Eis que surge mais uma edição do Recordar é envelhecer! O game que eu, André Breder, recordo desta vez é um que definitivamente marcou para sempre minha infância: trata-se do clássico imortal chamado Castlevania! Ele é simplesmente o game que mais joguei do NES até hoje! Bem, espero que os leitores do Gagá curtam mais este texto rebuscado deste velhinho aqui. Boa leitura!

E nasce o nome “Castlevania”

Simon Belmont invade o Castelo do Mal!

Em 1987 a Konami iria levar para o NES, o console de 8 Bits da Nintendo, uma versão praticamente idêntica do jogo Akumajo Dracula, que havia sido lançado para o Famicon no ano anterior. Alterando o nome do game no mercado americano para Castlevania, este jogo logo se tornaria um dos mais populares na época entre os gamemaníacos. Por causa da popularidade crescente do NES, muitos até hoje pensam que Castlevania foi o legítimo primeiro jogo da série, mas a Konami havia lançado primeiramente dois jogos, o Akumajo Dracula para Famicom e o Vampire Killer para o computador doméstico MSX, sendo que ambos saíram no ano de 1986.

Castlevania era um jogo de ação simples, tendo um modo de jogo mais linear, assim como visto em Akumajo Dracula, e sendo portanto, bem diferente do jogo Vampire Killer, onde o foco principal era a exploração. A estória de Castlevania era a mesma já vista em Akumajo Dracula e Vampire Killer: no ano de 1691 Dracula voltou do mundo dos mortos e somente um descedente do lendário clã Belmont pode destruí-lo. O destemido Simon Belmont seria então o próximo de seu clã a adentrar no território do inimigo e cumprir seu destino, fazendo com que Dracula voltasse novamente para o inferno!

Além do lendário chicote “Vampire Killer”, Simon podia também fazer uso de armas secundárias das mais diversas, cujo uso se fazia a custo de corações que eram obtidos com a destruição de inimigos e de candelabros com velas acesas, algo que se tornaria uma marca registrada na série.

Gráficos simples mas bem trabalhados

Os gráficos de Castlevania são simples como de todos os jogos do início do NES, mas os fundos de tela são bem trabalhados com muitos detalhes. Castlevania realmente foi um jogo que surpreendeu a todos na época em que foi lançado, por seus cenários muito bem elaborados e bonitos, mesmo que esta versão fosse inferior a do MSX. A qualidade gráfica logo seria mais um fator marcante nos demais jogos da série que seriam lançados nos anos posteriores.

Efeitos Sonoros que fizeram barulho para a época!

Dracula tem muitos servos fiéis…

Os efeitos sonoros deste jogo foram os melhores de sua época em um console. Foi um dos primeiros jogos do NES a utilizar vozes. Simon soltava um grunido sempre que era atingido, algo que hoje pode ser considero um efeito bem simples e básico, mas que na época chamou bastante a atenção. Os esfeitos do som do chicote e das armas secundárias estavam muito bem feitos, e eram bastante agradáveis de se ouvir! Enquanto muitos jogos da época tinham “barulhinhos irritantes”, Castlevania mostrava que desde sempre primava pela boa qualidade dos efeitos sonoros, que tinham um clima mais adulto e sério.

Trilha Sonora inesquecível!!!

As músicas seriam sem dúvidas, o grande destaque do jogo! Mesmo com a fraca qualidade sonora do NES, qualquer um perceberia a grandiosidade das composições de Castlevania! Quase todas as músicas se tornaram clássicas, e apareceram em vários jogos da série Castlevania lançados posteriormente. Este seria outro fator marcante na série, que sempre traria trihas sonoras de uma qualidade suprema em seus jogos!

Jogabilidade ruim

Mas nem tudo seria perfeito nesta primeira investida da série no NES. Havia alguns problemas de jogabilidade que muitas pessoas se queixaram na época, principalmente dos controles serem bastante duros. Uma vez que você saltava com Simon, por exemplo, não se podia mudar a direção no meio do ar, então bastava um cálculo errado na hora de pular para acabar caindo em um abismo. O manejo do chicote também era um pouco problemático, e ele não era exatamente a mais “poderosa” das armas quando você tinha que acertar objetos menores (especialmente as cabeças de Medusa flutuantes). O uso do chicote requeria uma cronometragem exata para acertar um alvo de maneira precisa. Mesmo assim, em pouco tempo de “jogatina”, o jogador se acostumaria com os controles e passaria então a se divertir muito com este jogo.

Um jogo bem, mas bem difícil mesmo!

Encarando a Dona Morte…

Outro problema principal em Castlevania era a sua dificuldade, com fases cheias de inimigos e abismos. Muitos dos chefes, dentre os quais podemos destacar o Frankenstein e a “Dona” Morte, enviaram pessoas ao hospício devido à dificuldade deles/delas. Havia continues infinitos, mas vencer o jogo requeria bastante paciência, dedicação, estrátegia e sorte!

Nascia uma lenda!

Castlevania é hoje, com todos os méritos, um verdadeiro clássico da série, um referencial para todos os jogos posteriores, um jogo obrigatório para qualquer fã da saga dos Belmonts! Sendo o primeiro que joguei da série, ele é até hoje muito especial para mim, e confesso que mesmo com tantos jogos “modernos”, eu sempre jogo este ótimo Castlevania. Já perdi a conta de quantas vezes já detonei este jogaço! A série Castlevania não podia ter começado de forma melhor no grandioso NES! Mas isto seria apenas o começo… o melhor ainda estaria por vir, felizmente!

Recordar é envelhecer: Castlevania (NES)
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6 ideias sobre “Recordar é envelhecer: Castlevania (NES)

  • 27/01/2009 em 5:51 pm
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    Meu velho, esse jogo eu nunca joguei, mas já vi os molequinhos da minha época de adolescente jogarem… Mas um que eu tenho boas recordações é do Super Castlevania IV SNES… O clima era tudo de bom, e tinha aqueles morcegos voando, aquelas caveiras jogando pedaços de si, tinha aquele lance de passar para o outro lado da cerca… e quando entrava na casa? Minha nossa! Que musica… um verdadeiro show de inovação para a época assim como esse jogo pelo que eu pude ver… Faz tempo que não jogo nada desse gênero, e vendo essa matéria, fiquei com vontade até de jogar essa versão NES…

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  • 28/01/2009 em 9:10 am
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    Lembro de quando joguei Vampire Killer no MSX e fiquei doido. Outro dia peguei para jogar e enxerguei mil defeitos (especialmente o fato de que quando você está perto do lado direito da tela os inimigos continuam vindo, e fica bem difícil mudar de tela sem levar uma bordoada). A série evoluiu muito, mas o fato é que Castlevania, felizmente, continua sendo uma série terrivelmente divertida. Parece que os anos não passam para Castlevania.

    Altas lembranças de Castlevania IV do SNES também, Yoz…

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  • 29/01/2009 em 8:05 am
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    O velho gagá aki esqueceu d ler até hj,rs… mas essa série é perfeita… mas um jogo q remarcou Castlevania foi o Symphony of the Night, primeiro pq vc não jogava com alguém da família Belmont, e sim com o proprio filho do Drácula: Alucard, segundo pq virou um jogo estilo Metroid, com idas e vindas para mesma parte para poder vencer seus 206%,rs…. e não podemos esquecer da trilha sonora desse jogo(tenho um cd com ela,rs)… e esse ultimo Castlevania q lançaram o Order of Ecclesia krak, voltaram a deixar dificil… nenhum dos chefes venci d primeira… mas adorei o jogo d qq maneira

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  • 21/01/2011 em 4:18 pm
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    cara, muito boa sua retroanálise de castlevania. parabéns. quando joguei no meu phantom system, em 1990, eu e meus primo ficávamos até tarde da noite tentando passar da Morte para chegar ao Drácula. Confesso que a gente morria de medo daquela fase final, onde se sobe uma escadaria, com a lua ao fundo, com aquela musiquinha de terror!! Bons tempos…

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