Aerobiz Supersonic”, não era de guerra, você administrava uma companhia aérea.

    E ainda “Gemfire”, só que esse era totalmente fantasia. Uma espécie de Romance com magos e dragões em um mundo medieval típico de RPG.

    Só que são jogos que exigem paciência e dedicação. Basicamente, na maioria das vezes, o negócio é: administrar bem seus recursos, fortalecer seu exército, atacar. Repetir a operação até o fim. O melhor de aprender é o Romance II, são poucos recursos para administrar e o jogo é até fácil. É bem fraco graficamente, mas menos exigente que o Romance III e duzentas vezes mais simples que o Romance IV e suas milhares opções. Pelo menos eu comecei com ele e depois me interessei pelos outros.

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  • 09/05/2012 em 11:42 am
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    @Onyas
    Eita Gemfire é da Koei? Nem sabia dessa… Então deve ter sido o jogo de estratégia da empresa que mais joguei. Há anos que joguei, mas joguei. hehehehe

    O que mata hoje em dia para mim nesses jogos é justamente essa paciência e dedicação que falou… Não que eu não tenha, mas eu não consigo jogar um game que peça essas coisas de quinze em quinze minutos. Eu preciso ter uma, duas horas seguidas e tranquilas só para isso. Eu já sou assim com Shining Force e Langrisser (que se “encaminham”, nessa ordem, para estratégias mais puras como esses da Koei). Por isso que estou jogando Langrisser II há um tempão já sem ter vencido…

    Tem um da Sega famoso que se passa na Segunda Guerra. Até apareceu naquela série Sega Ages do PS2 de novo. Deve ter feito sucesso no Japão também.

    Legal a sua dica com o Romance of Three Kingdoms II… Não sabia que ele era o mais simples. Eu só joguei um pouco do terceiro e o nono jogo da série que um amigo meu me mostrou (e que é bem divertido, aliás).

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  • 09/05/2012 em 12:31 pm
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    @O Senil
    Confesso que faz tempos que eu não jogo esse tipo de jogo, falta tempo e paciência. Quando eu o tiver, quero ver se pego o “Operation Europe” que eu nunca evoluí muito.

    Graficamente nenhum dos jogos que eu citei é atrativo. Mas se você se aprofunda neles vai descobrir um jogo cheio de detalhes, bem cuidado, e com infinitas possibilidades.

    Romance II foi o único que eu consegui terminar. 🙂

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  • 09/05/2012 em 11:00 pm
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    Ah, eu tenho essa história do “Ano 2000” em 1950: ela se chama “Mickey no Ao 2000” e saiu nas revistas “O Pato Donald” 4 e 5. Nela, Mickey ganha de um amigo cientista um “sobretudo invisível” que permite viajar no tempo. Mas o que o negócio faz é transformar a sociedade em volta de Mickey em um lugar futurista, com veículos voadores, videofones e robôs policiais.

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  • 09/05/2012 em 11:17 pm
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    Memória não foi um dom com o qual eu nasci, então dificilmente eu lembro de datas nos jogos… aliás, dificilmente eu lembro de qualquer data, rzs. Lendo o seu texto me caiu a ficha que nos jogos da série Metroid (que eu sou fanzasso) aparece as datas dos acontecimentos e não faço a mínima idéia do ano, apesar de que não é na Terra então faz menos diferença ainda.

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  • 09/05/2012 em 11:23 pm
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    Ah, esqueci: essas revistas podem ser achadas na coleção “Anos de Ouro do Pato Donald”, que coletava as edições de 1 a 21 do gibi do grande Pato! Com um certo esforço dá pra achar nos sebos.

    (Quanto à história, ela até é legal, embora não explique como o Mickey viaja 50 anos no futuro e encontra Minie, Pluto, Bafo-de-Onça e toda a galera lá, como se sempre tivessem morado no ano 2000. Só o que foi ruim foi o final, que usa o expediente que mais detesto em uma história.)

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  • 10/05/2012 em 12:16 am
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    @LordGiodai
    Pergunte ao Oráculo (vulgo Google)! 🙂

    @Onyas
    O gráfico é o de menos nesse tipo de jogo… Outro jogo de estratégia que quero muito aprender a jogar é o Power Dolls para PC. Tenho ele aqui, mas nunca tive tempo e paciência para passar da primeira missão. hehehe Mas todo o climão do game é muito interessante. Aliás, ele até tem datas específicas e tal (que é o que temos discutido aqui também).

    @felipe
    O Zero eu acho meio chatinho, mas preciso ver de novo para confirmar isso ou não. Já o Plus é muito bacana! Prefiro a primeira série, mas o Plus é muito bom também (só podia ter músicas melhores hehehe).

    @Ivan Linares
    Isso mesmo! Valeu pelo acréscimo na informação! Eu inclusive tenho acesso a essa história pelos Anos de Ouro do Pato Donald mesmo. Ganhei de um amigo do meu pai quando ainda era criança. Adoro o Donald então é uma das minhas relíquias dele lá em casa. hehehehe

    Outra história do Mickey bacana dessa época é a que ele vai atrás de uma orquídea negra. Muito bacana! O Mickey ficou muito sem graça depois, viu? hehehe

    @Rafa Tchulanguero Punk
    huahauhauhauahuahuah Cara, somos dois! Se já é difícil com datas reais, imagine quando é em outro mundo? hehehe Sou péssimo nisso: só decoro mesmo após contato constante e olhe lá…

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  • 12/05/2012 em 11:12 am
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    Atrazado mas comentando.

    Uma vez lí um artigo numa publicação dedicada a SCI-FI sobre a “obsolescência do futuro”. O artigo falava de filmes que se passavam em algum ponto do fututo e o autor comparava o futuro de lá com o nosso presente. Uma coisa que ele citou foi no filme “Alien, o 8º Passageiro de Ridley Scott” os computadores são muitos primitivos se comparados com os de hojes. E vemos um monte de coisa que os filmes de 90 para trás não mostrou como as TVs de LCD, só pra citar um exemplo do que o autor quis dizer. Porém nem por isso o filme perde o brilho, pois sabemos da limitação técnicas da época e nenhum filme na verdade quer prever o futuro, e sim te entreter hoje e no futuro também.

    Falow! 🙂

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  • 12/05/2012 em 3:08 pm
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    @piga
    Sem sombra de dúvida! A questão é que tem muita gente que torce o nariz quando essas “profecias” não se realizam de algum modo. Acham que é “irreal” demais e que por isso não valem a pena… Essas são as mesmas pessoas que falam “Uau! Viu aquele filme? O diretor previu que um dia existiria algo como um Tablet!”. hehehe

    Quando há certa confirmação desse tipo de coisa é divertido, mas não porque o escritor/designer/diretor é um visionário. Ele apenas parou e pensou um pouco: “o que pode existir daqui há XX anos?” E faz uma aposta de algo que acharia interessante. Se isso se comprova na época que ele coloca em seu trabalho, isso não importa.

    O exemplo de Alien que deu é muito bom. O filme é excelente, mesmo nos dias de hoje. Esse climão de tecnologia dos anos 1980 ainda persiste no imaginário da ficção científica atual. A diferença é que, ao invés das histórias se passarem em 2010, 2020, passam-se em 2070, 3000 e por aí vai. huahauhauahuahauha Nem lembro a época em que se passa Alien; tem alguma indicação disso no filme?

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  • 12/05/2012 em 5:38 pm
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    Nos filmes diretamente não. Mas existiu um novel sobre a série + o que é dito no filme, um pessoal de um site “especializado” na série Alien, concluiram isso:

    “Ellen Ripley nasceu em 7 de janeiro de 2092 nas Américas Unidas, e possuiu uma filha, Amanda Ripley Mclaren. Em 2122 ela é empregada pela empresa Weyland-Yutani e embarca como tenente de voô na nave Nostromo, onde viaja levando um carregamento de toneladas de minério de Thedus para a Terra, quando a sua nave recebe uma transmição nao indentificada vinda de LV-426, onde ocorre seu primeiro contato com um xenomorph. Depois do primeiro contato, ela vaga 57 anos pelo espaço, sendo encontrada em 2177. É neste ano que ela descobre a morte de sua filha q estava com 66 anos, depois desta noticia e sem expectativas na vida, ela volta com os marines em LV-426 no filme Aliens O Resgate. Deste filme para Aliens 3 não se passa muito tempo, Ripley cai no planeta Fiorina e acaba se suicidando em poucos dias, devido a estar infectada com o embrião rainha. No ano de 2380 aproximadamente, depois de 200 anos da queda em Fiorina, ela é ressucitada no Filme Alien A Ressurreição e finalmente volta para o planeta Terra.”

    Não posso confirmar estas infos. Falow! 🙂

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  • 12/05/2012 em 6:14 pm
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    @piga
    Valeu pelas informações!

    Então ainda precisaremos de umas duas gerações para que passem com Alien a mesma coisa que experimentamos agora com SDF Macross. hehehehe E muito mais gerações ainda se pensarmos no caso do Alien: A Ressurreição. hehehehe

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  • 14/05/2012 em 6:02 pm
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    “Será que é realmente relevante que uma história “sobre o futuro” seja abandonada simplesmente porque não se confirmou como profecia?”
    Minha resposta para isso é concerteza não.Agora você me deixou um pouco na dúvida.Tem tantas pessoas de mentes fechadas assim?Que só querem enxergar o “Real”?
    Por exemplo OnePiece Tem elementos futurísticos também,como acreditar que exista uma ilha no céu.Entretanto é muito bem recebido.Pensava eu que nem existiam mais pessoas assim tão recalcadas.
    De qualquer forma,Valeu pelas reflexões Senil.Adoro ler seus textos

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  • 15/05/2012 em 12:31 am
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    @Jet Fidelis
    Caramba! Curti! Tem um jeitão moderno e antigo ao mesmo tempo. Deve ser uma boa revisitação, com certeza! Vou ficar de olho! Valeu pelo toque.

    @Magnitude
    Tem gente que pensa assim mesmo. Na literatura aparece na preferência atual por realismo (histórias mais “próximas do cotidiano” com pessoas tediosas, resolvendo problemas diários ou sofrendo coisas possíveis de acontecerem). Nos games, acho que isso apareceria um pouco mais na busca por gráficos realistas de muitos anos para cá, a preocupação com “física correta” e a exigência crescente de que você seja um dançarino para jogar um jogo de dança. hehehehe

    Quanto mais fantasia, mais fácil a entrega ao jogo na verdade. Mas tem gente que deixa isso de lado por besteiras desse calibre…

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  • 15/05/2012 em 2:40 pm
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    @O Senil
    Hm entendo.que triste para eles né?
    “E a exigência crescente de que você seja um dançarino para jogar um jogo de dança”
    Adorei esse seu comentário hahahaha,pior que é verdade,sinto falta do bom e velho pump it up.
    Tudo de bom
    até a próxima.

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  • 20/05/2012 em 11:02 pm
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    A realidade é produto da energia projetada através do código da existência.

    Nossa realidade e nosso mundo, não são os únicos.

    Como a energia é infinita, qualquer coisa pode ser escrita, e assim projetada em uma realidade exclusiva.

    01000101010101011000011010100011010101

    +

    Energia

    = Realidade Projetada

    PS: isso não é matrix, é um resumo sobre estudos científicos atuais publicados na sciem.

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  • 21/05/2012 em 11:46 pm
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    @Odin_Aesir
    Eita. hehehe Nunca ouvi falar de algo nesses termos que trouxe. Embora a ideia não seja nova, claro.

    Mas mesmo que haja outros mundo e realidades correndo em paralelo ao nosso, nunca poderemos ter contato com eles a não ser no nível da imaginação mesmo. Pelo menos é o que penso. hehehe

    Como chegaram nesse conceito de realidade eu também não sei. hehe

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