Saudações a todos! Depois de já ter conquistado o meu objetivo inicial no ‘Twin Galaxies Project”, Dr. MAME volta aos clássicos obscuros dos Arcades.

Nesse terceiro post da série, trago a vocês um jogo que, mesmo sendo simples até mesmo para o ano que foi lançado, têm uma jogabilidade extremamente viciante e exigente para as habilidades do jogador, mesmo fazendo uso de apenas 1 botão de ação. Acha impossível? Então acompanhe o restante do post.

Como já disse em posts anteriores, o MAME é uma caixa enorme de surpresas, de relíquias completamente desconhecidas. Muitas dessas relíquias vêm de empresas desconhecidas do grande público, que conseguem, em muitos casos, trazer uma certa inovação. Mas outras relíquias vêm de empresas conhecidas do grande público. Essas normalmente surgem quando a desenvolvedora resolve atacar em um “gênero” não tão explorado por ela (ou pelo menos não correspondente a sua maior franquia). Esse é o caso do jogo de hoje.

Alguém está precisando ir ao barbeiro aqui? Será esse o objetivo do jogo? =D

“Mustache Boy’ é um jogo desenvolvido pela March e distribuido pela Seibu Kaihatsu em 1987, portanto três anos antes de ter criado a sua maior franquia, a série Raiden. Ao invés de apostar num shooter, como sua produção mais famosa, temos aqui um clássico puzzle, onde temos que guiar um sujeito de bigode (sim, o nome do jogo em inglês não foi causado por uma tradução infame do japonês!! =D) através de 50 fases labirínticas, onde ele precisa passar por todos os quadrados/espaços, coletando pontos e power-ups, além de desviar dos inúmeros inimigos que aparecem na tela. E para isso, você conta com o poder do…pulo!?

Primeira fase do jogo!

Sim, ao contrário de boa parte dos jogos , onde temos sempre alguma ação ofensiva, aqui a única ação permitida (além de andar) é pular. Mas ao contrário do que possa parecer, a simplicidade é um fator bastante positivo para o jogo, uma vez que se trata de um puzzle de ação, onde mais do que destruir tudo, o mais importante e percorrer todos os espaços para passar para o estágio seguinte. Além do pulo, existem mais duas maneiras de se safar dos inimigos: passando por cima de quadrados sinalizados com o desenho de uma bomba, que explode segundo depois de você pisar nela; ou passando por cima de quadrados sinalizados com a palavra “KILL”, o que liquida instantaneamente todos os inimigos da tela.

I might as well jump. Jump! =D

Os gráficos, como foi dito anteriormente, são simples. Bastante simples. Mesmo considerando o ano de 1987 (afinal de contas, já tínhamos nessa época, Space Harrier, por exemplo). Entretanto, mais uma vez a simplicidade é totalmente benéfica ao jogo, uma vez que, explorando uma “visão de cima” à tela do jogo, permite que o jogador se concentre no básico, sendo extremamente funcional. Talvez a falta de profundidade atrapalhe em alguns momentos, mas nada que alguns momentos de jogatina não resolvam. E toda essa aparente simplicidade esconde um gameplay totalmente refinado. Sim, pois os cenários são extremamente variados, com inúmeras armadilhas dispostas a atrapalhar o seu caminho, fazendo com que os pulos sejam, em muitos momentos, milimétricos. Quase como que uma evolução de Q-Bert.

E agora, como alcanço aquele “stop” isolado lá no fundo?

Enfim, “Mustache Boy”, apesar da escolha incomum de protagonista (Por que um senhor de meia-idade – ou saído dos anos 70 – de bigode? E por que isso é tão importante a ponto de ficar evidenciado no título do jogo?), e de não ter gráficos que entusiasmem, é um jogo que vale a pena. Com seu gameplay simples de apenas um botão, mas que esconde uma jogabilidade bastante refinada, é um dos vários exemplos de como um bom gameplay compensa tudo. Caso duvidem, aqui vai o gameplay dele:

Até a próxima e viva os Arcades (e o MAME)!!

Relíquias do MAME #03 – Mustache Boy

5 ideias sobre “Relíquias do MAME #03 – Mustache Boy

  • 26/09/2012 em 10:39 am
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    Bizarro. 😀

    Não conhecia Mustache Boy. O jogo parece ser interessante, mas não me senti atraído para jogá-lo. Acho que só o video me bastou… 🙂

    Agora, o protagonista na tela de abertura me lembrou Albert Einstein. Agora eu sei como ficaria o grande gênio da física se ele fosse ruivo!! 😀

    Bizarro! 😀

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  • 27/09/2012 em 10:37 pm
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    só clássicos!!!!clássicos dos clássicos!!!!tem muita coisa dos arcades que eu não conheço e fliperamas da vida,,,,mame,,,só raridades e muita coisa que eu não conheço,,,muitos jogos antigos que ainda são e se tornarão novidades para mim e para muitos,,,,bons tempos!!!!dukaralho mesmo!!!!valeu

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  • 27/09/2012 em 11:52 pm
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    Dr, esse jogo parece viciante – sou suspeito pra falar de puzzles rs.
    Aliás, será que nessas andanças você não se deparou com um jogo de alguma plataforma de flipper que não me lembro qual é, em que o jogador controla uma mola que, para andar, se dobra sobre ela mesma? Estou tentando lembrar o título há anos ¬¬.

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