Após meus posts sobre R-Type, Gaiares e Gate of Thunder, vocês talvez já tenham percebido que eu curto shooters horizontais. A minha “carreira” no gênero se estabeleceu no velho MSX, e embora ele tivesse grandes shooters verticais como Zanac e Aleste, eu curtia mesmo os títulos horizontais, especialmente Nemesis/Gradius e Parodius.

O que vocês talvez não saibam é que sou um tremendo pereba em shooters, mas isso não vem ao caso… o que importa é que, depois de faturar um Saturn do meu amigo Samuel, decidi finalmente encarar o tão elogiado Radiant Silvergun, shooter vertical japonês da Treasure tido por muita gente como um dos maiores shooters de todos os tempos.

Fotos batidas pela minha placa de captura, liguei o velho Sat no PC. Perdoem a qualidade, a placa é fuleira.

Radiant Silvergun nasceu nos arcades, em 1998. Ele foi criado para a placa Titan, “irmã” da placa do Sega Saturn, e por isso o jogo naturalmente foi convertido para o console no mesmo ano. Mas o Saturn já seguia o caminho do dodô nos Estados Unidos, e com isso o jogo acabou restrito ao Japão, onde o console foi melhor sucedido e teve uma sobrevida maior. Só agora, há poucos dias, ele chegou à XBLA em versão remasterizada, marcando seu primeiro lançamento fora do Japão. Para você que tem um Xbox 360 e está em busca de um bom jogo por um precinho bacana… não precisa agradecer, este post é cortesia da casa.

Momento de tranquilidade no início do jogo. Não acostuma não, porque não vai durar.

Vamos falar sobre a versão do Saturn, porque nenhum leitor me deu um Xbox 360 de presente (ainda)! Já li reviews da versão remasterizada, e tudo o que digo sobre esta versão vale também para a nova, com a diferença de que a versão remasterizada tem gráficos ainda melhores, modo co-op online e textos em inglês. É mole ou quer mais?

Cobrindo o básico primeiro: Radiant Silvergun é um shooter vertical. Os estágios em si são curtos, com breves e intensas sequências de muito tiro, intercaladas por muitos, muitos chefes. Você basicamente “atravessa a rua” e enfrenta um chefe. Alguns chamam isso de “boss rush”, então se você ler o termo por aí, já sabe o que significa. Gagá Games também é cultura.

Eu avisei que a paz não ia durar, não avisei?

Esses chefes são tipicamente japoneses: robôs enormes e articulados, que fazem pose enquanto um texto indica seu nome e suas características. Para fazer mais pontos, você deve destruir todas as partes dos chefões para só então destruir o núcleo, garantindo o bônus de “100% destruction”.  Obviamente é mais fácil ir direto ao assunto e concentrar os disparos no centro do bichão, mas aí você perde uma boa pontuação… simplesmente não tem graça. Inclusive, se você demorar muito a matar o chefe, eles se autodestrói e você fatura um vergonhoso “0% destruction”, meio que esnobando o jogador. Nesses casos, você ganha a luta, mas sente que perdeu. O negócio aqui não é para maricas, o jogo está sempre te desafiando a fazer mais pontos.

O grande barato de Radiant Silvergun está em seu sistema de armas. Ao contrário do que é comum no gênero, aqui você não tem powerups para coletar. Sua nave já começa com seis tipos de tiro diferentes (um em cada botão), e esses tiros vão evoluindo em poder conforme você os usa. É meio como em um RPG, com um indicador no topo da tela indicando alternadamente o nível atual de cada arma.

Esse é meu chefe favorito (clique nas fotos para vê-las em tamanho maior). Você persegue uma nave enorme em altíssima velocidade por corredores estreitos. Em alguns trechos, em meio a tanta velocidade, o bicho vai para um lado e você acaba indo para o outro. E aí, meu chapa, olha eu me estoporando na foto da esquerda… tem que ser ninja para acertar o curso ali por aquelas aberturas mínimas. Depois a nave inimiga vai para trás de você e te caça ferozmente (foto à direita; notem que mudei para o tiro que vai para trás). Já mencionei que outra nave igual aparece no meio da briga e você precisa enfrentar as duas ao mesmo tempo enquanto tenta não se arrebentar todo pelos corredores?

Cada seção do jogo tem uma arma mais apropriada. O tiro convencional é bom para destruir o que vier pela frente. Inimigos em todas as direções? Tiro teleguiado. Pelos lados? Os dois poderosos feixes laser disparados lateralmente darão conta. O lance é que só após algumas partidas você começa a sacar qual tiro usar em cada situação. E meu velho, você vai precisar saber mesmo, porque em algumas partes a pauleira é intensa, e a tela se entope de tiros.

O chefão chega fazendo pose enquanto o jogo faz as apresentações. Esse aí é o Kotetsu. Logo no início da briga ele desce o braço na nossa direção com toda a força. Na minha primeira partida eu escapei por sorte. Aí, enquanto eu estava parado ao lado do braço dele mostrando a língua todo fanfarrão, compartimentos do braço se abriram e lasers começaram a ser disparados (foto à direita). Morri na mesma hora ^_^ Clique nas fotos para vê-las em tamanho maior.

Mas há mais uma camada de complexidade sobre o sistema de armas. Se você destruir inimigos de uma mesma cor em sequência, vai fazer combos (“chains”) que valem mais pontos e evoluem suas armas com mais rapidez. Isso quer dizer que atirar em tudo na tela não é a melhor alternativa, porque não só você não vai fazer tantos pontos como ainda vai chegar ao final do jogo com armas mais fracas. O dilema é: deixar a tela encher de inimigos azuis e amarelos porque você não quer arruinar sua linda sequência de inimigos vermelhos abatidos ou estourar logo essa gente toda e correr menos riscos? Você decide.

Esses caras não estão brincando, eles querem MESMO acabar com você.

Coroando a lista de armamentos, você conta ainda com uma espada (!) capaz de absorver os tiros redondos de cor rosa. A espada sempre aponta para o lado oposto ao que você se move, então quando pinta aquela bela saraivada de balas cor de rosa, o melhor a fazer é sacar a espada e girar sua nave, fazendo com que a “lâmina” gire e limpe a área ao seu redor. O melhor de tudo: absorver esses tiros enche o medidor de bomba. A bomba confere imunidade temporária e destrói tudo o que vier pela frente.

O jogo não chega a ser um bullet hell (aquele gênero de shooters que realmente enchem a tela de tiros), mas em alguns trechos lembra um. É muito tiro na tela e muita velocidade, o que proporciona uma experiência muito diferente da de jogos como R-Type, onde temos um “balé espacial” cujo truque está na memorização dos “passos”, ou seja, da rota padrão seguida pelos inimigos. Esse truque não funciona muito bem aqui não: seria humanamente impossível memorizar todos os padrões e a rota percorrida por todos os tiros. Digamos que R-Type (que, diga-se de passagem, também é difícil pra diabo) é 90% memorização e 10% habilidade, e Radiant Silvergun é 90% habilidade e 10% memorização (a memória serve mais para decorar as sequências de cores dos inimigos em cada seção para fazer mais “chains”).

Momento “what the hell am I’m doing here?”

Eu sou forever alone e não tive como testar, mas há um modo para dois jogadores simultâneos que deve ser tremendamente divertido. Não pense que é moleza não, porque como os jogadores dividem os pontos, as armas de cada um tendem a evoluir mais devagar.

Se você for prego como eu, vai gostar de saber que há dois modos de jogo: o modo arcade tem créditos infinitos, e você pode “passear” pelo jogo tranquilamente. Já o modo Saturn é impiedoso e tem vidas e continues reguláveis, porém limitados. Por outro lado, o modo Saturn permite salvar o jogo após cada partida. Ao começar outras, você volta para a primeira fase, mas mantém as armas no nível de evolução da partida anterior. Isso significa que após algumas semanas jogando no modo Saturn, você vai estar com um baita arsenal à sua disposição, visto que as armas podem evoluir muito MESMO.

O jogo é basicamente 2D, mas em alguns momentos a câmera “viaja” pelo cenário. Veja que bacana a nave de nosso herói “mergulhando” para enfrentar o chefe enquanto o danado vai se abrindo todo que nem um transformer.

O modo Saturn também acrescenta uma história um tanto complexa (eu mesmo confesso que ainda não entendi direito) sobre a chegada de uma entidade alienígena à Terra, a completa destruição da vida no planeta, viagens no tempo, sacrifícios heroicos, clonagem e outras bizarrices. Honestamente, a trama me parece um pouco exagerada para um título de nave, mas é uma questão de gosto, e aposto que muita gente vai curtir. A Treasure ainda se deu ao trabalho de contratar o estúdio Gonzo (que, além de Basilisk, fez as ótimas sequências animadas de Lunar: The Silver Star Story Complete) para criar a abertura, então fãs de anime vão se deliciar com a coisa toda. Já mencionei a trilha sonora empolgante? Não?

Gente, esse clone de Ultraman aí dá uma dor de cabeça miserável… ele pula, a tela gira, é uma loucura!

Enfim, Radiant Silvergun é um petardo colossal, totalmente imperdível para quem curte um joguinho de nave. Eu já joguei muitos jogos de nave, mas nunca vi um com tanta profundidade. Zerar já é uma pedreira, mas parece que depois que você zera é que as coisas ficam divertidas, porque você começa a estudar as melhores sequências de naves para fazer “chains”, passa dias evoluindo as armas no modo Saturn, tenta marcar cada vez mais pontos… o negócio simplesmente não cansa. Se não for um “shooter eterno”, está bem perto disso, porque estou jogando há semanas e não estou com a menor vontade de parar tão cedo. E quando parar, provavelmente vou investir em seu “sucessor espiritual”, Ikaruga, lançado pela mesmíssima Treasure para o Dreamcast anos depois.

Aliás, Ikaruga também está disponível na XLBA… donos de Xbox 360, vocês são uns sortudos de uma figa mesmo. Boa diversão!

Shooter que me pariu: Radiant Silvergun (Saturn)

32 ideias sobre “Shooter que me pariu: Radiant Silvergun (Saturn)

  • 06/10/2011 em 8:28 am
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    Gagá, esse jogo deve ter feito por programadores sem mãe. esse jogo é DIFICIL DEMAIS!! nem a gente colocando na dificuldade very easy o jogo manera. já até tentei ir com save states, mas ainda sim é osso meu! mas o jogo é lindo, nem mesmo sonic wings do PS1 tinha uma paleta de cores incríveis e brilhantes. os tiros na tela são traiçoeiros,quando você acha que desviou de todos os tiros,chega uma nave ou um tiro que chegou por trás. e adoro as músicas. como só cheguei ao terceiro estágio,não posso dizer toda trilha sonora. faz um bem danado ouvir o soundtrack do primeiro estágio numa mistura de tranquilidade,tensão e ação ao mesmo tempo.

    ainda vou zerar esse jogo aqui no emu do Saturn, e é um dos meus pouquíssimos Cds que tenho aqui em casa do sistema. joguem que vale a pena.

    e cuidado para não enlouquecer jogando Radiant Silvergun…quase arrancava os meus cabelos para chegar no quarto estágio, e ainda sim num consegui passar.

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  • 06/10/2011 em 10:39 am
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    esse eu ainda não joguei e eu admito tambem que sou apaixonado por shooters, os meus preferido são samurai ace, sonic wing 1 e 3, striker 1945, S.T.G., Rtype 3 e 4, sexy parodius, salamander 3,raiden 1,2 e 3.

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  • 06/10/2011 em 8:55 pm
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    Esse Radiant Silvergun [RS], eu não conhecia… mas Ikagura, do Dreamcast, eu tenho.
    A Treasure já mostrou a que veio ao mundo em seu primeiro game de Mega Drive, o Gunstar Heroes, onde levaram o processamento do 16 bits da Sega à loucura. Foi um trabalho cheio de invencionices divertidas e criativas. Pelo visto, as coisas continuaram assim nos consoles das gerações sequintes, a julgar por este RS.
    Os shooters dos 32 bits em diante, eram um inferno de se jogar. Possuiam uma chuva de tiros que era praticamente impossível desviar deles. Ginga Wings 2 [da Capcom] é um desses. O já citado por mim, o Ikagura, ainda tinha o esquema do escudo [azul e vermelho] da nave que absorve os tiros inimigos de mesma cor e os converte em energia para a “bomba limpadora de tela”.Entretanto, outros dessa época, não conseguia jogar de jeito nenhum… uma pena, pois sempre curti “jogos de navinha”.

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  • 06/10/2011 em 11:26 pm
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    leandro(leon belmont)alves :

    Gagá, esse jogo deve ter feito por programadores sem mãe. esse jogo é DIFICIL DEMAIS!!

    Eu também levo uma tremenda surra! O lance é treinar no modo Arcade, que tem continues infinitos. Depois que pegar o jeito das faces você começa a “trabalhar” no modo Saturn.

    Ah, Gaiares também é o meu shooter favorito, adoro!

    @thiago
    Só clássicos, hein? E metade desses aí eu não joguei, tenho que correr atrás!

    @Euler
    E meu Dreamcast tá aqui no armário… quando enjoar de Radiant eu pego Ikaruga para dar umas partidas.

    Raposa :

    Gaga, eu vou falar meu maior feito videogamistico: Acabei Silvergun sem truques, na mao mesmo, no meu saturn branco
    Esse jogo e fantastico!

    Mestre! Manda um autógrafo! ^_^ É difícil pra diabo esse treco!

    @Douglas Deiró
    No Saturn a Treasure ainda lançou o clássico beat ‘em up Guardian Heroes, e um joguinho divertidíssimo na linha de Guardian Heroes, o Silhouette Mirage (em breve teremos post sobre ele aqui). No Nintendo 64, lançou Sin & Punishment, que eu nunca joguei mas dizem que é um estouro!

    @tonshinden
    Axelay é poderoso!

    @kleber
    Já tentou rodar o SSF, emulador de Saturn? Tem que ter um bom PC, mas quebra um galhão.

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  • 07/10/2011 em 10:01 am
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    Jogo que não apenas é um dos melhores shooters de tds os tempos, como é praticamente um santo graal dos colecionadores de Saturn.
    Pena que apesar de não ser um jogo particularmente raro, ele costuma ser uns dos jogos mais caros…

    Mas o espaço pra ele na minha estante já tá reservado pra qdo eu for multimilionario 😀

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  • 07/10/2011 em 12:16 pm
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    E assim você faz minha compra do Saturn ainda mais valiosa… Arrasô Gagá!

    Não sei se é uma tendência, mas a maioria dos jogos tidos como bons, de Saturn tem tendência viciosa… Nights, Burning Rangers, Shinning Force III são exemplos de jogos que sobrevivem muito bem depois de terminados… e nos quais seu maior objetivo não é simplesmente terminar.

    Gostei desse, talvez seja o próximo a jogar… ainda mais com essa adicional de multiplayer.

    Só mais um coisa:
    “O negócio aqui não é para maricas”

    Como assim? Que porra é essa?
    Pode vir… quer ver?
    Eu aguento muito mais que você!!!!
    Seu idoso magricela!

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  • 07/10/2011 em 2:51 pm
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    Radiant é realmente um grande jogo, lembro do tempo que passava jogando o game em alugueis de final de semana! Que saudade do meu Saturn! Preciso comprar um até o final do ano, pra poder lembrar realmente a sensação de jogar ma propria tv. Parabéns pela analise.

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  • 07/10/2011 em 4:58 pm
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    Aê, o melhor jogo do Sega Saturn! 😀 Hehehe, na minha humilde opinião!

    Excelente review, Gagá, na mosca como sempre.

    A primeira vez que o jogador de shmup pega Radiant (ou Ikaruga, mas Radiant é ainda mais complexo) e sai atirando em tudo… é como o jogador de Metal Gear Solid ou Deus Ex que tenta tratá-los como FPS: o resultado não é o esperado. No caso do shmup, pontuação baixíssima é o “outcome”. O que me leva a aproveitar este comentário e enfatizar ainda mais o lance da chain, criada pelos fantásticos designers da Treasure. A preocupação entre manter a chain e manter-se vivo… é um teste constante em seu poder de decisão, como nunca vi em jogos eletrônicos.

    Comparando a chain de Ikaruga com Radiant: em Ikaruga, só temos inimigos de duas cores e pronto, podemos trocar entre eles ou não que a chain é mantida (desde que se mate 3 de cada em sequência). Em Radiant… são várias cores e muitos momentos com vários inimigos de várias cores ao mesmo tempo, criando situações onde, mesmo quando não há extrema dificuldade, o jogador é TENTADO a aumentar sua própria dificuldade tentando fazer a chain mantendo-se vivo. Detalhe: na versão da Live (que comprei no dia do lançamento pra tentar ficar com bom score no leaderboards online, rs) é possível usar um modo “Ikaruga”, onde a chain vale pra qualquer cor! Fica bem mais fácil fazer chain assim, naturalmente.

    Só pra dar uma idéia pra quem não conhece: é possível fazer 600000 pontos em 20 segundos de jogo se você manter a chain; se não manter, mas matar tudo nestes mesmos 20 segundos, você termina com, tipo, 50000 pontos apenas! Uma diferença estúpida, que premia a “ganância” do jogador. Quando descobri isso pela primeira vez (jogava Radiant sem ler manual, no melhor estilo “locadora dos anos 80”) senti a mesma empolgação de descobrir um puzzle em um adventure! 😀

    Ah, Orakio, aproveitando ainda: saca aquela arma que lança um raio de ação, e manda mísseis teleguiados nos alvos que encontra? Ela serve para descobrir vários bônus secretos no jogo (surge um gatinho quando você encontra, coisa bem japa :P) também! Inclusive, tem um logo no início do jogo, no canto inferior direito – descobri outro dia por acaso total, pois nunca se usa essa arma no início. Esse primeiro bônus secreto vale só 50 pontos, mas existem diversos outros que valem muito mesmo, o lance é usar essa arma sempre que possível. Outro bônus secreto é o de matar certos inimigos com uma certa arma, ou de certa “maneira”: há uma sequência, por exemplo, onde você deve quebrar a chain atirando de costas numa nave específica (acho que na fase 3B, logo antes do boss). O negócio, pelo que percebi, é experimentar com armas inusitadas em certos momentos. Coisa de louco.

    Ah, pra terminar: a versão da Live é uma pérola. Ao contrário da versão de Ikaruga (que sofreu sutis alterações no gameplay que mataram a experiência para os hardcores), Radiant Silvergun está 100% inalterado! Obviamente os filtros gráficos são fabulosos, blá-blá-blá, mas é possível jogar com a pixelação linda do Saturn e seus vetores anos 90, aproveitando apenas a conexão HDMI de altíssimo contraste do console moderno com a LCD. E a adição do score online, atualizado o tempo todo, é um estímulo extra sensacional pra você jogar todo dia pelo menos umas duas partidas, tentando melhorar sua posição. Como comprei no primeiro dia que lançou na Live e já jogava no Saturn, consegui ficar na colocação 71 durante a primeira semana; depois de alguns dias, os orientais chegaram e… estou em 856 (de quase 3000 jogadores) heheheheh! Mas o que importa é tentar subir minha própria posição, é uma delícia acompanhar online.

    Enfim, desculpa o comentário-review, mas Radiant Silvergun compensa cada segundo do seu tempo de jogador e leitor. Ah, e a trilha… lindíssima como Gagá citou, e é engraçado que tem alguns temas diretamente de Vagrant Story, o que indiretamente contribui ainda mais pro ar RPG desse shmup eterno mesmo!

    Valeu Gagá!

    PS: pra quem se interessar, deixo aqui o link do post que inaugurou o nosso blog, o Cosmic Effect, justamente… de Ikaruga! http://cosmiceffect.com.br/2010/02/26/ikaruga-x360/

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  • 07/10/2011 em 5:35 pm
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    Ei Gagá tera mais jogos do Saturn aqui no blog, na minha infancia (qua ainda ta acontecendo já que tenho 14 anos) Eu só encontrava ocadoras com PS2’s e PS1’s, quando eu entrava numa locadora tinha sempre aquele SUper Nintendo esquecido ai eu ia jogar, malditos sortudos. Só nesse ano eu fui tocar pela primeira vez em um Mega Drive, em um Gamecube, em Super Mario All-Star, é a segunda vez que eu toco num Nintendo 64. Porque só deu pra afzer isso finalmente comprando todos esses consoles e jogos. E só por esse jogo já encomendei o meu Sega Saturn que anseava já a um tempinho. Então esperaria que você fizesse mais analises dos jogos de Saturn e também de Dreamcast (que não tenho) pq esse sistema é simplismente muito foda, Ah e se tu fizesse uma analise de Panzeer Dragon ou de Nights ia deixar um retrogamer de 14 anos muito feliz. (Ums jogos de GameBoy também não afzem mal a ninguém) E muita diversão para você

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  • 07/10/2011 em 6:24 pm
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    @Marcelo Montello
    Um Retrogamer de 14 anos de idade? Taí uma surpresa… e das grandes! É muito legal ver alguém mais novo se interessar também por jogos mais antigos.
    Muitos destes jogos ainda estão por aí, inalterados e rodando em máquinas atuais… sejam em portáteis ou consoles “de mesa”.
    Na minha classe do inglês, eu sou o “tio”… sou o mais velho “disparado”. Tenho 34 anos numa turma onde a média é, sei lá, cerca de metade da minha.
    Esses dias, um deles perguntou se eu gosto de videogames, respondi que sim, mas que tenho ressalvas com os atuais porque a maioria dos títulos não me agradam.
    Conversando, ele disse que gostava mais de jogos de corrida e a série Need For Speed era a melhor de tempos. Eu brinquei dizendo que o jogo de corrida que mais gostei até hoje, é o Super Monaco GP 2. Ele riu dizendo: “Isso é de Mega Drive! Eu nem era nascido ainda”.
    Retruquei, mas achando interessente a afirmação dele : “As coisas não estão tão mal… você conhece o jogo. Isso já é uma prova do quanto ele foi bom em sua época. Dê uma jogada nele em emulador e depois a gente conversa”.
    Para minha supresa, ele não só jogou como gostou. Disse que era um jogo dificil “virado na porra”, que iria concluí-lo e que já estava na 5ª temporada pilotando a Dardan). Ainda conseguiu enxergar um grau de realismo muito bom num jogo tão antigo, que a sensação de velocidade e jogabilidade eram muito bons.
    Em suma, há jogos bons, mesmos nos antigos ou nos consoles da atual geração. É questão de deixar um pouco o preconceito de lado e experimentá-los.
    Até mais.

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  • 07/10/2011 em 10:29 pm
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    @Douglas Deiró
    Sempre me interessei por jogos antigos enquanto todos os meus amigos tinham um Playstation eu tinha um SUper Nintendo e não tava nem ai que els tinham um videogame mais avançado, eu não vou mneitr não queria um PS e sim um Nintendo 64 eu achava os gráficos muito melhores e tinha Mario!, mas no fim quando eu ganhei o meu PS1 eu descobri que para ter ele eu tinha que me desfazer do Super Nintendo, eu logo devolvi o PS sendo que era uma pegadinha que meus pais pregaram em mim, não importava a escolha eu ia ter que ficar com o Playstation, mesmo eu tendo só ganhado meu Super Nintendo em 2000 e pouquinho, eu era a unica pessoa a ir na locadora alugar fitas, e era realmente bem longe, até deu pra dar o ganho numa das fitas já que a locadora fechou antes de eu devolver a fita. Hoje em dia a minha coleção só continua pq minha mãe ainda acha que eu só tenho 2 videogames, sendo que na verdade eu tenho 7 (todos muito bem escondidos), Todo o dinheiro que eu ganho para colocar crédito no celular, comer e andar de busão, vai pros meus games que aqui em Natal, o fim do mundo, as fitas são dificeis de achar e são muito caras, ta certo que não é dificl de achar Super Mario WOrld e Mario All-Star, jogos do Sonic do Mega também, sendo que é imposivel, isso mesmo IMPOSSIVEL! achar jogos de NES, Master System, TurboGrafx, Sega CD, 32X, jogos de Game Boy, COlor e Advance (amenos que esteja muito caro), jogos de 64 não importa o quão merda seja praticamente custam de 50 reais pra cima, é isso inclui Superman 64, é mais impossivel ainda encontrar jogos orignais de qualquer plataforma baseada em Cd’s, principalmente dos primeiros consoles a CD, como o Playstation e o Saturn (que nunca vi um pessoalmente) Dreamcast se eu falar esse nome aqui as pessoas dirão, “eu não vendo esse doce aqui” . Ah e eu gosto muito de SUper Hang-On do Mega Drive eu tenhoa fita aqui na verdade. Flicky tbm é muito bom mas eu sou muito ruim no jogo, eu mal chego a decima fase kkk. Só pra finalizar vou mostrar a minah coleção de consoles. Super Nintendo, Mega Drive, Nintendo 64, Playstation 2 (bloqueado!), Nintendo Gamecube, Nintendo Game Boy Color e um Xbox 360 (tbm só jogos orignais). Eu não vou mjentir que acho que sou muito ruim pq os jogos de atualmente são muito faceis e tem save points e checkpoints a cada 5 segundos, sendo que antes era perca suas vidas e volte pro começo foi isso que me fez desistir de zerar Sonic 2, já que demorei muitas vidas para chegar na antepenultima fase só pra morre, foi quase meia hora e morri

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  • 08/10/2011 em 1:52 am
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    @Marcelo Montello
    Eu passei por algo semelhante…
    Na época dos 32 bits, eles eram muito caros o que me fez jogar Mega Drive até 2000. Mas, como eu já tinha um Sega CD e, em 1998, eu ganhei um PC, eu não senti tanta vontade em ter um Playstation [PS}.
    O PS, sempre o achei muito vagabundo e, não raro, ia na casa de alguém e via o aparelho de cabeça pra baixo [literalmente] porque seu leitor óptico desalinhou. Somado ao fato de ter os piores controles já desenvolvidos para um videogame [em minha opinião e acostumado com maravilha que era o joypad/6 botões do Mega Drive], loadings absurdos e uma penca de jogos que deveriam ter sido lançados direto na lata do lixo de tão ruins, me fizeram pegar bronca e nunca quis saber do console da Sony. Eu quis mesmo um Saturn… este sim era videogame! Já vi um cair de uma mesinha de centro e o jogo só deu uma pausa pelo tranco… mas logo voltou a rodar o game.
    Ainda assim, quase tive um PS, dada a facilidade de se conseguir os CDs de jogos mas, aí apareceu o… Nintendo 64. Tive um N64 em troca pelo meu Mega/Sega CD [hoje me arrependo de ter feito isto] feita em 1 de Abril de 2000. Joguei bastante até mas, em setembro, conheci um Dreamcast. Fiquei maluco ao ver o Soul Calibur e, no dia seguinte, comprei um [e o N64 foi vendido para pagar uma das prestações].
    Quanto so jogos atuais, concordo contigo… em sua maioria, são ridículos de fáceis e cheios de save states. Só queria ver um gamer comum de hoje encarar um Mega Man 3, um El Viento, um Hell Fire sem usar continues. Vão desistir logo na primeira fase.
    Você citou o Sonic 2, mas ele tem uma dificuldade acima da média da Sega [moderada, já que não era uma filosofia da empresa fazer jogos muito difíceis], não chega a ser impossível. O bom dele é a “exploração” pois é interessante pegar todas as esmeraldas do Kaos e assistir à todas as variações de finais [Sonic sem as esmeraldas, Sonic com as Esmeraldas, Tail sem as esmeraldas, Tails com as esmeraldas, Super Sonic e Super Tails].
    Por fim, minha coleção de videogames. Ela tem a ver com os consoles adquiridos para jogá-los tão somente… e foram ficando. Não chego a correr atrás de games com intuito de fazer um “museu” [embora, até esteja parecendo. Rss!].
    Possuo:
    _ Dynavision [sistema Atari];
    _ Master System II [eu tive o primeiro MS, que troquei num…];
    _ Top Game Vg 9000;
    _ Master System Super Compact;
    _ Game Boy [o original];
    _ Game Boy Advance;
    _ Dreamcast;
    _ Mega Drive [o Super MD 3 da Tec Toy, com 70 jogos na memória que comprei em 2006];
    _ MD Play [o Mega Drive portátil];
    _ Dynavision Cybergame;
    _ Zeebo [Sim! Eu sou um dos “3” donos deste videogame. Rss!].
    Vou indo nessa [direto pro novo post, sobre um dos jogos que mais gostei “ever”: o E-SWAT].
    Até mais!

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  • 08/10/2011 em 12:59 pm
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    @Douglas Deiró
    As minhas bos lembranças com o Playstation foram com Megaman em que quando eu ganhei o meu, o modelo era o recem-lançado PSone e nele eu ganhei Um tal de Megaman Collection, eu não tinha a minima idéia de quem era Megaman na época mas a abertura em anime de Megaman X4 e X5 me fizeram gostar muito da série, mesmo que eu tenha zerado primeiro o X3, perdi muitons bom jogos do PS1 pelo meu amor pelo Super e porque na época que eu tinha um Super todos os meus migos tinham um tal de “Master System”, e todos ficavam falando sobre Sonic e eu tinha só o velho Mario que fiquei muitos anos sem jogar. Mas com o PSone fui feliz graças aos muitos RPG’s que nao tive acesso quando tinha o meu Super, como já disse fui ter um Mega Drive esse ano só e por enquanto só tenho 3 fitas, mesmo 1 sendo 10 in 1. Ahe eu não cleciono muito pra só ter uma coleçõ megalomaniaca, o PS2 eu realmente só tenho ele porque um amigo meu me vendeu por 60 reais, desde que comprei não pude jogar por falta de dinheiro e de tempo para procurar jogos originais.
    @Tonshinden
    Eu não nem como é que o povo daqui sabe o que é Mega Drive, eles não sabem a maioria dos consoles já lançados, nas vendinhas daqui só tem SUper Nintendo, PS1, PS2 e as vezes um ou dois jogos de Mega Drive

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  • 11/10/2011 em 8:57 am
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    Bem sobre essa “pérola” também fui um dos afortunados em terminar ele, mas é um game difícil a beça.

    Não tenho muito o que dizer, mas como sou amante desse tipo de jogo em especial, é um dos mais trabalhosos em zerar.

    O Eric tá bem na foto e no ranking.

    Mas os orientais são doidos e terminam isso de olhos fechados (ou quase).

    Ainda bem que temos internet para downloads senão nunca teriamos a oportunidade de jogar isso.

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  • 11/10/2011 em 9:46 pm
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    ” seria humanamente impossível memorizar todos os padrões e a rota percorrida por todos os tiros”
    Você já ouviu falar num país chamado Japão? Hahaha!
    Esse com DonDonPachi e Ikaruga formam a tríade suprema de shooters na minha humilde opinião. Ótimo post!

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  • 12/10/2011 em 2:10 am
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    Boa Gagá XD Radiant Silvergun é ótimo e é sim DIFÍCIL PRA DIABO, pqp como esse jogo é fdp! Não sei qual é mais pauleira, Silvergun ou Ikaruga, mas não é por acaso que ambos são da Treasure! Gosto pouco dessa empresinha viu….. Experimente Sin and Punshment Star Sucessors, do Wii, tipo, AGORA!!!

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  • 13/10/2011 em 5:45 pm
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    Apenas não entendi o motivo de voce usar sua placa de captura pra esse jogo.

    Ele roda 100% em um C2D de forma magistral no emulador SSF. E olha que voce pode habilitar filtros e tudo, alem de jogar a 60FPS.

    RSG é um bom jogo, mas longe de estar no mesmo patamar que Gaiares, Thunder Force 3 e R-type, jogos que sempre estarão entre os mais bem feitos de todos os tempos.

    Na verdade depois da era 32 bits, não vi shooter algum que faça jus ao estilo.

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  • 13/10/2011 em 7:34 pm
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    @O Dono do Meu Anel
    Opa, mais um fã de shooters horizontais detectado na atmosfera do Gagá Games ^_^

    Eu não curto muito jogar em emulador, prefiro jogar no console mesmo. Quando não dá, paciência, emulador na cabeça.

    @Sabat
    Nem fala, eu tô há séculos para jogar Sin & Punishment. Nunca joguei nem o primeiro, e tenho a clara sensação de que vou amar loucamente.

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  • Pingback:Shooter que me pariu: Blazing Star (Neo Geo/PC) – GAGÁ GAMES

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