Olá pessoal. Já tem bastante tempo que eu não escrevo nada aqui. Porém hoje vou sair do meu habitual e vou beber um pouquinho, mas só um pouquinho da fonte do Senil. Apesar de ser o colaborador que menos colabora por aqui [Nota do Orakio: mentira, é o Cyber, que só tem sete posts ^_^], sempre que tenho inspirações para escrever algo, aqui venho para compartilhar com vocês, amigos leitores.

Falando em inspiração, esta matéria nasceu de um comentário que eu fiz num tópico sobre o Battletoads de NES, escrito pelo TH lá no blog do Sabat, o Retroplayers. Veja aqui.

Missile Command e Megamania, ambos do Atari 2600. Jogos “simples” que exigem reflexos, rapidez e precisão do jogador.

Então que diabos eu quis dizer com o título acima? Simples. Vou fazer aqui uma autoanálise minha como jogador. Não vou contar minha trajetória gamer, mas sim falar de minhas habilidades com o joystick na mão. A façanha do TH — terminar Battletoads na raça, sem save states, só na perseverança — foi o estopim para uma divagação que não sai da minha cabeça: não jogo mais como jogava antes. Há muito tempo venho notando uma certa “piora” no meu rendimento, então compartilho com vocês a conclusão à qual eu cheguei de forma espontânea e sem perceber. 

 

Vida gamer do Piga

Vejo minha habilidade atualmente como um gráfico de uma função de 2° grau de coeficiente negativo, ou seja, menor que zero. Aos 4 anos de idade, ao iniciar num Atari 2600, eu  era péssimo. Claro, uma criança de 4 anos não tem coordenação motora, nem reflexos, nem um entendimento da situação mostrada na tela. Como eu poderia ser bom? Mas uma vez ligado este motor, ele nunca mais se desligou até o presente momento. Fui passando pelas gerações dos consoles e dos computadores, cheguei no meu auge e agora percebo que já tinha iniciado a descida sem ter me dado conta de tal ato.

Ao entrar na atual geração de consoles com o PS3, notei algo que até então tinha passado batido: estou ficando lento! Meus reflexos já não funcionam como antes! Descobri nos meus 31 anos de vida que tudo aquilo que se dizia era verdade. Sim, o tempo corrói tudo e já começou a deteriorar minha habilidade, e porque não também, minha perserverança e força de vontade, condições estas essenciais a qualquer pessoa que se julgue um autêntico retrogamer! Mas porque eu só notei agora?

Battletoads e Castlevania, ambos do NES. Difíces? Sim! Impossíveis? Não! Perseverança é o segredo.

Quando estava sem consoles, jogando apenas no PC, foquei durante muito tempo em games que eu já tinha jogado antes e que eu já tinha alguma familiaridade. Sabe aquele ditado que diz que quem aprende a andar de bicicleta não esquece? Bem, para games também vale. Quando “migrei” para o PS3, percebi principalmente ao jogar jogos de corrida que minha cabeça dá um “lag”, ou seja, não estou mais “reagindo” ao game como deveria.

Outra coisa curiosa é que, se compararmos a dificuldade de um jogo de PS3 à de um jogo de NES, por exemplo, a dificuldade no PS3 é praticamente nula. Mas mesmo assim já houve casos de eu abandonar um game de PS3 por não conseguir passar de determinado ponto, mesmo tendo um detonado que me diga o que fazer e como fazer! Parece absurdo mas acontece. Vejo que minha habilidade não é mais suficiente pra determinados desafios. E isso “drena” minha perseverança. Troféus? Sem chance. Isso já ficou distante para mim!

Doom 2 e Blood, ambos para PC (MS-DOS). Desabilite os “cheats” para ver o caldo engrossar…

Então é isso. Parece triste, poderia ser triste, eu podia ter ficado triste mas não fiquei. Faz parte da vida. Pode ser uma fase. Pode não ser. Acredito, fazendo uma análise fria de mim mesmo que eu nunca mais serei aquele jogador que costumava ser. Podem haver muitos motivos pra isso, mas na verdade pouco importa. O que importa é que eu continuo gostando de games como gostava antes. Continuo jogando e terminando jogos. Por isso deixo a seguinte pergunta, uma pergunta de auto-conhecimento: que avaliação você dá para suas habilidades como jogador? Eu me considero mediano. E seu rendimento nos games, vem caindo ou melhorando com os anos?

Um abraço a todos!

A curva de uma vida gamer

52 ideias sobre “A curva de uma vida gamer

  • 14/07/2011 em 4:12 pm
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    @leandro(leon belmont)alves
    Vixi, não sei de bug nenhum nas últimas telas não, nem esse de levitar que vc falou no rat race, vê se não é o emulador.

    O que acontecen nas últimas telas que eu conheço é que na fase da bola (monociclo) não tem como passar de dois, no rat race em ultra raras vezes o último rato some e não dá mais para passar e só aconteceu em emulador nunca no meu Nes. Mas só isso, não tem mais bug nenhum.

    Abraços

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  • 14/07/2011 em 5:01 pm
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    Ótimo texto Piga, explorou muito bem o comentário que vc fez lá no meu texto sobre o Battletoads.

    Bom, como eu já te disse eu não estou sentindo isso, hoje jogo melhor do que naquela época e fiz esse teste com vários jogos não só Battletoads. Tinha até te perguntado se não era falta de interesse que temos nos games de hj mas como vc disse no texto não é isso.

    Acho que o que pode ser também é que hoje exigimos resultados muito rápidos, por exemplo estou jogando agora o Zelda Ocarina no meu 3DS, e nunca joguei o do N64 e toda hora que eu fico perdido, por mais que seja por alguns minutos eu já fico muito irritado. E acho que fazemos isso por causa do nosso tempo que hj é corrido se bem que naquela época no meu caso tb era, pois tinha que logo entregar a fita na locadora.

    Tenho 30 anos e agora fiquei com medo de fazer 31 e não conseguir mais terminar Battletoads, hauahuahuahauhauhau

    Abraços Piga

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