“Para quem quer fazer exercícios de reflexão”

Olá crianças!

Em Julho, um visitante e leitor da Academia Gamer recomendou-me um artigo lido na IGN sobre jogar videogame e o Transtorno Obsessivo Compulsivo. Sugeriu que escrevesse algo a respeito desse assunto e por considerar o tema realmente interessante, achei pertinente tratar dele aqui com vocês.

O autor desse texto é Ryan Clements e ele discursa a respeito de sua experiência de ser diagnosticado com esse transtorno e isso afetar em muitos sentidos a sua experiência de jogar videogame. Um dos exemplos dele é checar as opções do jogo antes de iniciá-lo de fato ao menos duas vezes. Além disso, ele faz a pertinente colocação de que hábitos como buscar todos os “achievements” não são sinais de portadores do transtorno por definição. Ele também critica sutilmente o uso dos termos “obsessivo” e “compulsivo” por pessoas que não foram diagnosticadas como tais para designar suas próprias ações dentro de jogos.

Com base nisso, eu pensei em várias coisas para discutirmos. Mas optei por apenas uma delas porque foi uma ambiguidade interessante que me ocorreu enquanto lia. Em nossa época contemporânea, “repetir” é visto quase que universalmente como algo ruim e, por isso, há um incentivo sempre presente para buscarmos o “novo”; porém, todo jogo exige ser repetido. Qual a relação dessa exigência com algo que apelidarei aqui de “patologia da repetição” e o uso indiscriminado que fazemos dos termos “obsessivo” e “compulsivo”?

Essa é uma reflexão importante porque faz referência não somente a jogadores mais novos, mas também a todos nós que, mais velhos, também procuramos incessantemente novidades entre jogos velhos. “Para quê vou jogar Sonic de novo? Já terminei duas vezes mesmo… Vou jogar algo que nunca joguei agora!”. Se todo jogo clama por repetição, o homem moderno em geral prefere não atendê-lo.

Alguns colegas meus até ficam surpresos quando relato que tenho uma tendência muito grande a repetir games do que experimentar coisas diferentes. Talvez a proporção seja mais ou menos de quatro jogos que conheço para um que desconheço. E isso se refere tanto aos games que joguei nos últimos tempos como também aqueles que figuram na minha lista famosa (e interminável) de “jogar quando arrumar tempo”. A falta de valorização da repetição de muitos games me incomoda bastante. Claro que não me refiro aqui a terminar um game e logo em seguida já desejar retomá-lo, nem por aqueles outros que solicitam que você jogue em um nível de dificuldade maior (como discutimos na semana passada), ou ainda similares a Ghouls’n’Ghosts que nos enviam novamente para a primeira fase sob um pretexto qualquer.

A exigência da busca pelo novo em nossa época acaba impossibilitando uma experiência essencial a todo jogo e, consequentemente, a todo game. E isso nos leva a considerar qualquer tentativa de repetição ou conservação como algo que não deva ser incentivado: é preciso sempre revolucionar (e, claro, esquecer que mesmo o novo emerge da tradição estabelecida).

Mas a repetição constante não seria patológica? Não seria essa a característica principal do transtorno obsessivo-compulsivo? Na realidade não é a repetição enquanto tal que me parece elementar nesse caso, mas a sua necessidade na experiência da pessoa. Um jogo repetido não é jogado de novo por obrigação; uma pessoa que repita o ato de verificar se trancou a porta de casa dezenas de vezes em um dia pode fazê-lo por se sentir quase que induzida a fazê-lo. E, ao “desobedecer” essa exigência obrigatória, sente-se ansiosa (temendo o que irá lhe acontecer) e angustiada (pensando sobre o que fará a respeito disso).

A repetição de alguém diagnosticado com tal transtorno gera sofrimento não por ser repetição, mas por ser exigência de repetição. O jogo é essencialmente “leve” e nos oferece liberdade de movimento dentro de seus limites e não nos obriga a segui-lo e a jogá-lo. Se alguém tenta nos forçar a jogar alguma coisa, aquilo deixa de ser jogo no mesmo instante para nós. O jogo nos seduz para que voltemos a ele e não nos coage a fazê-lo.

Hoje em dia temos uma tendência a “patologizar” tudo que fazemos ou pensamos (e, pior, até achamos que sermos assim classificados é algo bom!). Contudo, a leveza de um jogo e sua repetição saudável é algo que qualquer pessoa pode experimentar se a ajudarmos nesse processo sempre que necessário. Às vezes, para nossa própria saúde, é até bom que paremos de jogar por um tempo não é verdade? Descansar do descanso é o que pode nos fazer querê-lo uma vez mais, repeti-lo em renovado interesse e paixão.

É isso que queria compartilhar com vocês essa semana! Até o próximo post!

Academia Gamer: Compulsão e hábito
Tags:                                         

23 ideias sobre “Academia Gamer: Compulsão e hábito

  • 04/09/2012 em 9:13 am
    Permalink

    Se nos games existem os “achievements”…

    os troféus, se for esse o caso em tais jogos da geração atual para platinar o game, não me preocupo com isso. não tenho nada a provar ao fazer 100% num game. e isso não torna o gamer obsessivo, um nerd de marca maior talvez, mas não que tenha algum problema. eu as vezes jogo até estar tudo completo no meu game, mas não me gabo como certas pessoas que infelizmente conheço fazem.

    e sobre jogar um game novamente, repito: jogo bom é aquele que se joga mais de uma vez, principalmente se já o terminou.

    “Se alguém tenta nos forçar a jogar alguma coisa, aquilo deixa de ser jogo no mesmo instante para nós. O jogo nos seduz para que voltemos a ele e não nos coage a fazê-lo.”

    não sei se apenas eu sinto isso, mas geralmente em RPG, é essa a sensação que sinto ao jogar desde o começo até o seu final. mas não me incomodo muito, pois a sensação de terminar algo é como livrar de um peso nas costas.

    acho que é isso.

    Hee-Hoo Mestre Senil!

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 04/09/2012 em 10:23 am
    Permalink

    Eu não tenho jogo com essas ditas ‘conquistas’ talvez seja por isso que ao avistar essa novidade no mundo dos games tenha achado uma tremenda bobagem, isso é estímulo pra pessoa desbravar mais o jogo? Voltar a jogar forçadamente? Eu volto a jogar Street Fighter, KOF, Mario e etc sempre e não é por conquistas mas sim porque esses jogos são divertidos pra mim e de tempos em tempos é saboroso jogá-los novamente.

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 04/09/2012 em 12:30 pm
    Permalink

    essa semana vi uma reportagem sobre games retro e pessoas que ainda jogam video games de 8 e 16 bits ainda,,,foi no programa de informática de uma emissora de televisão que acredito que muitas aqui conhecem…então,,,uma pessoa disse: ¨a diferença entre jogos antigos e os jogos atuais é que…os jogos atuais são feito maio que iguais a filmes,,,,vc joga umas duas ou três vezes e já quer ir para a sequência do jogo ou ir para outra série…muitas pessoas não terminam call of duty porque já chegou a sequência do jogo e fica tudo pela metade,,,jogam como se fossem uma missão ou obrigação,,,é o estilo das pessoas de hoje em dia,,,e os jogos antigos muitas pessoas jogam por serem mais simples, divertido, atraentes e por saudades¨,,foram mais ou menos essas palavras que o jogador ali disse!!!!Então concordo em parte sobre os jogos atuais e concordo plenamento sobre os jogos antigos,,,sempre jogo shadow dancer, the revenge os shinobi, top gear do snes, enduro do atari, pitfal,,,tudo isso ainda me atrai e também por saudades da época e dos amigos também!!!!!acho que os jogadores antigos são menos compulsivo em termos de lançamento,,,porque eu, nós ainda não conhecemos todos os jogos antigos e que muitos ainda são novidades,,,já os jogadores atuais sempre estão ligando nas sequências, lançamentos e se vai ser ou quando lançado o ps4, xbox 720 e bla bla bla!!!!então estou contente com o arsenal de jogos que tenho e ainda tem muita coisa antiga que eu não joguei e não tenho tempo para jogar,,,se tenho mania ou compulsão,,,acredito que todos temos!!!!o importante é equilibrar e saber lidar ou assumir se temos algum problema,,,acredito que o meu maior problema é ter muitos jogos e não ter tempo para jogar,,,as vezes é dificil decidir jogar ou utilizar a internet….e as vezes o maior desafio mesmo é sair do computador!!!!valeu galera!!!!

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 04/09/2012 em 2:37 pm
    Permalink

    Compulsão é um termo forte… acho que querer repetir o jogo para alcançar objetivos novos (placar maior, volta mais rápida) faz parte da diversão e até do propósito original do game. Afinal, se tem um placar, é pra ser levado ao extremo (ou não, se o jogador não quiser…)

    Levemente off-topic, o que me sinto mais “compulsivo” em fazer é guardar roms e isos. Ainda hei de comprar um hd monstro pra manter fullsets armazenados (fora os que já tenho).

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 04/09/2012 em 9:05 pm
    Permalink

    Eu gostava de repetir os jogos quando o acesso a eles era mais difícil, então eu tentava realmente masterizar os jogos, bater meus recordes de pontos, melhorar meus speedruns, etc. Agora, nem tanto. A menos que haja alguma coisa a ser desbloqueada, algum final diferente, ou coisa assim. Não me interesso em conseguir a estrelinha dos 100%, mas me interesso muito em saber tudo que o game tem de legal. Qual a graça de terminar resident evil 1 e não descobrir os guarda-roupas? ou re2 e não terminar com o hunk?. E pra isso posso levar o tempo que for necessário, mas só hoje tenho essa paciência (ou essa falta de tempo).

    Ou, em caso de um novo episódio de uma série. Por exemplo, quando saiu o último filme do batman, fiz questão de rever os dois anteriores para me envolver mais no clima. Aposto que farei a mesma coisa quando sair, digamos, half life 3. Fazer esse tipo de coisa para relembrar aonde parei, e para saborear as diferenças que haverão entre um e outro.

    Eu acho que mais obsessiva é a compra de mais games sem ter jogado aqueles que já se tem. Especialmente hoje, com promoções malucas de final de semana e tudo o mais. O consumismo, o sentimento de recompensa.

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 04/09/2012 em 10:53 pm
    Permalink

    um jogo que eu termino constantemente é o Castlevania SotN, é incrivel, ja perdi as contas de quantas vezes ja terminei esse jogo, basta eu ouvir umas melodias do jogo, ou uma conversa, e ja penso em jogar outra vez, sempre fazendo 100%(pegando todos os itens do jogo) XD
    e a maioria dos RPGs que eu encontro, eu tento terminar com todos os extras feitos.
    mas eu sempro faço isso porque gosto. ^^
    e realmente, jogos antigos me atraem mais facilmente. (periodo SNES-PSX) ^^

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 05/09/2012 em 9:23 pm
    Permalink

    essa coisa dos troféus/conquistas, ao meu ver, deve ser encarada pelo jogador como uma forma de demonstrar a sua dedicação e seu apreço pelo jogo. nunca devia ser uma desculpa para comportamento obsessivo. mas tem gente que se vicia até com ki-suco de uva, então…

    “…jogo bom é aquele que se joga mais de uma vez, principalmente se já o terminou.”

    nem sempre isso se confirma. shadow of the colossus, por exemplo, foi um jogo de videogame que me marcou muito, mas por causa de sua jogabilidade meio problemática e seu baixo fator replay nunca joguei mais de uma vez. tentarei terminá-lo de novo se comprar a versão em HD.
    mirror’s edge foi outro: único e muito bom, mas um jogo do tipo one-way ticket…

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 05/09/2012 em 9:32 pm
    Permalink

    Zerei seiken densetsu 3!!!! Jogaço, consegui reverter o bug baixando outra rom e dando uma vasculhada.

    Bela música, ótimos combates com magia e classes diversas, estratégias etc… E uma boa para ótima história, apesar de simples no que diz respeito a temas adultos, historia dos herois medievais, mas muito carismatica.

    Tempo: 45 horas +/porque deu o bug se não tivesse dado acho que daria 35 horas.

    Me diverti muito jogando esse jogo, já estou me aposentando dos rpgs, os ultimos vão ser rudra no hiou/ tales of phantasia (estou terminando e encheu o saco esse).

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 05/09/2012 em 9:36 pm
    Permalink

    Rudra no hiou terminei o cenário de Surlent, jogo gigante, já devo estar com 15 para 20 horas.

    Senil, o dia de surlent é pra ficar no 15 ou 16? Espero que não seja um bug. Já comecei com o espadachim/2 dia.

    Desisti de xenogears e suidoken, vai demorar muito pra zerar, e agora tenho outras prioridades, além do que eu percebi que não gosto de space operas like xenogears/phantasy star. Meu negócio mesmo é medieval, espadas e etc.

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 05/09/2012 em 9:44 pm
    Permalink

    E como vou demorar muito pra terminar Rudra, vamos à algumas semelhanças com terranigma:

    Terranigma tem uma musica mais marcante, talvez menos variada, mas marcante. Ótimos gráficos, responde muito rápido nos controles no pega pra capar, tem algumas magias/umas 8 se não me engano, mas o sistema de magias é bem limitado. A semelhança de zelda você pega alguns equipamentos para passar de alguns lugares, e ganhar novas habilidades como escalar montanhas, etc. O que é um ponto muito positivo.

    A história no começo para a maioria das pessoas parece monótona, mas desde o começo eu vibrava com a história, e perguntava o que está acontecendo? Seus propósitos no começo/meio do jogo ainda são bem obscuros. Você encontra alguns personagens bem carismáticos no meio do caminho, e ainda tem seu amor por uma jovem donzela que fica longe de você por motivos que você vai descobrir.

    O desfecho é um dos melhores que eu já vi, prende todo o enredo.

    Se eu recomendo? Gosta de ótimas músicas, pancadaria em um action rpg, uma ótima história que se desenvolve ao pouco, e gostas de apocalipses like rudra?! Esse jogo é pra você então.

    Defeitos: talvez a história que demore um pouco a se desenrolar.

    Tempo estimado: um médio bom rpgista creio que deva dar umas 30/35 horas.

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 05/09/2012 em 9:53 pm
    Permalink

    Rpgs que joguei para você ter uma ideia do meu gosto:

    final fantasy 4
    final fantasy 6
    final fantasy 5 (desisti do 5, história fraca demais)
    seiken desentsu 3
    terranigma
    tales of phantasia (terminando)
    earthbound (desisti, história infantil,
    mas o jogo é muito bom)
    Chrono trigger
    twisted spike mcfang (história bem boba, mas ótimo sistema de batalhas), não dropei por causa da história =)
    Dragon Knight, rpg obscuro de snes em japones, joguei porque dar pra entender a historia mesmo assim, e batalhas incriveis.
    Breath fire 1 (desisti, história entediante).

    Logo percebe-se que a história é fundamental pra mim, a não ser que o jogo seja muito carismatico/desafiador e com um sistema de batalhas soberbo.

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 05/09/2012 em 9:55 pm
    Permalink

    Esqueci do meu famigerado passado:

    pokemon green
    pokemon silver
    pokemon esmerald

    Nem preciso falar da história, né? =), mas o sistema de balhas de pokemon é muito bom, a formula talvez tenha se desgastado, mas no começo era muito bom.

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 05/09/2012 em 10:44 pm
    Permalink

    Unknownuser2,

    hehehehe É isso aí! O problema é que no caso de pessoas com TOC, o sofrimento vem justamente por não fazer as coisas repetitivas mesmo. É praticamente necessário que aplaquem essa ansiedade de alguma forma para aí sim poderem se divertir.

    leandro(leon belmont)alves,

    Há problema quando a pessoa realmente tem TOC. hehe Se ela repete por prazer e diversão e busca cumprir objetivos por razões lúdicas e não apenas para se gabar etc., aí sim não há problema algum em fazer tudo isso.

    Com certeza ao terminarmos um jogo nos sentimos aliviados! Seja ele um RPG ou não! Afinal, jogar é descansar cansando-se. hehehe

    Juliano,

    Em épocas de uma cultura focada apenas no que é descartável, as empresas têm que pensar em alguma maneira de dar sobrevida a seus games. Uma das formas são os DLCs; a outra são os tais troféus… Uma perda muito grande em comparação com a repetição pela diversão que é exatamente essa que descreveu.

    helisonbsb,

    Eu também concordo em parte com esse jogador. hehehe

    Nos repetimos jogos e isso é fato. Mas chamar isso de “mania” ou “compulsão” é complicado porque é algo completamente diferente. Se o jogo nos é indiferente e não o repetimos, tanto faz para nós; mas se temos TOC, sofremos (ansiedade etc.) se não repetimos. É praticamente uma obrigação psicológica para que repitamos.

    E é aí que reside a questão: não na intensidade da repetição, mas em seu sentido.

    Daniel Lemes,

    Com certeza é um termo forte! É um termo de diagnóstico clínico afinal de contas. hehehe Repetir por prazer é até esperado: todo jogo exige isso (e é o que mantém muitos títulos vivos ainda hoje, mesmo tendo se passado vinte, trinta anos).

    Se você se sente muito ansioso (mas muito mesmo) quando não consegue verificar se sua coleção está em ordem ou alguma coisa do tipo afetando todas as suas outras tarefas cotidianas, então aí sim eu recomendaria que buscasse uma consulta médica ou com um psicólogo para ver se está tudo em ordem. Um leve incômodo não conta. hehehe

    Shadow Geisel,

    O problema não é demonstrar a dedicação, mas quando parece tornar-se praticamente uma obrigação. Se estou jogando algo e livero alguns troféus, ótimo; mas não vou jogar procurando liberar um ou outro. A tarefa que o jogo me coloca não é ganhar um troféu (exceto em jogos esportivos talvez hehehe), mas sim alguma outra coisa que esta sim faz parte do jogo mesmo.

    Decerto que nem todos nos repetimos os jogos que gostamos (eu mesmo tenho alguns que só joguei uma vez), mas acabamos tendo planos do tipo “quando tiver algum tempo, voltarei a ele”. Ou ainda outras pessoas fazem essa repetição constante. Nosso gosto pessoal às vezes impede esse tipo de retorno com certeza.

    Nicolas,

    Curtiu mesmo cara? Eu preciso terminá-lo algum dia. hehehehe Lembro que parei às portas do último chefe labirinto. hehehe O esquema de classes e personagens iniciais diferenciados é algo que sempre me cativou nesse game da série.

    Vai se aposentar dos RPGs por que? hehehe Cansou ou não tem mais tempo para eles?

    Eu mesmo costumo jogar um RPG agora em umas dez vezes mais tempo do que gastava antes. Mas continuo jogando sempre que posso e intercalando com outros games de etsilos diferentes para descansar.

    Os dias dos personagens são diferentes mesmo, pode ficar tranquilo. A Riza, por exemplo, começa um dia antes de todo mundo até pelo que me lembre…

    Esse esquema de puzzles e acessórios para passar de certos obstáculos em RPGs tradicionais é muito bem aproveitada em Lufia 2 (SNES) e Wild Arms (PSX) que recomendo muito também.

    Muito legal essa sua comparação e descrição de Terranigma! Agora fiquei bastante curioso com ele. hehehe Quem sabe não lhe dê uma chance num futuro próximo?

    Em muitos RPGs, a história pode ser o de menos mesmo. Como falou, o sistema de batalha às vezes acaba sendo o mais interessante.

    7th Saga é ruim mesmo. hehe Eu pelo menos não curti quando experimentei. Quem sabe algum outro dia… hehehe

    Cara, se não curte space operas mesmo, coloque ao menos o Phantasy Star III na sua lista. hehe É meu preferido da saga e ele tem um jeito meio capa e espada que o diferencia (em um bom sentido) dos outros três da série clássica. Tanto que ele é do tipo “ame ou odeie” principalmente por ter um jeitão bem medieval e a relação com Algol só aparecer depois. É um game épico (no sentido original do termo – lembrando o espírito da Odisseia, Ilíada e outros poemas do estilo).

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 06/09/2012 em 8:37 am
    Permalink

    Muito bom seiken, Senil. Quanto aos defeitos vamos listá-los: o desenvolvimento dos personagens peca um pouco (joguei com duran, hawnk e kevin), do começo para o meio o desenvolvimento é muito bom, mas do meio para o final o desenvolvimento peca um pouco. Os personagens não “crescem” muito com o decorrer do jogo, o desenvolvimento foca mais no desenrolar da história e de aspectos da vida de cada um.

    Tipo, na de Kevin, o lobisomen, a história só foca no preconceito do começo para o meio, e a guerra entre homens/magos/lobisomens é meio que deixada de lado para dar espaço as bestas do mana.

    A de Duran foca também na história, no passado guerreiro de sua família e nas suas questões de honra.

    Em outras palavras, eles são heróis vamos dizer assim, prontos.

    Jogarei mais uma vez agora com Dura/angela para ver o desenvolvimento desse casal e com Lise, que achei o quarto melhor principio de história do jogo.

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 06/09/2012 em 8:46 am
    Permalink

    Se procura uma história mais séria, e com melhor desenvolvimento de personagens, pule fora de seiken.

    Mas se está atrás de uma história carismática, personagens carismáticos em um mundo de magia medieval, aí sim se torna bastante recomendado.

    Escolhendo os personagens e a estratégia certa, acho que 25 horas são suficientes, como escolhi os personagens pancadeiros sem muita magia, meu jogo demorou um pouco mais.

    Quanto a terranigma, nem falo mais para não estragar as surpresas, mas é uma experiência única, nos aspectos técnicos perfeita, e nos aspectos de história também. E a ação é mais fluida que Zelda, é uma pancadaria mais rápida.

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 06/09/2012 em 3:43 pm
    Permalink

    Mas até que ponto a repetição é… repetida?

    Muita gente joga Xadrez diversas vezes durante o dia, quase todos os dias. Seriam eles compulsivos? Acredito que não, jogos como o que eu citei têm essa característica de “cada vez algo novo”. Ou seja, é um jogo de inúmeras possibilidades. É o que eu sinto sobre o “Romance of the Three Kingdoms”. Cada vez que eu jogo é algo completamente diferente, as estratégias, os rumos, a diplomacia. Como exige uma nova adaptação a cada jogo, o velho vira novo na mente do jogador.

    E assim como as águas de um rio nunca mais serão as mesmas, podemos sempre ver um velho jogo sob uma nova ótica. O citado “Sonic” pode ser uma experiência reveladora se encarada de outro jeito. O “Shadow of Colossus”, também citado, estou jogando pela quinta vez e não me sinto enjoado, nem um pouco. E penso que nem nunca, pois entrou na minha lista de favoritos de todos os tempos. Mais pela forma como eu encaro o jogo.

    Para mim, a verdadeira obsessão está em quem NÃO REPETE os jogos. Os que estão obsessivos pela última novidade, pela aceitação de quem está próximo, obsessão de seguir tendências. Isso sim, eu acho patológico. No mínimo, uma falha de caráter…

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 07/09/2012 em 10:26 am
    Permalink

    Meu lema gamer é: Boas experiências devem ser repetidas sim! Independente da época e plataforma. Talvez não consiga reviver todas pois a vida clama por outras prioridades, mas o prazer que sinto fazendo isso não pode ser encarado como patologia.

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 10/09/2012 em 10:51 am
    Permalink

    Eu não sei com vocês, mas os jogos de hoje estão mais preocupados em ganhar dinheiro, dlc’s etc etc… Portanto é ótimo que as empresas façam com que você fique jogando um monte o jogo que elas querem, mas o problema é que tais jogos foram desenvolvidos para serem rentáveis para seus criadores, e não uma experiência divertida que você sempre vai querer jogar… Existem muitos jogos bons hoje em dia, claro, mas é uma raridade cada vez maior. Agora possuir achievements num jogo que você adorou eu acho muito legal, tanto porque a maioria dos achievements eu iria fazer de qualquer maneira, quanto que pode ficar “orgulhoso” com tal proeza, na verdade se as empresas não fossem tão gananciosas, o jogo poderia ser SUPER A+++, pois hoje em dia os jogos estão saindo online, quer dizer, você joga e constantemente tem atualizações e estas atualizações podem ser erros que aconteceram, problemas que os jogadores relataram para a empresa do jogo e até mesmo melhorias. Se pararmos para pensar, tem um post antigo que se perguntava se os jogos antigos eram mesmo legais que nós jogamos até hoje ou jogamos para lembrarmos daquela infância feliz que nós tivemos… Para mim estes assuntos estão relacionados, e isso é parte de que o jogo era realmente muito bom, a empresa se esforçava para fazer algo único! E hoje em dia ainda existem essas empresas, mas são raríssimas…

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 11/09/2012 em 5:41 pm
    Permalink

    Nicolas,

    Quando joguei, usei o ladrão, a clériga e a feiticeira lá. Cheguei a experimentar os outros, mas não avancei muito na história deles não. E isso já faz muitos anos. hehehehe Preciso tentar mais uma vez com certeza! Assim como provar pela primeira vez o Terranigma de acordo com a sua sugestão.

    Onyas,

    Eu concordo com você. Nesses casos que disse de experimentarmos o novo em um mesmo jogo também é repetição. A diferença é que é uma repetição mais genuína: toda repetição verdadeira reconhece a possibilidade do novo no velho. O problema é que a palavra “repetição” é muito mal vista e possui um sentido muito negativo (infelizmente).

    Sobre a compulsão, há a repetição também. Só que ela acontece não pelo prazer de buscar o novo no velho, mas porque se não repetir, permanecerá ansioso e preocupado. Uma pessoa com TOC que lave a mão várias vezes, faz isso porque se não o fizer, permanecerá ansiosa o tempo todo. É uma espécie de “obrigação” para a repetição por assim dizer.

    No caso dos sedentos de novidade, talvez não se enquadrasse nos critérios diagnósticos de TOC, mas entendo perfeitamente o que quis dizer. Esses sedentos por novidade (que são muito comuns nos dias de hoje), não repetem coisa alguma porque acham que não vale a pena experimentar de novo a mesma coisa que já provaram. É até discutível, nesse caso, se eles realmente jogam ou não um game… Afinal, todo jogo exige repetição de certo modo.

    Kleber Snake wings,

    Sem dúvida! A repetição não é ruim nela mesma. Todo game exige isso de certo modo (mesmo que não tenha artifícios como New Game+, achivements e sidequests). Pena que pouca gente não pense como você: perdem algo essencial à experiência de qualquer jogo.

    Gabriel,

    Compartilho do seu ponto de vista. O que interessa hoje nem é que as pessoas repitam os jogos: o que cumpre é comprar o próximo game da franquia e coisas do tipo. E com certeza esse post de que falou tem relação com isso daqui: jogos antigos ainda repetidos são jogados porque são bons jogos e podem passar à posteridade. Nem tudo que era feito antigamente era bom (assim como hoje nem todo game é bom ou ruim apenas pela sua época de lançamento).

    E achievements que cumprimos “sem querer” enquanto nos divertimos é uma coisa: o problema é quando ganhar os troféus chega a ser o objetivo do jogo e não o game propriamente dito. Isso é muito perigoso.

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 11/09/2012 em 8:59 pm
    Permalink

    O ladrão, a cleriga e a maga… Se tiver sabedoria na mudança de classes pode dar uma boa equipe, o poder ofensivo dessa não é tão bom, pois só tem o ladrão de batedor, e nem é o melhor fighter dos personagens.

    Eu joguei em uma de poder ofensivo muito alto, mas com poder mágico praticamente nulo: o ladrão, o espadachim e o lobisomen. Fiquei em apuros um monte de vezes por falta de poder mágico.

    Geralmente as classes dark dão poder ofensivo maior, já as classes light são faz tudos defensivos: geralmente dão suporte mágico/healer/estratégico.

    Estou jogando agora com uma balanceada: a amazona, o espadachim e a maga. Agora acho que o jogo vai sair redondo em 20 horas.

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.