Olá amigos do Gagá Games! Mais uma sabadão na área e eu, o retrogamer André Breder, trago até vocês mais uma edição do Recordar é envelhecer! Hoje vou lembrar um game que joguei muito, mas muito mesmo, até os dedos ficarem cheios de calos: estou me referindo ao clássico Super Street Fighter II – The New Challengers, versão que saiu para o Super NES. Tenham todos uma boa leitura e até a próxima!

Introdução:

Neste último feriadão (último dia 12 de Outubro) fui almoçar na casa da minha querida mãe junto com a patroa. Meu irmão mais novo, que atualmente está morando na capital do meu estado (Belo Horizonte) passou este período de descanso aqui na “roça”, e após o almoço, sem ter nada melhor para fazer, mostrei a ele os criativos vídeos de como seria o jogo Street Fighter II dublado em português. Ele riu dos vídeos e sentiu então uma irresistível vontade de jogar este clássico de luta novamente, após anos e anos sem o fazê-lo.

Acessamos então um site “maneiro”, pegamos um bom emulador de Super NES e, seguindo o meu conselho, baixamos a rom do Super Street Fighter II – The New Challengers. Fomos jogando contra a “máquina”, em modo de revezamento, até conseguirmos terminar o game com o personagem Ken. Ainda inspirado pelos divertidos momentos que passei jogando novamente este grande clássico, resolvi então recordá-lo aqui no Gagá Games.

Mais quatros lutadores novinhos em folha!

Lançado originalmente nos Arcades em 1993, Super Street Fighter II – The New Challengers fez uso dos novos recursos da placa CPS-2 da Capcom, o que garantiu ao game gráficos e sonoridade bem superiores se formos compará-lo com as versões anteriores da série. Ao contrário do que ocorreu com os games que rodavam na aposentada placa CPS-1, em Super Street Fighter II – The New Challengers tudo foi refeito ao invés de ser reaproveitado, para que o game pudesse aproveitar todo o potencial da nova placa da Capcom: os lutadores ganharam novas animações e os cenários detalhes inéditos, sendo que alguns foram até mesmo modificados como é o caso do estágio do lutador Ken, onde o velho barco das versões anteriores foi trocado por outro, bem mais novo.

Agora a novidade mais importante neste novo Street Fighter, era aquela que justificava o subtítulo “The New Challengers”: quatros novos lutadores foram acrescentados no game, cada qual com suas características únicas! Temos então o índio grandalhão T. Hawk; o cover de Bruce Lee Fei Long; o sorridente jamaicano Dee Jay; e a loirinha Cammy.

Em 1994 o Super NES ganhava então sua versão de Super Street Fighter II – The New Challengers. Sem poder contar com todos os recursos inovadores da placa CPS-2 dos Arcades, o game foi um fiasco, não foi? A resposta é um sonoro NÃO, felizmente. A Capcom mostrou sua costumeira competência e trouxe ao Super NES uma versão bastante fiel a original, que mesmo não tendo o brilho e a qualidade gráfica dos Arcades, ainda sim fez bonito usando ao máximo todos os 32 megas do cartucho do console de 16 bits da Nintendo. Até mesmo a versão lançada na mesma época para o Mega Drive, e que utilizava 40 megas de memória, ou seja, 8 megas a mais em relação a versão do concorrente, não ficou tão boa quanto a versão do Super NES.

Já na versão anterior, Street Fighter II: Turbo Hyper Fighting, os donos de um Super NES tiveram a oportunidade de ver os antigos personagens da série com novos golpes e habilidades, mas em Super Street Fighter II – The New Challengers a experiência foi ainda mais ampliada, com o personagem Ken sendo capaz de executar um “shoryuken flamejante” e o personagem Ryu podendo soltar um “hadouken” de fogo, por exemplo. Todas estas novidades fizeram de Super Street Fighter II , uma das melhores versões da série de luta da Capcom.

Gráficos e Sonoridade

Como já dito linhas acima, graficamente Super Street Fighter II supera os games anteriores. Todos os cenários antigos ganharam um tratamento especial, passando a ter um número maior de cores e detalhes, enquanto que os cenários dos novos lutadores seguiam o mesmo nível de qualidade dos antigos, sendo todos muito bem feitos e interessantes. Cenários como os dos “novatos” T. Hawk e Dee Jay possuem um bom número de personagens que observam as lutas, o que ajuda a dar um sentimento de “vivacidade” para aqueles que estão jogando o game, por exemplo.

O desing da arte dos personagens, que é vista durante a tela de escolha dos lutadores e também nos finais de cada combate, sofreram alterações profundas, sendo que todos os personagens estão com novas expressões faciais.

Em relação aos efeitos sonoros, mesmo que a maioria tenha sido reutilizado dos games anteriores, ainda assim Super Street Fighter II traz novidades nesta área, como o fato dos personagens Ryu e Ken terem vozes distintas desta vez, algo mais do que óbvio, pois ambos não são gêmeos, mas esta foi uma questão que a Capcom havia deixado “pra lá” nas versões anteriores de Street Fighter II, onde ambos tinham a mesma voz. Esta diferença é facilmente notada quando os lutadores executam os seus golpes especiais, como o “hadouken” e o “shoryuken”.

A trilha sonora continua excelente, trazendo novamente os temas já conhecidos das versões anterioes e os 4 novos, cada qual de um dos lutadores estreantes no universo de Street Fighter II. Os novos temas mantiveram o mesmo nível de composição de outrora, e mais uma vez mostra que os produtores da Capcom tiveram todo o cuidado de criar canções condizentes com cada país onde as lutas ocorrem. O tema de Fei Long, por exemplo, faz com que você tenha a nítida sensação de estar no meio de um filme do Bruce Lee.

Jogabilidade e Dificuldade

A jogabilidade continua sendo ótima, assim como nos games anteriores. Soltar “hadoukens” ou aplicar “shoryukens” não são tarefas difíceis, e agora é possível até mesmo aplicar alguns combos com certa facilidade. Todos os comandos continuam precisos e podem ser executados de maneira rápida pelos dedos do jogador. A animação dos personagens está ainda mais diversificada, o que garante uma jogatina fluída, com golpes sendo executados sem atrasos na tela. Nada é perfeito, mas eu diria que a jogabilidade de Super Street Fighter II chegou perto!

Assim como nos games anteriores da série, a dificuldade é escolhida totalmente pelo jogador, e vai do nível 1 estrela (indicado para crianças de dois anos de idade) até 8 estrelas (indicado para os ratos de fliperama que conseguem jogar horas e horas com uma só ficha, vencendo inúmeros adversários que “ousam” desafiá-los). Terminando o game no mínimo no nível 4, já é possível ver os finais de cada personagem. Fica então a critério do jogador escolher qual nível de dificuldade está mais condizente com o seu nível de habilidade com o joystick.

Modos extras de jogo

Além do modo Arcade (Super Battle) e do modo de dois jogadores (Versus Battle), Super Street Fighter II ainda traz os modos Group Battle (batalhas em times), Tournament Battle (torneio) e Time Challenge (lutas com desafio de tempo), fazendo com que o jogo possa ser apreciado de várias formas bacanas! Nada mais divertido do que reunir os amigos e disputar um torneio de Street Fighter!

Fora os modos extras de jogo, ainda há como aumentar a velocidade da jogatina (até três estrelas), deixando as lutas com uma velocidade parecida com a da versão vista em Street Fighter II: Turbo Hyper Fightning, mesmo que os personagens não fiquem tão velozes quanto (já que na versão “Hyper” é possível aumentar o grau de velocidade em até 10 níveis).

Todos estes bonus serviam para transformar Super Street Fighter II em um jogo imperdível para os fãs de lutas de rua… nos video games, claro!

Conclusão

Na minha humilde opinião Super Street Fighter II do Super NES é a melhor versão doméstica de Street Fighter II da era dos consoles de 16 bits. A Capcom realmente merece cada centavo que ganhou com as vendas desta versão, pois ela conseguiu fazer quase que um milagre, ao transportar para um console da terceira geração um game feito originalmente para um poderoso arcade, e conseguindo com que esta versão tivesse o mínimo de perdas possíveis!

Passei horas nas antigas e extintas locadoras jogando este game, e quando pude comprar um Super NES não pensei duas vezes quando tive a oportunidade de comprar também um cartucho do Super Street Fighter II e jogá-lo de maneira incessante, até terminá-lo com todos os personagens… inclusive com o lento Zangief! Este é um game muito especial para mim, e que sempre estará entre os melhores que já tive o prazer de jogar, com toda a certeza!

Recordar é envelhecer: Super Street Fighter II (Super NES)

16 ideias sobre “Recordar é envelhecer: Super Street Fighter II (Super NES)

  • 24/10/2009 em 11:50 am
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    Eu me lembro que quando esse jogo ainda estava em fase de desenvolvimento, foi divulgado uma imagem da tela de seleção de personagens onde esses quatro novos aparecia com os rotos em negro. Aquilo, naquela época dava um clima de mistério e tanto. Eu só não consigo me recordar se foi nesse jogo que estava sendo planejado colocar chutes no Balrog (EUA).

    Outra coisa que eu adoro nesse jogo são os variados chutes do Ken, muito maneiro!

    Fora as outras coisas que tornam desse jogo um dos mais legais que já joguei.

    O do SNES eu não joguei muito, mas no Arcade eu virava bicho! Era esse e o World Heroes 2 Jet!

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  • 24/10/2009 em 12:20 pm
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    J.F. Souza :

    O do SNES eu não joguei muito, mas no Arcade eu virava bicho! Era esse e o World Heroes 2 Jet!

    Minha experiência com a versão Arcade de Super Street Fighter II foi “meio” traumática…. eu estava de férias em São Paulo, e vi o fliper deste game no shopping. Tava com pouco dinheiro, mas fui lá e comprei uma ficha (ou duas, acho que era necessário dois créditos para jogar). Escolhi o Ken e fui todo “felizão” ver qual seria meu primeiro adversário, que foi… o Fei Long. E foi meu primeiro e último adversário, pois perdi a batalha contra ele (mas não de perfect, pelo menos isso) e depois não tive coragem nem de chegar perto daquela máquina engolidora de fichas… uahuahauhau… o game devia estar em um dificuldade muito alta, já que eu era até bonzinho em Street Fighter….

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  • 24/10/2009 em 10:52 pm
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    Nossa a primeira vez que joguei Street Fighter na vida foi no num famicom… Eu aluguei… E muito tempo depois soube que não oficial… =D
    Essa versão de Mega eu joguei na casa do meu primo pq na época eu tinha o Master System… Mas em 97 eu pude comprar o meu Street Fighter do Master… =D Pena que é ruim, de chorar, pra dar um Hadouken nele… Mas de resto é bem bom…

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  • 30/10/2009 em 3:30 pm
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    @Orakio Rob, “O Gagá”

    Pior que enfrentar uma máquina de fliperama em um nível alto de dificuldade, era ser surrado sem dó por um daqueles pivetinhos viciados em Street Fighter que infestavam as casas de Arcades na década de 90… uhauhauhauah… e depois ainda tinha que engolir seco a derrota e ir embora com o ‘rabo’ entre as pernas… uahuahuaa…

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  • 12/01/2010 em 1:39 am
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    Jogo esse jogo até hoje, pelo menos uma vez por semana, ele me ajuda a melhorar jogando o Street IV,
    essa experiência de perder fichas pra mim no Super Street só se for naquele que veio depois, com especiais, aquele era muito rápido e o computador era muito difícil, mas esses dias tava indo longe nele, jogando na máquina, com o Dalsim e veio o Zangief já na segunda fileira e do nada me matou, fiquei de cara, não queria gastar dinheiro, só matar um tempinho então tive que sair e fazer onda já que não teria mais tempo e mais 1 real naquela ficha eu ão pagava. Ótimo jogo, meu favorito entre todos da história. Se tivesse um contador pra medir quantas horas de jogo eu tenho no Street Fighter contando todas as versões dele, deve dar sei lá, 1 Ano eu acho, de puro Street Fighter

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  • 15/04/2011 em 8:15 pm
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    super street era massa, jogava 12 horas por dia nas minhas ferias quando era muleke, fiquei tão bom q eu so ia na difuculdade 8. cheguei ate memo zerar nessa dificuldade sem perder nenhuma vez e ver o verdadeiro final do jogo…mas so conseguia esse feito com ryu,meu personagem favorito.

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  • 02/07/2011 em 3:37 pm
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    Foi com Street Fighter que eu tava no auge dos meus “talentos” de desenhista, e adorava fazer fanarts e quadrinhos! Agora, no arcade, os caras foram malandros: se eu não me engane tiveram 2 levas de arcades de SSFII ao Brasil, a 2ª, que chegou aqui em Curitiba, já vinha com o level 8 pré-programado na máquina, era quase impossível jogar se não fosse com apelões como Ryu/Ken/Guile. E eu detestava jogar contra, minha diversão era fazer os finais de todo mundo.

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