Sean, Mieu e Wren após uma longa caminhada, alcançam a desolada Satera. E dali rumam a um outro domo, no qual poderão conseguir, se tiverem sorte, alguma pista que os leva ao que aconteceu com Azura.

______________

A visão de Satera teria sido suficiente para impressionar qualquer um, mesmo um viajante qualquer que jamais ouvira falar daquela cidade ou daquele povo. Era óbvio que pessoas andavam ali, brincavam naqueles ladrilhos de pedra e se reuniam em festividades diante do castelo… Se existisse uma palavra mais clara para expressar isso tudo do que desolação, eu a usaria. E pensar que Sari um dia foi princesa naquele mesmo castelo. Meu pai me contava que a encontrou em Landen por ser a herdeira legítima do trono já que nenhum dos descendentes de Orakio estava ali para assumi-lo. Sua mãe, Lena, um dia governou Satera. Pelo que ouvia falar dela, deve ter sido uma grande rainha, como é sua filha defendendo com braço forte seu povo contra Lune e seu exército de monstros.

Contudo, não podíamos ficar ali muito tempo. Além de sermos alvos fáceis, tínhamos que andar o mais depressa possível e alcançar o famigerado “tesouro de Laya” antes de seu antigo general. E para isso, teríamos que rumar antes para um outro domo o que nos consumiu muito tempo. Não somente pelo caminho longo e difícil que passou por planícies, florestas, montanhas e cavernas. Mas pelo excessivo número de inimigos ameaçadores que encontramos em nosso caminho. A cada minuto éramos atacados por composições estranhas de monstros e andróides. A bilateralidade útil e preconceituosa de antes não valia mais de nada.

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Seja como for, alcançamos logo a cidade de Divisia. Esta é dividida em duas partes possuindo o castelo em seu centro. É uma cidade aparentemente grande, mas não seria exagero dizer que o castelo é, sozinho, mais que cada uma das outras partes. Divisia do Norte é a porta de entrada por onde viemos. Em seu castelo, recebemos a informação de que aqueles chamados “pilotos”, seus ancestrais, quase não existiam mais e que muito desse conhecimento havia sido perdido com o passar dos anos. Além disso, um deles nos disse que Rulakir ainda perambulava neste mundo. Assim como com a primeira vez que ouvi falar de Lune, esse nome não me trouxe nenhuma memória.  Um velho, já em Divisia do Sul, conhecedor de máquinas ao que me pareceu, nos disse que havia uma caverna a Oeste que era ocupada por rebeldes e que, além disso, possuia em seu interior uma tal “parte submarina” que permitiria que os robôs como Wren submergissem em segurança em águas profundas. E continuou nos dando a valiosíssima dica de que poderíamos usar isso para encontrar o tesouro de Laya em Aridia. O que não deveria ser difícil. Uma outra senhora nos avisou de que precisaríamos do pendante de Laya para alcançar a cidade de Aerone, a cidade que talvez ainda possuísse  pilotos e seu antigo conhecimento. Isso não me pareceu muito relevante de início, mas fui obrigado a mudar de idéia mais adiante.

Após termos enfrentado outra dura caminhada, alcaçamos a caverna dos rebeldes que nos fora indicada. Porém, não vimos nenhum rebelde, somente os robôs e monstros usuais. As partes para uso de Wren foram facilmente encontradas em sua câmara mais interior e logo saímos dali e fomos o mais depressa possível para Aridia. Quase sem pararmos para descansar (ao menos, não em cidade alguma), chegamos em Hazatak. Uma vez lá, foi fácil descobrir que era justamente ali o único lugar em todo aquele domo que havia água próxima. Um redemoinho nos chamou a atenção e decidimos que arriscaríamos ali mesmo. Só que Mieu me convenceu a descançar um pouco argumentando que até mesmo ela e Wren preicsavam repousar de vez em quando. Relutei o quanto pude, mas acabei aceitando.

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Na manhã seguinte, nos colocamos na praia, diante daquele assombroso fenômeno que poderia nos tragar, nos destruir e terminar com as nossas tentativas de ajudar Landen e com a esperança de descobrir o que aconteceu com meu antigo lar. Como se já soubesse o que fazia, Wren adaptou as partes mecânicas que tão diligentemente carregava consigo. Com elas, ele praticamente triplicou de tamanho e, com um formato ligeiramente oval, permitia que tanto eu como Mieu ficássemos juntos dentro dele e ainda sobrasse espaço para mais duas pessoas (o que tornaria o espaço bem apertado). Nosso amigo mantinha nessa formação os olhos para o lado de fora e, não entendo até hoje como era possível que ele se movesse com aquilo. Era quase como se só pudesse subir e descer utilizando algum tipo de lastro. Ele me alertou do pouco ar, mas disse que subiria novamente se ele alcançasse algum nível crítico.

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Concordei e nos lançamos na água. Aquela não foi a melhor de todas as viagens. Parece que houve somente um esforço de Wren para não sermos dilacerados com a formça da água. Já que era ela prória que nos levava para baixo. Somente dei-me conta de que os solavancos e a iminência da morte haviam cessado quando Wren nos alertou que havíamos chegado em uma praia. A princípio, eu nem questionei como poderíamos estar em uma praia no fundo daquelas águas. Ao sairmos, eu e Mieu ajudamos a desmontá-lo e só então olhei para o local de onde viemos.

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Era uma cachoeira. Mas uma cachoeira como jamais poderia imaginar que existisse. Ela não tinha uma queda vertical simples. Sua forma cilíndrica era composta por uma espiral constante que iludia os olhos: por vezes, seu fluxo parecia subir, por outras vezes, parecia descer. Era ume estrutura estranha e confusa. O que mais me incomodou em seguida foi o retsante da vista: era um outro mundo abaixo de Aridia. Havia praias, montanhas, árvores e até mesmo claridade. E uma mansa quietude. Somente era possível ouvir a minha respiração e o barulho forte da torre líquida diante de nós. Nenhum monstro ou ciborgue parecia ter sido capaz de descer até ali. E talvez aquilo fosse desconhecido para todos.

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Após minutos de estupefação, lembrei-me do que devia fazer ali e rumamos por algo que nos pareceu um caminho até que alcançamos um templo. Um templo muito semelhante aos de Laya nos domos superiores. O que nos esperava ali? Eu, sinceramente, não fazia a menor idéia do que seria o “tesouro de Laya” e sinceramente, não poderia estar mais enganado. Era algo que jamais imaginaria se não tivesse visto com meus próprios olhos.

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Sean, Mieu e Wren após uma longa caminhada, alcançam a desolada Satera. E

dalçi rumam a um outro domo, no qual poderão conseguir, se tiverem sorte,

alguma pista que os leva ao que aconteceu com Azura.

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A visão de Satera teria sido suficiente para impressionar qualquer um, mesmo

um viajante qualquer que jamais ouvira falar daquela cidade ou daquele povo.

Era óbvio que pessoas andavam ali, brincavam naqueles ladrilhos de pedra e

se reuniam em festividades diante do castelo… Se existisse uma palavra

mais clara para expressar isso tudo do que desolação, eu a usaria. E pensar

que Sari um dia foi princesa naquele mesmo castelo. Meu pai me contava que a

encontrou em Landen por ser a herdeira legítima do trono já que nenhum dos

descendentes de Orakio estava ali para assumi-lo. Sua mãe, Lena, um dia

governou Satera. Pelo que ouvia falar dela, deve ter sido uma grande rainha,

como é sua filha defendendo com braço forte seu povo contra Lune e seu

exército de monstros.

Contudo, não podíamos ficar ali muito tempo. Além de sermos alvos fáceis,

tínhamos que andar o mais depressa possível e alcançar o famigerado “tesouro

de Laya” antes de seu antigo general. E para isso, teríamos que rumar antes

para um outro domo o que nos consumiu muito tempo. Não somente pelo caminho

longo e difícil que passou por planícies, florestas, montanhas e cavernas.

Mas pelo excessivo número de inimigos ameaçadores que encontramos em nosso

caminho. A cada minuto éramos atacados por composições estranhas de monstros

e andróides. A bilateralidade útil e preconceituosa de antes não valia mais

de nada.

Seja como for, alcançamos logo a cidade de Divisia. Esta é dividida em duas

partes possuindo o castelo em seu centro. É uma cidade aparentemente grande,

mas não seria exagero dizer que o castelo é, sozinho, mais que cada uma das

outras partes. Divisia do Norte é a prota de entrada por onde viemos. E foi

lá que encontramos as pessoas mais solícitas a nos ajudar. Um velho,

conhecedor de máquinas ao que me pareceu, nos disse que havia uma caverna a

Oeste que era ocupada por rebeldes e que, além disso, possuia em seu

interior uma tal “parte submarina” que permitiria que os robôs como Wren

submergissem em segurança em águas profundas. E continuou nos dando a

valiosíssima dica de que poderíamos usar isso para encontrar o tesouro de

Laya em Aridia. O que não deveria ser difícil. Uma outra senhora nos avisou

de que precisaríamos do pendante de Laya para alcançar a cidade de Aerone.

Isso não me pareceu muito relevante de início, mas fui obrigado a mudar de

idéia mais adiante.

Após termos enfrentado outra dura caminhada, alcaçamos a caverna dos

rebeldes que nos fora indicada. Porém, não vimos nenhum rebelde, somente os

robôs e monstros usuais. As partes para uso de Wren foram facilmente

encontradas em sua câmara mais interior e logo saímos dali e fomos o mais

depressa possível para Aridia. Quase sem pararmos para descansar (ao menos,

não em cidade alguma), chegamos em Hazatak. Uma vez lá, foi fácil descobrir

que era justamente ali o único lugar em todo aquele domo que havia água

próxima. Um redemoinho nos chamou a atenção e decidimos que arriscaríamos

ali mesmo. Só que Mieu me convenceu a descançar um pouco argumentando que

até mesmo ela e Wren preicsavam repousar de vez em quando. Relutei o quanto

pude, mas acabei aceitando.

Na manhã seguinte, nos colocamos na praia, diante daquele assombroso

fenômeno que poderia nos tragar, nos destruir e terminar com as nossas

tentativas de ajudar Landen e com a esperança de descobrir o que aconteceu

com meu antigo lar. Como se já soubesse o que fazia, Wren adaptou as partes

mecânicas que tão diligentemente carregava consigo. Com elas, ele

praticamente triplicou de tamanho e, com um formato ligeiramente oval,

permitia que tanto eu como Mieu ficássemos juntos dentro dele e ainda

sobrasse espaço para mais duas pessoas (o que tornaria o espaço bem

apertado). Nosso amigo mantinha nessa formação os olhos para o lado de fora

e, não entendo até hoje como era possível que ele se movesse com aquilo. Era

quase como se só pudesse subir e descer utilizando algum tipo de lastro. Ele

me alertou do pouco ar, mas disse que subiria novamente se ele alcançasse

algum nível crítico.

Concordei e nos lançamos na água. Aquela não foi a melhor de todas as

viagens. Parece que houve somente um esforço de Wren para não sermos

dilacerados com a formça da água. Já que era ela prória que nos levava para

baixo. Somente dei-me conta de que os solavancos e a iminência da morte

haviam cessado quando Wren nos alertou que havíamos chegado em uma praia. A

princípio, eu nem questionei como poderíamos estar em uma praia no fundo

daquelas águas. Ao sairmos, eu e Mieu ajudamos a desmontá-lo e só então

olhei para o local de onde viemos.

Era uma cachoeira. Mas uma cachoeira como jamais poderia imaginar que

existisse. Ela não tinha uma queda vertical simples. Sua forma cilíndrica

era composta por uma espiral constante que iludia os olhos: por vezes, seu

fluxo parecia subir, por outras vezes, parecia descer. Era ume estrutura

estranha e confusa. O que mais me incomodou em seguida foi o retsante da

vista: era um outro mundo abaixo de Aridia. Havia praias, montanhas, árvores

e até mesmo claridade. E uma mansa quietude. Somente era possível ouvir a

minha respiração e o barulho forte da torre líquida diante de nós. Nenhum

monstro ou ciborgue parecia ter sido capaz de descer até ali. E talvez

aquilo fosse desconhecido para todos.

Após minutos de estupefação, lembrei-me do que devia fazer ali e rumamos por

algo que nos pareceu um caminho até que alcançamos um templo. Um templo

muito semelhante aos de Laya nos domos superiores. O que nos esperava ali?

Eu, sinceramente, não fazia a menor idéia do que seria o “tesouro de Laya” e

sinceramente, não poderia estar mais enganado. Era algo que jamais

imaginaria se não tivesse visto com meus próprios olhos.

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Diário de Bordo: Phantasy Star III – A terceira geração (03)
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4 ideias sobre “Diário de Bordo: Phantasy Star III – A terceira geração (03)

  • 24/10/2009 em 10:42 am
    Permalink

    >Se existisse uma palavra mais clara para expressar isso tudo do que desolação, eu a usaria.
    R: Parece com algo que eu li em alguma HQ. 🙂 Mas existe sim uma palavra…: “Dezoris!” Hehehehehe Será que existe um planeta em que a pessoa mais se sinta solitário?

    >E pensar que Sari um dia foi princesa naquele mesmo castelo.
    R: Herança (Ou não) histórica é algo intrigante em qualquer literatura.

    >e alcançar o famigerado “tesouro de Laya”
    R: Isso eu vou comentar por email pra não estragar as coisas. 🙂
    >Seja como for, alcançamos logo a cidade de Divisia.
    R: Adoro essa cidade, ela é bem diferente, não pelo seu design, mas pelo modo que divide os dois povodos.

    >um deles nos disse que Rulakir ainda perambulava neste mundo.
    R: Queria saber onde eles se inspiraram para criar esses nomes.
    >além disso, possuia em seu interior uma tal “parte submarina” que permitiria que os robôs como Wren submergissem em segurança em águas profundas.
    R: Uou!!!! Eu não acreditei quando vi o Searren virando aquela coisa e submergindo, minha nossa, foi muito legal! Dá para se deduzir que ele é grande pra cacete pra poder comportar toda a patota dentro de sí! Pelo menos é isso que o Chaz comenta sobre Foren no Phantasy Star IV.

    >As partes para uso de Wren foram facilmente encontradas em sua câmara mais interior
    R: Curiosidade, se você usar os códigos de Game Genie para conseguir os Partes do Wren antes da hora, eles não funcionarão, você precisaria ativar direto pelo hexadecimal do jogo para isso. E outra curiosidade sobre isso é que se você tiver as partes, ativar pelo hexa e NÃO tiver com Searren no grupo, mesmo assim elas funcinarão como se nosso amigo ciborg tivesse no grupo. Legal né!?

    > Um redemoinho nos chamou a atenção
    R: Pois é né! Se não fosse alguém dizer que ali tinha um redemoinho, nunca eu iria encontrar aquilo lá! Faltou o pessoal construírem isso visualmente.
    > Ele me alertou do pouco ar, mas disse que subiria novamente se ele alcançasse algum nível crítico.
    R: Por favor! Que ninguém nos sacaneie quando estivermos ali dentro do nosso amigo.
    🙂

    > Aquela não foi a melhor de todas as viagens.
    R: Me lembrou quando eu fiquei bêbado a primeira vez.
    🙂

    > Ela não tinha uma queda vertical simples.
    R: Efeito gerado artificialmente pela inversão da gravitação!

    > O que nos esperava ali? Eu, sinceramente, não fazia a menor idéia do que seria o “tesouro de Laya”
    R: Mentiroso rsrs! Quantas vezes você já num detonou esse jogo heim?!
    🙂

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  • 15/11/2009 em 12:06 pm
    Permalink

    @gamer_boy
    huahuahuahua O que me faz pensar no tamnho gigantesco que esse Wren e o de PSIV têm. hehe

    @J.F. Souza
    Como solitário em Dezóris? hehe Com um bando de animais perigosíssimos e um bande de nativos que, quando não contam piadas de mau gosto, mentem descaradamente? hehehe

    Bem legal esse treco do Wren: mostra que o que importa não é o item, mas a história que leva até lá.

    @Orakio Rob, “O Gagá”
    Yep. Toca mesmo. hehehe Melhor tema de todos os tempos e em diversas versões no mesmo jogo para prazer de nossos ouvidos. huahuahauhaua

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