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Voltamos com mais uma edição da “Cruzada NES”, onde o doido varrido do Gagá se propôs a jogar todos os jogos de NES e Famicom já lançados! Hoje vamos fechar a conta do ano de 1984, que ainda foi um ano meio devagarzinho para o NES, embora já tenham pintado alguns títulos simples, porém de grande sucesso.

Na edição passada eu me empolguei tanto falando em Lode Runner que acabei me esquecendo de citar um outro jogo que saiu uma semana depois, e que também é muito divertido: Nuts & Milk, que por acaso (ou não) foi lançado pela mesma empresa de Lode Runner, a Hudson Soft.

nuts_and_milkNuts & Milk é um joguinho simples, como todos dessa fase inicial do NES. É o típico joguinho estilo arcade da época. Você controla o simpático Milk, que é o sujeito rosado da foto aí do lado. Enfim, jogo de macho, né?

Notem como o game design da época é absolutamente direto e fabuloso: a foto ao lado traz a primeira fase do jogo. Temos aí todas as informações de que precisamos para saber como o jogo funciona: o personagen usa as cordas para subir e descer, a mola na parte inferior para dar saltos com maior alcance e precisa coletar todas as frutinhas e fugir de Nuts, o bonequinho azul. Vencendo a primeira tela você já aprende todas as regras. Um barato isso. E o jogo é muito divertido.

Agosto de não teve lançamentos, e setembro só trouxe Galaxian. O jogo é tipo um Space Invaders mais transadão: nave radical embaixo se deslocando na horizontal, atirando nos inimigos em formação no alto da tela. Só que ao contrário do que acontece em Space Invaders, em Galaxian as naves inimigas vêm fazendo voos altamente acrobáticos para assumirem suas posições, e eventualmente se deslocam em grupos na direção da sua nave, atirando com tudo! Só não curti mais porque sei que a sequência Galaga, lançada em 1985, é bem melhor.

Outubro trouxe o esquisitão Devil World, que tem uma das temáticas mais doidas que já vi em um videogame: um dinossauro verde recolhe cruzes e bíblias em um labirinto movimentado nas quatro direções por criaturas comandadas pelo capeta em pessoa. Nada me tira da cabeça que rolava muito LSD nos estúdios de desenvolvimento de games da época. Pior que o jogo é divertido, eu jogava muito isso quando era moleque.

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Em novembro tivemos um monte de lançamento. 4 Nin uchi Mahjong, mais uma “emocionante” versão do antiquíssimo jogo chinês Mahjong, e F-1 Race, um modesto mas muito divertido joguinho de fórmula 1. Não espere campeonatos, regulagem de carro e coisas do tipo, mas diverte mesmo assim. Vamos dar um crédito, foi o primeiro jogo do gênero para o NES. Pac-man vocês já estão carecas de conhecer, e se apresenta em ótima forma no NES (bem melhor do que no Atari). Rolou uma baita complicação legal com a Nintendo quando a Tengen lançou o jogo nos Estados Unidos em 1988, e a Nintendo só reconhece o jogo como lançado oficialmente no ocidente em 1993, quando a Namco o lançou novamente por lá.

Xevious é um clássico. O maior destaque do jogo é que você atira em quem vem voando pela frente e também lança bombas contra alvos no solo. Legal. Vou ser franco: detesto Xevious, acho um saco 🙂 Mas Mappy eu curto de montão, você fica pulando com o ratinho pelo cenário, e é muito engraçado quando o rato e seus perseguidores pulam juntos no mesmo elástico (nessa hora você fica invulnerável, mas se pular fora no mesmo andar que um dos inimigos você se estrepa). Não entendo como esse jogo não foi lançado nos Estados Unidos, eu acho divertidíssimo até hoje.

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Mappy: tá, esse jogo é meio gay, mas eu gosto. Fazer o quê?

Urban Champion: pelo amor de Deus, não me venham defender essa coisa. O jogo pode ser meio que pioneiro no gênero de luta, mas é um horror, você fica trocando socos com um cara até que um dos dois caia num bueiro… faça-me o favor, né? Felizmente os dois últimos títulos do ano são ótimos: em Clu Clu Land você controla um bicho esquisito que corre sem parar pela tela. Você vai se apoiando nos postes para girar e vai revelando “moedinhas” que precisam formar a imagem secreta para que você conclua a fase. Eu jogava MUITO isso, especialmente no modo de dois jogadores simultâneos, que é muito bom.

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Mas o bom mesmo era Excitebike, um dos primeiros clássicos do NES. Eu era doido por esse jogo. Uma amiga tinha, mas a desgraçada nunca me explicou que eu tinha que ajeitar a moto na hora de saltar nas rampas e na hora de cair também, então eu sempre me lascava. Maldita, tomara que morra solteira. Apesar do trauma, o jogo é uma maravilha, divertidíssimo.

Semana que vem entramos em 1985, primeiro ano realmente quente do NES! Sim, é o ano de um certo jogo bigodudo e revolucionário!

Foto: o jovem Gagá jogando Excite Bike com sua colega de infância.

Cruzada NES: Excitebike e um trauma de infância
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