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Sequência inverte a fórmula de Ocarina of Time, e resultado é único

Este post é parte do Dossiê Zelda que estou preparando para o Gagá Games e o Cosmic Effect. Para acessar o índice deste dossiê e ler os posts que este velhaco preparou sobre outros jogos da franquia, clique aqui.

Como eu contei no meu post sobre Ocarina of Time, peguei o bonde dos Zeldas 3D andando, e só agora em 2010, com anos de atraso, comecei a jogá-los. Pode não parecer, mas isso tem algumas vantagens. Por exemplo, quando terminei Ocarina fiquei louco de vontade de viver mais aventuras com Link, e vejam só, lá estava a continuação direta do jogo, Majora’s Mask, esperando para ser baixada no Virtual Console por apenas dez dólares!

Que Majora seria um bom jogo, disso eu tinha certeza. O problema é que Ocarina é um dos maiores jogos de todos os tempos, considerado por boa parte da crítica como um título perfeito. Se você resolve lançar uma sequência para um jogo desses, no mesmo console e usando a mesma tecnologia, como fazer para que ele não fique à sombra de seu antecessor?

É simples: vire tudo do avesso.

Majora’s Mask: O dia da marmota

Um brevíssimo resumo da história: depois dos eventos de Ocarina, Link passeia por uma floresta com sua égua Epona quando é abordado por um rapazinho mascarado. Ele rouba Epona e transforma Link em uma bizarra criatura que mais parece uma planta. Link descobre que seu novo adversário está tocando um baita rebú na região, e que sua máscara, a máscara de Majora, é tremendamente poderosa.

A sequência de abertura é fenomenal, um dos trabalhos mais admiráveis da Nintendo. É um lance meio Alice no País das Maravilhas, só que bem dark e sinistro. Estou colocando o vídeo aí embaixo. Pegue uma pipoquinha e se ajeite aí na cadeira, vale cada segundo do seu tempo.

Mas qual é a grande novidade de Majora’s Mask? Bom, o tal mascarado está fazendo uma mandinga brabíssima para que a lua (que tem um rosto horripilante, diga-se de passagem) se mova na direção do planeta. Quando a aventura de Link começa, a lua já está quase despencando, o povo está pensando que o mundo vai acabar (e com razão) e nosso herói tem apenas três dias para voltar à sua forma normal, derrotar quatro gigantes, impedir que a lua destrua o planeta inteiro e peitar seu inimigo. E são três dias segundo o tempo de Zelda, o que se traduz em umas poucas horas.

Onde está o truque? Com sua infalível ocarina, Link pode tocar a canção do tempo e voltar ao primeiro dia de jogo sempre que quiser. Ele mantém os itens importantes que conseguir, como máscaras e equipamentos especiais, mas todo o resto do jogo reseta. Você perde os itens comuns que coletou, as amizades que conquistou (todo mundo esquece de você) e perderia até o dinheiro, se não fosse por um engenhoso e hilariante sistema bancário à base de carimbos…

majora-link_scrub

Com a máscara de Deku, Link pode girar, atirar e ser lançado por plantas como se fosse uma bala de canhão

Esse é o ponto de ruptura de Majora com Ocarina. Enquanto no título anterior havia um recurso dramático (que não vou comentar para não estragar a surpresa para quem não jogou) que fazia a aventura parecer verdadeiramente épica, estendendo-se por anos, Majora segue o caminho inverso e enfia meses de aventura em míseros três dias. É até difícil comparar as jornadas dos dois jogos, porque aqui há um claro esforço em manter as épicas aventuras de Link contidas em uma pequena redoma. É totalmente anti-épico e anti-climático, porque para o mundo que você está salvando, apenas três dias comuns se passaram. Só você sabe quantas vezes teve que repetir esses três dias, e quantos pepinos encarou. A ideia é muito louca e arriscada, mas felizmente deu certo.

“A ideia era usar o sistema de controle do tempo de Ocarina of Time, e também criar um mundo bem complexo, capaz de oferecer aos jogadores várias experiências diferentes, em vez de um mundo enorme. Então decidimos colocar o jogo em um período de três dias específicos.”

— Eiji Aonuma, que assumiu a direção da franquia com Majora, em entrevista à revista Edge (em português na nona edição da EDGE brasileira).

Mandando as convenções para as cucuias, a cidade principal (muito apropriadamente chamada de Clock Town) é uma espécie de mini-Shenmue. Cada habitante tem sua rotina, seguindo à risca seus próprios horários. A recepcionista do hotel serve o café da manhã à sua mãe todos os dias no mesmo horário; o carteiro coleta as cartas nas caixas de correio pela manhã, volta para casa para dormir ao meio dia e sai na parte da tarde para fazer as entregas; as dançarinas ensaiam no meio da rua à noite. Link logo ganha um livro de anotações, onde linhas do tempo registram as rotinas dos habitantes, assinalando os horários de eventos relevantes. Em poucas horas você vai começar a entender como a cidade funciona, e conhecer as alegrias e os dramas de cada habitante: a mulher do prefeito que procura pelo filho desaparecido; as vacas que são sequestradas por alienígenas no rancho de Romani (!)… para resolver esses problemas, você vai ter que ir e voltar no tempo várias vezes, porque informações e itens especiais obtidos no terceiro dia podem ser úteis no primeiro.

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A lua chega a dar arrepios… ela está sempre no céu, lembrando da urgência de sua missão. Dá até medo de olhar para cima!

Quem já assistiu ao filme “O Feitiço do Tempo” deve estar familiarizado com essa situação. Cada retorno ao primeiro dia é mais uma chance para que Link faça tudo direitinho, ajudando aos habitantes da cidade e deixando todo mundo feliz. A grande tragédia aqui, porém, é que não é possível estar em todos os lugares ao mesmo tempo, e na sua última corrida para terminar o jogo, você certamente vai ter que abrir mão de ajudar algumas pessoas. Quando fechei Majora pela primeira vez, fiquei pensando no pobre macaquinho capturado pelos deku scrubs. Como não dava tempo de ir salvá-lo e terminar o jogo, eu fico me perguntando o que terá acontecido com ele… mas claro, se você for um humano frio e insensível, uma espécie de Adolf Hitler contemporâneo, não precisa perder muito tempo ajudando às pessoas, e pode ir adiante com a ação. Só fique sabendo que conhecer as rotinas de cada pessoa não só vai revelar cenas muito interessantes e divertidas, como ainda ajudá-lo a ganhar novos equipamentos e máscaras.

Eu disse máscaras?

O baile dos mascarados

A outra grande novidade de Majora’s Mask são as máscaras. Elas se dividem em dois tipos: o primeiro pode conferir habilidades especiais a Link, como um olfato apurado ou a capacidade de correr mais rápido; o segundo transforma Link em outras criaturas, o que é essencial para terminar o jogo. Você não vai precisar de todas as máscaras, mas se conseguir todas (o que exige bastante investigação com os habitantes deste mundo) vai poder assistir ao final completo do jogo. Lembram do povo da princesinha aquática de Ocarina? De posse da máscara do Zora, Link vira um deles e pode nadar a toda velocidade em fases aquáticas. É um sistema dinâmico e interessantíssimo, e a sensação que se tem ao conquistar uma nova máscara é a de que o mundo inteiro precisa ser explorado novamente, já que os talentos obtidos com a nova máscara podem abrir novos caminhos. É realmente fantástico como o mesmo mundo pode parecer tão amplo e nem um pouco cansativo mesmo quando você está sempre repetindo os mesmos três dias.

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Poucos RPGs têm personagens tão vivos e cativantes quanto Majora’s Mask

Eu já disse que é difícil comparar as histórias de Ocarina e Majora, mas em alguns pontos este segundo jogo leva vantagem: os locais visitados, os personagens encontrados e os eventos que você vai presenciar são ainda mais admiráveis. O jogo está entupido de eventos, e a forma como eles se relacionam uns com os outros é de cair o queixo de qualquer um. Impossível não abrir um sorriso de satisfação ao se ver na corte dos scrubs, e presenciar toda aquela festa e agitação, ou ao tentar fazer aquele maldito bebê Goron parar de se esgoelar! Os personagens parecem vivos de verdade, você se apega a eles. Para completar, a sua interação com cada povo muda se você estiver usando a máscara de transformação para se passar por um deles. Se você achava que havia muito a ser explorado em Ocarina, prepare-se para ter muito mais trabalho desta vez.

Mas cadê os labirintos?

Calma, gente, eu sei que Zelda sem labirinto não é Zelda, e ninguém precisa ficar preocupado achando que o jogo é só lero lero e pouca ação. São quatro labirintos principais, os templos, mas há muitos outros que você precisa explorar. O design dos templos é, no mínimo, tão bom quanto em Ocarina, mas a variedade é maior, já que é preciso botar à prova as novas habilidades que Link conquista ao usar suas máscaras. O equivalente ao poderoso Water Temple aqui seria o quarto labirinto, que pode ser virado de ponta-cabeça. Se desenhar um labirinto já deve ser um trabalho enorme, imaginem desenhar um que funcione no sentido normal e de cabeça para baixo? Não dá para elogiar o suficiente o trabalho dessa turma.

“Nós tínhamos que fazer algo diferente de Ocarina. A histório por trás de Majora, a razão de ele ter sido o que foi, e de termos usado o mesmo Link, é tudo por causa de Ocarina.”

— Eiji Aonuma, na mesma entrevista.

Como se já não bastasse o design quase perverso desses ambientes, lembre-se que o tempo não para, e que se você não fechar um labirinto em três dias, vai ter que fazer tudo outra vez. Felizmente Link aprende uma música que faz o tempo andar mais devagar, mas ainda assim você pode viver alguns momentos de tensão, enquanto corre para derrotar aquele chefe antes que o tempo se esgote.

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Com a máscara do Zora, Link dispara por um dos muitos túneis aquáticos do templo de Great Bay

E o que acontece quando o tempo acaba? Bom, acontece aquilo que a maioria dos jogos diz que vai acontecer se falharmos, mas que poucos mostram (só me vem à cabeça Chrono Trigger agora): o mundo acaba mesmo! Você presencia toda a destruição, com a Lua se chocando lentamente com a superfície, a cidade sendo destruída e todos correndo em desespero para fugir da inevitável tragédia que se abate sobre o mundo. É assustador, e depois de assistir à cena uma vez, você certamente vai se esforçar ainda mais para que aquilo não aconteça, nem que para isso seja preciso tocar a canção do tempo mais de cem vezes para voltar ao primeiro dia e começar tudo outra vez…

É melhor que Ocarina?

Taí uma pergunta complicada, e talvez desnecessária. Eu fiz essa pergunta à turma do Twitter antes de começar a jogar Majora, e a grande maioria disse preferir Ocarina. Mas uma coisa que eu notei é que muitas pessoas que opinaram não chegaram a terminar o jogo, o que dá força à minha impressão de que a primeira metade do jogo é difícil — não em termos de habilidades, mas sim por ser muito diferente do que se espera de um jogo da franquia. Eu estranhei a levada meio quebrada e esquisitoide no início, mas Majora é um jogo que vai te conquistando aos poucos. Depois de passar da metade, ou depois de concluir missões como a do sequestro de vacas no rancho de Romani, você percebe que está jogando um jogo muito especial, e aí começa a admirar muito aquela esquisitice toda.

majora-mascara

O clima desta aventura é bem mais sombrio do que o de Ocarina… este é Link, ao usar uma máscara de transformação

Eu não sei dizer se Majora é melhor do que Ocarina. Sem dúvida, Ocarina é mais épico e narra uma aventura mais… emocionante, no sentido “lacrimoso e afeminado” da palavra, porque você tem vontade de chorar quando termina. Mas o “durante” de Majora, e os vários eventos memoráveis dele, vão mantê-lo entretido e intrigado como nunca.

É de se admirar a coragem da Nintendo e da equipe de desenvolvimento do jogo em tocar adiante uma proposta tão ousada e única com uma franquia estabelecida como Zelda. A Nintendo sempre é tida como conservadora, mas se pararmos para pensar, fazer o que ela fez com Majora’s Mask, transformar a série Metroid em um FPS ocidental em Metroid Prime e lançar um console como o Wii mostra que a empresa tem um valor inestimável para o mundo dos videogames. Se todo mundo fosse conservador que nem a Nintendo, nós teríamos jogos muito mais interessantes para jogar hoje em dia.

The Legend of Zelda: Majora’s Mask foi lançado para o Nintendo 64 em abril de 2000. Ele exige o uso do acessório Expansion Pack. Para quem não tem o console ou o acessório, o jogo pode ser comprado via Virtual Console, por 1.000 WiiPoints (dez dólares).

The Legend of Zelda: Majora’s Mask

35 ideias sobre “The Legend of Zelda: Majora’s Mask

  • 11/11/2010 em 8:17 am
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    Majora é bem mais dark mesmo, e chega até a ser assustador em alguns momentos – como nos chefes de templos ou naqueles gigantes que aparecem quando você os finaliza – e cativante em outros, principalmente com as side-stories dos personagens do jogo. Acho que essa é a parte mais legal do jogo: ajudar os personagens a resolver seus problemas, e ser recompensado por isso!

    A dificuldade é bem maior mesmo, acredito que foi por isso fez muita gente preferir Ocarina.

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  • 11/11/2010 em 8:49 am
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    Achei interessane, pois não sabia muito sobre este game. Tenho um save state de Ocrarina no emulador mas parei de jogar já em um tempo. Quanto Majora’s Mask, provavelmente por causa do tempo, deve ser bem mais difícil que o Ocrarina. Belo post Orákio!

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  • 11/11/2010 em 9:02 am
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    Eu tive um baita preconceito com esse jogo durante muito tempo. Bem pelo fato de ele ser muito difícil no começo e te frustrar por você ver tudo o que fez indo por água abaixo quando volta ao primeiro dia.

    Mas é bem o que você falou, Gagá, assim que você se acostuma à mecânica do jogo, Majora Mask te vicia e amedronta ( aqueles gigantes me matam de medo, ok?)
    ´
    Ótimo post!

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  • Pingback:Tweets that mention Gagá Games » The Legend of Zelda: Majora’s Mask -- Topsy.com

  • 11/11/2010 em 10:03 am
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    Esse jogo me parece meio discriminado mesmo.
    Eu joguei pouco na época do N64 e gostaria de retomá-lo.
    Foi um dos que fiquei no meio do caminho assim como Wind Waker, mas esse porque vendi meu GC pensando num futuro Wii, e o The Minish Cap que está me aguardando até hoje lá no meu GameBoy.

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  • 11/11/2010 em 11:45 am
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    Marcelo Gouveia :

    Foi um dos que fiquei no meio do caminho assim como Wind Waker, mas esse porque vendi meu GC…

    Wind Waker. Foi o único jogo que eu tive pro Game Cube. Não cheguei nem perto de terminar, pois assim como você, vendi meu GC com pouco tempo de comprado. Não me arrependo, mas ainda quero jogar novamente Wind Waker. Falow

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  • 11/11/2010 em 1:08 pm
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    Eu tenho um BAITA medo daquela lua, e a sequência do fim do mundo no terceiro dia já me concedeu até pesadelos (sério!). Mas o Majora’s PRA MIM é um dos melhores Zeldas que joguei. Eu particularmente prefiro ele ao Ocarina, por N motivos. Um dos principais é como as máscaras afetam a jogabilidade do jogo, e faz você sentir-se como se estivesse jogando diversos jogos diferentes em um só!
    E eu joguei o Ocarina primeiro ein! Porém o Majora’s me prendeu muito mais.
    Enfim, ótimo texto padrinho! =D

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  • 11/11/2010 em 3:05 pm
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    Lembrando que se você é adepto das roms, você pode jogar esse jogo em português, já que ele também foi traduzido a exemplo do Ocarina. Inclusive pode-se jogar no próprio Wii, ou em outros consoles, até no GC pode-se jogar Majoras Mask em português bem Brasileiro.

    []´

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  • 11/11/2010 em 3:20 pm
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    Mesmo sem tempo e sofrendo com o sumiço, me senti na obrigação de babar nesse post incrível sobre Majora’s Mask e te chamar de mestre mais uma vez.

    Me senti tentado e muito instigado a jogar a segunda parte de Zelda para N64, e ouso dizer que jogarei até mesmo antes de OOT. Adorei a forma como descreveu a experiência.

    Arrasou Nem!

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  • 11/11/2010 em 3:22 pm
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    Boa gagá! Excelente matéria.

    Realmente é muito difícil descrever o Majora’s. Mais ainda compará-lo ao ocarina. Mas a ousadia dele é espantosa!

    Pra mim, ele eh o melhor da franquia. Pois o apelo “épico” de Zelda as vezes cansa um pouco. Digo isso pois gosto de esmiuçar os rpgs ao extremo, e rpgs como Majora’s, recheados de eventos, são um prato cheio pra mim.

    Pra mim, meu top 3 de Zelda eh esse: Majora’s, the link adventures e o wind waker. Pra mim os tres Zeldas mais ousados de todos, mais criativos e mais gostosos de se jogar.

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  • 11/11/2010 em 4:21 pm
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    Putz Orakio, deste jeito você me ferra heim!!!

    A alguns dias atrás, resolvi tapar alguns buracos da minha existência gamer, terminando somente RPGs indispensáveis, resolvi começar pela séria Phantasy Star, semana passada terminei PS1, e estou nas primeiras 3 horas de PS2 (que labirintos são aqueles???)…

    Aí você me aparece com esta exelente e emocionante matéria sobre este game fantástico, caramba heim!!!

    Vou ser um senhor bem comportado, terminar a série que comecei e depois pulo pra estes dois, ufa, haja fôlego!

    Abraço!

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  • 11/11/2010 em 4:29 pm
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    Que bom que gostaram do post, valeu pelo apoio!

    Eu achei um barato o Majora. E quando a gente consegue resolvar o problema de algum morador dá uma satisfação… eu ainda estou tentando resolver o lance do Kafei, que some pouco antes de seu casamento. Não vou contar aqui para não estragar, mas já encontrei o moço e estou desvendando o mistério.

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  • 11/11/2010 em 4:31 pm
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    Não gosto desse jogo simplesmente pelo fato de te obrigar a usar máscaras.
    Achei um saco ter que trocar de máscara e acessar o menu pra equipar outras no atalho a todo momento. Pra mim isso é um spin-off de Ocarina bem mal feito.
    abraços!!

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  • 11/11/2010 em 7:08 pm
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    Fui até o chefão uma vez e não consegui derrotá-lo, deixei muitas máscaras para trás e acabei odiando o game, mas na verdade era meu inglês que estava muito fraco. Estou rejogando agora para pagar uma promessa, que fiz a muito tempo, de fechar o Majoras caso eu conseguisse construir minha sala de jogos. Bem, nem preciso dizer que consegui né?

    Comecei tudo novamente e agora que entendo bem os diálogos, estou reavaliando este game para o status de excelente. O tom sobrio da aventura realmente coloca o gamer no clima, é bem imersivo.

    Ótimo review Gagá, parabéns!

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  • 11/11/2010 em 11:00 pm
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    Hum… Depois dos comentários ficquei mais animado à jogar este game !
    Cheguei à jogar a introdução dlee só pra sacra mais ou menos qual é a dele, porque realmente muita gente fala que Ocarina é o jogo e Majora é meia-boca, mas quando começei, naquela introduçaõ como Deku scrub eu fiquei intrigado… Tô achando esse game bem interessante apesar de ser bem atípico à série Zelda. Pelos comentários vi que minha desconfiança se tornou verdadeira. É “um” Zelda de verdade ! E a Big N não ia dar mole com uma de suas franquias mais queridas.
    Quando terminar Ocarina, com certeza vou jogá-lo de imediato !

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  • 12/11/2010 em 8:14 am
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    Meu zelda preferido. Se melhorassem o sistema de save seria perfeito. Pra quem não sabe, há dois jeitos de salvar o jogo. No primeiro você toca uma música, salva volta pro primeiro dia, mas perde todos os itens (flechas, bombas e rupees, se não forem guardados no banco). No segundo você salva exatamente no ponto onde parou (dia, hora e itens), mas só pode carregar uma vez, se não me engano. Meu ponto é que se você não perde itens importantes quando volta pro primeiro dia (como máscaras), por que perde dinheiro, flechas e bombas?

    Mas esse jogo foi tão ousado, que eu me pergunto como deixaram ele ser vendido sem um +18 na capa. Tudo é tão creepy, o skull kid, a lua, o cara que vende máscaras, o grito de horror que o link dá cada vez que põe uma máscara especial. Se der gameover o mundo ACABA, aposto que Ganon não faria isso. Eu tinha uns 15 anos quando joguei, mas me senti um ser desconforto com aquilo. Desconforto que eu nunca senti jogando resident evil, por exemplo. Algo assim vindo da Nintendo é, no mínimo, estranho.

    Rendeu até um creepypasta muito bem feito: http://www.youshouldnthavedonethat.net/index.php/chapters/. Recomendo a leitura para aqueles que não estão jogando Majora’s no momento.

    You’ve met with a terrible fate, haven’t you?

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  • 12/11/2010 em 9:08 am
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    Eu não entendo as críticas que esse jogo recebeu. Sabe qual é o problema? É a tal da expectativa que o pessoal costuma gerar antes de qualquer lançamento com base no produto anterior. Isso vale pra qualquer entretenimento. Com filmes cinema ocorre bastante.

    O jogo é como o Gagá disse: “Um Zelda invertido”. Os personagens medonhos (o carinha dono da máscara me dá cagaço até hoje!), o clima, os gráficos são excelentes. E ele gera uma angústia terrível no início. É muito fácil vc mergulhar no jogo. Os caras da Nintendo mandaram muito bem nele!

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  • 12/11/2010 em 10:26 am
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    Boca-Fox :
    Putz Orakio, deste jeito você me ferra heim!!!
    A alguns dias atrás, resolvi tapar alguns buracos da minha existência gamer, terminando somente RPGs indispensáveis, resolvi começar pela séria Phantasy Star, semana passada terminei PS1, e estou nas primeiras 3 horas de PS2 (que labirintos são aqueles???)…
    Aí você me aparece com esta exelente e emocionante matéria sobre este game fantástico, caramba heim!!!
    Vou ser um senhor bem comportado, terminar a série que comecei e depois pulo pra estes dois, ufa, haja fôlego!
    Abraço!

    hehehe… 3 horas???? rs… gastei meus ultimos 2 meses pra terminar o Ps2. E pode apostar, tudo o que vc viu nessas 3 horas é brincadeira de criança perto do que verás mais adiante.

    Preciso me lembrar de nunca tirar férias em Dezóris, e nem comprar computadores da marca Mother Brain! uheuheue

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  • 12/11/2010 em 11:28 am
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    Entrei nesse post mais por curiosidade em conhecer um jogo que nunca joguei. Nem o Majora, nem o Ocarina. Esses jogos estão na minha lista de redenção, e um dia irei jogá-los.

    Gostei da menção ao “dia da marmota”! Eu e meu irmão somos superfãs do Feitiço do Tempo, um filme nota 10 (Esse é um raro exemplo em que eu prefiro o título traduzido do que o título original).

    Bill Murray é “o cara” nesse filme! Literalmente! Comprei esse filme e sempre que revejo dou risada como se estivesse vendo da primeira vez. E a Andie MacDowell é linda.

    “Phil????

    Phil Connors???????”

    Hahahahahahaha

    aham… desculpem pela empolgação.

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  • 13/11/2010 em 2:02 pm
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    Eu considero Majoras Mask um puta jogo, mas longe de ser tão bom quanto Ocarina, sendo que os principais defeitos deste eu entendo que estejam na total quebra de rítmo que o Bombers NoteBook causa à história: este é o primeiro grande motivo de muita gente ter desistido de terminar Majoras Mask. O negócio foi bem pensado, mas não funciona e ao invés de se tornar divertido, é frustrante e repetitivo. E como grande parte das SideQuests do jogo se resumen a ele, quem não tiver muita paciência não vai terminar o jogo de forma satisfatória. O segunto grande motivo são as voltas incessantes para o início de tudo, coisa que eu relaciono diretamente com falta de paciência e em alguns casos, com fata de competencia tb de quem joga: voltar as dungeons é um saco, isso é fato. Ver o tempo acabar sem que nós possamos localizar os caminhos e ter que fazer tudo denovo é um pé mas o numero de vezes que vc vai fazer isso depende exclusivamente da “papaciência e da habilidade” de quem joga, e em Majoras, o design complexamente exagerado dos templos exige um nivel maior destes dois quesitos. Sim, majoras é mais difícil, mas isso não o tornou melhor, o tornou mais frustrante, pois essa dificudade é diretamente ligada à repetição.

    Claro, o conjunto da obra o torna ainda um EXCELENTE JOGO, um dos melhores de uma geração inteira onde eu só colocaria alguns poucos jogos à sua frente, como Metal Gear, 007GE, FFVII e o obviamente, Ocarina of Time só para citar alguns poucos exemplos, mas considero também que quanto a este último, nem cabe comparações ^^

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  • 13/11/2010 em 8:37 pm
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    “A Nintendo sempre é tida como conservadora, mas se pararmos para pensar, fazer o que ela fez com Majora’s Mask, transformar a série Metroid em um FPS ocidental em Metroid Prime e lançar um console como o Wii mostra que a empresa tem um valor inestimável para o mundo dos videogames. Se todo mundo fosse conservador que nem a Nintendo, nós teríamos jogos muito mais interessantes para jogar hoje em dia.”

    Ótimo este seu comentário Gagá! Esse é um dos motivos pelo qual tenho orgulho de ser nintendista. Como você disse, se pararmos pra pensar, a Nintendo é uma das empresas que mais inova no mercado, as vezes enfia o pé na jaca como no caso do Virtual Boy por exemplo, mas coisas como chip FX, uso de microfone, a própria idéia de captação de movimentos do Wii como você citou (que já vem desde de a Power Glove do NES) entre outros, são exemplos de avanços tecnológicos que influenciam a industria de games como um todo.

    Acho que a imagem de empresa conservadora ficou um pouco fixada pela postura mais familiar de seus games e por decisões como uso de cartuchos no N64, agravado pelo sucesso do PS1 e seus cd’s.

    Quanto ao game, confesso que preciso jogá-lo direito, não tive a oportunidade de me aprofundar mais no seu lançamento, e o seu post me incentiva bastante a procurar o game de novo.

    Enfim, post excelente como sempre Gaga! Parabéns.

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  • 13/11/2010 em 10:09 pm
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    Esse jogo me pareceu meio confuso, odeio jogar sobre pressão do tempo. Eu não gosto das partes dos jogos em que é preciso completar uma missão em um determinado tempo, agora imagina jogar o jogo INTEIRO com um contador de tempo para atraplhar. Pelo menos é uma idéia inovadora, não lembro de nenhum outro jogo que tenha isso. Gosto mesmo é de explorar os cenários com calma, sem muita pressa. De qualquer modo algum dia eu ainda experimento esse Zelda.

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  • 15/11/2010 em 10:13 am
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    @Sabat
    Sabat, você é um pentelho :p

    @leo_jiraya
    É uma experiência diferente mesmo, justamente por isso não agrada a todos. Na verdade, a sensação do tempo correndo não é tão pesada quanto pode parecer, e o jogo foi projetado de modo que você não tenha que ficar repetindo longas sequências de ações, mas ainda assim há alguma repetição envolvida e uma certa pressão em alguns pontos, o que pode incomodar a alguns. De modo geral, o jogo é bem mais difícil que “Ocarina of Time”.

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  • Pingback:Gagá Games » Adventure of Link, o anjo torto da franquia Zelda

  • 01/05/2011 em 2:07 am
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    Cara esse jogo me deu dor de cabeça hahaha fikei sem saber pra onde ir… apesar de terminar o Link to the Past, Ocarina of time e o Minish cap, tentei terminar esse mas depois num tive rumo ate depois de pegar uma camera kkk axo q sou pessimo com o tempo!

    Belo post

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  • 12/08/2013 em 1:56 pm
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    bom eu sempre preferi o ocarina of time por causa da historia mas o majora’s mask é bem mais dificil do que o ocarina por que se não for rápido nos templos tem q voltar desde o primeiro dia e fazer tudo de novo mas ai já é mais facil. sem falar q agente se apega aos personagens e é muito bom quando agente ajuda eles e é recompensado por isso seja com potes vazios, mascaras, e também pedaços de corações

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