“Para quem quer fazer exercícios de reflexão”

Olá crianças!

Há algum tempo atrás eu tive a ideia de criar uma nova coluna por aqui em que falaria sobre elementos estéticos em games. Por exemplo: músicas, artes visuais ou algo que pudéssemos contemplar artisticamente saindo um pouco da tarefa de jogo proposta pelo game propriamente dito.

Devido à pura impossibilidade de conciliar uma nova coluna fixa com todos os meus afazeres cotidianos, acabei deixando esse projeto para amadurecer um pouco mais. Há algumas semanas, cheguei a pensar em um nome que julguei muito pertinente à proposta, mas quando fui pesquisar para saber se já havia algo com a mesma designação, tive que voltar à prancheta de planejamento.

Como esse processo inicial da escolha do nome foi motivado por reflexões, achei que seria interessante conversar com vocês justamente sobre isso aqui em nossa Academia mesmo.

O título seria “Museu Gamer” e é sobre essa designação que iremos pensar essa semana. 

Antes mesmo de nos aprofundarmos, vale a ressalva de que a palavra “museu” não tem nada a ver com “coisas velhas” como usualmente se pensa. Isso talvez fique claro com o fato de existirem em muitos países “museus de arte moderna e/ou contemporânea”: se apenas coisas antigas fizessem parte de museus, teríamos que definir critérios para inclusão e exclusão de determinadas obras e exposições.

Recorramos então à etimologia da palavra. “Museu” vem do latim “museum” cuja origem tem a ver com “musas”. Sabem aquela expressão famosa “musa inspiradora” utilizada por poetas e artistas ainda hoje para justificar sua produção de alguma maneira? É essa mesma palavra embora passe um pouco longe da ideia de inspiração para produção, ou como homenagem.

Camões, por exemplo, invoca e homenageia as musas do rio Tejo em seu “Os Lusíadas”. Mas esse sentido já é um passo posterior àquele que realmente quero que reflitam junto comigo. É preciso ter em mente seres do famoso “belo reino” (chamadas de “fairies” em inglês) apenas como ilustração, mas falaremos disso a seguir.

As musas são belas porque são maravilhosas. Ou seja, diante delas, nossa atenção é capturada e nós temos simplesmente que vê-las. “Ver” aqui não está em um sentido unicamente visual (até porque pessoas cegas também se maravilham), mas pode envolver qualquer um de nossos sentidos. O canto de uma sereia pode nos capturar (nesse caso literalmente) tanto quanto vislumbrarmos uma ninfa em um rio, ou sentirmos o toque suave de uma sílfide por detrás de nosso pescoço em um bosque qualquer.

E esse é essencialmente o domínio da estética (aesthesis): o belo, o maravilhoso. Porém, é importante lembrar, “belo” e “maravilhoso” não são sinônimos de “bonito” ou “lindo”. O grotesco, o feio e o bizarro podem ser belos e maravilhosos à sua maneira mesmo que não sejam bonitos. O exemplo mais claro disso refere-se às gárgulas das catedrais góticas que, embora grotescas e demoníacas, ainda assim prendem nossa atenção e nos maravilham. A palavra inglesa “wonder” revela essas mesmas características e, principalmente, o próprio convite à ponderação pessoal diante de alguma coisa “maravilhosa” já que indica tanto esse adjetivo como o verbo reflexivo “perguntar-se”.

O que seria então um “museu”? É um espaço que coloca diante de nós coisas com a possibilidade de nos maravilhar. Ou seja, objetos de um jogo particular que teria por tarefa simplesmente nos mostrar alguma coisa. O interessante é que qualquer coisa colocada em um museu recebe esse mesmo caráter das musas. Há alguns anos, compareci à exposição “Tesouros da Terra Santa” no Museu de Arte de São Paulo (MASP) em que peças como vasos, urnas funerárias, inscrições em pedra (como um registro extra-bíblico do reinado de Davi) que nem foram originariamente criadas como “bela arte” tornaram-se justamente nisso.

Mas será que não fizeram isso pela idade das peças simplesmente? Talvez, mas caímos aqui em um terreno perigoso porque, como disse anteriormente, não é a antiguidade das obras que define sua entrada em um museu, mas simplesmente a transformação de coisas em “algo a nos maravilhar e que nos convide à contemplação” que é a essência do jogo da arte, do jogo representativo.

Portanto, as coisas podem ser convertidas em objetos do “belo reino”, por assim dizer. Inclusive videogames e quaisquer tipos de jogos. Porém, uma vez colocados em um museu, sua tarefa muda essencialmente. Mario do NES em um museu não é um jogo em que controlamos um encanador para salvar a princesa de um vilão reptiliano, mas sim um jogo representativo que nos mostra um encanador salvando a princesa de um vilão reptiliano.

Minha ideia com esse nome “Museu Gamer” não iria na direção de relembrar clássicos do passado, mas em recuperar elementos dos jogos facilmente convertidos em jogos representativos se retirados de seu jogo original. Quantos aqui não se deliciam em escutar a trilha sonora de Streets of Rage, ou Castlevania, ou de Ys, por exemplo? Ou que perdem bons minutos (ou horas) maravilhados diante de um artbook de alguma série qualquer que possam imaginar? Dessa maneira, aproveitamos fora do mundo-jogo que nos envolve um outro mundo-jogo (desta vez representativo) dentro dele.

Sobre esse “jogo dentro do jogo”, aqueles que já jogaram um game apenas para alcançar uma fase avançada para ficar ouvindo sua música ou apreciar seu cenário pode certamente me compreender. O caso mais antigo de que me recordo em minha experiência pessoal é a música e o céu estrelado da Star Light Zone do Sonic the Hedgehog para Mega Drive. Até hoje fico maravilhado diante disso e me esqueço da tarefa do jogo por algum tempo para aproveitar um outro jogo.

É isso que queria trazer hoje para vocês! Até o próximo post!

Academia Gamer: Museu
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13 ideias sobre “Academia Gamer: Museu

  • 31/10/2012 em 10:07 am
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    não acho que apenas coisas velhas devam estar em museus, tem obras e pinturas feita por artistas mais novos que chamam a atenção e põe suas artes em exposições…mesmo com pouco reconhecimento

    mas infelizmente, não tem muitas pessoas que gostem de museu. eu mesmo entro em alguns, muitas vezes não entendendo o significado da pintura ou estátua, me divirto descobrindo qual é e dar uma de intelectual. heheheh. e trilhas sonoras em games as vezes são obras musicais, se bem executadas. gosto de ouvir as trilhas sonoras de Super Mario 64, de Castlevania SOTN, Shin Megami Tensei 4/Strange Journey,Alien 3,Yoshi Story e muitos outros.

    “Porém, uma vez colocados em um museu, sua tarefa muda essencialmente. Mario do NES em um museu não é um jogo em que controlamos um encanador para salvar a princesa de um vilão reptiliano, mas sim um jogo representativo que nos mostra um encanador salvando a princesa de um vilão reptiliano.”

    no inicio, não entendi essa analogia. mas compreendo agora, um game do Mario em nossa casa tem valor mais especial e entranmos no mundo onde consideramos cada personagem especial, já em museus, onde se tem pessoas céticas. acham que o game não passa de um inicio da era Nintendo e seguindo aos dias de hoje. me pergunto se houver uma exposição de jogos antigos na minha cidade, se os meus futuros filhos darão alguma importância…

    só o futuro dirá.

    Hee-Hoo Mestre Senil

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  • 31/10/2012 em 3:14 pm
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    Eu comecei a fazer isso recentemente, a saudade de ouvir os temas de Mega Man 3 me levou a jogar novamente esse jogo mas agora a versão que foi lançada pra Mega Drive, só pra notar os sons diferentes. Ainda prefiro as originais do NES mas ainda assim sons do Mega Drive sempre me instigam por serem bem diferentes. Já matei quatro chefões e ainda faltam 4, mais as fases finais que tem trilhas sensacionais, aquela pegada boa que te faz notar que o jogo tá ficando sério e que estás indo rumo ao grande desfecho do jogo.

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  • 31/10/2012 em 9:09 pm
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    Achei bacana a idéia.Só ainda não consegui visualizar o “jogo dentro do jogo”.Não consigo ver a ação de admirar uma música ou pintura presente,como um jogo.Não que nunca aconteceu comigo.Pelo contrário,a ultima vez que isso aconteceu foi em Castlevania Curse Of Darkness.No qual,de tempos em tempos, eu voltava para a cidade só para escutar a trilha sonora.E quanto a museu.Já entrei em alguns. Entretanto olhar só por olhar não me deixa entretido.Acredito que o motivo principal que me levou a ir foi a curiosidade.Mas sabe,hoje temos a internet. E bem,da ultima vez que eu fui em um.Me senti perdendo meu tempo de lazer.(não que eu ache que seja tempo perdido visitar algum).Mas percebi que poderia ter feito algo melhor e ter me divertido mais.inclusive,já fui em uma exposição de consoles antigos mas,não foi lá aquelas coisas.Agora jogar-los Ahhhhh sim
    foi uma experiencia divertida.

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  • 01/11/2012 em 12:22 am
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    Senil,por um lado você nos apresenta uma deliciosa possibilidade de construir uma nova coluna aqui no gagá com uma temática bem original e interessante logo depois joga um balde de água fria argumentando que não tem tempo dando a entender que o projeto se manterá como tal e nunca vai sair do “papel”.Depois,o que me deixou um pouco confuso,você nos convida a amadurecer a ideia de museu com um sentido bem diferente do normalmente usado no dia a dia,o que eu achei legal mas…por isso eu pergunto.
    Qual o objetivo deste post?Seria testar a aceitação do público em relação a uma nova coluna no gagá,tipo saber a ideia do pessoal sobre a possibilidade de uma nova coluna sua, ou seria apenas o exercício puro da reflexão sem maiores consequências da palavra Museu?

    Sobre a “nova coluna” eu adorei a ideia,pesquisando no google o título “Museu Gamer” realmente existe aos montes mas pelo que vi nenhum,absolutamente nenhum site desenvolve algo com o conteúdo que você nos propõe,logo é totalmente bem vinda essa ideia mesmo que com um título diferente ou Museu Gamer mesmo,o seu “Museu” seria tão diferente dos outros que o mesmo nome não seria um demérito ou plágio.A ocorrência que encontrei na “concorrência” foi sempre com as mesmas palavras-chave: OLD e CLÀSSICO,quer dizer,museu sendo usado exatamente do jeito que você não quer para desenvolver seus textos.Por isso é uma pena que esta ideia não aconteça,entendo seu problema com tempo mas de repente Senil,você poderia usar mais esta temática dentro da Academia mesmo,por que não?É uma coluna bem plural e aberta,não é mesmo?

    Sobre a reflexão pura da palavra Museu eu gostei muito,imagine as possibilidades em relação a música,pedaços de diálogos de personagens,imagens pixeladas ao fundo das fases,até mesmo as telas de abertura de alguns jogos são incríveis,eu com certeza sinto esse “encantamento” o estar “maravilhado” com os jogos,jogar é o mais importante correto, mas o “resto” tem um brilho todo especial que deve sim ser contemplado artisticamente.

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  • 02/11/2012 em 12:38 pm
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    fala mestre senil e a todos…museu para mim é tudo de bom,,,não importa se é velho, novo ou antigo,,,,a palavra museu infelismente já foi generalizada a artefato antigo,,,dificilmente sairia da cabeça das pessoas como relacionado ao termo antiguidade. video game, música, filmes,,,tudo isso está relacionado ao seu texto…depende de cada um como ver ou escutar determinada música de um jogo,,,eu adoro a música theme de street of rage, sonic, mario bross, ninja gaiden e castlevânia,,,,mas existe uma relação muito grande que eu acredito,,,,seria: como ouvir uma música sem lembrar de determinado momento ou fase do jogo,,,,exemplo: super castlevânia 4 do snes….ou como não ouvir uma música de determinada banda sem lembrar de determinado show ou clip,,,então música e imagem estão relacionadas a isso,,,a lembrança, momentos, alegria de jogar,,,tudo isso está em nossas mentes e pensamentos sobre determinado jogo,,,adoro as músicas do jogo axelay,,achei até videos de fanáticos tocando as músicas do jogo axelay na guitarra,,,show!!!!!então,,,a vida virtual é um verdadeiro museu,,,tudo que é bom está relacionado ao museu,,,,,vamos ao museu para conhecer e ver coisas boas,,,no video game seria a mesma coisa,,,se pensar bem a nossa vida é um verdadeiro museu…nossa vida é um verdadeiro jogo,,,jogo em que temos que sobreviver nesse mundo violento e que infelizmente não temos vidas infinitas ou créditos para poder continuar,,apenas temos que driblar a falta de segurança e sobreviver…mas temos momentos bons e de alegria,,,o importante é ter saúde e torcer para não acontecer nada de ruin….valeu!!!!!

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  • 02/11/2012 em 1:34 pm
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    helisonbsb,

    Axelay ,que citou é uma das minhas Soundtracks preferidas e concordo que tudo que é bom pode sim estar relacionado mas eu pessoalmente gosto tanto de gamemusic que às vezes ouço certa OST apenas pelo prazer puro da música,nem sequer joguei o game em questão he he he.Um exemplo prático é ActRaiser (SNES) que nunca joguei mas ouço muito as músicas do game,apenas porque são boas.Claro que em geral música e lembrança do gameplay estão juntos na minha memória.

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  • 02/11/2012 em 2:11 pm
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    Sabe o que isso me remete? Àquelas primeiras edições da revista Videogame. Eles faziam os “detonados”(hihi) com uma seqüência de fotos do jogo enumeradas, e o texto abaixo. Eu ficava contemplando aquilo e viajava na estória de jogos como E-Swat, Megaman 3, Castlevania, Tartarugas Ninjas, e tantos outros sem ao menos ter jogado os jogos. Era meio como se fosse um museu mesmo.

    Tentei fazer algo parecido lá no fórum de Grand Prix Legends, fazendo a minha resenha dos jogos e mostrando os screenshots como se fosse uma estorinha, contando minha experiência de jogo, algo que é único para cada jogador. Aqui está o link, mas faz tempos que eu não atualizo: http://www.gplbrasil.com.br/forum/viewtopic.php?f=19&t=1016&sid=a718cf8c9c44f5748af71f1d93217066

    Isso também me lembra uma outra discussão, não sei se foi aqui, mas sobre o prazer de ver outras pessoas jogando também. Me lembro de ter me divertido muito em ver um Longplay no VocêTubo dos jogos Metal Gear Solid 1, 2 e 3. E tantos outros. Atualmente estou vendo o Shenmue para o Dreamcast, sinto como se estivesse mesmo vendo uma obra audiovisual em um museu.

    Sei como é difícil manter um blog, não que eu tenha um, eu não tenho exatamente por sentir essa dificuldade, mesmo de longe, acompanhando diversos blogs na internet. É uma ferramenta fantástica, mas outras vezes frustrante. Mas se realmente você for abrir essa nova série de posts, já deixo a minha sugestão de capa: a imagem do Ryu de Ninja Gaiden observando o castelo no fundo. É uma imagem muito bonita e digna de um museu gamer. Até mais.

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  • 04/11/2012 em 12:39 am
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    leandro(leon belmont)alves,

    Essa questão da tentativa pela descoberta que é o que interessa! hehehe Nenhuma obra de arte é “fácil”: uma tela de um artista contempoâneo exige a mesma entrega que uma pintura realista da Renascença.

    Eu ouço direto OSTs de games também. Algumas são lindas “fora do jogo” e valem muito a pena serem ouvidas à parte.

    O lance do museu nem é tanto pelo ceticismo das pessoas (que até acho que deveria ser a única coisa a ser deixada de fora quando nos voltamos a uma obra de arte qualquer). É mais pelo fato do museu dizer que as suas peças estão ali para serem admiradas simplesmente: ver o Mario derrotando o Bowser sem de fato pegar no controle e fazer isso é um jogo qualitativamente diferente.

    Nós temos que nos esforçar para que as futuras gerações recebem os jogos “originais” por assim dizer e não suas “versões de museu”. Games não são originariamente “belas artes”, então quando passar apenas a ser “vistos”, deixam de ser os jogos que eram originalmente.

    Juliano,

    Por acaso deu pause em algum momento só para ficar ouvindo a música? hehehe Odeio aqueles jogos em que pausar significa dar pause na música também, ou o uso de outra BGM qualquer. Não lembro como é no Megaman de Mega Drive…

    Magnitude,

    Pois essa sua experiência com a OST de Castlevania fora do game de que faz parte é essencialmente a experiência da arte como jogo! Hoje em dia a arte ficou tão distante das pessoas que dificilmente conseguimos aproveitar, por exemplo, uma exposição como ela deveria ser aproveitada.

    Na verdade, esse seu exemplo é perfeito para o “jogo dentro do jogo” que falei. Nós vivemos em nosso mundo “normal” por assim dizer e, dentro dele, existem múltiplos outros mundos que podemos habitar temporariamente. Alguns deles são quadros, outros livros, outros games etc. Uma vez dentro de um desses “mundos-jogo”, podemos descobrir outros mundos dentro dele. Como quando ficamos um bom tempo admirando a ilustração de um livro que é “desnecessária” por assim dizer à obra literária como um todo e nos perdemos nela.

    No meu caso com esse mesmo jogo, voltava direto no Abandoned Castle (primeiro castelo do jogo) ou ao Garibaldi Temple só pelas músicas também. hehehehe Esse jogo é bem bacana!

    Eu já vi exposições de consoles também (num Encontro Internacional de RPG há vários anos) e, de fato, não foi grande coisa. hehehe Legal mesmo é jogar.

    Dactar,

    Sério mesmo que ficou confuso? Eu fiquei preocupado que pudesse ficar, mas acho que não ficou bem clara a proposta. hehehe Vamos lá esclarecer então!

    A ideia do post era só compartilhar as reflexões que fiz enquanto pensava nessa coluna diferente que ainda nem saiu do papel direito. hehehe Ou seja, não é a proposta de uma coluna nem nada disso, apenas achei que aquilo que fiquei matutando quando tentava pensar em um nome seria legal de compartilhar com vocês.

    Por enquanto, estou pensando naquilo mesmo que você sugeriu: conversar sobre isso aqui na Academia Gamer mesmo. Justamente pelas razões que apontou. Vamos ver como saem os próximos posts.

    De pixels a polígonos passando por músicas midi e orquestras reais, tudo isso pode nos maravilhar e, de certo modo, constituir a possibilidade mesma de um jogo representativo. Concordo plenamente com aquilo que você falou.

    Comento mais algumas coisas sobre seu próximo comentário para não ficar fora de ordem aqui. hehehe

    helisonbsb,

    Infelizmente mesmo que “museu” tenha virado praticamente sinônimo de “velharia” no pior sentido possível…

    Certamente que lembramos de coisas quando ouvimos música! No caso de um game, pode ser as nossas aventurs pessoais no jogo mesmo, mas de vez em quando pode ser alguma coisa diferente.

    Dactar,

    Eu experimento coisas bem parecidas. Inclusive, já cheguei a ouvir OSTs sem nem saber de quais games eram e me surpreender por já conhecer a faixa depois. hehehe Wild Arms é um exemplo claro: conhecia muitas músicas dele (BGM mesmo, nem eram faixas principais) que quando ouvi no game pela primeira vez, tive que parar a missão e ficar ouvindo. hehehe

    Tem jogos que gosto da trilha sonora, mas que também não jogo/joguei o game ainda. Alguns até experimentei, mas outros… Como gosto bastante de música, tento ouvir de tudo um pouco. Seja de games ou não, então acabo descobrindo coisas bacanas fora do próprio game (então, nem poderia dizer que “escuto por nostalgia”, mas simplesmente porque a música é boa).

    Onyas,

    Bem lembrado da Videogame. hehehe Era bem assim mesmo! Eu achava isso bem divertido também e a própria ideia de seguir um detonado completo assim (como os da Gamers que também contavam as coisas que aconteciam no enredo além das coisas que tinham que ser feitas) se aproxima mesmo da ideia do museu: você “vê” o game sob uma perspectiva diferente.

    Inclusive, lendo minah Gamers Book de Final Fantasy VII, eu achava o jogo excelente em tudo. Mas depois que joguei mesmo, a coisa mudou de figura. hehehe Deve ser um bom jogo representativo só mesmo. hehe Provavelmente pelo foco ser o enredo e tal mais do que qualquer outra coisa, mas enfim, isso é outra história.

    Já discutimos isso por aqui sim! E se aproxima mesmo dessa experiência do “jogo representativo” que os games podem assumir também. Será que é diferente das pessoas que sentam ao nosso lado e nos assistem jogar? Porque nesse caso há uma diferença: alguns podem ser co-pilotos, outros só verem mesmo. A coisa muda de figura dependendo de como for.

    Muito legal sua ideia no tópico. Viu que divertido? Você fala de um game e o pessoal vai lembrando de muitos outros. hehehe Tem alguns lá que nunca tinha ouvido falar! Achei muito bacana o último(acho) que é de kart; lembra o Skunny Kart do DOS (era viciadão nele hehehe). O povo comentou de Top Gear logo depois e eu joguei muito o Top Gear 2 para Mega Drive (tinha o cartucho); preciso retoná-lo, mas nunca retomei a paciência e tempo com ele. hehehe

    Excelente sugestão! Se a coluna surgir mesmo, vou considerá-la!

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  • 04/11/2012 em 1:03 pm
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    Esses dias eu reli essa Gamers Book. Realmente, acho que a revista deixa o jogo muito mais interessante do que ele realmente é, huahuahua. Eu gosto do FFVII. Acho que o problema é que ele foi um marco negativo, onde os RPGs deixaram de ser uma coisa mais, digamos, “hardcore”, e se tornou algo mais… er… “pop”. Mas é um bom jogo. Apesar de que os bons momentos dele estão separados por intersecções muitas vezes chatas e/ou demoradas.

    Minha idéia no tópico que eu passei era mesmo de pegar jogos mais desconhecidos. É divertido descobrir um novo jogo velho, hehe. Aquele “Super Indy” eu não dava nada, ainda mais com esse nome genérico, mas é um baita jogo. E aquele último que você citou, “SD F1 Grand Prix”, foi outra surpresa, meio que na onda de “Mario Kart”, mas é um jogo muito divertido, muito fácil perder uma tarde fazendo a campanha dele. Além de ter coisas muito curiosas como personagens atropomórficos e narradores.

    O Top Gear 2 é um caso engraçado de bom jogo ofuscado pelo seu antecessor. Mas o que eu acho legal é que a Kemco foi corajosa e fez um jogo completamente diferente do primeiro, e ficou muito bom. Normalmente o pessoal é mais conservador – ainda mais hoje – se algo faz sucesso, eles mantêm a fórmula até ela ficar gasta. Até mais.

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  • 04/11/2012 em 1:49 pm
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    Onyas,

    Sim! Tanto que eu nem acho que em algumas gerações o FFVII tornar-se-á um clássico: provavelmente vai virar uma curiosidade histórica porque foi o game que impulsionou definitivamente o mercado de RPGs no ocidente em um nível nunca visto antes.

    Esse lance da inovação me faz falta hoje em dia também… O Top Gear 3000 também é bem diferente. hehehehehe Essa repetição de fórmula é algo que os próprios jogadores/consumidores querem também, por isso que acontece tanto hoje em dia. Na série Phantasy Star mesmo, quando PSIII foi lançado (e ainda hoje), muita gente diz que ele é a “ovelha negra” da série clássica por ter mudado completamente o esquema dos anteriores e tal. Eu sou a favor de mudanças mesmo dentro de uma série apenas: os game designers também pensam afinal de contas. hehehehe

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  • 04/11/2012 em 2:11 pm
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    Senil,

    Então Senil, não cheguei a pausar não, mas as músicas são curtinhas, sempre dá tempo de ouvir elas completas antes de chegar o chefão.
    Só que nesse processo de ir ouvindo as músicas uma a uma vou fazendo desde de a música titulo que acho sensacional.
    Escuta só mestre só pra ver se curtes:
    Primeiro a versão original
    http://www.youtube.com/watch?v=TiQgYfyUdDs

    Depois essa versão feita no piano por algum gênio da música
    http://www.youtube.com/watch?v=2FiJg7BRiF4

    E por fim em versão no violino
    http://www.youtube.com/watch?v=u7jOhGi_VCY

    É uma baita música. Lembro que eu pausava jogando no Nes quando surgia o Proto Man pra ouvir toda a música do assobio que era cortada se deixássemos o jogo rolando.

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  • 18/11/2012 em 2:22 am
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    Juliano,

    Foi mal a demora cara! Só recebi essa semana o aviso dessa sua mensagem! E estive tão corrido (inclusive no feriado) que não consegui sentar para responder com alguma dignidade. hehehe

    Sim, são curtinhas mesmo! Mas digo para não ter que ficar se preocupando com o tempo ou em morrer do nada. hehehe Tipo, ficar só ouvindo a música.

    Muito boa a música de abertura! A original já é bem bacana por si só e tem uma mudança bacana da metade dela para o final (dá até para imaginar justamente um piano tocando seu início inclusive). A versão em violino ficou bem legal também!

    Achei aqui a versão do Wily Wars de Mega Drive. O começo é meio estranhão, mas gostei do baixo na parte mais agitada. Preciso voltar a esse jogo. hehehe Terminei o Megaman 1 e 2, mas não o 3 dessa coletânea esse ano mesmo. Difícil pacas, mas muito divertido.

    http://www.youtube.com/watch?v=_9Ky8pp9UAo

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