bann-ultima_i

Explorando a cidade, reparei uma coisa interessante: conforme meus pontos de inteligência aumentam, os preços das lojas diminuem. Ou seja, o atributo “inteligência” em Ultima I nada mais é do que o nosso conhecido “jeitinho brasileiro”.

O rei do castelo Black Dragon me mandou matar um Lich. Vamos ver o que o manual fala sobre essas criaturas:

O Lich é um feiticeiro maligno que, por meio das artes da necromancia, entrou em um estado de morte em vida para prolongar seu reinado profano sobre o planeta. Pobre do aventureiro que adentrar  o lar de um Lich, pois…

… Tá, chega, eu já entendi. Entrei em outra roubada, né?

Entrei num bar de uma cidade e pedi um goró. Aí o barman saiu me contando altos lances da história do jogo, no maior descaso! Geralmente você imagina uma música cheia de violinos tocando e um sujeito descendo das nuvens com asas de anjo para que parte do enredo seja revelada, correto? Pois em Ultima I é diferente. Você dá um soco no balcão, pede uma gelada e a informação vem. Coisa de macho.

"Seu Manoel, diz aí: Capitú traiu ou não traiu o Bentinho?"
"Seu Manoel, diz aí: Capitú traiu ou não traiu o Bentinho?"

O cara diz que há mil anos, o mago Mondain criou uma joia demoníaca, e que de posse dela o sujeito é imortal e não pode ser derrotado. Ainda segundo o homem, a jornada de Ultima consiste em viajar pelas regiões em busca de uma máquina do tempo. Uma vez encontrada, a gente deve usá-la para viajar no tempo, para antes de Mondain criar a joia, para que assim possamos destruí-lo.

Amanhã nós continuamos, agora vou dar um pulo no bar aqui da esquina para ver se o seu Manoel tem uns palpites bons para a loto.

Diário de bordo: Ultima I, 16/09/2009
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6 ideias sobre “Diário de bordo: Ultima I, 16/09/2009

  • 16/09/2009 em 6:59 pm
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    É um jeito bom, porém eu acho que os jogos de rpg ainda têm um grande problema em encontrar um jeito de passar informação que não seja desse jeito bem primário/fácil/preguiçoso. Sempre é por meio de um personagem, um livro, ou algo que você descobre tudo bem rápido, sem ter uma outra forma de toda essa informação ser passada. Mas é engraçado que Ultima seja antigo e até hoje os “cabeças” de grandes rpgs, não conseguiram arrumar um jeito de fazer “exposição” diferente no video-game.

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  • 16/09/2009 em 8:05 pm
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    Cara, Ultima é simplesmente foda. Fiquei impressionado com a qualidade desse jogo. Sabia que Ultima I era um jogo respeitável, por tudo que representava para a história dos games, mas lendo o diário de bordo bate até um certo receio de não ter jogado antes e estar sendo revelado tudo.

    Ainda bem que não estou acompanhando o diário do Phantasy Star III, porque essa semana chega ele pra eu poder jogar no mega. =)

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  • 16/09/2009 em 8:12 pm
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    @Link Thieve
    Faça um favor para o seu amigo da terceira idade: ponha o som bem alto na abertura. Aliás, pode deixar alto também quando o jogo começar na primeira cidade. Que trilha!

    O Ultima é mesmo um jogo muito interessante. É até bem divertido, mesmo levando em conta a idade dele. Impressionante mesmo, Leandro, como muita coisa não mudou de lá para cá.

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  • 16/09/2009 em 9:36 pm
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    @Leandro Moraes
    A explicação para isso é bem simples. Em um RPG de mesa, quando os jogadores não fazem a mínima do que devem fazer para dar seguimento à missão, eles vão à taverna mais próxima para saber dos boatos.

    Aliás, isso funciona até hoje. Se alguém aqui já frequentou algum bar, botequim, birosca ou algo do gênero sabe que o cara do balcão é sempre um tremendo fofoqueiro que sabe da vida de todo mundo.

    Perceba, contudo, que não podemos acusar Ultima de usar clichês do gênero, já que ele é um dos primeiros games do tipo. Na verdade, pelo que vemos aqui, o consagrado Final Fantasy é que copiou muita coisa deste jogo!

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  • Pingback:Gagá Games » Diário de bordo: Ultima I, 22/09/2009

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