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De posse da palavra de poder, Sean e seu grupo deveriam retornar agora ao Castelo de Refúgio.

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Quando lá chegamos, estávamos ansiosos para saber o que seria feito de nossas armas. Admito que eu não estava muito confiante de que uma simples palavra poderia fortificar as armas que já vinhamos utilizando. Surpreendi-me, claro, quando logo depois de falar com todos no Castelo de Refúgio, as armas emitiram um brilho estranho e, ainda que não tenham sofrido qualquer mudança visível aos olhos, eu sentia como se elas estivessem realmente mais fortes. Segundo eles, equipados com essas armas Nei poderíamos destruir Dark Force. O último deles nos disse que: “Nossa tarefa termina aqui, mas a de vocês começa agora”. Eu ri silenciosamente ao ouvir isso já que, aparentemente, essa jornada começou anos atrás, desde muito antes de meu nascimento.

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Enquanto saíamos daquele lugar, Laya interrompeu nosso caminho em direção a Mystoke para repousarmos um pouco antes de rumarmos a Terminus, o domo esquecido. Ela disse que sempre teve curiosidade de visitar a pequena cidade a Oeste de Mystoke. Convencendo-nos de que ali provavelmente haveria uma hospedaria qualquer para descansarmos, concordamos em ir até lá. E assim o fizemos.

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Como a outra cidade em Frigidia, esta parecia ser protegida do frio e do vento de alguma forma misteriosa. Ao contrário e Mystoke, porém, ela parecia vazia a princípio. Foi somente quando nos aproximamos da praça central que vimos alguns velhos reunidos junto às fontes do lugar. E fomos falar com eles, curiosos tanto pela cidade como pelo que eles teriam a nos dizer. O descanso ficaria para mais tarde. E ouso dizer que valeu a pena. Cada um deles revelou coisas da história de Alisa III que não poderia me lembrar tão bem se não tivessem me tocado tão profundamente. Não posso afirmar com relação a Kara, Laya, Mieu ou Wren; mas aquilo tudo mexeu de alguma forma comigo. Ainda que lembre em meu coração daquelas palavras e de seu sentido profundo, vou tentar repetir algumas delas aqui para que fiquem registradas, nem que sejam somente fragmentos do discurso.

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De acordo com eles: “Nós somos os guardiões da história de nosso povo. Por mil anos mantivemos o passado vivo. Escutem bem e vocês ouvirão sobre nossos apuros. Somos descendentes do povo de Palma, um planeta que certa vez orbitava a distante estrela de Algol. Palma foi destruída por um ser maligno que nos assombra a cada mil anos, trazendo morte e ruína. Este mal encarnado é conhecido como Dark Force!” Nunca tinha ouvido falar disso e imaginar que vínhamos de um planeta, sem ser limitado por domos ligados por túneis especiais era algo quase incompreensível para mim. Até mesmo Azura não era semelhante à beleza com que imaginei esse belo planeta destruído como meu lar. E eles prosseguiram.

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“O povo de Palma era composto de pensadores e criadores. Eles sabiam dos planos estabelecidos pelo ser maligno. Quando o vil Dark Force despertou mil anos atrás, preparações foram feitas para que pudéssemos escapar de Palma. Nossos ancestrais construíram uma esquadra de quatrocentas espaçonaves.”

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“Esta armada escapou da destruição de Palma e vagou pelo espaço em busca de uma nova morada. Nossos antepassados pensaram que eles tinham finalmente escapado da opressão do mestre imortal do mal. Mas Dark Force conseguiu entrar em uma nave e destruiu todas exceto uma de nossas naves irmãs antes que Orakio e Laya o prendessem em Alisa III. Agora, existem somente duas naves restantes de nossa esquadra: a nossa, Alisa III e Neo Palm.”

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Soubemos logo que aquela cidade era chamada de Neo Mota e que eles têm a tarefa de manter o passado vivo e jamais esquecido completamente. O descanso agora, depois de todas essas revelações, seria deveras reconfortante. E foi.

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Diário de Bordo: Phantasy Star III – A terceira geração (10)
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4 ideias sobre “Diário de Bordo: Phantasy Star III – A terceira geração (10)

  • 30/11/2009 em 12:38 pm
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    Quase que eu perco o Prox pra ler esse diário…
    🙁

    >Eu ri silenciosamente ao ouvir isso já que, aparentemente, essa jornada começou anos atrás, desde muito antes de meu nascimento.
    R: Eu ia dizer exatamente isso.

    >antes de rumarmos a Terminus, o domo esquecido.
    R: Eu adoro esse continente, as vezes eu tinha vontade de me mudar para lá.
    🙂

    >Ela disse que sempre teve curiosidade de visitar a pequena cidade a Oeste de Mystoke.
    R: É! Aproveita que vai que dá M&#)@ lá na luta contra o Algoz de Algol.
    😛

    >Como a outra cidade em Frigidia,
    R: Eu costumava chamar essa cidade de Fingida.
    🙂

    >Este mal encarnado é conhecido como Dark Force!” Nunca tinha ouvido falar disso e imaginar que vínhamos de um planeta,
    R: Se bem que esse não é um mito de todo desconhecido. Eu lembro que logo no começo do jogo, tem um habitante que fala sobre esse mito.

    >E eles prosseguiram.
    R: O Dark Falz é um canalha sem vergonha, mas sem ele não haveria Phantasy Star. Por falar nisso, eu vou aproveitar e divulgar essa arte que eu adoro dele feito pelo talentoso Gary…:
    http://intellectdeluxes.zip.net/images/01-23-06—dark-force.jpg

    >“O povo de Palma era composto de pensadores e criadores. Eles sabiam dos planos estabelecidos pelo ser maligno. Quando o vil Dark Force despertou mil anos atrás, preparações foram feitas para que pudéssemos escapar de Palma. Nossos ancestrais construíram uma esquadra de quatrocentas espaçonaves.”
    R: Uhuuuuu! Adoro esse texto.

    >Soubemos logo que aquela cidade era chamada de Neo Mota
    R: Será que em alguma dessas naves domos existiam motavianos…? Se bem que em Phantasy Star I não existem motavianos vivendo em Palma, entretanto no Phantasy Star II existem Motavianos convivendo com Palmanos, mas mesmos assim em Motavia. Sabe o que eu gostaria de ter visto…? Palmanos e Dezorianos desenhados no traço usado nas faces dos personagens de Phantasy Star III.

    Pessoalmente eu gostei muito desse capítulo, quero ver você como essa história vai se encerrar, quer dizer… 🙂 Como você a descreverá.

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  • 01/12/2009 em 10:30 pm
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    @J.F. Souza
    Sim, de fato o velho que leva Rhys até a caverna em que encontra Lyle pela “primeira” (segunda, na verdade) comenta sobre o mal “Dark Force” que Orakio teria prendido. O que Sean queria dizer com “nunca tinha ouvido falar disso” era referente a Palma, o planeta de onde Alisa III viera. Afinal, ele próprio já ouvira Dark Force no templo submerso. E, quanto a isso, também existe uma referência a isso (em Rysel acho) em que coemnta-se que são descendentes de pessoas que navegavam entre as estrelas (a idéia de Aerone e Techna iam perdendo a força com os domos incomuncáveis).

    Essa imagem do Gary é muito boa mesmo. Uma das melhores fanarts do Dark Force que já vi.

    Quanto aos motavianos, acho muito difícil que eles estivessem em Palma. É preciso lembrar que eles sempre foram menosprezados pelos palmanos (mais até que os dezorianos talvez). Em Phantasy Star I, irados com a colonização, atacavam os palmanos que viam; em Phantasy Star II, mal os vemos e, quando isso acontece, é em um lixão. Eram a escória de Motávia, excluídos em seu próprio planeta. Mesmo em Phantasy Star IV aind aeram reclusos. Creio que, se havia motavianos e dezorianos em Palma, deviam ser pouquíssimos e provavelmente morreram na explosão, sem amigos que os abrigassem em suas naves (ou nas únicas duas grandes que sobreviveram). E concordo que ver essa duas espécies com o traço do PSIII seria muito bom!

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