E lá vamos nós, dar início aos trabalhos em Mother 3, o RPG esquisitão do GBA 🙂

Impossível não abrir um sorriso com os primeiros minutos de Mother 3

O tema de abertura é simples mas dá um clima interessante. Após a modesta tela-título o jogo pede a você que dê nome aos personagens do jogo: dois irmãos gêmeos (Lucas e Claus), o pai (Flint), a mãe (Hinawa) e o cão (Boney). Clicando em “Don’t care” o jogo escolhe os nomes padrões, que eu coloquei entre parênteses. Depois você responde a algumas perguntas pessoais. Há várias opções disponíveis clicando em “Don’t care”, mas convém você dar um toque pessoal. Minhas escolhas:

  • Comida favorita: Ravioli — de preferência o da minha esposa, com um delicioso molho de tomate 🙂
  • Coisa favorita: P.Star 2 — Phantasy Star 2, meu RPG favorito 🙂
Êta lugarzinho gostoso!
Êta lugarzinho gostoso!

Depois… “Welcome to the world of MOTHER 3”! Estamos em Nowhere Islands, na casa de Alec, pai de Hinawa, ou seja, do avô dos pequenos Lucas e Claus. E Claus está lá, puxando o maior ronco quando Lucas começa a esmurrar a porta para ele acordar.

Uma coisa que deu para notar na hora de escolher os nomes, e que pelo visto se estende ao jogo em si, é que os gráficos são ridiculamente cativantes. Os personagens são cheios de vida, os cenários são… como dizer isso sem parecer gay? Bom, não vou dizer, mas o efeito é muito legal.

Dei uma olhada nas estatísticas e nos equipamentos (no momento nenhum). Aqui estamos no mesmo embalo de RPGs tradicionais, com pontos de ataque e defesa e com itens que podem ser equipados nas mãos, no corpo, na cabeça.

Desço as escadas com Klaus e vou conversar com a mãe dele, Hinawa. Quando Claus tenta sair de casa, Hinawa pergunta se ele realmente pretende sair de pijama 🙂 Depois de trocar de roupa ele sai da casa e dá bom-dia para vovô Alec, que lamenta este ser o último dia dos netos na casa dele. É uma típica fazendinha, com bois, galinhas e porcos, todos muito bem animados. Já vi um ponto em que eu estava enganado sobre o jogo: os gráficos são de ótimo gosto. A animação, então, nem se fala: os porcos piscam e balançam a cabeça, as galinhas se sacodem todas enquanto andam… sério, nunca vi nada parecido. Se o jogo for todo nesse embalo, já deu para perceber o motivo de ser um clássico.

Andando pelo local eu encontro um sapo que diz: “histórias são memórias (…) e você pode armazenar suas memórias comigo… isso é o que chamam de ‘salvar’.” Ha, que comédia! Depois de salvar, ele diz: “mande lembranças ao próximo sapo!”

Mais adiante encontro Claus brincando com os… dragões. É, eu disse dragões. Claus pergunta se Lucas não quer dar um “encontrão” neles, e vovô Alec chega dizendo que Lucas ainda não sabe dar um encontrão nas coisas. Veja na imagem abaixo como ele ensina:

Cara, esse jogo é uma comédia...
Cara, esse jogo é uma comédia...

No meio da brincadeira chega um grilo-toupeira (!) dizendo que não agüenta ver ninguém brincando e começa um combate.

As opções são: Bash (o encontrão), Goods (itens), Guard (defesa) e Run (fugir). A batalha segue um esquema tradicional (tirando a esquisitice de lutar contra um grilo-toupeira). Ao fim da batalha, o grilo diz que adoraria treinar os dois meninos e que eles se encontrariam no futuro. Ele sai e… Hinawa chega e pisa nele! Ela avisa que o almoço está pronto, e hoje é dia de Ravioli. Oba!

A turma entra, menos o vovô Alec. Ele vira para a tela e explica: “pessoal, para salvar é só falar com os sapos.” Durante o almoço, Hinawa diz que eles partirão pela manhã. Ela envia uma carta por um pombo-correio ao marido Flint, dizendo que as crianças estão adorando a bagunça, e que é uma pena ele não poder vir, pois teve que ficar tomando conta das ovelhas na casa deles, na vila Tazmily. Eles devem cruzar a floresta Sunshine na manhã seguinte, mas…

Explicado o mistério de porque os personagens de RPGs sempre andam em fila indiana
Explicado o mistério de porque os personagens de RPGs sempre andam em fila indiana

… eis que um disco voador tocando dance music passa pelo céu. Quando anoitece a floresta Sunshine está em chamas! Alienígenas estão tacando fogo em tudo. A ação muda para a casa de Flint. Thomas bate na porta loucamente, chamando Flint para ajudar.

Flint e Thomas vão em direção à floresta. Na vila de Tazmily estão todos em pânico com o incêndio. Flint obtém um mapa da floresta. A caminho, o sacerdote pára os dois e diz para eles rezarem. Diante do altar, o deus da floresta pergunta o meu nome: “é, o seu mesmo, você que está jogando o jogo.” Vamos lá: G-a-g-a. O Deus diz que vai contar até três, e que eu vou esquecer que respondi a essa pergunta. 1, 2, 3.

Hein? Como?

E eu pensando que os anões cuspidores de Tales of Phantasia eram esquisitos...
E eu pensando que os anões cuspidores de Tales of Phantasia eram esquisitos...

Os dois entram na floresta, mas Thomas é um borra-botas que só sabe dar vexame, ou seja: Flint luta sozinho. Ele e Thomas vêem os alienígenas na floresta, e logo depois encontram Lighter, um velho rival de Flint, quase desmaiado. Lighter conta que seu filho, Fuel (que duplinha!) ainda está na floresta. Flint chega à casa de Lighter, que está em chamas, e encontra o pobre Fuel preso no segundo andar. Após uma batalha contra o temível rato voador ele salva o garoto.

Começa a chover, e o incêndio é extinto. Os locais levam Lighter para a cidade, para ser medicado (ele está meio avariado, mas parece que vai sobreviver). Embora ele e Flint sejam rivais, Lighter agradece a ajuda. Depois Flint vai tirar um ronco, e eu acredito que o próximo passo será ir buscar a esposa e os filhos na casa do vovô Alec, afinal, o caminho pela floresta deve estar meio perigoso.

Estou me divertindo um bocado com esse jogo. Os gráficos são ótimos, a música também, e alguns momentos são de rolar de rir. Amanhã tem mais, criançada!

Diário de bordo: Mother 3
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