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O grupo agora estava acompanhando Wren que pretendia testar alguma coisa.

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Somente quando estávamos em uma planície é que finalmente pudemos entender o que ele queria nos mostrar. Aquele ciborgue imenso em altura utilizou as Partes Aéreas encontradas em Dahlia em si mesmo e se transformou em um veículo que lhe permitia voar. Assim como o submarino que utilizamos antes, não havia grande espaço para todos nós que nos esforçamos para agüentar o desconforto do aperto quase claustrofóbico.

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Teríamos que nos esforçar para ir até a cidade no céu que pairava perto de Mystoke sobre o lago de Frigida. Deixaríamos a pousada na cidade natal de Laya para uma outra oportunidade. Não só a estrutura daquele lugar me instigou desde a primeira vez que o vi, mas os segredos que guardaria. Além disso, era como se os soldados de Lune (e quiçá o próprio) soubessem que aquele deveria ser nosso próximo destino.

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Uma vez lá, desembarcamos e ajudamos Wren a retirar as partes que o permitiram nos levar até ali. Aquele lugar era ainda mais soberbo quando colocamos nossos pés e olhos nele. Parecia um imenso templo flutuante, com escadas, colunas e jardins acometidos das intempéries de Frigidia. Curiosamente, foram dois robôs que nos saudaram quando passamos a andar um pouco. Um deles nos deu o nome correto do lugar: “Castelo do Refúgio Celeste”. Infelizmente, não tive como descobrir as razões desse nome. Na verdade, isso somente me ocorreu agora enquanto conto minha história. Talvez, se me lembrar disso depois, eu faça algumas perguntas às pessoas corretas. Seja como for, o segundo robô nos disse que seus mestres nos aguardavam há séculos. Lembro de termos olhado uns para os outros sem entender aquilo muito bem.

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Nos aventuramos então por aquela construção que permitia que víssemos a água abaixo de nós pelas fissuras arquitetônicas e de desgaste em nosso caminho. Finalmente, alcançamos uma espécie de pátio no qual alguns homens com aparência mista de sabedoria e velhice. Ao nos aproximarmos, um por um falava como se estivéssemos realmente sendo aguardados há muito tempo. Suas falas eram seqüenciais e um sucedia imediatamente o outro. O primeiro anunciou que o grande mal reside em uma cidade flutuante nas terras desoladas do domo chamado Terminus. Sabíamos então para onde devíamos ir e de onde provavelmente foram enviados os raios de morte contra Azura.

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O segundo disse que uma palavra de grande poder foi perdida durante eras. Essa palavra poderia habilitar as armas das lendas. O próximo a falar afirmou que antigos heróis utilizaram esse armamento lendário e então, nomeou-os: a espada de Orakio, a garra de Miun, a arma de Siren, o arco de Laya e a lâmina de Lune. Não preciso dizer que, ao ouvir estes dois últimos, não pude evitar de olhar para suas atuais possuidoras e pensar que já teríamos quase metade das armas e que quem as portavam eram exímias em seu uso.

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Mas esse espanto (compartilhado por elas e Mieu – não sei dizer com certeza por Wren) foi logo olvidado com a fala seguinte que nos alertou que o nome do poder poderia ser aprendido na Ilha Sábia, em Aquatica, o domo das cidades de meus pais: Cille e Shusoran. Disse ainda que o subsolo do Castelo de Refúgio possuía algumas partes para andróides do tipo Wren que o permitiriam navegar sobre águas e que com elas poderíamos tanto arrancar a espada de Orakio de sua tumba aquática como visitar a ilha que ele havia comentado antes. O último deles nos alertou, porém, que somente quando tivéssemos todas as armas das antigas lendas reunidas que poderíamos descobrir o nome perdido.

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Lembro que estava meio atordoado com toda aquela informação. Não me recordo se fui eu mesmo que liderou o grupo até a escada que nos levou ao único lugar infestado de oponentes naquele castelo flutuante. Só sei que saímos de lá com as partes que Wren poderia testar uma vez mais. Estávamos todos em silêncio. Não sei com precisão quanto aos outros, mas enquanto nos dirigíamos até Landen uma vez mais, eu não emitia palavra alguma porque não conseguia deixar de pensar que iríamos enfrentar um grande mal. Será que as armas seriam suficientes?… Só sabia que, pela primeira vez, todas as pequenas missões que fui assumindo durante todo meu caminho de Azura até ali pareciam convergir em um único objetivo. Eu vingaria minha família, amigos e lar ao mesmo tempo em que protegeria não somente Landen, mas todos os domos de Alisa III. Ainda bem que, mesmo solitário em meu pesar e sofrimento, não estava sozinho.
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Diário de Bordo: Phantasy Star III – A terceira geração (07)
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4 ideias sobre “Diário de Bordo: Phantasy Star III – A terceira geração (07)

  • 23/11/2009 em 4:05 pm
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    >Parecia um imenso templo flutuante, com escadas, colunas e jardins acometidos das intempéries de Frigidia. Curiosamente, foram dois robôs que nos saudaram quando passamos a andar um pouco.
    R:Quando será que construíram esses templos voadores…? E o que foi usado para mantê-los no céu, alguma tecnologia ou alguma magia…? O que eu mais gosto nesses castelos, o ápice da “magestosidade” vamos dizer assim, é a musica! Simplesmente uma das que eu mais gosto, clima de grandeza e um mistério tão antigo que se torna doce tentar descobrir algo não pode ser descoberto, tão antigo quanto a própria origem da magia.

    >Ainda bem que, mesmo solitário em meu pesar e sofrimento, não estava sozinho.
    R: Sinto isso quando estou em reunião… Mesmo rodeado de pessoas, é o mesmo que ficar sozinho.

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  • 23/11/2009 em 8:25 pm
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    @J.F. Souza
    Quem acha que só nos sentimos e somos sozinhos quando não tem ninguém ao nosso lado está muito enganado. hehehe Às vezes é muito mais fácil se sentir assim em meio a uma multidão.

    Quanto aos castelos, eu acho que é uma tecnologia desenvolvida por eles para isso. Lembra-se da cidade do Lassic? Não me recordo se ele está no ar porque algum poder mágico fez isso ou sempre esteve lá. Creio que a idéia seja a mesma. Talvez até existissem até mesmo antes do lançamento da Alisa III no espaço.

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