Este post é parte do Dossiê Zelda que estou preparando para o Gagá Games e o Cosmic Effect. Para acessar o índice deste dossiê e ler os posts que este velhaco preparou sobre outros jogos da franquia, clique aqui.

Olha, não tem tarefa mais ingrata do que tentar fazer um post diferente sobre Zelda II.

A princípio, a moda na internet era malhar o jogo sem piedade. Todo mundo dizia que ele era um horror, a ovelha negra da família (pronto, já caí no lugar comum e usei o termo que todo mundo usa quando fala do jogo). Depois de alguns anos, como malhar virou moda, começou a soar culto e erudito falar bem do jogo, dizer que é subestimado, uma obra de arte perdida e visionária, à frente do seu tempo. E agora, o que que eu faço para sair dessa sinuca?

Não faço a menor ideia. Vamos ver que bicho que vai dar esta análise que estou escrevendo poucos minutos após ter finalmente terminado o jogo no Virtual Console, mas uns bons vinte anos após a vitória ter me escapado entre os dedos pela primeira vez em um cruel lance do destino que… bom, no meio do post eu conto essa história, vão lendo aí.

Reencontrando Zelda II

Eu sou um sujeito que tem uma memória muito, muito ruim. Por isso, não me lembro de muita coisa da minha primeira experiência com Zelda II. Lembro direitinho de quando terminei o primeiro Zelda na casa do tal amigo (já contei essa história aqui), e também de quando ele me contou que o pai dele tinha comprado o segundo. Lembro do manual com desenhos bacanas, lembro da nossa euforia para jogar aquele treco e, por algum motivo obscuro, nunca esqueci a fala de um dos personagens do jogo: “If all else fails, use fire”. É, a minha memória é uma coisa muito doida mesmo.

Tirando isso, eu só lembrava que havíamos passado meses jogando aquilo, mas eu não me lembrava de termos terminado o jogo. Aliás, como eu não me lembrava de porcaria nenhuma, achei que seria uma boa comprar o danado no Virtual Console e encarar sem guias, sem mapas, sem save states, como da primeira vez.

O manual é muito bem ilustrado

Aquele amigo sumiu faz tempo, e não dá mais para consultar o velho manual dele, mas a internet está aí para isso. Dei uma boa lida para entrar no clima. Aqui eu tenho uma vantagem sobre o pequeno Gagá que usava calças curtas há vinte anos: meu inglês está afiado, e deu para entender a história todinha, muito bem contada no manual — lembrando que naquele tempo o manual muitas vezes tinha a função de contar a história que o jogo não contava. Embora o texto não tenha a maestria do que a gente encontrava nos manuais de King’s Quest, aquela mesma ideia de conto de fadas estava presente no estilo e na história em si.

A trama é continuação direta do Zelda anterior, coisa que não é muito comum na franquia. A princesa Zelda caiu em sono profundo por causa de um encantamento, e para piorar os seguidores de Ganon precisam do sangue de Link (literalmente) para reviver o vilão. Conseguirá Link triunfar em meio ao caos etc etc etc?

Vamos ver como funciona esse joguinho lançado em 1987 para o Famicom.

Acorda, moça!

A ação já começa no palácio de Hyrule, com Link diante da cama onde Zelda dorme, amaldiçoada. Na mesma hora me deu um flashback de como essa visão da Zelda dormindo mexia com a minha cabeça nos tempos de moleque. Sempre que dá Game Over, Link volta para essa mesma tela, então a imagem da princesa refém do encantamento está sempre atormentando o jogador. Fracassou, volta lá para os aposentos da princesa para se sentir culpado e se esforçar mais da próxima vez.

A imagem da Zelda dormindo deixava o Gagá impressionadíssimo

Acho que mexe bem mais com a gente ver a princesa ali tão perto e não poder fazer nada do que saber que ela foi sequestrada e está em um castelo lá em Deus-me-livre jogando dominó com o vilão. Claro que na época eu não entendia esse processo psicológico todo, mas lembro que cheguei a sonhar com o dia em que veria Zelda despertando. Coisa de criança… ou não? Vinte anos depois, a mesma sensação. Zerar esse negócio tinha virado uma obrigação. Por que diabos eu não terminei esse jogo quando era moleque? Deixei essa moça dormindo aí por uns vinte anos!

Mas vamos começar a falar logo do jogo, e do porquê dele ser tido como ovelha negra. Nessa primeira tela a gente já vê um dos maiores motivos para a polêmica: visão lateral.

Mexe bem mais com a gente ver a princesa ali tão perto e não poder fazer nada do que saber que ela foi sequestrada e está em um castelo lá em Deus-me-livre jogando dominó com o vilão.

Sim, meninos e meninas. Temos visão lateral, com um Link três vezes maior e mais detalhado em relação ao jogo anterior. E é exatamente com essa visão que você vai encarar todos os inimigos, e explorar todos os labirintos. Heresia, é claro, tanto é que a Nintendo nunca mais repetiu a dose, e no primeiro Zelda de Super Nintendo voltou a apostar nas raízes da série (A Link to the Past nada mais é que uma baita versão turbinada do primeiro jogo). Mas a visão lateral é mesmo motivo para tanto fuzuê?

Essa pergunta é um pouco difícil de responder. A verdade é que a ação lateral ampliou enormemente o valor das habilidades de Link com a espada e o escudo, de um jeito que só voltaríamos a ver na Hyrule 3D de Ocarina of Time. Você tem que ser “de circo” para defender o ataque do inimigo, pular (sim, pular) e descer sobre a cabeça dele com a espada apontada para baixo. Ou fazer altos malabarismo para saltar longos “buracos sem fundo” enquanto inimigos voam loucamente na sua direção. Os fãs de Castlevania já devem estar lembrando daquelas malditas cabeças de medusa voadoras.

Tem que ser muito macho para lidar com os inimigos e os buracos de Zelda II

Parece ótimo, não parece? Honestamente, eu até acho que é, mas dois probleminhas complicam as coisas.

O mais grave: batalhas aleatórias. Todo mundo aí odeia batalhas aleatórias, não odeia? Nós, que somo fãs de um bom RPG, sabemos que elas são um mal necessário. Mas peraí, como conseguiram encaixar batalhas aleatórias num RPG de ação como Zelda?

Eu explico. Quando você está passeando por Hyrule em busca de cidades e labirintos, a visão muda. Não é preciso ser muito esperto para sacar que uma visão lateral nos segmentos de exploração transformaria Hyrule num mundo linear. Por isso, temos uma visão aérea mais ou menos nos moldes do primeiro Zelda, só que o mapa tem scroll. O cenário parece mais variado, e há até cidades a serem visitadas e alguns segredos a serem descobertos, como no primeiro jogo.

A ação lateral ampliou enormemente o valor das habilidades de Link com a espada e o escudo, de um jeito que só voltaríamos a ver na Hyrule 3D de Ocarina of Time.

So what’s the problem? A cada quatro ou cinco passos dados por Hyrule, três criaturas abomináveis aparecem ao seu redor, e supondo que você não consiga escapar delas (e você não consegue 99% das vezes) surge um segmento de ação lateral, onde você é obrigado a lutar com inimigos ou tentar fugir pelas laterais. Isso simplesmente DESTRÓI a vontade do jogador de explorar cada cantinho de Hyrule. É um saco e totalmente inviável ficar procurando segredos no mapa quando você tem que entrar numa maldita batalha a cada cinco segundos, o que não só faz o jogador tomar ódio das caminhadas de exploração como também contribui para que ele passe a ter repulsa aos segmentos de ação lateral. A exploração era para ser uma coisa prazerosa em Zelda, não era?

Explorar Hyrule em Zelda II é como viajar com o Burro de Shriek perguntando “já chegamos?” a cada cinco segundos

O segundo problema não é exatamente um problema para mim, porque eu sou um sádico maldito, mas o jogo é difícil pra diabo. Não assim “dificuldade Battletoads”… eu diria “trabalhoso”. Link tem três vidas. Perdeu a energia toda ou caiu num buraco, perdeu a vida. Perdeu as três? Não interessa o quanto você andou para chegar onde está, você volta láaaaa para o início, onde Zelda dorme. É infernal ter que ficar andando tudo outra vez. Não que o mundo de Zelda II seja gigantesco, mas ter que andar tudo de novo enfrentando as malditas batalhas aleatórias… ninguém merece.

Os chefes podem dar algum trabalho, e muita gente pragueja contra o jogo dizendo que a dificuldade não é bem equilibrada. O que acontece é que a ação aqui é bem mais complexa do que no jogo anterior, e como Link conta até com magias, é uma boa ideia pensar bem e desenvolver estratégias para enfrentar cada inimigo. Enquanto no primeiro Zelda a ação era mais “pauleira” e os segredos e labirintos exigiam alguma elocubração, aqui a ação também vai exigir que você pare para pensar de vez em quando. Do contrário, você vai ser destroçado pelos cavaleiros que atiram facas e lançado ao fosso várias vezes seguidas pelas cabeças de cavalo voadoras. Corredor estreito com inimigos feiticeiros? Talvez seja um bom momento para usar a magia reflect para refletir os ataques mágicos deles. Cavaleiro que lança facas? Melhor usar a magia shield para aumentar a defesa. Muitos buracos para saltar? Usando a magia jump dá para saltar mais alto e diminuir os riscos.

Na hora de bolar uma estratégia de combate, é preciso levar em conta a “geografia” do campo de batalha

Em suma, o sujeito pega Zelda II procurando um RPG de ação e topa com uma ação em plataformas, que exige um bom equilíbrio entre ataque e defesa, saltos precisos, um uso cuidadoso e bem pensado de magias e um bom aproveitamento do ambiente em que cada batalha ocorre. Dá para zerar sem dar muita atenção a isso tudo, mas vai por mim, vai ser um inferno. Quem não botar a cachola para funcionar nos combates vai levar muita surra.

É claro que os jogos da franquia Zelda nunca foram mamão com açúcar. Todos dão algum trabalho e exigem paciência. O problema em Zelda II é que ele é pauleira desde o primeiro combate, é extremamente inacessível desde o começo. Você vai morrer quinhentas vezes, voltar para o início quinhentas vezes, perder os pontos de experiência que acumulou quinhentas vezes…

É um saco e totalmente inviável ficar procurando segredos no mapa quando você tem que entrar numa maldita batalha a cada cinco segundos, o que não só faz o jogador tomar ódio das caminhadas de exploração como também contribui para que ele passe a ter repulsa aos segmentos de ação lateral.

Ah, sim, os pontos de experiência. Cada inimigo derrotado rende alguns pontos. Juntou uma certa quantidade, comprou um “upgrade”, à escolha do freguês: mais ataque, mais defesa ou mais magia. Os upgrades exigem cada vez mais pontos, e num ato de crueldade extrema, se você perder sua última vida depois de acumular milhares de pontos, não importa se você já estava quaaaaaaase avançando de nível: os pontos zeram. Tire as crianças da sala, porque você vai xingar muito, e alto. Horas de jogatina podem ir pelo ralo num piscar de olhos.

Agora temos cidades no mapa para visitar, mas elas são um tédio só, sendo invariavelmente habitadas por gordões bigodudos, moças com jarros na cabeça ou velhas cacareadas. MUITAS velhas. Parece que todo mundo é velho e cansado no jogo, chega a ser deprimente. O que esses caras tinham na cabeça? Some a isso o fato de que o mapa é morto e sem vida nos segmentos de exploração, e o resultado é que a Hyrule de Zelda II parece ser o reino de fantasia mais chato da história.

Só tem gente feia, velha e gorda em Zelda II

Ao menos os moradores das cidades dão dicas que ajudam muito o jogador em um ou dois momentos essenciais para o andamento da trama, e que talvez exijam um pouco demais das habilidades de exploração do jogador (quem perdeu dias tentando achar o cara que libera a passagem pela ponte em uma das cidades dê um “oi” aí nos comentários). É, naqueles tempos era assim mesmo, mas as coisas eram bem piores para a turma sádica que curtia adventures no PC. Se você quer uma dica, aí vai: anote TODAS as falas de todo mundo. Quase sempre tem alguém que diz algo que te tira do sufoco naqueles momentos de “para onde eu vou agora”, mesmo com a tradução absolutamente horrosa que o jogo recebeu (o anterior também não se saía muito bem nesse sentido, então ficamos no zero a zero).

Mesmo tentando prestar muita atenção a tudo, terminei o jogo sem achar o sujeito que ensinava o golpe de espada para o alto —coisa trivial, eu só tinha que entrar numa cidade, usar a magia de pulo alto, saltar no telhado de uma casa, pular para o telhado de outra e descer pela chaminé — mas dá para terminar com alguma paciência.

Quanto aos labirintos, o layout deles não chega a ser tão complicado, dá para se virar numa boa se você tiver boa memória e lembrar dos caminhos que já pegou (eu não tenho, então fui desenhando uns mapas horrorosos no meu caderno). Em uma ou outra ocasião você vai precisar usar magias específicas para ir em frente, e os labirintos finais são um pouco mais complicados (com segredos maldosos… se você não seguir a minha dica de anotar as falas dos moradores, vai empacar em um dos palácios com certeza), mas a complexidade não é tanta assim. O que pega mesmo é a ação, feroz e implacável. Tem um corredor no penúltimo labirinto que é quase um corredor polonês, com a pior combinação possível de inimigos, coisa de louco!

Ganon passa o jogo inteiro morto, mas a expectativa por sua ressurreição por meio do sangue de Link dá um tom sinistro ao jogo

Nos labirintos você também vai encontrar itens importantes, mas a lógica é diferente do Zelda anterior. Você não vai achar itens que possa usar no “dia a dia” de Link, como arco e flecha, bumerangue e afins. Os itens basicamente ajudam a história a andar. Tipo, pessoa x na cidade y diz que o item z foi roubado. Achou o item z, volte para a cidade y para falar com x e ganhar uma habilidade que vai fazer a história andar. Ou então você ganha um item necessário uma ou duas vezes para abrir uma nova rota. A coisa simplesmente não é tão interessante quanto no Zelda original nesse sentido. Tudo bem, as magias compensam um pouco.

Felizmente essa aventura toda é embalada por uma ótima trilha sonora (que não foi composta por Koji Kondo, mas sim por Akito Nakatsuka, autor da trilha de Ice Climber). Sob o risco de levar umas pauladas da turma que detesta Zelda II, eu diria que o tema dos labirintos é um dos melhores de toda a série, sendo tenso e clássico ao mesmo tempo, um estouro. A música recebeu um remix anos depois, no jogo Super Smash Bros Melee. Aperte o play aí embaixo para conferir a música original.

Temple (Zelda II), por Akito Nakatsuka

Felizmente nós também estamos bem servidos de músicos aqui no Brasil, e nosso amigo Eric “Cosmonal” Fraga, do Cosmic Effect preparou um remix especialmente para este post, confiram:

Zelda II – Temple Reprise (by Cosmonal)


Mas e aquele papo de vinte anos atrás…?

O Gagá levou uma rasteira da bateria do cartucho original

Ah, eu fiquei devendo essa história, né? Pois bem… há um desfiladeiro infernal levando ao último labirinto do jogo. É difícil, com abismos bem grandes e um monte de inimigos voando de um lado para o outro. Acho que é mais difícil chegar ao último labirinto do que passar dele.

Quando dei meu primeiro passo pelo temido desfiladeiro da morte para dar rumo aos momentos finais do jogo, minha cabeça me pregou uma peça: eu lembrei do que tinha acontecido há vinte anos.

Eu estava jogando com meu amigo havia meses, e às custas de muito suor chegamos sem guias (nem exisitam por aqui na época) ao tal desfiladeiro. Estávamos muito empolgados. Tentamos uma vez, morremos no meio do caminho. Salvamos o jogo, e como já estava tarde eu fui para casa dormir.

No dia seguinte, bati na casa do tal amigo. Ele estava desolado: o cartucho tinha apagado o nosso save! O próprio jogo avisava que era recomendado pressionar RESET ao desligar o videogame para evitar o problema, a bateria era muito sensível, mas a gente não entendia inglês direito e não tinha sacado a mensagem.

Nunca mais conseguimos jogar aquele cartucho, tamanho foi o trauma. Ficamos arrasados com a situação. Vai ver foi por isso que praticamente apaguei o jogo da memória. Quando a lembrança bateu, terminar Zelda II virou uma missão. Eu queria a todo custo pôr uma pedra naquele dia fatídico. E assim eu fiz, terminando o jogo e finalmente vendo a Zelda acordar.

Traquinagens de um príncipe

E é isso aí. E agora, vocês querem saber se eu acho que Zelda II é ou não ovelha negra? Então vou decepcionar vocês: eu não sei o que responder.

Vejam bem: ao contrário do que muita gente diz por aí, Zelda II está longe de ser um jogo ruim. Temos um ótimo título de ação, bem mais cerebral (tanto nos puzzles quanto na própria ação) do que a maioria dos outros títulos da época, e muita gente não se toca disso. É fácil olhar para ele hoje e ignorar o fato de que na época não existiam títulos de ação tão intrincados e complexos como Zelda II, salvo Metroid. Prova disso é que na época ninguém chiou e o jogo foi um sucesso. A maior parte das críticas veio muitos anos depois, quando a gente já tinha anos e anos de evolução em game design para filtrar as opiniões.

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Link! ser gauche na vida.

Miyamoto Drummond de Andrade, em poema sobre Zelda II

O grande crime de Zelda II é que ele é um bom jogo, mas não é um bom Zelda. Ele abre mão de boa parte da fórmula do primeiro jogo, e nós sabemos que a fórmula era boa, tanto que está rendendo ótimos títulos até hoje. A ideia de fazer algo bem diferente veio do criador da série, Shigeru Miyamoto, mas o jogo foi desenvolvido por uma equipe totalmente diferente da do primeiro jogo, o que serviu para tornar tudo ainda mais “esquisito”.

Seria cool dizer que Miyamoto-san foi arrojado, ousado, que estava à frente de seu tempo, mas eu acho que este Zelda II saiu assim meio tortinho mais por falta de experiência do nosso japonês favorito. Ele teve um monte de ideias doidas, entregou tudo para uma outra equipe e, na inocência de sua empolgação, achou que aquilo ia dar certo. E na época deu mesmo, porque Zelda II vendeu bem e teve ótimas críticas, mas o próprio Miyamoto o considera uma falha, e o tempo voltaria para julgar seu trabalho.

Zelda II é muito louco e cheio de defeitos, mas é difícil não apreciar suas enormes qualidades e a audácia inocente de seu design

A história do jogo é muito mais trabalhada que a do primeiro jogo. A ação é ótima, misturando estratégia com pauleira pura. As magias tornam os combates mais interessantes, a aventura envolve o jogador com um clima meio dark e bastante épico. Dá aquela satisfação grande quando a gente vence, e se você terminou um RPG e não teve aquela sensação incrível de “I’m the greatest”, então o seu RPG não fez o dever de casa direito. O final inclui uma épica caminhada por um longo e perigoso vale e um chefe final surpreendente, que daria as caras novamente em outros títulos da série.

Então eu pergunto a vocês: por que esse pobre coitado é malhado hoje em dia?

O grande crime de Zelda II é que ele é um bom jogo, mas não é um bom Zelda.

O fato é que Zelda II: The Adventure of Link é criticado porque olhamos para ele hoje sob o peso do manto de realeza que a franquia Zelda conquistou em seus 25 anos de existência. Nós esquecemos que ele foi apenas o segundo jogo de uma franquia então jovem. Olhando para ele hoje, em tempos de continuações extremamente burocráticas para franquias conhecidas, eu acho que Zelda II soa como uma deliciosa extravagância, uma traquinagem de um príncipe que um dia ia ser rei. Ele é assim, uma criança louca, alucinada, elétrica, meio desconjuntada. E se por alguns dias você esquecer do adulto forte e imponente que essa criança se tornou, e levar em consideração que a genialidade da infância é sempre assim, brilhante e irritante ao mesmo tempo, vai ver que até em um momento de loucura juvenil o nosso amigo Link conseguia surpreender, botando as outras crianças “certinhas e engomadinhas” do bairro no chinelo.

A Nintendo meio que repetiria a travessura alguns anos depois com o brilhante e esquisitão Majora’s Mask, e com o belíssimo e inesperado Wind Waker, que geraram alguma polêmica entre os fãs mais “quadradões” da franquia. Porém, o tempo foi bem mais generoso com eles do que com esta pequena bizarrice do Famicom.

Minha opinião? Zelda II é torto, mas torto de um jeitinho pra lá de especial.

Adventure of Link, o anjo torto da franquia Zelda

56 ideias sobre “Adventure of Link, o anjo torto da franquia Zelda

  • 13/04/2011 em 8:50 am
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    Jogos que todo mundo mete o malho mesmo sem ter jogado:

    Zelda II
    Castlevania II
    Dragon Quest (o primeiro)
    Phantasy Star III

    Essas coisas acabam virando até meio que mitológicas. O povo ouve tanto falar mal do jogo que quando vai jogá-lo já fica com aquilo na cabeça e não dá atenção suficiente pra coisa.

    Quanto ao caso das cidades habitadas por gente feia, vale lembrar que esse é um jogo ambientado em um mundo medieval. E na europa medieval, mesmo as meninas mais novas costumavam ser banguelas e com pelos em locais indevidos.

    Claro, que em histórias de fantasia não é bem assim, mas eu, pessoalmente, curto esses toques de realidade em aventuras de fantasia (vide a Trilogia Tormenta de autoria de Leonel Caldela que é ambientada em um ambiente fantástico mas com toques de realidade: http://lojajambo.com.br/?s=trilogia+tormenta&x=0&y=0 )

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  • 13/04/2011 em 8:58 am
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    @Oráculo
    Olha só o que você fez! Como se já não bastasse eu achar todo mundo horroroso no Link’s Adventure, agora eu sei que as mulheres tem sovaco cabeludo! 😛

    E é isso aí mesmo, muita gente joga um pouquinho desses jogos que você listou, larga e diz que são uma droga. Tem que ir até o final! No início eu estava achando o Zelda II um porre, e seria fácil largar no meio e dizer aqui que o jogo era uma porcaria. Acontece que foi do meio para o final que eu comecei a admirar a coisa toda.

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  • 13/04/2011 em 9:33 am
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    @Orakio Rob, “O Gagá”
    Elas tem bigode e monocelha também! 😛

    Mas é por aí mesmo. Também tem o fato de que hoje em dia todo mundo tem acesso a todas as versões de Zelda, a maioria infinitamente superiores, então é fácil largar esse de mão sem ver o que ele tem a oferecer de melhor.

    O legal do artigo é que ao invés de pegar o que todo mundo diz, você jogou até o fim e procurou tirar as suas próprias conclusões. Não diria que é imparcialidade, porque não existe jornalismo imparcial, mas foi uma opinião isenta de conclusões alheias.

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  • 13/04/2011 em 9:36 am
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    Meu Deus quanta polêmica – Chama o Datena e “põe” na tela..rs.. brincadeira.

    Falou tudo e muito bem (pra variar). A repetição de batalhas aleatórias realmente mata a paciência de qualquer um, mas ZelDaII foi criticad, mais por ser diferente do que por qualquer outro motivo. As pessoas sempre estão preparadas para mais do mesmo.

    OBS1: Leiam a matéria embalados pela trilha sonora – ôh GAGA pq não colocou as trilhas sonoras no começo do tópico pra dar o clima para a leitura!!

    OBS2: Quando eu crescer quero um remix de Super Metroid feito pelo “Cosmonal” – Show!!

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  • 13/04/2011 em 9:41 am
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    @Ritalinando :

    OBS1: Leiam a matéria embalados pela trilha sonora – ôh GAGA pq não colocou as trilhas sonoras no começo do tópico pra dar o clima para a leitura!!

    Rs… eu geralmente faço isso, mas neste caso preferi encaixar a música original ali para que as pessoas parassem e ouvissem com a atenção. Com o remix do Cosmonal, então, me senti na obrigação de colocar as duas juntas e exigir que o digníssimo leitor tivesse a paciência de ouvi-las em sequência, he he ^_^

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  • 13/04/2011 em 10:06 am
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    “Se tudo der errado, use fogo!”
    Essa frase é clássica, tive até um dejávu agora.
    É o Zelda II ensinando a viver.

    Nunca tinha pensado nisso, até porque quando era pequeno a última coisa que eu pensava era em acordar a tal da princesa. Eu queria era jogar. Muito bem sacado, pensando agora de forma crítica, essa tela atormenta mesmo.

    Eu gosto de batalhas aletatórias, quem faz o jogo é que tem que saber calibrar a frequência. Particularmente em Zelda II não vejo problema nelas, dá para fugir numa boa e ainda é bom pra subir de nível. Acho válida a adição.

    “Só tem gente feia, velha e gorda em Zelda II”
    Tenho que concordar, as vilas são feias, mas não acho chatas. Lembro o quanto era legal conversar com o carinha certo e encontrar um passagem secreta para o subsolo onde sempre tinha uma coisa especial.

    Mais um vez você me surpreendeu… Adorei a análise e o texto, Parabéns! Você conseguiu passar sua experiência de jogo sem exageros e clichês. Eu particularmente não vejo esse defeitos em Zelda II porque o joguei na época ou pelo menos em sequência… não conheci outros zeldas antes desse e acho sua fórmula muito interessante. Qual a graça de continuações que não inovam?

    As partes de ação são de uma qualidade impressionante, a jogabilidade é extremamente refinada os pulos, manuseio da espada e tudo mais é muito bem calibrado. Não é um mario da vida, mas é muito bom.

    Eu adoro Zelda II e não o considero um jogo diferente, acho que ele é digno da franquia e tudo mais… as pessoas que se acostumaram como você disse, a julgar o jogo peloque ele é hoje e não pela época.

    A trilha sonora é melhor entre todos os zelda que já conheci, um espetáculo a parte.

    Para não alongar mais: Mais um execelente texto, tão bom quanto o primeiro, assim como os dois jogos. Arrasô!

    PS: Quase um post!

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  • 13/04/2011 em 11:12 am
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    Será que este jogo seria passível de uma reimaginação, como Ys – Oath of Felgrana foi para Ys III? Joguei pouco Zelda II, só testei mesmo. Lembro que me lembrou bastante com Ocarina of Time. Parecia um jogo 3D em 2D, se é que dá pra falar isso.

    Muito bom o texto. E enorme, gastei um bocado da minha manhã lendo ele, lembrou das minhas jornadas pelo HardcoreGaming101 :] E sinceramente não tenho vontade de jogar Zelda II. É diferente demais pra mim ^^

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  • 13/04/2011 em 12:04 pm
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    Eu já vinha aguardando esse review do Gagá a um bom tempo, desde que ele havia prometido no twitter. Sabia que a leitura ia ser tão boa, mas tão boa que não resisti e me ofereci pra um remix, aproveitando a chance de fazer por inteiro uma versão de música de algum Zelda, inclusive achava que a trilha era do Koji Kondo 🙂 Sou um pobre jogador apenas do Ocarina of Time e A Link to the Past, falta jogar o primeirão… e, depois de ler isso aqui, o segundão.

    Engraçado que é a primeira game music que faço sem conhecer nada do jogo, acho que nunca nem o executei no emulador. E foi uma delícia, Gagá escolheu uma pérola. Tanto que eu tinha certeza que era do compositor principal da franquia, e estava todo feliz acreditando que era “minha primeira vez com Koji Kondo” ahahahahah – bom, agora virei fã por antecipação do Akito Nakatsuka – e de Zelda II.

    Valeu Orakio, se cada ovelha negra que você terminar render um review belíssimo como esse, estaremos feitos 🙂

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  • 13/04/2011 em 12:15 pm
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    @@Ritalinando
    Moça, seu pedido está mais que anotado! Fiquei apaixonado pela trilha de Metroid Prime, que tem o mesmo compositor do Super Metroid e tudo. Tanto que até comprei o cartucho de Super Metroid recentemente, está no slot do SNES lá de casa esperando. Já sou doido por Super Metroid por antecipação (não o joguei por inteiro ainda), por vários motivos.

    É só questão de tempo, essa versão vai existir, fica tranquila 🙂

    Valeu aê Rita!

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  • 13/04/2011 em 1:43 pm
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    @glstoque
    Valeu pelos comentários, Gabriel! É por essas e outras que as portas do Gagá Games estão sempre abertas para você.

    Peraí, eu disse AS PORTAS! ^_^

    @Becker!
    É mesmo, agora eu tenho a obrigação de jogar as versões do CD-I!

    @Heider
    Exagerei no tamanho do post, quase joguei tudo fora antes de aprovar, rs… vai ser um daqueles posts que quase ninguém lê inteiro, mas paciência.

    Eu tinha pensado em trabalhar mais e oferecer uma matéria à turma da Old!Gamer, mas sabe Deus quando sairia a matéria, rs…

    @Tchulanguero
    É verdade… comecei a jogar o Link’s Awakening outro dia, e cheguei numa parte dessas. Mas ao menos no trecho em que eu vi parece mais um “ó, vejam só que diferente” do que algo integral para a jogabilidade. Vamos ver conforme o jogo avançar.

    @Eric Fraga
    Thanks mr. Fraga! É bom ver que nosso plano de auto-congratulação (eu te trato como gênio por seus remixes, você me trata como gênio pelos meus textos) continua em pleno funcionamento! Logo todos vão acabar acreditando que somos mesmo geniais…

    … peraí, não era para eu escrever isso aqui, publicamente 😛

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  • 13/04/2011 em 1:48 pm
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    caraca! ir tão longe no jogo, chegar quase no chefão, salvar e souber que o jogo foi apagado. isso é de traumatizar qualquer um mesmo, princilpalmente que naquela época não tinha emulador, nem save state. já aconteceu isso comigo no link of past dos snes.

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  • 13/04/2011 em 6:06 pm
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    Ei Castlevania II e Dragon Quest são jogos exelentes, tem que ser um Nerd muito sádico para terminar(eu)!
    O mesmo tbm acontece em FF II, muita gente não gosta e critica o sistema de evolução do jogo, que é diferente dos demais da série(que no caso vc tem que ser masoquista e passar horas e horas se batendo, para poder evoluir), que no caso ele só foi aprimorado e usado no Ff X.
    Eu no ná época que estava fazendo a minha cruzada de terminar todos os FF do mundo(terminei no X) odiei aquilo, achei o cúmulo, uma porcaria, cheguei a pular do I para o IV, pq minha mente estava fechada para aquilo.
    Mas se a gente abrir o coração, tentar se ligar na idéia que o jogo tenta nos passar e imergir na história dele em vem de ficar com a cara emburrada pq o jogo não foi feito do jeito que a gente quis, dá para superar tudo isso…

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  • 13/04/2011 em 7:50 pm
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    eu tb to nessa cruzada de FF. já terminei o I,IV,VI,VIII, e XII. to me coçando para acabar o XIII(que eu achei maravilhoso,e muita gente destestou.) por esse dias eu jogo o II,III e o IX. eu odeio o VII(sou do contra mermo) e esse eu dispenso de zerar

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  • 13/04/2011 em 7:51 pm
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    Há alguns anos, ainda na década de 1990, cheguei a jogar o Zelda II, mas não dei continuidade. Longe de achar o jogo o horror que muitos já pintaram. Difícil e irritante sim, sem dúvidas. O cúmulo para mim eram aquelas cavernas escuras em que os inimigos atacavam sem que você soubesse de onde eles vinham…era isso mesmo ou cometi alguma bobagem?

    Enquanto lia o texto estava prestes a fazer o meu comentário-padrão sobre a trilha até que vi a menção muito justa do tema do templo acompanhado pelo ótimo arranjo do Cosmonal. Só me resta então compartilhar a versão orquestrada do Dairantou Smash Brothers DX Orchestra Concert que engloba também a música principal da série:
    http://www.goear.com/listen/0e54b92/temple-great-bay-new-japan-philharmonic

    Sensacional o post, assim como o do Zelda original.

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  • 13/04/2011 em 8:11 pm
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    “eu tb to nessa cruzada de FF. já terminei o I,IV,VI,VIII, e XII”

    Cara eu comecei pelo primeirão mesmo, ai joguei o II e quase desisti, por causa do sistema de evolução pois o enrredo é bom, ai procurei algo mais parecido com o I, então pulei pro IV, V, VI, II, VII, VIII, IX, X e III DS.
    Ai deseisti de jogar Final Fantasy, pois não me indentificava mais com o mesmo, ele perdeu as origens ou “evoluiu” demais pra mim.
    Mas ainda jogo o I, II e III, no celular.

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  • 13/04/2011 em 8:36 pm
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    @Alexei Barros

    Opa, valeu mesmo Alexei. Rapaz, quando a gente escuta a interpretação de uma orquestra a uma game music da era 8-bit, vem à mente a certeza de que música é a simplicidade das notas ordenadas com sensibilidade, os “gráficos” (vamos dizer que uma orquestra completa seria o “equivalente gamístico aos gráficos do Crysis”) ajudam, mas importam menos, igual como é nos videogames. Resumindo, estou falando a bobagem de que uma bela canção pode atravessar todo o espectro de possibilidades instrumentais e guardar a mesma beleza, o core intocável dela não aumenta nem diminui.

    Dito isso: puuutz, que emoção ouvir essa interpretação filarmônica aí, valeu 🙂

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  • 13/04/2011 em 8:44 pm
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    Cara, que bom que você falou da música dos templos – pra mim o jogo se vale só com ela, o que vier depois é lucro, heheheh.
    Aliás, você disse tudo, Zelda dois é um ótimo jogo, mesmo não sendo o Zelda nosso de cada dia. Parabens pela matéria

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  • 13/04/2011 em 9:22 pm
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    Eita Gagá, pelo amor de deus não me force a tentar esse jogo.

    Minha primeira “vista” de Zelda II foi numa Ação Games cuja matéria de capa era RPG. Na época o gênero não era popular e estava engatinhando nos consoles (PC já era outra história), no Brasil então nem se fala. A revista fez uma matéria bem bacana que explicava o que era o gênero e tinha fotos e comentários de alguns jogos, entre eles Phantasy Star, Final Fantasy e… isso mesmo, Zelda 2.

    Só fui jogar mesmo anos depois, em emuladores. Minha locadora nunca pegou esse jogo (nem o primeiro inclusive) e eu fiquei na curiosidade. Quando joguei no Nesticle (na época não entendi a piada do nome do emulador) achei horroroso, justamente por olhar sobre a ótica de quem já tinha jogado Secret of Mana, A Link to the Past, etc.

    Talvez se eu vestir a camisa de criança na época de lançamento de Zelda 2 eu consiga joga-lo como você fez. É difícil então por enquanto vou esperar o Eric começar a jogar Super Metroid para acompanha-lo, néeeeee Eric???

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  • 13/04/2011 em 9:24 pm
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    @Orakio Rob, “O Gagá”

    Putz, a vela… sabia que estava cometendo alguma barbaridade.
    Que isso, Orakio, o prazer é o meu!

    @Eric Fraga

    Com certeza, gostei muito da sua definição. E duvido muito que os compositores naquela época pudessem prever no que as composições poderiam se transformar. Em termos de versatilidade é incrível o que já fizeram com o tema principal da série, por exemplo.

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  • 13/04/2011 em 11:59 pm
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    Já falei uma vez em uma outra ocasião que o Gagá analisou (Ou citou, não lembrou !) Zelda II : Isso daí é um diamante bruto ue faltou reçeber aquela lapidada. O jogo é bom, chato no início, irritante no meio, impossível no fim… Mas é bom !

    Eu só conheci esse game também depois de ver Ocarina, mas determinei que só jogaria Ocarina depois de encarar todos os Zeldas antes dele. Até pra entender porque Zelda é isso tudo. É legal encarar as franquias dessa forma, porque aí você vê o que deu e o que não deu certo ao longo dos anos, vai entender algumas piadas, citações, é bem legal…

    Vi nos comentários que tem uma galera jogando Final Fantasy, mas zoando com a ordem, pegando mais recente antes de mais antigo… Não façam isso… Até porque fica sem graça depois, é legal ver essa evolução, acompanhar junto, mesmo que com alguns anos de atraso ! 😛

    Talvez seja por essa forma de jogar que gosto tanto do Final Fantasy 9 depois do FF VI : Acho que o título mais nostálgico da série, pois tem os personagens em formato SD, tem as classes no formato clássico (Vivi, o black mage, é o meu personagem preferido !), a história é batida e um tanto desconexa, mas é divertido à beça jogar aquilo, e o game é muito bonito de se ver, com aquele mundo bem de fantasia mesmo.

    Adoraria ver um remake de Zelda II, com N melhorias…

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  • 14/04/2011 em 3:05 am
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    Fantástico artigo, Orákio!! Se superando novamente. Dos jogos considerados “ovelhas negras”, Zelda II, Castlevania II e Dragon Quest, Zelda II é o que menos gosto, mas como você disse, “é um bom jogo, mas não é um bom Zelda.” Tentei terminá-lo a algum tempo atrás via emuladores mas não animei, acabei parando na metade. Talvez se tivesse o cartucho, faria uma forcinha a mais para zerá-lo.
    Grande abraço e parabéns pelo excelente trabalho.

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  • 14/04/2011 em 10:06 am
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    @Dancovich
    Eu lembro que na época fiquei fascinado quando botei o Zelda II para rodar e vi que o jogo era totalmente diferente. Anos depois é difícil dar uma opinião isenta porque, como você já disse, a gente compara com os que viera depois. Felizmente eu tive a sorte de ter um amigo rico que importava esses jogos ^_^

    Ah, quando você e o Eric começarem o Super Metroid me avisem, talvez eu comece também.

    Daniel “Talude” Paes Cuter :
    Se o Adventure of Link é o anjo torto, os de CDi são o quê?

    Eu ainda não joguei, mas esses aí parece que tão mais para filhos bastardos que enveredaram pelo caminho do álcool e das drogas… veremos, veremos!

    @Flávio de Oliveira
    Eu também ando nesse embalo de jogar todos os títulos de franquias famosas, é bem interessante. Outro dia joguei Final Fantasy I e… *dica de um dos meus próximos posts*

    Cacimba, que remake é esse aí? Bizarro!

    @NandoMagoo
    Valeu Nando, volte sempre!

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  • 14/04/2011 em 6:25 pm
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    “Olha, não tem tarefa mais ingrata do que tentar fazer um post diferente sobre Zelda II” Exatamente por isso que eu não li o seu texto, para não ser influenciado ou tentar propositalmente escrever algo diferente do que o sr possa ter escrito aí em cima XD

    Só vou ler depois que o meu estiver pronto Gagá, mas eu nem comecei a jogar ainda kkk então vai demorar XD
    Isso é um trabalho para o Read it Later kkkkkkkkk

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  • 15/04/2011 em 1:00 am
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    Muito boa a Review, assim como sempre, né… Hehe.
    Quando joguei Zelda II, já tinha lido comentários falando mal do jogo, que era muito diferente dos outros, tinha jogabilidade ruim, dificuldade mal planejada etc. Bem, concordo com isso… Hehe. Mas não achei o jogo ruim! De maneira alguma. Aliás, achei quase tão bom quanto o primeiro.

    Obs: Quando joguei Simon’s Quest (Castlevania), achei o jogo ruim, mesmo nunca tendo lido nenhum comentário sobre o jogo! Haha. Zelda II achei muito melhor que o Simon’s Quest.

    E acho que foi exatamente ter lido pessoas falando mal do jogo que me deixou mais curioso, pensando “Quero tirar a prova, as vezes o jogo não é tão ruim…”.
    Bem, tinha razão, o jogo não era tão ruim, não sei se sou a melhor pessoa pra comentar, porque antes de Zelda II havia esperimentado uma leva de jogos ruins do NES, estava em uma busca meio que sem nexo em achar qualidades em jogos ruins… Antes de jogar Zelda II, joguei Super Pitfall, não tinha lido qualquer comentário sobre o jogo, só baixei pelo nome, esperando um bom jogo (Ou pelo menos razoável), mas acabou sendo o pior uso da palavra “Super” na história do videogame (Comentários parecidos são mera coicidência xD), e Milon’s Secret Castle, também sem ler qualquer opinião/análise sobre o jogo, simplesmente pra ver como era o antecessor de Do-Re-Mi Fantasy!, jogo random, não tem mais o que comentar sobre aquele jogo… Mas Zelda II foi diferente, ele deu aquela sensação gostosa de quando você consegue achar alguma coisa (Coisa que na minha opinião, nenhum dos outros jogos que comentei conseguiu…), tudo bem, a jogabilidade não é das melhores (Diria que é até comparado a do Bart vs The World), mas o jogo cumpre o papel de enterter! O jogo é irritante, tem jogabilidade complicada e imprecisa, mas tras aquela fórmula que te prende por horas que eu encontro nos outros jogos da série.

    Zelda II foi meu 3° jogo do Zelda, depois de A Link to The Past e o próprio The Legend Of Zelda, respectivamente, e não me decepcionou em nada, depois de passar um bom tempo jogando diversos jogos randoms do NES, você vê que Zelda II é um jogo de qualidade em meio a tantos jogos ruins.

    Jogos ruins mesmo… Antes de jogar aqueles que comentei ainda tinha jogado Bart vs Space Mutants, Bart vs The World, Bibble Adventures, Back to the Future e outros que apaguei da memória, não vale a pensa tentar lembrar desses, com certeza… Então jogar Zelda II foi uma tarefa bem prazerosa! Hehe.

    Só achei que faltou na Review as polêmicas sobre mensagens subliminares no jogo… Como a pose suspeita do Link quando ele morre, ou aquela moça que recupera a sua energia… O que é aquilo?? Tenho certeza que você não achou isso muito normal! Primeiro, é a única casa do jogo que você não vê dentro… O Link entra, e você fica alguns segundos esperando o personagem sair com a tal mulher misteriosa que diz poder restaurar sua vida, não vê o que acontece lá… É no mínimo estranho né. Haha

    Também fiquei bastante intrigado com a fala do homem “IF ALL ELSE FAILS USE FIRE.”

    Ah sim, só não acho que um jogo todo Side Scroller precisa ser linear, um bom exemplo disso é WonderBoy… Que pra ser sincero, só gosto da versão do Mega Drive mesmo, hehe, mas é um ótimo jogo!

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  • 15/04/2011 em 10:29 pm
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    Excelente análise, Gagá. Nunca havia jogado o Zelda II, e uma das razões ṕe justamente a má fama que o game tem. Não tinha interesse, mesmo tendo jogado praticamente todos os outros da série. A minoria que celebrava o game não me empolgava, pois pareciam querer pagar de cults, assim como os que elogiam o horroroso FF Mystic Quest. Seu texto me pareceu sincero, pesando bem os prós e contras do título, e me deu ânimo para experimentar o game.

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  • Pingback:Gagá Games » Meme: o que você jogou em 2011?

  • 15/12/2012 em 11:10 pm
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    Só comento para registrar que terminei o jogo semana passada – não fui tão bravo quanto você, Gagá, e usei faqs e save states =/ -, reli o texto e achei ainda mais fantástico.

    Puxa vida, a vela é encontrada tão no começo do jogo, mas tão no começo que até deu vergonha. Mas eu acho que, em parte, poderia ser considerado um erro de design de jogo, porque a primeira caverna precisa ser atravessada na escuridão, e isso cria uma dúvida na cabeça em relação às próximas. Em um jogo atual, acredito que haveria alguma coisa que impediria o jogador de passar pela caverna naquele ponto do jogo até pegar a vela.

    O esquema das vidas é uma tortura, mas pelo menos aquelas trilhas de areia permitem caminhar sem o confronto dos inimigos e chegar tranquilo até uns… 70% dos cenários do jogo. Agora, achei uma tremenda SACANAGEM haver um máximo de experiência de ataque, mágica e life, tornando o caminho até a última dungeon um verdadeiro porre. Em qualquer outro RPG bastava ficar um tempinho fazendo grinding. Aqui, não adianta nada depois do nível 8. Pior depois disso é ganhar UMA vida por atingir os 9000 pontos de experiência.

    Aqueles lagartos que tacam pedras atrás de um paredão realmente merecem um prêmio. São insuportáveis. Outra crueldade é não existir mapas para as dungeons, mas o esquemão “Metroidvania” e especialmente a música acabam me fazendo esquecer disso. Outro detalhe musical que achei brilhante é o tema do mapa-múndi. A introdução dos 5 segundos iniciais pega o tema principal da série criado pelo Koji Kondo para o jogo anterior, e o mais interessante é e que esse trechinho só toca no palácio principal. Quando o Link está no mapa-múndi já vai direto para a melodia nova do Akito Nakatsuka.
    http://www.youtube.com/watch?v=KyMluaZDRik

    Ah, a imagem da Zelda dormindo sempre que o jogador retorna… Putz, totalmente Shadow of the Colossus isso…

    Mas, apesar de tudo, eu gostei bastante. Acho que, no fim das contas, o jogo nem parece feito pela Nintendo.

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