Olá crianças!

psiii_209
Todas as gerações possíveis reunidas com os únicos a passar por todas elas ao lado.

Depois que tiveram a oportunidade de trilhar os caminhos de Phantasy Star III comigo (e com outros ocasionais viajantes hehe) de diversas formas e agora tem uma noção não somente da história que o envolve, mas da totalidade do jogo. Porém, isso é somente uma noção. E continuará sendo até que vocês joguem por si mesmos; eu só posso falar de minha própria experiência. E toda e qualquer resenha é sempre parcial; assim como não existe jornalismo sem pessoas (e conseqüentemente sem posicionamento pessoal e crítico), não é possível fazer uma avaliação de algo considerando-o objetivamente. Até porque esse é um conceito complicado; mas deixemos isso de lado. hehehe O que quero dizer é que a resenha que se segue é parcial porque é uma pessoa que escreve; para que possam saber o que é o jogo verdadeiramente, terão que jogar por si mesmos.

Existe um boato recorrente de que Phantasy Star III seria originalmente um outro jogo. Supostamente tentaram alocá-lo na série somente para ganhar alguma grana adicional em decorrência do sucesso do Phantasy Star II. Contudo, isso não pode ser confirmado. O que pode ser confirmado é que a pecha de “ovelha negra” da série foi cunhado há muito tempo e, em parte, por fãs ardorosos de Phantasy Star II. Esquecem-se, contudo, que a mudança do primeiro jogo para o segundo também foi gritante; mesmo que em seu primeiro design houvesse a previsão de que fosse muito menos diferente. Tanto é que o Phantasy Star IV retomou diversos elementos do segundo, principalmente na ambientação e na retomada de uma newman que os japoneses devem ter sentido falta no terceiro jogo da série.

Outros dizem que se ele não carregasse o nome “Phantasy Star” a pressão e a exigência sobre ele seria menor. Mas existem poucas coisas a serem criticadas por mim nesse jogo e todas superadas com alguma dose de paciência e que valem a pena por todo o restante que se adquire jogando. São os seguintes pontos: a velocidade dos personagens andando e os menus “confusos” (feios mesmo hehe) de batalha e a animação reduzida dos inimigos. A primeira é facilmente adaptável e a segunda é questão de hábito também já que o uso de magias além das de cura é praticamente desnecessário.

A arte do jogo de modo geral é magnífica. No âmbito visual e gráfico não falo somente dos designs de personagens criados pela Toyo Ozaki (de quem usei algumas imagens durante todo o diário de bordo), mas do próprio gráfico ingame. Principalmente os inimigos que, apesar dos ridículos movimentos de animação de ataques e muitas vezes da concepção ridícula, são muito bem desenhados e com muitos detalhes. Seria importante acrescentar ainda que, enquanto que em Phantasy Star II todos os personagens tinham a mesma estatura quando andando no mapa, PSIII permitiu uma diferenciação mais clara entre os personagens e não só pelos seus tamanhos.

psiii_211
Um "Rappy" nervoso.

No âmbito sonoro, as músicas são bem articuladas com as situações do jogo. Não é uma ou outra; todas elas. Da introdução até o encerramento, não tem uma música em Phantasy Star III que não tenha relação com os acontecimentos do jogo ou que não ajude a criar todo o clima necessário à imersão naquele cenário.

Creio que seja importante colocar que eu fui um dos que relutaram a jogar Phantasy Star III, pulando direto do segundo para o quarto após meia hora de jogo. Contudo, quando resolvi jogá-lo seriamente e ignorar por uns instantes as batalhas iniciais contra os inimigos que se tornariam símbolo de Phantasy Star (e seriam mais conhecidos como Rappys) que me davam somente um ponto de experiência e uma meseta, logo fui percebendo que era um dos melhores jogos que já tinha jogado. Por isso, fácil para mim ver que esse é o melhor Phantasy Star que já joguei. E, devo dizer, o mais criativo e ousado deles.

Não discuto que os clamores do mercado por uma seqüência deve ter feito os executivos da Sega quererem uma continuação o mais breve possível. Porém, ou muitos do time original estavam envolvidos em outros projetos, ou não queriam mesmo se fatigar trabalhando tanto em seqüência, ou, quem sabe, se recusaram a assumir o tempo curto de desenvolvimento imposto pela direção da empresa e acabaram delegando tarefas a outras pessoas, menos conhecidas, mas que poderiam injetar algum sangue novo na série. E que sangue novo! Não falo somente do sistema de gerações, mas falo de uma história que é muito mais facilmente apropriada por ser, de alguma estranha maneira, próxima de nós. Porém, os gamers do começo dos anos 1990 estavam receosos de mudanças e pediam mais do mesmo (talvez à moda de Dragon Quest e Final Fantasy).

O Phantasy Star III destaca-se dentro do arco da primeira saga de Phantasy Star por uma razão simples. Não é por ser ruim, e por ter uma série de falhas (comuns a qualquer jogo que existe) mas por ser diferente. Somente por isso. Já joguei RPGs ruins, péssimos e deploráveis. E nenhum deles chegou aos pés de Phantasy Star III. E, sendo diferente, ele sempre causa certo afastamento por conta das pessoas. O que é uma pena. E o que seria esse elemento que o diferencia dos outros e que é capaz tanto de prender a atenção como lançar longe os menos interessados? Simples. Ele dá poucas respostas.

Phantasy Star I é linear com algumas sidequests que são, dependendo do caso, dispensáveis (como pegar o machado laconiano, por exemplo). A revelação mais importante do jogo se dá quando pensamos que tudo acabou. Em Phantasy Star II, mais ou menos a mesma coisa acontece só com uma revelação ainda mais bombástica ao final e um outro evento durante o próprio jogo. Em Phantasy Star IV, na tentativa de aparar as arestas da saga, eles mais respondem e dão explicações do que instigam; fecha a história bem, mas isso não é necessariamente bom. Já em Phantasy Star III, pouca coisa é revelada e os questionamentos emergem com extrema facilidade. E isso seria uma falha? Não diria isso; é um pouco menos palatável e difícil de degustar, mas isso não o torna ruim per se.

psiii_210
Rulakir, já entregue a forças malignas e Orakio, solene, sabendo do que terá que fazer.

O enredo de Phantasy Star III também é simples. Ou pelo menos é o que parece no começo de cada geração: salve a mulher seqüestrada; descubra o que causou um terremoto; descubra quem destruiu seu lar etc. Só que, à maneira dos anteriores, há sempre uma revelação ao final delas. Seja Maia como de um povo rival, um antigo robô das guerras antigas que retorna para destruir layanos, ou ainda um mal antigo, que estava esquecido, que destruiu um satélite para saciar seu desejo por destruição. Contudo, nossa participação nessas revelações são muito grandes. Jogando, eu me sinto responsável pelas famílias que constituo, pelas escolhas que faço. Ele mais me inquieta do que me tranqüiliza; e isso é porque os designers do jogo se preocuparam muito mais em colocar você na pele dos personagens, em senti-los e em sofrer para escolher por eles. A música, excelente, ajuda muito nisso. Principalmente porque não se fala em momento algum de Alis, de Lutz e de nada disso; isso não importa porque o povo de Alisa III está ali com seus próprios problemas, oriundos de Palma quando esta ainda era “verde” (na verdade, um pouco desolada graças à mudança de órbita entre Motávia e Palma).

Reparem que não estou dizendo que os outros são inferiores ou descartáveis. A série toda só faz sentido com um conhecimento de todos eles. Sequer poderia dizer: joguem um só e se divirtam com ele. Mas isso é impossível. Se jogarem o qualquer jogo da série, podem até se satisfazer com ele. Porém, se tentarem jogar somente o segundo, vão perder muita coisa dele se nunca jogaram o primeiro; e a mesma coisa com o terceiro e o quarto jogos.

Não é pelo fato de não serem os mesmos designers adorados (quase como divindades) ou somente por ostentar o nome de uma série famosa que Phantasy Star III deve ser respeitado e jogado. Admito que já joguei muitos jogos por serem de “tal pessoa”; por exemplo, Policenauts e Snatcher (do qual pretendo falar em algum momento aqui) por serem do Kojima. A autoria é importante em um jogo de videogame, mas alguns aspectos devem ser notados: é uma equipe que o desenvolve; e não são só os best-sellers que são bons. Crepúsculo está aí para provar isso (hehehehe).

psiii_212
O Rolf, de novo? Será que é um dos seus vários clones que vendem coisas pela Alisa III? hehehe Tem até uma Nei atrás dele. 😛

Na seara de RPGs eletrônicos, Phantasy Star III é um dos únicos que realmente pode cativar não com imagens, cenas ou revelações estarrecedoras que os desenvolvedores dão como recompensa a algo que você obteve ou realizou; ele prende por exigir que você se sinta como o membro de cada geração. Nesse jogo, você não vê uma história se desenrolar na sua frente; você faz aquela história. Você não muda só o final, mas todo o caminho. E a cena final, ainda que emocionante em qualquer das quatro possibilidades, é o que menos importa nele; o que conta é o caminho que você, como jogador, fez até chegar ali. É por essas razões que Phantasy Star III é um dos melhores RPGs já lançados: você realmente interpreta, vive papéis nele.

Concluindo (ufa! hehe), não acho que seja razoável chamar Phantasy Star III de “ovelha negra”. Prefiro uma outra analogia com o reino animal. Phantasy Star III é o “patinho feio” da saga principal de Phantasy Star. Ele não é muito agradável à vista, tem lá os seus defeitos, mas pode ser admirado ainda assim (mesmo que poucos definitivamente o façam). Contudo, estes que gostam dele, ainda que um tanto distante de um padrão qualquer de “beleza” em jogos de RPG eletrônicos, sabem que com tempo ele se tornaria na mais rara peça já desenvolvida. Pena que, como homens em geral fazem, ao invés de nutri-lo e ter paciência, deram-lhe um tiro aniquilando qualquer possibilidade de vermos o design, as idéias e as revoluções deste jogo em todo seu esplendor.

Até mais!

Olá crianças!

Depois que tiveram a oportunidade de trilhar os caminhos de Phantasy Star III comigo (e com outros ocasionais viajantes hehe) de diversas formas e agora tem uma noção não somente da história que o envolve, mas da totalidade do jogo. Porém, isso é somente uma noção. E continuará sendo até que vocês joguem por si mesmos; eu só posso falar de minha própria experiência. E toda e qualquer resenha é sempre parcial; assim como não existe jornalismo sem pessoas (e conseqüentemente sem posicionamento pessoal e crítico), não é possível fazer uma avaliação de algo considerando-o objetivamente. Até porque esse é um conceito complicado; mas deixemos isso de lado. hehehe O que quero dizer é que a resenha que se segue é parcial porque é uma pessoa que escreve; para que possam saber o que é o jogo verdadeiramente, terão que jogar por si mesmos.

Existe um boato recorrente de que Phantasy Star III seria originalmente um outro jogo. Supostamente tentaram alocá-lo na série somente para ganhar alguma grana adicional em decorrência do sucesso do Phantasy Star II. Contudo, isso não pode ser confirmado. O que pode ser confirmado é que a pecha de “ovelha negra” da série foi cunhado há muito tempo e, em parte, por fãs ardorosos de Phantasy Star II. Esquecem-se, contudo, que a mudança do primeiro jogo para o segundo também foi gritante; mesmo que em seu primeiro design houvesse a previsão de que fosse muito menos diferente. Tanto é que o Phantasy Star IV retomou diversos elementos do segundo, principalmente na ambientação e na retomada de uma newman que os japoneses devem ter sentido falta no terceiro jogo da série.

Outros dizem que se ele não carregasse o nome “Phantasy Star” a pressão e a exigência sobre ele seria menor. Mas existem poucas coisas a serem criticadas por mim nesse jogo e todas superadas com alguma dose de paciência e que valem a pena por todo o restante que se adquire jogando. São os seguintes pontos: a velocidade dos personagens andando e os menus “confusos” (feios mesmo hehe) de batalha e a animação reduzida dos inimigos. A primeira é facilmente adaptável e a segunda é questão de hábito também já que o uso de magias além das de cura é praticamente desnecessário.

A arte do jogo de modo geral é magnífica. No âmbito visual e gráfico não falo somente dos designs de personagens criados pela Toyo Ozaki (de quem usei algumas imagens durante todo o diário de bordo), mas do próprio gráfico ingame. Principalmente os inimigos que, apesar dos ridículos movimentos de animação de ataques e muitas vezes da concepção ridícula, são muito bem desenhados e com muitos detalhes. Seria importante acrescentar ainda que, enquanto que em Phantasy Star II todos os personagens tinham a mesma estatura quando andando no mapa, PSIII permitiu uma diferenciação mais clara entre os personagens e não só pelos seus tamanhos.

No âmbito sonoro, as músicas são bem articuladas com as situações do jogo. Não é uma ou outra; todas elas. Da introdução até o encerramento, não tem uma música em Phantasy Star III que não tenha relação com os acontecimentos do jogo ou que não ajude a criar todo o clima necessário à imersão naquele cenário.

Creio que seja importante colocar que eu fui um dos que relutaram a jogar Phantasy Star III, pulando direto do segundo para o quarto após meia hora de jogo. Contudo, quando resolvi jogá-lo seriamente e ignorar por uns instantes as batalhas iniciais contra os inimigos que se tornariam símbolo de Phantasy Star (e seriam mais conhecidos como Rappys) que me davam somente um ponto de experiência e uma meseta, logo fui percebendo que era um dos melhores jogos que já tinha jogado. Por isso, fácil para mim ver que esse é o melhor Phantasy Star que já joguei. E, devo dizer, o mais criativo e ousado deles.

Não discuto que os clamores do mercado por uma seqüência deve ter feito os executivos da Sega quererem uma continuação o mais breve possível. Porém, ou muitos do time original estavam envolvidos em outros projetos, ou não queriam mesmo se fatigar trabalhando tanto em seqüência, ou, quem sabe, se recusaram a assumir o tempo curto de desenvolvimento imposto pela direção da empresa e acabaram delegando tarefas a outras pessoas, menos conhecidas, mas que poderiam injetar algum sangue novo na série. E que sangue novo! Não falo somente do sistema de gerações, mas falo de uma história que é muito mais facilmente apropriada por ser, de alguma estranha maneira, próxima de nós. Porém, os gamers do começo dos anos 1990 estavam receosos de mudanças e pediam mais do mesmo (talvez à moda de Dragon Quest e Final Fantasy).

O Phantasy Star III destaca-se dentro do arco da primeira saga de Phantasy Star por uma razão simples. Não é por ser ruim, e por ter uma série de falhas (comuns a qualquer jogo que existe) mas por ser diferente. Somente por isso. Já joguei RPGs ruins, péssimos e deploráveis. E nenhum deles chegou aos pés de Phantasy Star III. E, sendo diferente, ele sempre causa certo afastamento por conta das pessoas. O que é uma pena. E o que seria esse elemento que o diferencia dos outros e que é capaz tanto de prender a atenção como lançar longe os menos interessados? Simples. Ele não dá poucas respostas.

Phantasy Star I é linear com algumas sidequests que são, dependendo do caso, dispensáveis (como pegar o machado laconiano, por exemplo). A revelação mais importante do jogo se dá quando pensamos que tudo acabou. Em Phantasy Star II, mais ou menos a mesma coisa acontece só com uma revelação ainda mais bombástica ao final e um outro evento durante o próprio jogo. Em Phantasy Star IV, na tentativa de aparar as arestas da saga, eles mais respondem e dão explicações do que instigam; fecha a história bem, mas isso não é necessariamente bom. Já em Phantasy Star III, pouca coisa é revelada e os questionamentos emergem com extrema facilidade. E isso seria uma falha? Não diria isso; é um pouco menos palatável e difícil de degustar, mas isso não o torna ruim per se.

O enredo de Phantasy Star III também é simples. Ou pelo menos é o que parece no começo de cada geração: salve a mulher seqüestrada; descubra o que causou um terremoto; descubra qum destruiu seu lar etc. Só que, à maneira dos anteriores, há sempre uma revelação ao final delas. Seja Maia como de um povo rival, um antigo robô das guerras antigas que retorna para destruir layanos, ou ainda um mal antigo, que estava esquecido, que destruiu um satélite para saciar seu desejo por destruição. Contudo, nossa participação nessas revelações são muito grandes. Jogando, eu me sinto responsável pelas famílias que constituo, pelas escolhas que faço. Ele mais me inquieta do que me tranqüiliza; e isso é porque os designers do jogo se preocuparam muito mais em colocar você na pele dos personagens, em senti-los e em sofrer para escolher por eles. A música, excelente, ajuda muito nisso. Principalmente porque não se fala em momento algum de Alis, de Lutz e de nada disso; isso não importa porque o povo de Alisa III está ali com seus próprios problemas, oriundos de Palma quando esta ainda era “verde” (na verdade, um pouco desolada graças à mudança de órbita entre Motávia e Palma).

Reparem que não estou dizendo que os outros são inferiores ou descartáveis. A série toda só faz sentido com um conhecimento de todos eles. Sequer poderia dizer: joguem um só e se divirtam com ele. Mas isso é impossível. Se jogarem o qualquer jogo da série, podem até se satisfazer com ele. Porém, se tentarem jogar somente o segundo, vão perder muita coisa dele se nunca jogaram o primeiro; e a mesma coisa com o terceiro e o quarto jogos.

Não é pelo fato de não serem os mesmos designers adorados (quase como divindades) ou somente por ostentar o nome de uma série famosa que Phantasy Star III deve ser respeitado e jogado. Admito que já joguei muitos jogos por serem de “tal pessoa”; por exemplo, Policenauts e Snatcher (do qual pretendo falar em algum momento aqui) por serem do Kojima. A autoria é importante em um jogo de videogame, mas alguns aspectos devem ser notados: é uma equipe que o desenvolve; e não são só os best-sellers que são bons. Crepúsculo está aí para provar isso (hehehehe).

Na seara de RPGs eletrônicos, Phantasy Star III é um dos únicos que realmente pode cativar não com imagens, cenas ou revelações estarrecedoras que os desenvolvedores dão como recompensa a algo que você obteve ou realizou; ele prende por exigir que você se sinta como o membro de cada geração. Nesse jogo, você não vê uma história se desenrolar na sua frente; você faz aquela história. Você não muda só o final, mas todo o caminho. E a cena final, ainda que emocionante em qualquer das quatro possibilidades, é o que menos importa nele; o que conta é o caminho que você, como jogador, fez até chegar ali. É por essas razões que Phantasy Star III é um dos melhores RPGs já lançados: você realmente interpreta, vive papéis nele.

Concluindo (ufa! hehe), não acho que seja razoável chamar Phantasy Star III de “Ovelha negra”. Prefiro uma outra analogia com o reino animal. Phantasy Star III é o “patinho feio” da saga principal de Phantasy Star. Ele não é muito agradável à vista, tem lá os seus defeitos, mas pode ser admirado ainda assim (mesmo que poucos definitivamente o façam). Contudo, estes que gostam dele, ainda que um tanto distante de um padrão qualquer de “beleza” em jogos de RPG eletrônicos, sabem que com tempo ele se tornaria na mais rara peça já desenvolvida. Pena que, como homens em geral fazem, ao invés de nutri-lo e ter paciência, deram-lhe um tiro aniquilando qualquer possibilidade de vermos o design, as idéias e as revoluções deste jogo em todo seu esplendor.

Diário de Bordo: Phantasy Star III – Resenha
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27 ideias sobre “Diário de Bordo: Phantasy Star III – Resenha

  • 22/12/2009 em 2:33 pm
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    @Vike
    Fala Vike! Valeu por endossar meu texto. hehehe Li seu outro comentário no outro post, mas para não fazer o povo ir e voltar, vou comentar aqui também. Concordo plenamente que é fácil entender o rancor e ira que alguns têm com relação ao jogo; mas existem sempre dois lados. Não é porque uma minoria (que nem é lá tão pequena assim) gosta do jogo que ele é necessaria e eternamente ruim. Tem que tentar mesmo, como você fez e como eu também fiz. É um daqueles jogos que valem o esforço.

    @J.F. Souza
    *música de suspense*

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  • 22/12/2009 em 4:43 pm
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    Fara :

    Acho q o Breder vai ter um ataque cardiaco fulminante ao ler a parte: “É por essas razões que Phantasy Star III é um dos melhores RPGs já lançados” hahahhahahahahahah

    Cara eu não sou tão nerd a ponto de dar um treco por causa de um game, ainda mais de um game que eu não gosto.

    Phantasy Star III um dos melhores RPGs já lançados? Eu morro de rir com uma afirmação dessas!!! 😛

    Uuhauhauhauahahuahuahuahuahuahuahuahuaha…. 🙂

    Tá bom, parei de encher o saco (ou não)…

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  • 22/12/2009 em 5:15 pm
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    Eu é quem estou morrendo de rir aqui com tanta labuta do caduco pra denegrir o PSIII! Será que o nosso amigo realmente não vai ter um treco por causa de um game que afirma não gostar (Ou odiar)? Eu sei que você odeia tanto ele Breder,mas nós gostamos dele (E de você também) mesmo assim.
    🙂

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  • 22/12/2009 em 6:34 pm
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    O Senil :

    @André “Caduco” Breder

    Pode rir. Faz bem. hehehe

    Rir é o melhor remédio para o coração. 🙂

    J.F. Souza :

    Eu é quem estou morrendo de rir aqui com tanta labuta do caduco pra denegrir o PSIII! Será que o nosso amigo realmente não vai ter um treco por causa de um game que afirma não gostar (Ou odiar)?

    Que nada! Eu também estou me divertindo a beça em falar mal de um jogo. E mesmo que minha saúde não seja de ferro, os meu nervos são de aço! 🙂

    J.F. Souza :

    Eu sei que você odeia tanto ele Breder,mas nós gostamos dele (E de você também) mesmo assim.
    :-)

    Pode ter certeza que minha intenção não é de fazer ninguém deixar de gostar do PSIII, apenas de dar minha opinião sincera em relação a este game. E é legal saber que vocês não tem aversão a minha pessoa… apesar de tudo… 🙂

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  • 22/12/2009 em 8:03 pm
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    Só resumindo o que achei de ligação entre PSIII e os outros jogos :

    1) Dark Force (ou Dark Phallus se preferirem).

    2) Meseta

    3) New Mota (Mota é como se referem à Motavia em PSII).

    4) Neo Palm (Palm é como se referem à Palma em PSII).

    5) Alisa III (Alis na versão japonesa).

    6) Monomate/Dimate/Trimate (que aparece também em PSII , PS1 na versão japonesa , ao invés de usarem cola e burger , usam “Ruoginin” e “Pelorie-Mate” , aliás aparece depois também em PSIV como “Peromate”).

    7) Os sábios de New Monta contando a estória da escapada do planeta Palma.

    8) As Legendárias Armas “Nei”.

    E se não bastassem tudo isso , ainda temos :

    9) O Monstro Rappy aparecendo em uma das side-quests de PSIV.

    10) A parte de PSIV em que mostra a imagem do tipo da nave Alisa III no monitor , a estória da escapatória e principalmente a parte que fala que alguns palmianos ainda estão em sua longa viagem pelo espaço .

    11) O Cyborg de PSIV feito à semelhança de Wren em PSIV (embora o nome foi colocado de propósito pela Sega americana) .

    Bém , se tudo isso não serve de referência , eu não sei mais o que servirá …

    Mais uma coisa , que diabos é isso de falaram que as nuvens nas telas de batalhas na versão americanas são paradas ??? Estou aqui com a Rom americana e elas mexem tanto como a japonesa . Não entendi essa mesmo …

    Finalizando … gosto muito de PSIII não porque ele é o melhor RPG do mundo , gosto dele porque me traz muita nostalgia , duma época que tudo me empolga ao extremo (e que hoje está cada vez mais difícil) . Perguntem à maioria dos moleques de hoje acostumados com FFs e FPS da vida se empolgariam com os nossos velhos PS pra ver o que eles falam …

    Valeu …

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  • 22/12/2009 em 8:58 pm
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    Eu gosto de PS3 porque ele é o contrário do 2, gráficos ruins, história legal e dificuldade baixa. Se a história fosse ruim e/ou você tivesse que subir 10 níveis antes de entrar em cada dungeon além de ficar caindo em buracos aleatoriamente para procurar os ítens que precisa eu teria desistido dele bem antes do que desisti do 2, que a pesar de tudo era bem feito e tinha um sistema de batalha melhorzinho.
    Outra coisa boa é que todos os personagens são equilibrados, ao contrário do 2 que metade do grupo fica o jogo inteiro parado na casa do Rolf, que são o Hugh, o Kain, a Shir e eventualmente a Anna, caso você se aproveite do bug de deixar a Nei viva o jogo inteiro.
    Qualquer dia que eu não estiver fazendo nada eu ainda animo voltar a jogar o 2 só pra falar que eu já terminei todos, embora eu ache que vou acabar esperando o Orakio e o resto do povo traduzir o remake, que deve estar com a história um pouco melhor que o original, assim como a do primeiro também ficou.

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  • 23/12/2009 em 1:48 am
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    Alguém com bom senso finalmente fez justiça escrevendo conscientemente sobre esse jogo. Ta, não foi o jogo da minha vida, mas é um ótimo titulo e, sim, um dos melhores RPGs eletrônicos já feitos – nem que deva o mérito ao fato de gerar tantas discussões, hehehehe.
    E no fim não fui o único a fazer comparações com Final Fantasy, então eu não estava tão errado, rs. (lembro aqui que gosto muito de muitos titulos FF, porém me irrita o rumo que a saga tomou, permanecendo apenas o nome e elementos bestas, se comparados à importância da história).
    Parabéns pelo bom trabalho!

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  • 23/12/2009 em 8:09 am
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    >Pode ter certeza que minha intenção não é de fazer ninguém deixar de gostar do PSIII,
    R: É mesmo?!?!?!
    🙂

    >apenas de dar minha opinião sincera em relação a este game.
    R: Pode ter certeza que isso você conseguiu.

    >E é legal saber que vocês não tem aversão a minha pessoa… apesar de tudo…
    R: Eu faço um esforço… HAHAHAHAHAHAHA

    >Gagá Games esta sofrendo OVERDOSE de Phantasy Star,
    R: Isso é só o começo meu amigo… Espere pra ver o que vem por aí…

    >Se a história fosse ruim e/ou você tivesse que subir 10 níveis antes de entrar em cada dungeon além de ficar caindo em buracos aleatoriamente para procurar os ítens que precisa eu teria desistido dele bem antes do que desisti do 2, que a pesar de tudo era bem feito e tinha um sistema de batalha melhorzinho.
    R: Pois é Maxi! Phantasy Star II é bem “aloprado” em relação à muitos outros RPG’s até mesmo não relacionado à própria série.

    >ao contrário do 2 que metade do grupo fica o jogo inteiro parado na casa do Rolf,
    R: É legal quando você tenta ir sozinho. Eu vou falar sobre isso futuramente…

    >Qualquer dia que eu não estiver fazendo nada eu ainda animo voltar a jogar o 2 só pra falar que eu já terminei todos,
    R: Cara! Tenta sim, não é porque seja o meu preferido da série, mas ele tem um modo bem especial de ser envolvente, pessoalmente eu ADORO quando chego em Dezoris…

    >Ta, não foi o jogo da minha vida, mas é um ótimo titulo e, sim, um dos melhores RPGs eletrônicos já feitos.
    R: Cassio! Você é dos meus.

    >E no fim não fui o único a fazer comparações com Final Fantasy, então eu não estava tão errado
    R: Não! Você apenas citou um elementos empregado em séries de sucesso num jogo que não fez. Mas opinião é opinião não é mesmo…? E, pelo que lí em seus comentários, você soube expressar a sua de modo que eu considero correto.

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  • 23/12/2009 em 12:43 pm
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    @Washington
    Yep. bem isso mesmo. Só clarearia que o Wren do PSIII e o do PSIV têm nomes diferentes na versão japonesa. Contudo, o de PSIV é um “upgrade” do modelo de PSIII. Em PSIV você até luta com essa versão antiga do Wren (eles aparecem como inimigos aleatórios).

    É sério? Que estranho. As versões americanas que joguei, não reparei nisso. Vou tentar dar uma olhada aqui e depois faço um edit ou algo assim.

    E legal pensar assim sobre Phantasy Star. Comigo, um jogo muito mais nostálgico também faz parte da série, só que o primeiro título (que fiquei uma vez uma semana sem devolver na locadora! huahuahuahua). Tempos que não voltam mais, sem sombra de dúvida. hehehe

    @Cyber Woo
    huahuahua Jogue mesmo cara. hehehe Todos os quatro valem a pena!

    @maxi2099
    Quanto aos personagens de PSII, isso é bem verdade. De todos, a Shir é a única sem utilidade alguma (a não ser para roubar os itens das lojas hehehe). Afinal, o Hugh é muito bom na parte em que só tem biomonstros e o Kain na parte que começam os robôs. A Anna compensa só pelos bumerangues que acertam vários monstros e, mesmo assim, a dificuldade continua extrema! huahauha

    @Cassio
    Valeu Cassio. hehe É quase impossível aqui no Ocidente não falar de Final Fantasy, assim como é no Japão falar de Dragon Quest. É a série de RPG de mais sucesso; gostando ou não, acaba servindo como uma referência de qualquer forma.

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  • 30/12/2009 em 11:39 pm
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    @maxi2099
    Curiosamente, eu curto justamente a dificuldade pauleira do PSII 🙂

    Ótima análise, Senil. Interessante o seu comentário sobre o PSIV, que fechou a história sem instigar muito. Eu nunca tinha pensado nisso. Na verdade, acho que como o PSIV tinha a missão de encerrar a saga, não havia outra opção, e foi bom terem feito assim. Mas também prefiro a trama instigante do PSIII, e principalmente do II.

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  • 05/01/2010 em 11:35 am
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    @Orakio “O Gagá” Rob
    Yep. O PSIV tinha essa sina de fechar tudo. Uma tarefa honrosa, mas que quebra um pouco a magia das elucubrações dos jogadores. Eu lembro que ficava me questionando um monte de coisas ao jogar o PSII e o PSIII mesmo. No PSIV eu só esperava as coisas se revelarem por si mesmas. hehehe É legal, sem sombra de dúvida, mas é diferente.

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  • 06/01/2010 em 10:51 am
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    Perfeita Resenha… parabéns Senil!!!!!

    Olha, to jogando o ilustre e desafiador PSII, e confesso que vou pular pro 4… nao por desfazer o PSIII. Pelo contrário, acompanhei todo o trajeto do seu diário de bordo, que por sinal brilhou no aspecto de “viver o personagem” que o sr aborda na resenha, e graças a isso me dedicarei a ele com calma, e sem pressa de chegar logo no PSIV.

    Por isso… antes de jogarem pedras num jogo que vcs nunca jogaram, ou jogaram míseros minutos, joguem a trilogia (1, 2 e 4), e depois se dediquem ao III. Digo isso, pois conheço umas 10 pessoas que falam mal desse game, e que nunca jogaram.

    Existem rpgs que num primeiro momento são ruins, repetitivos, mas que no decorrer da trama, fazem vc gostar dele pra valer. Passei por isso recentimente quando dei uma chance para o rpg Evolution do dreamcast.

    Pena que me falta tempo pra adiantar as coisas e jogar mais Phantasy Star… ^^

    O Gagá Games tah cada vez melhor de democrático… parabéns velharada!!!

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  • 06/01/2010 em 6:02 pm
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    @Vinny “Segata” Pinheiro
    Valeu cara! Pelo comentário, pelo elogio ao post em específico e pela congratulação mais geral a todo mundo aqui do asilo. hehehe

    E não precisa me chamar de “senhor” não. Exceto se quis brincar um pouco com a idade que todos nós temos aqui. huahuahauhauha

    Muito legal esse seu comentário. Como falei, eu mesmo fiz esse pulo do PSII para o PSIV. E, lendo o que você disse, pensei que talvez tenha sido melhor isso mesmo: não fiz tudo às pressas para terminar logo a série toda.

    Evolution parece um jogo bacana, mas joguei muito pouco dele. E olha que fiquei empolgado quando ele saiu. hehehehe E concordo que alguns jogos vão melhorando com o tempo.

    Esse é um problema para mim também. hehehe Eu mal tenho jogado nos últimos meses… Sinto falta disso, de experimentar jogos novos, retomar alguns que sempre fico com vontade de jogar de novo… E, principalmente, de me dedicar àqueles que quero escrever a respeito por aqui. Mas vamos ver o que o futuro nos reserva. huahauhauhua

    E boa sorte com o PSII. hehehe Jogo difícil pacas. É capaz de mesmo com código para elevar o nível de todos os personagens ao máximo você ainda apanhar um bocado. huhauhauhauha

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  • 28/07/2010 em 11:25 am
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    Phantasy Star 2 é o meu jogo favorito. Ponto. Agora, o terceiro, por ser tão ousado e criativo merecia sim, melhor destaque na série. Fosse da SEGA, faria um remake desse jogo, tentando deixá-lo mais interessante com o uso das tecnologias mais atuais. Lembro que na época, continuar o jogo com meu filho Ayn e largar Rhys para trás me deixou totalmente desnorteado. Eu meio que não acreditava no que estava vendo; foi algo tetalmente inesperado em um videogame.

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  • 22/08/2010 em 8:16 pm
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    @DomRafa
    E coisas inesperadas não são excelentes em jogos? O que seriam deles sem surpresas e sem grande influ~encia de nossas escolhas e ações neles?

    Concordo que um remake faria muito melhor ao PSIII. Na verdade, acho que isso faria mais justiça do que remakes de PSII, PSIV e PSI. Fiquei nindignado quando, desde o começo, desconsideraram a idéia de um remake de PSIII no molde do Generations para PS2 (na série Sega Ages 2500).

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  • 04/11/2010 em 12:40 pm
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    O PSIII pra mim é um jogo impecável em termos de conceito e ousadia. É o primeiro jogo no qual sua decisão pode fazer uma baita diferença no desenrolar da história. O grande problema acabou sendo o cronograma que a Sega impôs ao game. Ele era um jogo que merecia pelo menos uns 8 megabit de memória para desenvolver melhor as animações, colocar os NPCs das “casas abandonadas”, implementar as cavernas inacessíveis, refinar o enredo e incluir mais das chamadas “cutscenes”. No fim o jogo saiu em cartucho de 6 megabit e com um monte de espaço em branco, ou seja, faltou tempo pra terminar o jogo como eles queriam ter feito.

    O grande problema é que muitos críticos do jogo nunca jogaram ele inteiro ou então começaram direto pelo PSIV. Aí é difícil mesmo você gostar, pois você faz a comparação injusta de tecnologia. Tecnologia por tecnologia, o RPG Betrayal At Krondor foi lançado antes do PSIV e tem, no mínimo, 100 vezes mais texto que o PSIV, gráficos infinitamente melhores, melhor jogabilidade, melhores recursos, etc.

    No meu ponto de vista, o PSIV foi um erro conceitual: a Sega queria fazer um RPG comercial como os FF e lançou uma história extremamente cliché e infantil, com elementos certos para agradar o público alvo (pré-adolescente) incluindo draminha, humor forçado, romancinho e o final 1-2-3-salva-o-mundo. É praticamente um Rei Leão em RPG. Vendeu? Vendeu. Mas não faz jus ao enredo sério e intrigante dos demais, principalmente em PSII e PSIII. É como aquela banda de rock alternativo que faz um disco dance pra vender como a Lady GaGa (a inspiradora do nome desse site :p). Vende, mas perde conceitualmente. Tanto é que a série morreu e foi utilizada para batizar jogos mais comerciais e menos densos (isso é Phantasy Star hoje: http://bumped.org/psublog/wp-content/uploads/2010/09/default-human-female-infinity.jpg). Hoje, a base de fãs da série clássica de Phantasy Star está totalmente alienada e se desse na telha de algum louco na Sega fazer uma continuação tradicional para PS5, venderia que nem o 32X. Na contramão, justamente as séries como FF se reinventaram, com enredos mais densos, pois os caras sacaram que os fãs da série envelheceram com o tempo, logo precisavam evoluir com os fãs. Por isso que eu conheço vários marmanjões de 30 anos que decidem qual videogame de nova geração vão comprar utilizando por base um único fator, que é para qual console vai sair o próximo FF.

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  • 04/11/2010 em 2:39 pm
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    @Zé
    A sensação que sempre tive com o Phantasy Star III foi mais ou menos essa mesmo: “Se eles tivessem tido mais tempo…”. O jogo já é muito bom com a correria comum em qualquer lançamento de produtos, imagine se tivessem optado por um desenvolvimento mais tranqüilo e livre das amarras de prazos. Isso que notou de “espaços em branco” é algo importante; fora a série de sprites no código que não utilizaram e coisas assim (provavelmente pela pressa em lançar e aproveitar o embalo de PSII).

    Sem dúvida que a Sega queria que PSIV vendesse! O apelo mais comercial dele é muito evidente; não é à toa que optaram por nem lançar para o Sega CD como era sugerido no começo do processo de design. E por razões que, posso especular, seriam as seguintes: seria muito caro fazer cenas anime, inserir labirintos 3D e animações mais complexas dos personagens em batalhas e foras delas; e, o principal, levaria tempo demais. O enredo de PSIV fecha bem a série, mas só isso; prefiro mil vezes os acontecimentos de PSIII e PSII.

    Concordo que a série, a partir daí, começou a perder o foco. Não só por ter passado a se preocupar em vender mais, mas porque não há como fazer um Phantasy Star V que seja instigante a partir do lugar em que PSIV parou. Talvez um game que contasse a história da unificação de Palma, sei lá; mas não teríamos Dark Forces ou coisas assim. Acabou virando uma espécie de franquia (como Final Fantasy) e não uma saga como prometia na série clássica.

    E tenho também poucas esperanças de um PSV. principalmente porque tenho a absoluta certeza de que venderia muito pouco e, quanto mais ficamos velhos, mais gamers que se deliciaram com esses jogos vão ter morrido. Conforme passam os anos, menores as chances de uma empreitada dessas ser bem sucedida. Embora, evidentemente, eu possa estar enganado.

    Só acrescentaria que Final Fantasy não está numa evolução constante de melhorias. Sem dúvida que a história dos primeiros para NES são muito toscas (não passam nem perto daquela do primeiro Phantasy Star) e que melhorou muito nos de SNES. Porém, acho que o roteiro “fácil” (por falta de termo melhor) se tornou marca registrada também dessa série da Square, principalmente a partir de Final Fantasy VII. O próprio designer de um Final Fantasy recente disse que eles não se preocupam com fãs antigos (e atualmente adultos), mas com um público alvo específico: garotos adolescentes. Se fãs antigos da série também compram, bom para a empresa, mas não é mesmo o alvo deles.

    E sim, a história de PSIV é muito fraca em comparação com a epopéia de Phantasy Star III e as aventuras de Phantasy Star II. Tanto que sempre coloco Phantasy Star IV lá no final na minha lista de jogos da série clássica prediletos. E é o que menos faço questão de jogar de novo quando tenho vontade de revisitar a série.

    @Orakio Rob, “O Gagá”
    Não se vê todo dia fora da Lista de Algol, né? huahuahauhauha A gente fala dessas coisas com alguma freqüência por lá.

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