Na E3 do ano passado, a Nintendo aprontou uma com a gente: com o Wii praticamente morto e sem muita coisa a apresentar fora da arena dos portáteis, ela se limitou a nos mostrar visões do futuro com o Wii U, e usou de todo o enorme crédito que tinha conosco para nos pedir que esperássemos pacientemente por um ano — um ano inteirinho — até que ela pudesse nos mostrar do que aquele novo aparelhinho era capaz.

As legendas sugeridas pelo Marcos Almeida foram simplesmente p-e-r-f-e-i-t-a-s, resumindo direitinho a bizarra apresentação da Nintendo na E3 deste ano

Enquanto a Terra dava sua leeeeeenta volta em torno do sol, a Nintendo fez um mistério danado com o Wii U. Ninguém sabia no que a empresa estava trabalhando; não vazava foto, ninguém abria o bico a respeito de algum título extraordinário e secreto. No que a Nintendo estaria trabalhando? Mario? Zelda? Metroid? Star Fox? Como nada havia sido dito, TUDO era possível, até mesmo uma apresentação bombástica com todas essas coisas juntas. Afinal de contas, pra que tanto segredo senão para pegar todo mundo de surpresa e gerar aquele “OOOOOOOOH” coletivo num auditório lotado? 

Pois o ano passou, meus amigos… e quando recebemos como prêmio aquele ovo dourado que o Yoshi passou o ano inteiro chocando para a gente, veio a surpresa: o ovo estava oco.

A conferência começou com um vídeo divertido de Miyamoto, que logo em seguida subiu ao palco para apresentar um jogo muito esperado: Pikmin 3. O Miyamoto é aquela coisa “tchifofinha”, não dá para não gostar do cara, e quando ele subiu ao palco parecia que o local ia vir abaixo, tamanha a intensidade dos aplausos. Todo mundo ama o Miyamoto, foi um momento poderoso e um ótimo começo. Pensei que Pikmin seria só a primeira de muitas outras franquias queridas que seriam exibidas naquela noite.

Mas a apresentação do novo Pikmin foi se estendendo um pouco além do que eu imaginava, e eu comecei a ficar cismado. Fora que, honestamente, não acho que Pikimin seja um bom jogo para promover o Wii U: ele é lindo, deve ser uma delícia de jogo, mas é aquela coisa, os caras estão lançando um console novo.

O que eles mostrarem naquele telão tem que fazer o console novo explodir que nem dinamite na cabeça da gente. Pikmin 3 agradou, mas convenhamos, poderia ter saído para o Wii. Claro, os gráficos agora são HD, mas “o de sempre” com gráficos melhores em um novo console é algo que eu espero da Sony, da Microsoft. Eu sempre espero que a Nintendo tire não um coelho, mas um elefante da cartola. Pikmin3 é um coelho incrivelmente fofinho, mas isso não muda o fato de que ainda é um coelho.

Reggie subiu ao palco e falou que o lance ali eram os jogos. Netflix, Hulu, YouTube e Amazon Video estariam presentes no Wii U, mas os detalhes ficariam para outra ocasião. Nisso começou o papo didático de Reggie, explicando qual era o grande barato do Wii U. Para fazer isso, a Nintendo inventou um nome esquisitão: asymmetric gameplay, ou seja, uma sessão de jogo onde os jogadores com Wiimote veem uma coisa na TV, e o jogador que participa do mesmo jogo usando o controle-tablet Wii Pad vê outra na telinha. Isso aí já foi um mau sinal: quando você começa a ter que explicar muito as coisas, especialmente quando o lance é entretimento, é porque tem alguma coisa errada.

Foi por aí que Reggie acabou com uma preocupação que vinha desde a E3 passado: o Wii U aceitaria sim dois Wii Pads ao mesmo tempo — o papo forte que rolava era de que o console só aceitaria um. O que ele não contou na hora foi que o frame rate dos jogos cai pela metade nesses casos. Seguiu-se uma apresentação do controle, que confirmou que ele tem a função rumble e que o botão de volume pode ser usado para controlar o volume do jogo na TV, e disso eu gostei bastante: menos um controle ao meu lado quando eu for jogar. O Miiverse foi apresentado brevemente, e eu continuo dizendo que a-d-o-r-e-i o estilo de comunidade online da Nintendo.

E então… New Super Mario Bros U! Oh, a casa vai cair! Oh my God, yes, yes, yes…

… no?

Como diria a safadinha da Norah Jones, “Don’t know whyyyyy I didn’t c…” << piada sutil detected

Alguém por favor pode me dizer o que, além da melhoria nos gráficos, este New Super Mario Bros U traz que não poderia ter sido feito no Wii mesmo? E será que alguém realmente ficou interessado em ficar colocando bloquinhos na tela usando o Wii Pad enquanto o jogador com o Wiimote fica com 99% da diversão? Para piorar, a Nintendo ainda me vem com aquele papo capenga de que o recurso permitirá speedruns cooperativos… foi uma tentativa esdrúxula de parecer hardcore, apelando à turma doida dos speedruns com um recurso borocoxô?

Não me entendam mal, as chances desse novo Mario ser ruim são menores do que as chances do Gagá Games ser patrocinado por um árabe trilhardário do petróleo. Acontece que a gente já sabe que a Nintendo faz bons jogos: mas é console novo, a gente quer ser chocado! A gente quer dizer pros amigos “PQP, olha isso” e dar gritinhos que nem uma menininha histérica. Por mais que eu não suporte Mario Galaxy (e pelo visto sou o único cara do mundo que não gosta de Mario Galaxy), aquilo era algo instigante e diferente. O que é Mario U além de um Mario Wii com gráficos melhores?

Nesse sentido, preferi o New Super Mario Bros. 2 de Nintendo DS, que teve a ideia biruta de dar importância central ao ouro. As moedas pipocam por todos os lados, as tartarugas ficam douradas de uma hora para a outra, e parece que quanto mais o Mario corre mais moedas ele fatura — anote aí no caderninho de “ideias para um novo Sonic”, Sega. O jogo também não tem nada de muito surpreendente, mas ele é exatamente o que a gente esperava de um Mario para portáteis, e no caso do 3DS, já está de muito bom tamanho.

Era a vez do presidente da Warner Interactive, que nos apresentou Batman: Arkham City Armored Edition. Resumindo, é o mesmíssimo jogo que você já deve estar careca de jogar, mas você pode manipular os equipamentos do Batman pelo Wii Pad, além de controlar o bumerangue nos moldes do que faz com o besouro mecânico de Skyward Sword (só que mais rápido, obviamente). Mas convenhamos, é o mesmo game; tava na cara que os desenvolvedores não iam recriar um jogo que quase todo mundo que queria jogar já jogou especialmente para o Wii U.

Aposto que vai ser ótimo jogar isso no Wii U, mas gente, pelo amor de Deus: é um console novo, a Nintendo precisa de blockbusters NOVOS E EXCLUSIVOS. Sou totalmente favorável à chegada de jogos velhos de PS3 e X360 ao Wii para os donos de Wii que não os jogaram, mas esses jogos não podem de maneira alguma ser tratados como destaques.

Um vídeo exibido minutos depois confirmou os meus temores: Mass Effect 3 (que não faz nenhum sentido sem os dois jogos anteriores), Ninja Gaiden 3 (que além de old supostamente é uma droga), Tekken Tag Tournament 2 (old também, mas pelo menos deu bons indícios de novidades legais com uma impagável ceninha com um cogumelo do Mario)… as third-parties podem até estar lançando jogos para o Wii U, mas é visível o nível de desconfiança com que estão fazendo isso. Ninguém se arrisca com um novo episódio de suas franquias famosas: é só repeteco de coisa velha, um “vamos ver que bicho isso vai dar antes de lançarmos um novo título para o console com exclusividade”. A impressão que eu tive, pelo menos, foi essa, e foi péssima.

Mas as coisas sempre podem piorar: com o anúncio de Wii Fit U a Nintendo mostrou que perdeu mesmo o bonde da história. Ok, Wii Fit foi um sucesso no Wii, mas depois desses anos todos a Nintendo repete a fórmula e acrescenta uma cama elástica? Nossa, aquilo me pareceu tãaaaaao chato que eu preferia passar uma tarde inteira discutindo detalhes da política internacional de Calcutá com o Jack Tretton do que jogando essa coisa.

Óbvio que eu, magricela de 56 quilos, não sou o público do Wii Fit, mas me parece que a Nintendo não soube levar a ideia que ela mesma criou adiante. É conteúdo requentado, na cara dura mesmo.

Já ia me esquecendo: a Warner apresentou Scribblenauts Unlimited, que parece genial, como de costume. O problema da frase anterior é o “como de costume”, visto que embora o jogo continue excelente, não surpreende nem faz o coração de ninguém disparar. Já estávamos no meio da apresentação, e eu pensava: agora a Nintendo vai cair matando.

Que tal cantar num game de karaokê no qual o Wii Pad é o microfone? As letras aparecem no Wii Pad! Você pode cantar voltado para os amigos, e não para a tela! Todo mundo pode cantar junto, e bater palma! isso não é o máximo?

NÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!

Nintendo, por gentileza, pode fazer xixi nas minhas costas, mas não tente me convencer de que está chovendo. Isso não é nem um pouco interessante. E quem está dizendo isso é um jogador que se diverte loucamente jogando o jogo do Michael Jackson no Wii com a esposa. Destacar um jogo de karaokê meia-boca daqueles numa E3… alguém pelo amor de Deus ligue para o Hiroshi Yamauchi e diga que o Iwata não está se comportando direito, o velhinho tem que tomar uma atitude.

Rola uma breve pausa nas novidades do Wii U para as notícias do 3DS. Como a Nintendo supostamente tem muito a mostrar sobre o Wii U, o moço lá explica que só tem alguns minutinhos para falar sobre o 3DS, mas que vai rolar uma sessão especial só sobre os jogos de 3DS no dia seguinte (no caso, hoje). Ele dá só uma palhinha: New Super Mario Bros. 2 com sua febre do ouro; Paper Mario, com visual e sacações irresistíveis; Luigi’s Mansion, aparentemente ótimo; Epic Mickey 2 dando bundadas nostálgicas para os fãs de Castle of Illusion. E ainda teve Castlevania, Scribblenauts, Kingdom Hearts… ainda bem que o céu continua azul no mundo dos portáteis da Nintendo.

O Wii U volta à cena com meu jogo favorito nesta E3: Lego City Undercover. Nunca pensei que GTA combinaria com um console da Nintendo, e foi esse milagre que Lego City Undercover operou. Em vez de sangue jorrando, peças desmontam. A cidade toda feita de Lego é um estouro, traz um sorriso ao rosto de qualquer um. Ao comentar sobre a conferência da Microsoft, eu disse que ela tinha conseguido pegar a ideia nintendista do Wii Fit e transformado em algo com a cara da M$ com aquela parceria com a Nike. Aqui, a Traveller’s Tale pegou a ideia tiros-sangue-violência do Playstation e transformou em algo com a cara da Nintendo. Fabuloso. Espero que a jogabilidade não decepcione. Sai também para o 3DS.

O chefão da Ubisoft entra, e rola uma rasgação de seda entre as duas empresas — na geração passada, a Ubisoft foi a única third party que mostrou afinidade com o estilo Nintendo e conseguiu faturar os tubos com o Wii. E a tendência continua aqui, com o excelentíssimo Rayman Legends e com o vocês-não-cansam-disso Just Dance 4, que agora permite que um jogador sádico use o Wii Pad para escolher os passos de dança que os outros jogadores vão ter que fazer. Divertido mesmo vai ser quando alguém hackear esse treco com magia negra e o jogador puder usar o Wii Pad para fazer voodoo no amigo que está dançando.

O que me surpreendeu mesmo foi o tal do ZombiU, o jogo de zumbi que já tínhamos visto em uma CG na conferência da Ubisoft. O jogo parece interessantíssimo. Em uma cena, o jogador revira a mochila (olhando para o Wii Pad) quando, subitamente, um zumbi entra no recinto, e o jogador tem que olhar para a tela da TV para vê-lo. O vídeo passou muito bem essa tensão que o jogo parece trazer, fazendo com que o jogador fique alternando o olhar entre o controle e a TV, e funciona terrivelmente bem. Estou muito, muito curioso para ver o que vai ser desse título exclusivo.

Aí vem o ponto mais polêmico do dia: Nintendo Land, o jogo que é o Wii Sports do Wii U. Trata-se de um grande parque de diversões com franquias clássicas da Nintendo servindo de temática para as atrações. O jogo do Luigi, mostrado em mais detalhes, parece imensamente divertido, com várias mecânicas bem sacadas envolvendo quatro jogadores que tentam fugir de um quinto, controlando um fantasma visível apenas através do Wii Pad. Parece divertido, eu juro, mas não era isso o que a gente queria ver. Essa apresentação se arrastou por longos quinze minutos… e depois dela, a conferência simplesmente acabou. Melhor: morreu. A melancólica queima de fogos do Nintendo Land encerrou a participação da Nintendo nesta E3, e estou certo de que os aplausos modestos que se seguiram foram mera educação dos jornalistas ali presentes.

A boa notícia: este “momento F-Zero” não é fake. A má notícia: é um minigame do Nintendo Land.

Os jogos apresentados foram ruins? Definitivamente não. A maioria pareceu extremamente divertida, até o Nintendo Land — meu sobrinho vai ter crises jogando esse negócio. Mas afinal de contas, onde a Nintendo quer chegar com o Wii U? A empresa não apresentou nenhum título hardcore próprio, seja na forma de Metroid, Star Fox ou Zelda, mostrou títulos casuais que deixaram a gente com cara de bunda e trouxe uma meia dúzia de sucessos requentados de third parties. ZombiU e o divertido joguinho do Luigi no Nintendo Land parecem boas aplicações do novo controle-tablet, mas não bastaram para convencer a ninguém. E quando nem a própria Nintendo consegue provar que suas ideias são genias, é porque tem algo muito errado no mundo da malucolândia.

Algo ainda mais estranho aconteceu ao fim da conferência: minha até então forte decisão de comprar um Wii U no lançamento começou a dar lugar a um estranho desejo de adquirir um Playstation 3, que na conferência da Sony deste ano me pareceu um console maduro e com muita lenha para queimar ainda. E se eu estou pensando nesse tipo de jererê, é porque a Nintendo fez uma cagada muito, mas muito grande nesta E3.

UPDATE: três informações úteis. A primeira, jogos comprados no Virtual Console do Wii poderão ser transferidos de alguma maneira para o Wii U. A segunda, a Nintendo disse que o console sai no fim do ano, mas não deu data exata e muito menos preço. E a terceira… estão sentados? A bateria do controle do Wii U só dura de três a cinco horas 0_0

E3te, mas é verdade: Nintendo dá banana para os fãs hardcore
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123 ideias sobre “E3te, mas é verdade: Nintendo dá banana para os fãs hardcore

  • 08/06/2012 em 9:51 pm
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    @Sérgio Mequinho

    “Eu preferia que existisse Axelay 2 e 3, mesmo que não tivessem a grandiosidade do original. Ora: pelo menos eu teria a opção de jogar.”

    Desculpa, mas este é um pensamento bem pobre. O consumidor tem que exigir o melhor e não mais do mesmo. E se alguém diz que game é arte, então este pensamento é mais errado ainda.

    Não tem essa de dizer que fulano é reclamão. Se ele não gostou ele pode reclamar. Quando o consumidor for o “errado” na história, ficar preguiçoso, aí é que começam a explorar ele de boa.

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  • 08/06/2012 em 10:14 pm
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    Acompanhando o raciocínio da turma… O que está acontecendo na tecnologia em geral é que o hardware evoluiu muito em relação ao software e isso decorre principalmente por motivos de mercado: quem fabrica o que há de mais moderno primeiro é o que vende mais, embora não traga garantias que este primeiro se estabeleça mais tarde. Reparem que processadores novos aparecem o tempo todo e os sistemas operacionais se renovam bem mais devagar e nunca aproveitam a capacidade do hardware.
    Trazendo isso para o lado dos games… Lembram da SEGA? Ela tinha lançado vários consoles a frente dos outros: MegaDrive foi primeiro 16 bit, o SegaCD parece ter sido o primeiro a usar CDs, teve o lance do 32X ainda… depois veio o Saturn, que tinha mais hardware que o Playstation e depois veio o Dreamcast que foi o primeiro 128 bits… Porém, o que não sustentou a SEGA foram os bons jogos; pois a melhores softhouses preferiam a Nintendo e mais tarde a Sony.
    Temo que esse mesmo problema da SEGA se repita com os videogames atuais. As companhia nessa disputa frenética pela maior tecnologia se esquecem de proporcionar bons jogos para que seus aparelhos continuem vendendo.

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  • 08/06/2012 em 10:24 pm
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    Não Me chamem de vidente ou Mãe Dináh (acho que é assim mesmo que se escreve esse Diná) mas anotem aí, das duas uma, ou eu falharei miseravelmente ou acertarei na mosca. Daqui a poucos anos estaremos lendo a notícia na mídia especializada ou mesmo vendo na própria E3:

    BOMBA! A OUTRORA GIGANTE DOS VIDEOGAMES NINTENDO, ABANDONA O SEGMENTO DE CONSOLES DE MESA PARA FOCAR NOS CONSOLES PORTÁTEIS…

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  • 08/06/2012 em 10:54 pm
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    @LordGiodai
    Concordo com essa “divergência” temporal entre hardware/software.Mas hoje com os consoles on-line,fica mais fácil o software acompanhar(ou pelo menos amenizar…) possíveis inovações de hardware,com updates.Acredito que o maior problema não é técnico mas gerencial.Afinal GAMES é a maior indústria do entretenimento hoje não é mesmo?Quer dizer, é o espaço pra “gente grande” ganhar muito dinheiro,e isso pode atrapalhar a inovação gerando a massificação dos argumentos nos jogos.
    Se o problema da SEGA se repetir hoje de forma generalizada,aí sim teremos um novo “Crash” seria a indústria de games uma bolha prestes a explodir?Espero que não.

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  • 08/06/2012 em 11:13 pm
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    Stefan :
    BOMBA! A OUTRORA GIGANTE DOS VIDEOGAMES NINTENDO, ABANDONA O SEGMENTO DE CONSOLES DE MESA PARA FOCAR NOS CONSOLES PORTÁTEIS…

    A proposta da Nintendo é clara.Os japoneses querem ser a nova Disney do planeta,isto é,mudar o centro imaginário do entretenimento da Califórnia para Kyoto.Mario sempre invejou Mickey Mouse…e ser Disney é ser sonhos,idéias,fantasias…neste campo é mais fácil a BIG N abandonar os hardwares e focar no software do que abandonar os consoles e focar nos portáteis e seus jogos.
    Sua idéia não é impossível,pode até ser,mas eu acho improvável.

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  • 08/06/2012 em 11:53 pm
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    Acho provável também. A Nintendo é antiga nesse negócio de jogos portáteis. Mas, vamos ter um pouco mais de fé… a Nintendo parece que gosta de fazer diferente, vejamos: logo em seguida da era em que tinha 3DO, Saturn e Playstation rodando CDs, a Nintendo veio com um 64 bits rodando via cartucho! Hora, um jogo num cartucho roda praticamente sem o “now loading”, porém, fracassou (poucos jogos? cartuchos caros?); e depois veio o Wii com seus sensores de movimento e o 3DS com duas telas, e, pelo o que sei fizeram sucesso. Percebam que os sensores de movimento do XBOX e do PS3 foram um contra-ataque ao Wii e que o PSVita foi um contra-ataque ao 3DS, que vinha superando o PSP.
    É, a Nintendo veio inovando, mas tem que trazer bons jogos senão acaba feito a SEGA.

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  • 09/06/2012 em 2:36 am
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    Gagá meu velho, a Nintendo só vai voltar a abalar as estruturas do mundo o dia que ela anunciar que irá lançar o Super Nintendo 2! Até lá…
    No dia em que isso acontecer, a Sega também irá anunciar seu retorno a fabricação de consoles e seu novo console: Mega Drive 2! E com isso eu sofrerei um infarto…

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  • 09/06/2012 em 2:59 am
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    Como falaram anteriormente, os consoles da era pós-SNES só agradaram quem gosta dos jogos da Nintendo. Como não faço questão nenhuma desses jogos, a Nintendo para mim é uma empresa morta há um bocado de tempo.

    E creio que muita gente pensa o mesmo à respeito.

    Enquanto a Nintendo ficar nesse pensamento de “só fazer consoles para a família” e achar que pode ficar vivendo só de Mario e Donkey Kong, ficará relegada em segundo plano. Sempre.

    Os verdadeiros fãs querem ver jogos decentes das grandes softhouses da era NES e SNES: Capcom, Konami, Data East, Natsume, Taito… Coisas desse naipe.

    Mas não: criam um hardware bem inferior ao da concorrência, com uma grande quantidade de jogos injogáveis (a maioria com àqueles acessórios esdrúxulos) e com ports de franquias famosas ripados porque o hardware do Wii não suporta…

    Desse jeito, quer sobreviver como? Acho que a Nintendo cansou de ganhar dinheiro e agora tá a fim de ter prejuízo, só pode…

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  • 09/06/2012 em 3:04 pm
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    Reforçando a ideia de que a proposta do SmartGlass é diferente da do uPad:

    “It just makes so much sense for a developer who wants to supply, maybe not time-critical information, like ‘that enemy is getting ready to shoot you,’ but information that augments what’s happening on screen”
    http://www.joystiq.com/2012/06/09/expect-smartglass-support-in-every-microsoft-studios-game-going/

    Destaque para o “non time-critical”. Mesmo assim, nada confirmado, ainda estamos fazendo suposições com base nos comentários do sujeito.

    Como o treco vai funcionar com vários dispositivos diferentes, acho que podem haver problemas de latência dependendo do tablet/smartphone usado, o que complicaria interações muito intensas entre o console e o dispositivo em questão nos jogos.

    @Man On The Edge
    O conceito de “ficar para segundo plano” é meio relativo… até onde eu sei, quem mais faturou e vendeu consoles nesta geração foi a Nintendo, ou estou enganado? Faz um tempo que não vejo os números. Além disso, o Wii foi um sucesso de mídia, aparecendo em filmes, desenhos, séries de TV… se foi ou não o melhor console é discutível, mas o bichinho foi um fenômeno.

    @PRStacker
    Já pensou, Super Nintendo II? Com vários clássicos do console, como Actraiser e Rock n’ Roll Racing, refeitos? Sonhar não custa nada…

    @Dactar
    @LordGiodai
    Há uns tempos, antes do Wii sair, eu pensava que a Nintendo ia sair da arena dos consoles de mesa e ficar só nos portáteis. No meu entendimento, a empresa só se lascava com consoles grandes.

    Porém, depois eu fiquei sabendo que mesmo perdendo feio a briga com o Playstation nos tempos de N64, a Nintendo teria faturado mais dinheiro do que a Sony, porque não perdia grana com cada hardware vendido (prática comum da Sony e da M$), além de outras práticas comerciais saudáveis da Nintendo. Até com o Gamecube ela encheu os bolsos de grana, embora a percepção geral seja a de fracasso. Muito louco mesmo.

    Para completar, acho que com o Wii a empresa começou a trilhar um caminho tão diferente das rivais que firmou um público específico, cativo. Tô valendo um dindin que o Wii U vai gerar uma verdadeira fortuna e vender um bocado justamente por causa dos joguinhos bobinhos que a gente tá malhando tanto ^_^ E o pai interessado nos joguinhos fofinhos para seu filho ainda vai poder curtir um Zelda aqui, um Metroid ali… ou seja, duvido muito que a Nintendo esteja perigando sair do ramo de hardware.

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  • 09/06/2012 em 3:09 pm
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    Há uns tempos, antes do Wii sair, eu pensava que a Nintendo ia sair da arena dos consoles de mesa e ficar só nos portáteis. No meu entendimento, a empresa só se lascava com consoles grandes.
    Porém, depois eu fiquei sabendo que mesmo perdendo feio a briga com o Playstation nos tempos de N64, a Nintendo teria faturado mais dinheiro do que a Sony, porque não perdia grana com cada hardware vendido (prática comum da Sony e da M$), além de outras práticas comerciais saudáveis da Nintendo. Até com o Gamecube ela encheu os bolsos de grana, embora a percepção geral seja a de fracasso. Muito louco mesmo.
    Para completar, acho que com o Wii a empresa começou a trilhar um caminho tão diferente das rivais que firmou um público específico, cativo. Tô valendo um dindin que o Wii U vai gerar uma verdadeira fortuna e vender um bocado justamente por causa dos joguinhos bobinhos que a gente tá malhando tanto ^_^ E o pai interessado nos joguinhos fofinhos para seu filho ainda vai poder curtir um Zelda aqui, um Metroid ali… ou seja, duvido muito que a Nintendo esteja perigando sair do ramo de hardware.

    Até que enfim… Gagá, me empresa uma caneta:

    ____________________________________
    Rafael Paes

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  • 09/06/2012 em 8:25 pm
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    http://www.gagagames.com.br/wp-content/uploads/2012/06/iwata_going_bananas.png
    Nova legenda:
    Ei senhor jogador “Hadcore” Stefan, esse é nosso novo e maravilhoso console, o NINTENDO WiiU! Cheio de parafernálias cosméticas semi-inúteis, hadware defasado, com poucos jogos exclusivos, zero franquias até agora, quase nada de novo e um monte de jogos velhos da geração passada. Custa apenas XXX U$…e então vai levar quantos? EU: Desculpe senhor executivo da Big N, deixa p/ próxima, não gosto de bananas prefiro meu “velho” PS3…

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  • 09/06/2012 em 9:48 pm
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    O que vi da E3.

    Infelizmente meu chefe não me liberou! Escravo do trabalho, sem poder viajar (até parece XD), pra acompanhar a E3 esse ano só do sofá de casa (vendo o youtube) ou dando uma escapadinha para olhar a internet no trabalho. Vi muita coisa bacana e li muita opinião de jornalista e gamers. Sabe o que eu acho? Enquanto todo mundo ficou malhando a Nintendo (já que ela prometeu um grande “Boom” e mais pareceu um traque de fim de festa) eu não vi nada de revolucionário por parte de Sony ou M$.

    O Xbox360 já está no fim da vida, e até agora os caixistas não disseram o que vão apresentar na próxima geração. A Sony não parece se incomodar com sua liderança no segmento e mostrou um jogo novo do Kratos, um Resident Evil mais trabalhado, com gráficos fantásticos,etc. E um outro game mais interessante. E só!

    Resumo da ópera: e não sou só eu com essa impressão, nenhuma das duas (M$ e Sony) querem dar um próximo passo agora. Talvez a próxima E3 nos traga boas surpresas, já que nessa a única que pareceu interessada em inovar (como sempre) foi a Big N.

    PS: Também senti falta de jogos mais violentos para o Wii U (mas adorei os trailers de ZombiU e Darksiders 2)
    PS2: Um nome de peso com Zelda ou Metroid cairia muito bem nessa E3 para o Wii U.

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  • 10/06/2012 em 12:20 am
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    @Orakio Rob, “O Gagá”

    Sim, concordo… Mas acredito que quem comprou o Wii mesmo, além dos fãs dos jogos da própria Nintendo, foi por conta da jogabilidade diferente da tradicional. Nisso, admito que a Nintendo revolucionou.

    Mas que ele deve ter decepcionado muita gente que esperava bons jogos de franquias conhecidas das grandes softhouses, pode ter certeza que decepcionou sim…

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  • 10/06/2012 em 8:02 am
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    @Orakio Rob, “O Gagá”
    “Há uns tempos, antes do Wii sair, eu pensava que a Nintendo ia sair da arena dos consoles de mesa e ficar só nos portáteis. No meu entendimento, a empresa só se lascava com consoles grandes.
    Porém, depois eu fiquei sabendo que mesmo perdendo feio a briga com o Playstation nos tempos de N64, a Nintendo teria faturado mais dinheiro do que a Sony, porque não perdia grana com cada hardware vendido (prática comum da Sony e da M$), além de outras práticas comerciais saudáveis da Nintendo. Até com o Gamecube ela encheu os bolsos de grana, embora a percepção geral seja a de fracasso. Muito louco mesmo.
    Para completar, acho que com o Wii a empresa começou a trilhar um caminho tão diferente das rivais que firmou um público específico, cativo. Tô valendo um dindin que o Wii U vai gerar uma verdadeira fortuna e vender um bocado justamente por causa dos joguinhos bobinhos que a gente tá malhando tanto ^_^ E o pai interessado nos joguinhos fofinhos para seu filho ainda vai poder curtir um Zelda aqui, um Metroid ali… ou seja, duvido muito que a Nintendo esteja perigando sair do ramo de hardware.”

    peraí Gagá, deixa ver se entendi bem…. quer dizer que a Nintendo não se importa com a fama do console e seus jogos(tirando os mais famosos), desde que tenha grana? se for assim está sendo mercenária, quase pior do que a Capcom com seus jogos requentados que mal passa um ano e já tem o mesmo jogo com alguns extras nas lojas. mas o seu pensamento esta certo, sobre os pais quererem comprar para seus filhos e aproveitar alguns jogos da Nintendo…mas se bem que a grande maioria, vai querer algo menos fantasioso como Zelda e vai querer jogar um futiba com os amigos…

    e eu ODEIO Pes ou Fifa atuais, que isso fique claro. só no N64 que ainda “me importava” com Perfect Striker,ISSS64 e o Fifa 99. e olhe lá

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  • 10/06/2012 em 9:51 am
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    @MarCel’
    Pois é, eu fiquei meio decepcionado com a Nintendo nesta E3, mas ainda acredito que o Wii U vá render coisas genuinamente interessantes.

    @leandro(leon belmont)alves
    Belmont, tenha sempre uma coisa em mente: nenhuma dessas empresas está nessa por caridade ou idealismo. Eu acredito sim que a Nintendo é apaixonada pelo que faz, e isso é importante, mas a grana é vital.

    Eu, por exemplo, gosto muito do meu trabalho de tradutor, mas se não fosse pela grana eu nunca mais trabalhava com isso ^_^ Alguém aqui ama o emprego o bastante ao ponto de topar trabalhar de graça? He he… portanto, cuidado com esse lance de “mercenário”, todo mundo precisa de grana — e se der para faturar MUITA grana, melhor ainda!

    Veja o caso da Sega, ela dava o que a gente queria e se lascou bonito porque a grana descia pelo ralo enquanto ela fazia aquele trabalho apaixonado dela. A Nintendo sempre prioriza a grana, isso é vital para ela não se lascar como a Sega. O que realmente importa é que ela consegue fazer dinheiro E nos oferecer jogos apaixonados ao mesmo tempo. No dia em que ela só lançar jogos de futebol, focando-se totalmente na grana e esquecendo a paixão, aí sim eu vou dizer que ela é mercenária.

    Ah, eu também odeio jogo de futebol, mas isso provavelmente é recalque meu porque nunca fiz um gol na vida 😛

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  • 10/06/2012 em 10:13 am
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    @leandro(leon belmont)alves ” peraí Gagá, deixa ver se entendi bem…. quer dizer que a Nintendo não se importa com a fama do console e seus jogos(tirando os mais famosos), desde que tenha grana? se for assim está sendo mercenária, quase pior do que a Capcom”. Cara, achei esse comentário um pouco injusto. Acho que a interpretação correta vc encontra em outro post do Gagá: “A Nintendo sempre teve um público cativo, meio “alienígena” em relação ao resto da indústria; uma turma esquisitona que não liga se o console não for o mais potente, que não liga para trocentos recursos de multiplayer online… enfim, eu ^_^ Parece que ela está atendendo muito bem a esse público cativo, oferecendo o que ele quer: uma experiência simples e divertida, mas que provavelmente será limitada em relação ao que os rivais vão oferecer. É a troca do avançado pelo simples”. Não tenho procuração do Gagá, mas acho que foi isso o que ele quis dizer… Se não foi, pelo menos é assim que eu vejo (por isso transcrevi). Valeu!

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  • 11/06/2012 em 12:19 am
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    @Stefan Ei senhor jogador “Hadcore” Dcnautamarvete, esse é nosso novo e maravilhoso game de futebol/corrida/FPS/guerra/sangue/matança ultra-super-hiper realista, custa apenas XXX U$…e então vai levar quantos? EU: “Acuma”?!? Hardcore?!? O que é isso? É alguma coisa com hardware de computador? Ou será que tem a ver com o Hard Disk? Olha, meu jovem, quando eu era menos velho, a rapaziada costumava falar numa garota distinta que era famosa por causa desse tal de hardcore, conhecida como Silvia Saint. Pois é, até onde eu sei ela não entendia patavinas de videogame, mas tinha muita presença em HDs por aí afora, compreende? Se esse negócio de game hardcore for divertido, daquele tipo que basta sentar e jogar, sem aquela chatice insuportável de configurações/customizações infindáveis, parece uma boa. Do contrário, voltarei para a minha velharia simples, porém divertida, incluindo Donkey Kong (ele curte bananas), Mario, Castlevania, Megaman, ou até volto pro meu PS3, afinal, eu tenho o “Sega Mega Drive Ultimate Collection” (rá!)

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  • 11/06/2012 em 11:06 am
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    A conferência da Nintendo na E3 foi impactante: PRO MEU ESTOMAGO, pois perdi meu almoço à toa… tudo isso graças à a excelente pré E3 onde o foco era o Hardware e as redes sociais do Wii U. Ou seja, JOGOS NA E3! E o que eu vi? Nada digno de uma nova geração. Me assusta ver que o Wii U foca em multiplataformas de uma geração anterior… Será que o mesmo conseguirá jogos multi do ps4 e xbox 8? duvido…
    Agora o “danone” da E3 foi a conferência do 3ds: Castlevania saiu das sombras pra ser o jogo mais esperado do ano! Paper Mario cativou muito… massssss nem tudo são flores… cade o Animal Crossing big N?
    Por incrível que pareça, o Pachter tava certo: A E3 esse ano deu sono… espero que o Wii U não seja mais um Dreamcast (inovador mas de vida curta)…
    Gostei muito da seção E3 aqui do blog! ^^ Os algolianos piram véi! hehe

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  • 16/06/2012 em 7:39 pm
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    LordGiodai :
    Lembram da SEGA? Ela tinha lançado vários consoles a frente dos outros: MegaDrive foi primeiro 16 bit, o SegaCD parece ter sido o primeiro a usar CDs, teve o lance do 32X ainda… depois veio o Saturn, que tinha mais hardware que o Playstation e depois veio o Dreamcast que foi o primeiro 128 bits…

    Não querendo urubuzar a BigN (e já fazendo), mas a coisa está começando a feder… Sinto um estranho complexo de SEGA nos anos 90, querendo estar na frente com hardware isso, hardware aquilo, enquanto o concorrente deitava, rolava e fornicava com as softhouses – ganhando um baita acervo.

    Não que pra mim vá fazer muita diferença…

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