Alguns podem não acreditar, mas acontece que o gênero “survival” não surgiu exatamente em Resident Evil – embora o título tenha sido um dos pilares de toda uma gama de jogos posteriores.

Hoje falaremos um pouco sobre “Alone in the Dark”, um jogo inovador, com uma série de fatores interessantes e fundador da franquia de mesmo nome que, se tivesse sido cuidada com o devido carinho, teria ainda hoje grande peso na vida dos gamers hardcore – ao invés de ser apenas uma coleção de jogos bastante genéricos.

Voltemos um pouco no tempo para enxergar o mundo na perspectiva dos adolescentes em 1992. Uma época em que as “aventuras” ainda eram tema muito em voga, auxiliado por filmes como Exterminador do Futuro, Indiana Jones, De volta para o Futuro – etc etc etc…

Como podemos perceber, a sétima arte já havia explorado inúmeros gêneros – talvez tantos quanto temos hoje – porém os vídeo-games ainda tinham muito campo livre. Foi desta maneira que Alone in the Dark ganhou título de primeiro “survival horror”, um título merecido mas que não é o único trunfo do jogo.

Agora, sendo um jogo inovador, com atrativos e todos os devidos créditos, por que será que a coisa não ficou tão marcada assim na história – ao menos fora da história “cult” dos videogames? 

Jogabilidade/Mecânica de jogo

Em AitD você controla Edward Carnby ou Emily Hartwood, porém falaremos mais sobre eles depois. Por hora pensemos no ato de “controlar”.

A movimentação do seu personagem não é exatamente muito dinâmica. Setas para os lados rotacionam, setas para frente/trás andam/retrocedem, tudo em uma velocidade longe da desejada pelo jogador. Como se a movimentação já não fosse dificultosa, tente então equipar uma arma e atirar em um inimigo que te pegou desprevenido. Coisas simples que não são exatamente funcionais no jogo – experimente arremessar um objeto na direção desejada e certamente entenderá melhor o que quero dizer.


Mas não desanime, afinal, estamos no início dos anos 90, o que quer dizer que você, caro jogador, não se deixa assustar por controles imprecisos e lentos! Correto?

Considerando que o primeiro obstáculo para te prender ao jogo seja superado – jogabilidade é algo que se aprende, como dirigir um carro diferente – eis que surge a mecânica de jogo, uma bela faca de dois gumes.

Tentativa e erro é a ideia chave para prosperar em AitD. Os cenários são estáticos e cada nova sala é garantia de uma nova armadilha, sendo que muitas são impossíveis de se prever, fazendo com que você inevitavelmente caia naquele buraco ou leve aquele peteleco desavisado de determinado monstro. Por sorte salvar não é algo raro como em outros jogos, então aproveite e salve sempre que tiver certeza de ter chegado em alguma área segura (e mantenha a “política dos três saves”*).

Alguns jogadores adoram a abordagem acima citada. Sou da opinião de que a ideia é interessante, porém deve ser aplicada com um cuidado a mais, buscando sempre outras formas de te prender à tela. Dados os dias atuais, poucos jogadores devem ter a paciência necessária para seguir em frente.

Se você passou por todo este tópico pode ficar tranquilo pois até aqui abordamos os únicos pontos fracos do game. Daqui pra frente é só instrução interessante :).

Depois de entendido o básico a coisa fica simples: evite/sabote armadilhas, busque por itens e interaja com o cenário, além de deixar alguns zumbis mortos pelo caminho – mesmo que não muitos. Adotado este padrão de comportamento a coisa flui de forma interessante. Se você gosta de puzzles, não digo que é um prato cheio, mas ao menos é um bom antepasto!

* alguns jogos, como Kyrandia ou mesmo AitD podem, às vezes, te prender em situações que o obrigarão a reiniciar o jogo pois você se travou. Para evitar essa frustração, muitos jogadores seguem a política dos três saves que, como o nome já sugere, é a prática de alternar entre três slots de save conforme o jogo se desenrola, tendo assim sempre um ponto seguro para retomar a jogatina no caso de se ver travado.

Gráficos/Áudio

Como já escrevi há pouco, AitD é um jogo com cenários estáticos. São cenas pré-renderizadas que, se hoje não surpreendem, na época eram muito caprichadas. Mesmo.

O cenário estático foi usado para que as “tomadas” do jogo contassem sempre com ângulos interessantes, técnica essa muito bem aproveitada e que, infelizmente, não é tão usada atualmente.


Personagens e alguns objetos são poligonais e há quem diga que foi o primeiro jogo da história a contar com polígonos reais para os fatores citados (mas não ponho minha mão no fogo por tal informação).

Ainda sobre polígonos, devo enfatizar que são bastante simples, sem técnicas de sombreamento e levam ao pé da letra o termo “low-poly”, porém não se esqueça que o jogo foi criado com computadores 386 de 33MHz em mente, que para coisas básicas em computação gráfica como cálculo de pontos flutuantes necessitavam de coprocessadores aritméticos – um luxo a que poucos usuários se davam direito. Em outras palavras, graficamente, AitD era tão bem feito para os PCs de 92 quanto um “Shadow of the Colossus” foi para o PS2.

O game se passa em uma mansão e essa é bastante ampla e detalhada, formando um cenário complexo e interessante – a ambientação se dá na década de 20 e auxilia muito no clima.

Em questão de trilha sonora nos deparamos com uma pequena pérola no mundo dos jogos. É claro que tudo é uma questão de gosto, mas as músicas te induzem a sentir exatamente o que a atmosfera do jogo pede para cada momento – mistério, suspense, medo, ação… Há até músicas clássicas que auxiliam ainda mais a imersão, fazendo com que a experiência de jogo valha a pena simplesmente por esse fator – o restante é lucro. Os caras da Infogrames não pouparam esforços neste ponto.

História

Em 1925, em Louisiana – EUA – Jeremy Hartwood, um famoso pintor, é encontrado enforcado em sua mansão. Suicídio… Ao menos é a primeira suposição, entretanto, esse tipo de morte sempre parece um pouco suspeita. É ai que você entra em ação, na pele da sobrinha de Hartwood – Emily – ou do detetive particular, Carnby.

Embora a garota seja mais significativa na perspectiva do primeiro game da série, é Carnby que continua dando as caras nos jogos subsequentes, logo, o personagem foi sendo lapidado ao longo dos lançamentos – tornando-se digno personagem de livros de investigação como os de Dashiell Hammet.

Lutar nem sempre é algo simples em AitD

E já que estamos citando literatura, o game foi oficialmente influenciado pela obra de H. P. Lovecraft, escritor americano que ficou conhecido na primeira metade do séc XX em gêneros como ficção, horror e “weird fiction”.

Independente de quem você escolher, a premissa do jogo é a investigação do suicídio, que acaba te aprisionando na mansão e, a partir daí, a coisa se desenrola na forma de livros e anotações, em uma trama envolvendo coisas sobrenaturais como [segue spoiler] magia negra para a extensão de vida do antigo proprietário da mansão, um pirata que, não tendo conseguido usar Jeremy para ser trazido de volta à vida, foca seus esforços agora em… você! [fim do spoiler].

O jogo é bastante curto, de modo que não há tanta história assim. A coisa se explica bem e não passa muito do que escrevi. E sim, sei que é bastante clichê, mas deixe de lado o preconceito pois vale a pena. Clichês bem utilizados podem resultar em experiências de jogo bastante intensas.

Conclusão

Tivesse sido lançado dois anos depois – e passado esses dois anos aprimorando a engine – Alone in the Dark talvez tivesse sido um sucesso trinta vezes maior do que o foi – correndo o risco de não levar pra casa o título de primeiro “survival horror”.

A impressão que temos ao jogar é que os desenvolvedores tinham algo extremamente grandioso em mente, algo que talvez ultrapassasse o poder de processamento da época. Talvez isso também explique o quão curto vem a ser esse primeiro game da série.

A verdade é que o ideal é pegar um final de semana e jogar logo AitD 1, 2 e 3 – o Gagá já avisou que a trilogia está disponível no GOG por USD5.99. A brincadeira vale a pena (pegue um desses finais de semana chuvosos e não saia de casa para jogar a valer).

Não vou comparar o título com Resident Evil pois é uma comparação deveras infeliz. Ambos jogos possuem seus méritos, mas, como expliquei acima, talvez AitD seja uma franquia fadada ao status “cult”, isso se considerarmos apenas os jogos clássicos. O que veio depois, aqueles que discordam que me desculpem, mas não fez jus ao que o jogo merecia.

Alone in the Dark – MS-DOS / 3DO
Tags:                     

23 ideias sobre “Alone in the Dark – MS-DOS / 3DO

  • 24/05/2012 em 12:13 pm
    Permalink

    me lembro que quando garoto, uma das primeiras revistas de games que comprei, estava falando desse game. e algumas das fotos do post estavam no detonado. queria muito joga-lo apesar do medo desse tipo de jogo

    e o nome do personagem masculino é Edward Carnby? quem diria que na versão PS1 ele teria um visual muuuito diferente a dessa versão para PC.

    “Alguns podem não acreditar, mas acontece que o gênero “survival” não surgiu exatamente em Resident Evil”

    verdade Fox, ainda tem gente ingênua que pensa assim, Jesus Cristo.

    e não é o primeiro Survival Horror…e Sweet Home do Nes? ninguém lembra?

    provavelmente não….gostei bastante do post, muito informativo

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 24/05/2012 em 1:08 pm
    Permalink

    Fala Cássio. Gostei da resenha e concordo com vc. Alone era um jogo com aspecto grandioso e merece sim o título de primeiro survival horror dos games – ainda que Resident tenha difundido o gênero.

    Também lembro desse jogo nas páginas de uma Ação Games e ficava intrigado como os computadores tinham uma “linha” de jogos bem diferente dos plataformas que éramos acostumados a ver.

    Um abraço e até a próxima. Como sugestão para um próximo jogo de PC a ser resenhado, aqui vai: Interstate 76.

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 24/05/2012 em 2:49 pm
    Permalink

    Bela resenha para um belo clássico.
    Lembro como se fosse ontem do dia em que comprei o Alone In The Dark de um “fornecedor”. Fui pra casa feliz da vida com aqueles 7 disquetes, que preciavam ser descompactados uma por um no PC. Lembro que estava com 97% do processo concluido quando o último disquete deu pau… Droga! Só pude conhecer o jogo no dia seguinte quando tive de pedir uma nova cópia do último disco ao pirateir… digo, ao fornecedor.
    Pra mim, a jogabilidade do Alone reprensentou uma inovação total. Estávamos acostumados com jogos 2D, de plataforma, com uma visão sempre lateral.
    Poder se movimentar livremente pelo cenário, com profundidade e com ângulos inusitados de câmera era algo de vanguarda. Eu pelo menos nunca tinha visto. Tá certo que os cenários eram bitmaps fixos, e apenas os personagens eram poligonais, mas ainda assim, pra época, era demais! Concordo com o estranhamento que os comandos do jogo geravam logo de cara. Precisava de bastante pratica para dominar a movimentação do personagem.
    Os efeitos sonoros, a porta rangendo, o piso do sótão estalando, o efeito de susto sempre que surgia uma criatura nas janelas, aquilo tudo era demais. Fora o fato do game ter sido baseado nos Mitos de Cthulhu, mitologia criada e sempre presente na obra de HP Lovecraft.
    Na minha opinião este game merecia um reconhecimento bem maior, pelo seu pioneirismo. Acho que a nova geração da franquia Alone In The Dark perdeu a sua essência. É uma pena.

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 24/05/2012 em 4:10 pm
    Permalink

    Este jogo é maravilhoso, mesmo com os defeitos citados. Lembro que quando arrumei uma cópia, eu fiquei O^O !! Foi algo que console nenhum consegui fazer até a geração Saturn / PSX. Mas como sempre, com a facilidade que eu tinha de arrumar jogos graças principalmente a um vizinho que toda semana me entupia de novidades, joguei digamos, até a metade.

    Sobre o lance dos três saves eu descobri sozinho jogando Darkseed. De todos os jogos que eu já joguei, posso afirmar que Darkseed é o campeão de “falhas de programação”, pois se você não seguir uma linha “precisa no tempo” em um ponto ou outro você ficava travado. Cansei de reiniciar e acabei de usar todos os slots de saves disponíveis do jogo, que eram cinco se não me engano.

    Falow! 🙂

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 24/05/2012 em 8:20 pm
    Permalink

    fala star fox…cara vc está lembrando a época de ouro dos jogos pc da vida…lembro de jogar esse jogo a noite,,,kabuloso,,,grande clássico dos pcs,,,jogava versão demo todo dia,,,lembro de uma revista com a versão demo desse jogo,,,quando consegui a versão completa,,pronto, to feito. Para falar a verdade nunca joguei a versão 3DO não…joguei alguns jogos de 3DO,,,o video game caro na época!!!portanto só tenho lembrança da versão ms-dos …ah, lembrando que também existe o filme,,,mas o filme não tem muita coisa haver com o jogo não!!!!!valeu!!!!

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 25/05/2012 em 11:36 am
    Permalink

    Um puta jogo! Inovador para a época… Já terminei o do 3DO quando tive esse console.

    Lembro do lance do quadro no corredor, da árvore lá do final… Bem legal mesmo.

    O do PS1 é muito bom também… Muito benfeito.

    Uma pena que a Atari nos fez o desfavor de DESTRUIR essa franquia lançando a versão HORRENDA do PS2.

    Que a Atari quebre e QUEIME no INFERNO por toda a eternidade por ter estragado um jogo tão bom. Eu já não gostava da Atari… Agora, gosto menos ainda depois de ter feito o que fez!

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 25/05/2012 em 3:08 pm
    Permalink

    Ótimo texto!Ótima análise! Pena ser tão curto…OK,ok, não tinha muito mais o que falar mesmo.Me repreendam se estiver errado, mas esse jogo só “rodou” á contento num 486 DX2 66.Mesmo assim desisti pois a jogabilidade, me desculpe, é sofrível.Não tira o mérito do jogo, pois essa obra é tão significativa que o comparo ao primeiro celular lançado: terrívelmente desengonçado e nem um pouco confortável mas tinha que ser inventado , era o primeiro passo, assim como Alone in the Dark foi o primeiro passo dos polígonos.Posso estar completamente equivocado , mas acho que ele têm mais um significado histórico do que própriamente como jogo.Vejam por exemplo, Super Metroid do SNES : a jogabilidade continua perfeita até hoje , parece que não envelhece.Já Alone não: se já era ruim na época hoje é insuportável.Enfim é apenas minha humilde opinião e não sou o dono da verdade.

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 25/05/2012 em 3:19 pm
    Permalink

    Marcos A.S. Almeida :
    Ótimo texto!Ótima análise! Pena ser tão curto…OK,ok, não tinha muito mais o que falar mesmo.Me repreendam se estiver errado, mas esse jogo só “rodou” á contento num 486 DX2 66.Mesmo assim desisti pois a jogabilidade, me desculpe, é sofrível.Não tira o mérito do jogo, pois essa obra é tão significativa que o comparo ao primeiro celular lançado: terrívelmente desengonçado e nem um pouco confortável mas tinha que ser inventado , era o primeiro passo, assim como Alone in the Dark foi o primeiro passo dos polígonos.Posso estar completamente equivocado , mas acho que ele têm mais um significado histórico do que própriamente como jogo.Vejam por exemplo, Super Metroid do SNES : a jogabilidade continua perfeita até hoje , parece que não envelhece.Já Alone não: se já era ruim na época hoje é insuportável.Enfim é apenas minha humilde opinião e não sou o dono da verdade.

    Pois é Marcos, a jogabilidade é sofrível, os gráficos desengonçados, mas para sua época era algo inovador e arriscado de se fazer, por isso sempre esperei que alguém fizesse algo a respeito e lançasse um remake à altura do jogo. Acredito ainda que se fosse lançado em gráficos 2d como em Dragon´s Lair ficaria mais bonito de se ver e a jogabilidade talvez não ficasse tão presa.

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 25/05/2012 em 5:53 pm
    Permalink

    @leandro(leon belmont)alves
    Claro que dizer que determinado gênero “surgiu” em tal jogo é algo complicado, mas no caso do AitD sabemos que ele definiu MUITA coisa, acho que é mais por isso mesmo.

    @Marcel Santana
    Nossa, Interstate 76 era muito bom! Confesso que não estava nos meus planos, mas pode ficar tranquilo que um jogão desses não irá passar batido.

    @Eduardo
    É, Eduardo, o jogo merecia mais mesmo… Gostei do seu “fornecedor”, acho que todos os bairros tinham o seu especialista em “importação” de jogos.

    @piga
    Tem jogo que não vai pra frente mesmo sem lotar os slots de save. E quem nunca jogou um RPG quase inteiro emulado para perto do fim dar um savestate hnum golpe que irremediavelmente levava a um gameover? Foi assim que abandonie savestates – e também por estar me tornando um jogador pouco habilidoso rs.

    @Rodrigo Cunha
    Então, o Gagá na verdade é acionista do GOG e se a gente bater meta de vendas ganha a foto no quadrinho “funcionário do mês” ¬¬.

    @cis_negro
    Parabéns por ter um 3DO 😀

    @helisonbsb
    Também passei algum tempo só com o demos em mãos… Mesmo assim já me entretinha bastante!

    @tonshinden
    Lembro que quando saiu no psx foi aquela sensação de “estão ressuscitando um clássico”. Ao menos tentando.

    @Man On The Edge
    Um jogo sofre muito quando roda nas mãos de diferentes desenvolvedores…

    @Auron
    Não se preocupe – franquias desse tipo sempre ressurgem, porém as vezes era melhor terem ficado só com a boa lembrança rs.

    @Marcos A.S. Almeida
    Então… Teoricamente deveria rodar até em 286 16MHz – é o que dizia a caixa que eu tinha. Claro que nunca tentei tal façanha (mesmo sendo dono de um 286 até pouco tempo).

    @Pedro Ivo
    Meu preferido é o 2, mas a trilogia inicial inteira me cativa 🙂

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 27/05/2012 em 6:08 pm
    Permalink

    Leandro MOraes :
    @leandro(leon belmont)alves
    Pra você ver, se não me engano, carnby tinha até um bigode. Hoje em dia as pessoas pedem realismo, mas os detetives são a cara do cristian Slater (que estrelou a versão para o cinema). Carnby era um detetive de verdade mesmo. Hoje em dia jamais um detetive terá cara de detetive.

    Perfeito comentário – infelizmente, para nós gamers, verdadeiro 🙁

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 28/05/2012 em 4:03 pm
    Permalink

    @Leandro MOraes Eu discordo.Detetive com bigode,lupa e chapéu é um estereótipo criado a partir de Sherlock Holmes ou Hercule Poirot.Nós retrogamers temos a (falsa) impressão de que nossas experiências são as mais legítimas, portanto o que foi criado em nossa época é que é o certo.Detetives clássicos já não cabem mais no mundo de hoje e os que saem do esterótipo dos antigos não estão errados, apenas condizente com a atualidade.Detetive hoje pode vestir calça jeans e jaqueta e continuará detetive.É óbvio que como saudosista que sou sempre serei fã de Poirot mas também não deixarei de jogar Alone in the Dark 5 porque o Carnby não usa lupa.

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 29/05/2012 em 9:08 am
    Permalink

    @Cássio “Pé na Cova” Raposa o personagem está caracterizado perfeitamente com a época e eu não discordo!Pode parecer que estou com algum tipo de “implicância” com o jogo, longe disso; eu mesmo frisei que o jogo faz parte da história dos games por sua imensa contribuição.Mas leia bem as afirmações do nosso amigo Leandro Moraes:”-Carnby era um detetive de verdade mesmo. Hoje em dia jamais um detetive terá cara de detetive.”E qual é a cara do detetive verdadeiro pra ele?A do estereótipo que citei acima!Estereótipo que sempre estará na mente de nós jogadores “das antigas”!Mas isso não quer dizer que um detetive de hoje seja pior por que não têm a cara do detetive estereotipado.Veja Aya Brea de Parasite Eve , Max Payne ou até o Tex Murphy – apesar do jeitão de Humphrey Bogart – eles são menos detetives porque não são estereotipados como o Carnby (antigo)?É disso que discordei.

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 25/06/2012 em 2:31 am
    Permalink

    Muito bacana o post. Sou “marinheiro de primeira viagem” aqui no Gagá e estou gostando mt de recordar os velhos tempos com os posts e análises. Lembro como se fosse ontem: década de 90, e AitD acredito que tenha sido o primeiro “grande jogo” do meu 386DX40… 3 ou 4 disquetes devidamente copiados de um amigo, e usando o bom e velho ARJ p descompactá-lo! Sobre o jogo em si, não tenho mt a falar… mas continuem com as belas postagens por aqui! parabens pelo trabalho!

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 01/07/2012 em 4:56 am
    Permalink

    O primeiro survivor horror q se tem noticia foi o Sweet Home (NES) abordado na revista Retro Gamer (cadê minha comissão pela propaganda?). Depois tem o Uninvited (MAC, NES e DOS), Laplace no Ma (DOS,SNES) e finalmente o Alone in the Dark.

    Angulos de camera fixos, movimentação de tanque, 2 personagens jogáveis, tudo isto surgiu no AitD e depois foi pro Resident Evil. Ele ainda tinha a parte q vc podia por exemplo arrastar um armário para bloquear uma passagem e evitar q inimigos entrassem de repente onde vc estava! O jogo conta com munição e itens de cura limitados mas os inimigos dão respawn então é uma boa ideia não enrolar muito.

    O 2º jogo é bom, só peca pelo labirinto no começo +_+ O 3 foi publicado completo em revista aqui no BR e eu adorei pq havia várias soluções para o mesmo puzzle, então era dificil vc jogar da mesma maneira 2x, a menos q vc tente.

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

  • 11/06/2014 em 3:41 pm
    Permalink

    Nossa esse eu joguei muito no ms-dos o meu alone de vez em quando o game ficava travando eu sempre esquecia de salvar. atualmente eu rodei no meu xp sem dosbox. E o game rodava sem audio:( depois rodei no dosbox e foi de boa very nice seu post gostei d fui 8)

      [Citar este comentário]  [Responder a este comentário]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.