Fiquei algum tempo fora, atarefado com as atividades que foram se acumulando… Peço desculpas pela demora em postar novamente. O que não quer dizer que tenham sentido muito a minha falta já que os posts de excelente qualidade dos outros membros do asilo cumprem bem seu papel de entreter e fazer relembrar… Mas vamos àquela minha velha promessa que devem conhecer bem. O jogo de hoje é, como devem ter percebido (espero – senão estão mais gagás e senis que nós aqui…), Dark Wizard.

Reparem nas quatro orelhas da mulher ao centro.
Tela título. Reparem que há quatro personagens. E quatro orelhas na mulher ao centro... Bizarro...

A primeira coisa notável neste jogo é a animação impecável. O que não é surpresa para muitos jogos bons do Sega CD. Parece que se está assistindo um anime de verdade. Claro que há algumas falhas como, por exemplo, a dublagem. Esta é a pior parte. Enquanto que algumas vozes se encaixam nos movimentos dos lábios, nos personagens e nas situações, outras são uma lástima… Pode ser que seja um pecado somente desta versão em inglês, mas não tenho como confirmar. O segundo ponto importante, é a possibilidade de se escolher um personagem. E aí vale optar por aquele que mais lhe chama a atenção. Seja pela curta descrição deles, suas “profissões”, idade ou, quem sabe, por suas lindas pernas.

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Não, não escolhi ela pelas pernas.

Ao todo são quatro personagens. Todos estão situados na morte de um rei e cada um deles sucede ao trono. Temos um príncipe, uma amazona de seu exército, um vampiro egoísta e uma feiticeira que busca vingança pela morte de sua irmã. O que mais me chamou a atenção em um primeiro momento foi este último ainda que tivesse pensado “Ah, já vou saber quem é o vilão logo no começo…”. Cada um dos personagens tem uma introdução específica também elaborada em anime de qualidade equiparável à da abertura tanto estética quanto tecnicamente. Assim, cada um deles é situado de acordo com o rolo todo indicado na abertura propriamente dita do jogo.

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A feiticeira e o ex-noivo de sua irmã vendendo a alma para uma forma decadente.

Em sua introdução, a feiticeira vende a sua alma para um demônio com a cara do vilão dos Thundercats antes de se transformar. Sim, ele tem a cara do Mumm-Ra. Isso é compreensível já que ela quer se vingar de um rei que assassinou um membro presumivelmente amado de sua família. No decorrer da seqüência, ela realiza uma magia que a coloca de frente para o rei, sozinha, e ela o eletrocuta até a morte. Aliviada por finalmente ter realizado sua vingança, surpreende-se com uma Revelação.

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Acabou o jogo com a morte do rei? Que nada.

Ela descobre que estava somente sendo manipulada por um senhor maligno qualquer que, como todo vilão, aparece para se gabar diante daquele que vai derrotá-lo algum tempo depois. É uma atitude comum como aquela de ficar falando quando tem a chance de matar o herói até que chega alguém e o salva. Esse tipo de reviravolta é incomum no começo de uma história, mas achei interessante porque fez com que sentisse a dor da feiticeira de alguma forma envolvendo-me a tentar ajudá-la a, de fato vingar-se duplamente agora: pela sua irmã e por ela própria.

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Feiticeira-rainha com seu mais novo exército fiel. (?!)

Contudo, há uma parte cômica. Ela decide se vingar lógico. E vê o rei ali que acabara de matar, caído com o seu cetro no chão. Ela o apanha e sai à frente do castelo e diz algo mais ou menos assim: “O rei de vocês está morto. Mas achei o cetro dele no chão. Vocês nunca me viram, mas vou sucedê-lo e me vingar de um gênio do mal que me manipulou”. E o que o povo todo faz ao ouvir tão belo discurso? O que toda pessoa inteligente e em sã consciência faria: a aplaude e a aceita como nova rainha. O sistema de batalha é, como puderam ver na imagem acima, semelhante a jogos de RPG de estratégia tais como Langrisser ou Shining Force. Com uma diferença essencial. É muito mais tático que eles. E as batalhas são basicamente textos que indicam quanto dano se tirou, quanta experiência se obteve e se você errou o golpe.

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Borrão vermelho errando um golpe no borrão azul.

Em suma, este é um jogo muito cativante. Sua história, personagens e aberturas em anime me chamaram muito a atenção e me prenderam a ele durante algum tempo. Todavia, por não ter mais como despender boa parte do meu dia a jogatinas, sabia que não teria como me organizar direito para chegar até o final. Mas consegui avançar bastante até. A música, em alguns raros momentos, me lembra Langrisser e tem aquele quê épico usual desde aquela época em jogos de combate com exércitos. Vale a pena jogar. E, se como eu não tiver tempo para salvá-lo, pode se deliciar com suas partes iniciais que conseguem entreter muito bem.

PS: Meu próximo post, provavelmente, vai dar uma ligeira pausa nesse meu caminho pelos jogos da Sega no Sega CD. Vou falar de dois shooters que, por um acaso, descobri que exitiam em uma mesma revista há anos atrás. Um para Mega CD e outro para Mega Drive.

Dark Wizard (Sega CD)
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8 ideias sobre “Dark Wizard (Sega CD)

  • 02/02/2009 em 8:53 am
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    E eis que ele re-surge, do nada como uma bala perdida querendo ser encontrada… “O homem”…, quero dizer, ”O velho das grandes pérolas de SEGA CD”… 😉 Hehehehehehe Te confesso que esse jogo eu só ouvi falar de nome, e eu adoro essas animações que eles colocavam nesses games, me lembro só do anime do Sonic CD na introdução e no final, sem mencionar o saudoso Earnest Evans (Por falar nisso: http://www.rootsweb.ancestry.com/~usgenweb/tx/anderson/cemph/cedar_creek/ac024c190.jpg)… Agora eu fico imaginando, o “Orakio Gagá-Rob” 😉 as vezes me enche o saco porque eu gosto do wikipédia, só falta pegar no teu pé por causa da desciclopédia… Hahahahahahaha

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  • 03/02/2009 em 12:58 pm
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    @J.F. Souza
    Ah, essa animações de Sega CD são um marco mesmo. E muito bem feitas. Earnest Evans eu nunca joguei (só a versão porca de Mega Drive). Eu curto muito El Viento e Annete Again que são da mesma série em certo sentido. E o uso da desciclopédia é para descontrair. hehe Ficar lendo só coisa série é chato. E os caras lá mandam bem. Precisamos colocar uma página lá sobre Phantasy Star. huahauahua

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  • 02/06/2009 em 9:55 am
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    Dark Wizard para mim foi um dos melhores, a música do personagem que escolhí ( vampiro ) é suave e relaxa. e depois que você pega os macetes da batalha, mesmo por texto, parece que você estar vivendo. vive de tal forma que fica conhecendo os pontos fracos e fortes de cada guerreiro e aí você decide quem tem mais chance em cada batalha com certo tipo de inimigo…ou seja , mando esse para tal lugar enfrentar… esse é menos forte mais em compensação é rápido para fugir quando estiver fraco.. esse inimigo é muito forte preciso de tantos guerreiros para enfrentá-lo…e asim vai.

    Não gostei por não ter dominado completamente a função das procura de itens, quando é necessário mandar um guerreiro para uma batalha anterior…e ficar sem ele na batalha atual…

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  • 05/06/2009 em 7:21 pm
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    @Ivan Melo
    É muito interessante mesmo esse jogo. Depois de terminar a resenha avancei um pouco com ele, mas parei porque poucos jogos de estratégia agüentam meu ritmo de falta de tempo. hehe

    Aliás, com esse Diário de Bordo de Phantasy Star III terminando agora sua terça parte, começo a sentir saudades dos reviews de Sega CD que fazia. Pior que já tenho um jogo engatilhado aqui para isso. hehe

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  • 27/01/2012 em 11:00 pm
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    Nunca tive paciência pra esse jogo… na 1ª batalha eu controlo um exército, depois do nada tenho que me virar sozinho! Esratégia na época não era meu forte, nem parece que encarei toda a série Warcraft e Starcraft no PC mais tarde… mas a trilha sonora me seduziu de tal forma que cheguei até a gravar em fita-K7 (assim como Vay, Lunar e Flashback) e usar como pano de fundo para meus jogos de RPG de mesa.

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