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Este post é parte do Dossiê Zelda que estou preparando para o Gagá Games e o Cosmic Effect. Para acessar o índice deste dossiê e ler os posts que este velhaco preparou sobre outros jogos da franquia, clique aqui.

Quando a gente fala sobre um dos nossos jogos favoritos, sempre tem que lembrar que, por mais incrível que ele seja, ainda tem muita gente que não o conhece. Quando esse jogo é famoso, então, fica ainda mais difícil não falar dele como se todo mundo já tivesse jogado.

No caso deste post não é tão difícil para mim lidar com isso, porque até poucas semanas eu mesmo nunca tinha jogado o clássico The Legend of Zelda: Ocarina of Time. Lançando em 1998 para o Nintendo 64, o jogo teve um desempenho invejável dentre a imprensa especializada, arrancando elogios tão rasgados que quase comprometiam o currículo de críticos veteranos nessa área.

Quem teve Nintendo 64 deve ter ótimas lembranças de títulos como Mario 64, Super Smash Bros, Goldeneye e muitos outros. Mas os que eram fãs de RPGs não devem ter tantas lembranças assim: enquanto o rival Playstation contava com uma vasta biblioteca de títulos do gênero, o Nintendo 64 passava por uma seca de dar dó.

O que talvez muita gente não saiba é que este primeiro jogo da série Zelda a aportar no console de 64 bits da Nintendo já estava sendo desenvolvido há dois anos, junto com Mario 64. Os dois até compartilhavam o mesmo “motor”, que gerava os gráficos e gerenciava a jogabilidade, mas alterações realizadas nos dois anos que separaram os lançamentos fizeram de Zelda um produto bem diferente.

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A escala do jogo faz com que alguns personagens e locais pareçam realmente gigantescos

O jogo caiu como uma bomba: até hoje, é comum ver gente séria dizendo que Ocarina é o maior jogo de todos os tempos. Os críticos do conceituado site IGN disseram que o jogo era perfeito. A Famitsu cravou quatro notas 10 em sua avaliação, coisa raríssima na época (hoje já virou festa). Ocarina era “o” jogo que os proprietários de Nintendo 64 podiam esfregar na cara dos donos de Playstation (que, por sua vez, tinham Final Fantasy e outros nomes de peso do seu lado).

Mas como assim “perfeito”? Que diabo de jogo é esse, e o que ele tem de tão especial? Foi exatamente o que eu tentei descobrir quando liguei meu Nintendo Wii e, com 12 anos de atraso, comprei Ocarina of Time no Virtual Console.

Quanto mais as coisas mudam, mais elas continuam as mesmas…

Se por alguma imensa ironia do destino você nunca jogou um jogo da série Zelda, a coisa funciona mais ou menos assim: no controle do herói Link, você atravessa mundos de fantasia repletos de criaturas hostis em busca de labirintos. Cada labirinto geralmente tem um equipamento novo que permite acessar novas áreas do mapa, um chefe que guarda um item que você precisa encontrar para terminar o jogo e um monte de passagens secretas que só os mais dedicados vão descobrir.

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O sistema de combate, que “trava” a mira no inimigo com um clique do botão, funciona muito bem e diverte um bocado

Essa descrição vale para o primeiro jogo lançado em 1986 para o Famicom, e pelo visto vai continuar valendo para Skyward Sword, que deve sair para o Wii no ano que vem. Esse é um dos maiores trunfos de Ocarina of Time: ele funciona exatamente como os jogos da franquia lançados na década anterior, só que embala tudo com uma apresentação muito mais caprichada e envolvente. Imagine o primeiro Legend of Zelda elevado à décima potência.

A sensação de exploração, por exemplo, era um dos maiores atrativos do jogo original do Famicom. Os gráficos eram rudimentares, mas o mapa bem distribuído e as regiões distantes e inalcançáveis até momentos avançados do jogo atiçavam a curiosidade dos jogadores. Em Ocarina, essa sensação é avassaladora. Enquanto caminha pelos campos de Hyrule, você pode ver lá longe, mas bem longe mesmo, lá no alto, a boca de um enorme vulcão. E depois de uma longa e épica caminhada, eis Link lá em cima. Tudo o que está ao alcance dos seus olhos também está ao alcance dos seus pés.

Tudo, do sistema de travamento nos inimigos com o botão Z às cenas roteirizadas e à forma bem-equilibrada com que a história avança, é perfeito. Valeu a pena esperar por Zelda 64. É o tipo de jogo que só é lançado uma vez a cada década, a realização máxima do Nintendo 64. Resumindo, se você tem um Nintendo 64, precisa ter Zelda. Simples assim. E se não tem o console, Zelda é motivo suficiente para você comprar um — neste exato momento.

Crítico do site IGN

As distâncias entre as cidades e locais de interesse são convincentes: você não vai de um lugar ao outro em um piscar de olhos. E quando você começa a achar que ficar caminhando sem parar de um lado para o outro é entediante, Link ganha uma égua para montar. Não dá para descrever como é divertido galopar de uma ponta à outra do mapa, quase dá para sentir o vento no rosto.

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Sem vergonha das formas angulares de seus polígonos, o Nintendo 64 gera personagens deliciosamente caricatos e curiosos

As cidades e povoados são habitados por personagens carismáticos e interessantes. Dá mesmo vontade de ouvir o que cada um tem a dizer, porque há muitos “causos” divertidos e missões esquisitas a serem cumpridas (caçar galinhas pela cidade, por exemplo). É comum alguns RPGs entupirem o mapa com cidades que só têm um ou outro ponto de destaque, mas em Ocarina, cada local tem características totalmente únicas. As cidades são inconfundíveis, cada uma tem um clima diferente, habitantes diferentes. A forma como os eventos estão estruturados faz com que as cidades pareçam atraentes ao longo de todo o jogo, e não apenas no momento em que você as visita pela primeira vez: as coisas mudam, segredos antigos são revelados.

Vários povos diferentes habitam o mundo: temos a cidade dos gorons nas montanhas, o reino aquático dos zoras, os gerudos no deserto… todos com estilos diferentes e genuinamente interessantes. Você se sente em uma grande viagem, conhecendo novas culturas, dando risada com as idiossincrasias de cada uma e se envolvendo com suas histórias. O jogo vai liberando o acesso a esses diferentes povos em doses homeopáticas, conforme a aventura avança, mantendo as coisas divertidas até o fim.

E a passagem do tempo? Caminhando pelo mapa, você vê o sol nascer, subir no céu e se pôr lentamente para dar lugar à noite — e à noite as coisas mudam nas cidades e no mapa, novos eventos ocorrem, personagens novos dão as caras. Combinada às épicas caminhadas, a passagem do tempo contribui ainda mais para o jogador ter a sensação de que está vivendo uma longa jornada. Aliás, o tempo não está no nome do jogo à toa, e Ocarina of Time ainda emprega outros recursos interessantíssimos para aumentar o tom épico da história. Contar mais seria estragar uma das maiores surpresas do jogo, mas quando tudo chega ao fim você tem a sensação de ter vivido uma vida inteira de aventuras.

Curta a viagem…

Uma coisa realmente admirável é a forma como as side-quest se misturam à trama principal. Eu gosto muito de RPGs, mas não costumo ter muita paciência para ficar fazendo side-quests. Sempre parece que estou perdendo tempo, me afastando do jogo “de verdade”. Mas aqui você “tropeça” em algumas side-quest enquanto está cuidando da missão principal, e embora tenha a opção de seguir em frente, você realmente fica com a sensação de que está deixando algo importante para trás. Parece que a história desta aventura por Hyrule não vai ficar completa enquanto não ajudarmos aquele pobre monstrinho azulado que fica resmungando à noite no centro da vila de Kakariko. As side-quests não servem só para encher linguiça e aumentar o tempo de jogo como em muitos RPGs; aqui elas são o amendoim do seu chocolate, e tornam tudo muito mais divertido e apaixonante.

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Claro, você já deve estar se perguntado, “e os labirintos?” Esses não faltam, há muitos labirintos a serem vencidos, e felizmente o design deles é brilhante. Há botões para apertar, pedras a empurrar, passagens secretas… o Zelda original já tinha labirintos com vários andares, mas aqui há momentos em que você começa a subir uma longa escada e, antes que se dê conta, sem a transição em fade habitual, já está no andar de cima. O oposto também vale: em um dado momento, você cai em um buraco e despenca dois níveis de um labirinto sem que a tela escureça. A transição é suave, natural e muito impressionante até nos dias de hoje.

Este jogo é o que há: uma obra-prima da qual as pessoas vão continuar falando daqui a dez anos. Ele representa perfeitamente o mantra de “qualidade, e não quantidade” que a Nintendo defende desde o lançamento do Nintendo 64. Em suma: perfeito. Usar outra palavra para descrever este jogo seria uma mentira deslavada.

Crítico do Gamespot

O mais infame labirinto de Ocarina of Time é o templo da água. Há quem odeie esse labirinto, e ouvi tantas declarações enfurecidas que já entrei torcendo o nariz. Honestamente? Quebrei a cara, é meu labirinto favorito. O design dele é intrincadíssimo, um prodígio da imaginação. É admirável como um sujeito consegue criar um labirinto com tantos níveis diferentes, e tantos botões que modificam o nível da água, abrindo passagem para novas áreas, sem que o jogador fique preso em algum momento.

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Desde que joguei o primeiro Zelda há vinte anos, tenho um pesadelo recorrente no qual entro em um labirinto, após dias de jogo, e de repente descubro que gastei minha única chave numa porta errada; por uma falha de design, o jogo não tem mais chaves para me oferecer e eu tenho que começar tudo de novo. Até hoje esse pesadelo (nerd ao extremo, eu admito) nunca se concretizou: nunca fiquei preso em nenhum labirinto da franquia. As chaves, botões e passagens estão distribuídas com perfeição. Muita gente não para pra pensar no trabalho que deve dar montar um labirinto com uma lógica tão perfeita, cobrindo todas as possibilidades de uso de chaves e de botões que abrem passagens, e quando o labirinto tem o tamanho e a complexidade do templo da água, não há como não bater palmas para essa turma.

Claro, todo esse brilho não seria suficiente para salvar o jogo se os controles não funcionassem bem. Felizmente, ao contrário de muitos jogos que se embananavam com a câmera e com a interação em um ambiente tridimensional na época, Zelda dá um show. Link responde muito bem aos comandos, e um único botão serve a vários propósitos diferentes, de acordo com o contexto. A câmera se comporta bem e pode ser trocada rapidamente para um ângulo seguro por trás de Link ao clique de um botão. Os combates são um verdadeiro balé: você trava a mira no inimigo com um toque no botão Z, e Link passa a “orbitar” o adversário. É tremendamente empolgante saltar para o lado quando o inimigo investe contra você e atingi-lo pelos flancos. Algumas lutas exigem também o uso do escudo, resultando em combates emocionantes, mas nunca complicados ou entediantes. Tudo funciona às mil maravilhas.

Conclusão

Há realmente muita coisa a se dizer sobre Ocarina of Time, mais do que seria razoável se dizer em um post de blog, que não pode ser muito grande. É difícil resumir o que faz com que um jogo seja tão brilhante como este. Se você nunca jogou Ocarina of Time, o que posso fazer para convencê-lo a jogar é compartilhar o que eu senti enquanto jogava. A experiência foi incrivelmente prazerosa, adorei cada segundo. Conforme fui chegando perto do fim, curiosamente passei a reduzir as horas que passava com o controle na mão. Comentei com a esposa, “engraçado, agora que estou nos momentos finais do Zelda eu quase não tenho mais vontade de jogar”, e ela me respondeu, cheia de razão: “vai ver você não quer que o jogo termine”.

E era isso mesmo. Quando me enchi de coragem e finalmente levei a cabo a saga de Link, cheguei a ficar emocionado. Sabe quando aquela viagem inesquecível com a namorada ou com os amigos chega ao fim, e bate aquela nostalgia, aquela sensação de “acabou de acontecer algo muito especial comigo”? Foi mais ou menos assim que eu me senti quando terminei Ocarina of Time. Foi a primeira vez em que terminei um jogo sem conseguir apontar um único defeito. Só me resta endossar a afirmação de tantos outros colegas de vício: perfeito.

Antes tarde do que nunca: o Gagá encara Ocarina of Time

51 ideias sobre “Antes tarde do que nunca: o Gagá encara Ocarina of Time

  • 30/08/2010 em 8:58 am
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    Confesso que já entrei na briguinha “Final Fantasy vs. Zelda”, na qual eu defendia ferrenhamente a franquia da Square. Entretanto, isso durou até que um amigo me convencesse a “trocar” meu PSX pelo N64 durante duas semanas. Foi o suficiente para eu me apaixonar pelo Ocarina of Time e terminá-lo, do início ao fim, duas vezes seguidas – eu terminei e iniciei outro save imediatamente após – coisa que jamais fiz com qualquer outro jogo.

    Hoje sou fã das duas séries, arrebentei o Twilight Princess no Wii, algum títulos menores (adorei The Minish Cap) e aguardo ansiosamente o Skyward Sword.

    O que eu acho incrível nessa série é a maneira como a Lenda de Zelda (nome da franquia, lol), que sempre se baseia na mesma premissa – Zelda capturada, Link vai salvar – sempre é renovada, ressurge de uma forma inteiramente nova, sem deixar qualquer ar de repetição, de “já vi isso antes”. A Lenda de Zelda, fadada a se repetir por infinitas gerações, sempre reaparece de uma maneira nova e original, apta a nos cativar e ajudar o menino de roupas verdes mais uma vez.

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  • 30/08/2010 em 8:59 am
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    Perfeito é pouco para descrever Ocarina of Time. É a obra prima, a madonna de Shigeru Miyamoto.

    Esse é aquele jogo que não dá pra escolher um personagem, um mestre, um dungeon favorito, porque o jogo inteiro é ma obra de arte.

    É de longe meu jogo favorito no gênero.

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  • 30/08/2010 em 9:30 am
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    O comercial que passava na TV na época era de arrepiar !!!

    “Tu tens o conhecimento”
    “Tu tens a sabedoria” …

    Ao ver o comercial, ficava sempre a sensação de como que vou jogar esse jogo, pois na época a situação da minha família tava crítica pra poder investir com entretenimento. 🙁

    É um dos jogos na minha lista!

    “12 anos de atraso, comprei Ocarina of Time”

    Hahahahaha … O Gagá tá que nem eu! Semana passada comecei Wild Arms de 1997. 😀

    Enfim, pelo jeito vou ser retrogamer até o fim da vida!

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  • 30/08/2010 em 9:31 am
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    “vai ver você não quer que o jogo termine.”
    Esta frase expressa exatamente o que sentimos quando jogamos Ocarina of Time… Debulhar o jogo, captando tudo o que tem direito, é um mero detalhe e com isso qualquer gamer, não necessariamente um hardcore, pode terminar o jogo e sentir esse prazer… Já terminei Ocarina of Time mais de 10 vezes e sempre a sensação é a mesma… Me lembro até hoje de quando troquei o meu cartucho novinho do Resident Evil 2, que havia ganhado de Natal, por um cartucho usado do Ocarina of Time… A melhor troca que já fiz… =D

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  • 30/08/2010 em 10:29 am
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    Perfeito… tirando o lago congelado que não descongela 😛

    Realmente este foi “O” Zelda por muito tempo, mas pra mim Twilight Princess foi superior, a galera é que ficou na fissura de Ocarina mesmo, acho que é por que conta as origens da saga. Hoje já não tenho mais muita paciência pra ele não, já joguei demais, mas com certeza ainda figura nos meus jogos preferidos.

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  • 30/08/2010 em 11:26 am
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    Meu N64 não veio com Mario64 incluido de graça, e nenhum outro cartucho.
    Se eu não estou enganado a Gradiente só fez três versões especiais do N64 com cartucho incluido, ISS98 por causa da copa, Star Wars Racer e Pokémon Stadium, talvez as versões multisabores tiveram alguma promoção semelhante, mas confesso que não acompanhei essa parte do fim da vida do console.

    Quanto a Ocarina, acho que o grande sucesso dele se deve pela enorme espectativa que o mesmo gerou durante seu desenvolvimento (uma das maiores que já vi), e principalmente porque o resultado final conseguiu superar todas essas espectativas. Coisa que temos que concordar, é rara.
    Geralmente os games prometem, prometem e no fim não cumprem nem metade, e quando cumprem, pelo menos um defeitinho sempre tem.

    Ocarina teve um hype imenso antes de seu lançamento, mas o jogo conseguiu transformar todo esse hype em qualidade e diversão comprovada, coisa que outros hypados como FFVII não conseguiram (pelo menos não pra mim).

    Só senti essa sensação de “acabou de acontecer algo muito especial comigo” duas vezes, com Ocarina e com Shadow of the Colossus.
    Dois games, não apenas perfeitos, mas mágicos.

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  • 30/08/2010 em 1:24 pm
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    esse jogo é lindo mesmo, tudo bonito.
    mais o que eu achei maravilhoso é saber que com o Wii nos temos a chance de relembrar esses belos games da nintendo, a muito tempo estou afim de comprar um nintendo Wii, pois acho os seus games muito nostalgicos e belos sem contar a jogabilidade original de cada um, o q me deixou extremamente feliz foi minha irmã perguntar se eu não quero juntar com ela e comprar um. to louco pra jogar os zeldas e metroid.

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  • 30/08/2010 em 2:13 pm
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    nossa gaga, foi a mesma coisa comigo, mas eu conheci zelda ocarina of time a uns 2 ou 3 anos atras, e foram nas ferias ainda , ligava o pc as 8 da manha e desligava as meia noite,
    fico com resseio de dizer que foi o melhor jogo da minha vida porque ainda tem final fantasy e metal gear pra empatar,
    a decepçao foi o majoras mask
    o pior eh que se voce fala do jogo pras pessoas, e elas nao querem nem saber, muitos nem sabem o que eh um 64 e nem sabem emular, nao sabem o que perdem

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  • 30/08/2010 em 3:53 pm
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    Fala Gagá. Eu tava jogando esse jogo e parei **SPOILER** depois que o Link vira adulto.**SPOILER** Aliás, é depois disso que o jogo esquenta de verdade. Mas o porquê vou deixar você descobrir por conta própria. Tenho certeza que você vai gostar. Falow!

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  • 30/08/2010 em 4:46 pm
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    Nooooossa, que estréia de games 3D no blog heim Gagá ?
    Zelda 64 tbm tava na minha lista de games para conheçer há muito tempo. Já conhecia o game fazia uns 4 anos mas nunca tinha tempo para jogar. Até porque eu tava jogando outros games da série e tava deixando o Ocarina como cereja do bolo… Na verdade eu ainda estou jogando aséire inteira, mais ou menos em ordem de lançamentos, e logo depois de terminar o Link´s Awakening, começei o Ocarina esse ano, acho que em Março e atualmente tô dando um tempo (parei no Templo do Fogo) para detornar Mass Effect.

    Engraçado é que eu tava louco da vida para terminar o Link´s Awakening !
    Fui correndo o máximo que eu pude porque tava chegando a hora de conheçer mais daquela maravilhosa viagem poligonal até Hyrule. E que game ! Perfeito mesmo, nem os gráficos de início de 3D conseguem estragar esse game, até porque o game teve todo um cuidado para que o visual casase com a tecnologia gráfica da época. Por isso que ando nintendista ultimamente… A turma do Miyamoto é genial mesmo !

    Já vi os outros games posteriores ao Ocarina, e mesmo Twilight Princess sendo tudo o que é, Ocarina tem algo que a gente sabe o que é, mas não sabe explicar. É algo como alguns já citaram aqui : Você vive falando do game para os outros, mas não adianta só falar, tem que conheçer mesmo…

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  • 30/08/2010 em 7:22 pm
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    Alberwood :
    Já terminei Ocarina of Time mais de 10 vezes e sempre a sensação é a mesma…

    Pois é, a gente termina e dá vontade de jogar tudo outra vez mesmo. Um barato.

    leandrogf :
    fico com resseio de dizer que foi o melhor jogo da minha vida porque ainda tem final fantasy e metal gear pra empatar

    Na verdade, essa coisa de “melhor jogo da minha vida” é muito subjetiva. Às vezes um jogo está longe de ser perfeito, mas acaba sendo nosso favorito por uma série de fatores: nostalgia, uma história interessante, personagens que nos cativam. Se eu tivesse que apontar o jogo mais perfeito que já joguei, aquele que considero um dos melhores de todos os tempos de modo geral, seria o Ocarina. Mas o favorito é e continuará sendo Phantasy Star…

    Digamos que todo mundo tem duas listas: os melhores jogos e os jogos do coração.

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  • 30/08/2010 em 8:16 pm
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    Duas listas? Aí, Gagá, que tal se vocês aí do asilo (rsrsrsrs) fizessem, cada um, duas listas com cinco ou seis jogos cada, tipo “os melhores jogos que eu já joguei” e “os jogos que eu joguei e que ficaram no meu coração” (mas que frase EMO, hein? credo)

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  • 30/08/2010 em 11:27 pm
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    É isso ae meu amigo caquético, Ocarina of Time é PERFEITO, e tenho dito!!

    Uma teoria que defendo é a de que cada game deve ser avaliado de acordo com a sua época, pois é a maneira mais justa de se comparar jogos. Assim sendo, nada se comparou ao estrondo que foi o lançamento de Ocarina of Time, e é por isso que eu o considero “o melhor game de todos os tempos”.

    Algumas pessoas, obviamente, não concordam com isso, apontando até mesmo outros games da mesma franquia como superiores a este, e eu até concordaria se não fossem alguns poucos defeitos existententes neles, sendo um destes defeitos algo comum a todos estes jogos, e que vc retratou com perfeição nesta passagem:

    “não costumo ter muita paciência para ficar fazendo side-quests. Sempre parece que estou perdendo tempo, me afastando do jogo “de verdade”. Mas aqui você “tropeça” em algumas side-quest enquanto está cuidando da missão principal, e embora tenha a opção de seguir em frente, você realmente fica com a sensação de que está deixando algo importante para trás”

    Pois é, em NENHUM outro game vindouro na franquia, a maestria da construção das side quests de Ocarina of Time se repetiu, e isso para mim é algo que conta MUITO para que a aventura se torne completa. Eu costumo até dizer que Wind Waker seria perfeito se as sidequests dele não se rezumissem a caçar tesouros submersos (só ruppies) em viagens monótonas de barco, e que Twilight Princess seria perfeito se as sidequests fossem mais numerosas, recompensadoras e desafiadoras, e se o Link Lobo fosse tão legal de se controlar quando Amaterasu, do fantástico Okami. Fica claro: eu consigo apontar defeitos em qualquer outro jogo existente no mundo (menos Chrono Trigger), mas não em Ocarina of Time.

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  • 31/08/2010 em 12:22 am
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    Parabens pelo antes tarde do que nunca Gagá, Ocarina of Time merece ser jogado em qualquer época, mesmo daqui a mais 30 gerações de consoles e games ele ainda sera lembrado como a maior pérola ja produzida por uma industria de games que só poderia ter sido trazida a vida pelo mesmo criador do primeiro divisor de aguas dos games Super Mario Bros.,o grande mestre Shigeru Miyamoto.

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  • 31/08/2010 em 3:14 am
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    Eu só fui zerar o Ocarina Of Time a dois anos atrás, fiz questão de comprar um N64 para jogar ele, jogos como Ocarina e o Mario 64 eu prefiro jogar com o controle de N64. Fico em dúvida sobre qual Zelda é mais perfeito, esse ou o A Link To The Past.

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  • 31/08/2010 em 7:50 am
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    Esse jogo é realmente perfeito… Inclusive a alguns anos foi traduzido para o nosso idioma, alias foi uma tradução pioneira e épica já que foi feita em uma época que nem o emulador de N64 funcionava corretamente nem existia gente com conhecimento em romhacking tão avançado como hoje para encarar. Enfim, a tradução foi concluída parcialmente (todos os textos com acentuação plena) e tempos depois foi executada uma grande revisão com ajuda de ferramentas de descompressão gráfica para a edição dos gráficos compressos.

    Para quem quer se deliciar em português, peguem o patch no romhackers.org.

    Um abraço a todos

    Spyblack – trans-center

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  • 31/08/2010 em 12:23 pm
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    O amigo ali em cima comentou que teve uma sensação parecida ao jogar Shadow Of The Colossus, eu não joguei Zelda OoT ainda, mas joguei Shadow.

    Se a sensação realmente for a mesma, ou ao menos parecida, então deve ser uma das experiências mais incríveis que já vivi em um game, então comecarei a jogar ainda hoje, conciliando com trabalho e faculdade.

    Depois volto a comentar neste post para descrever o que achei da experiência.

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  • 01/09/2010 em 8:27 am
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    eu tenho o n64, tenho o zelda ocarina mas nunca tive “paciencia” pra joga-lo… em mim sempre bate aquela: “esse jogo é enorme, nunca vou ter tempo pra termina-lo”… exatamente como acontece com o mario 64 (comigo)… então meu jogo ta parado lá no templo da floresta há décadas… (na verdade desde que voltei pra faculdade…) mas sim, eu sei reconhecer que o jogo é “épico”… quem sabe nas ferias do trabalho?

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  • 02/09/2010 em 6:26 pm
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    Water Temple… Medo!
    Lembro quando ia para a casa de um amigo meu e ficávamos jogando Ocarina of Time por horas a fio, empacando no maldito templo da água porque não sabíamos que tinha uma chave atrás de uma parede que podia ser explodida…
    Um dos melhores jogos que já joguei – igual ou melhor que o Final Fantasy VII.

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  • 03/09/2010 em 12:48 am
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    Faltou um detalhe Gagá, a trilha sonora! A trilha sonora é linda demais, esse jogo é simplesmente perfeito, me lembro da primeira vez que joguei, me apaixonei! Passava as férias com meus primos em são paulo, eles alugavam o jogo e ficavamos o dia inteiro revezando no controle pra zerar o jogo, cada um em seu save. Tempos depois zerei ele novamente na casa da minha ex-namorada, local onde tentei jogar o “Majora Mask” e percebi que a Nintendo fez uma grande cagada, chato é apelido pro Majora…

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  • 04/09/2010 em 1:16 am
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    Novamente Orakio, você conseguiu me causar emoções fortes com um texto simples. E o interessante é que foram emoções ruins, de perda e de vazio por nunca ter jogado Ocarina of Time. Ainda não entrei de vez nos 32bits.

    Espero um dia poder ter essa experiência de um forma tão satisfatória.

    Perfeito!

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  • 06/09/2010 em 11:40 am
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    É difícil eu comentar em blogs, mas com um post desses não tem como. Eu tive o privilegio de jogar ele na época de lançamento, empolgado com os comerciais na TV e tudo mais, já nem conto mais quantas vezes fui até o final ao longo de 12 anos e não tem como explicar… esse jogo simplesmente não envelhece NUNCA.

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  • 06/09/2010 em 2:40 pm
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    Segue o link

    JOGO: Nome: The Legend of Zelda – Ocarina of Time
    Sistema: Nintendo 64
    Categoria: RPG / Aventura
    Jogadores: 1
    Produtora: Nintendo
    Distribuidora: Nintendo
    Lançamento: 1998

    TRADUÇÃO: Autores: Hyllian, Odin e grande elenco (revisado por Fserve)
    Grupo: Zelda 64 BR (extinto)
    Site: http://www.kinox.org/zelda64br/ (fora do ar)
    Versão: 1.7
    Lançamento: 26/02/2008
    Mídia de distribuição: IPS-EXE
    Progresso: 100%
    Tamanho do arquivo: 479.00 KB

    http://www.romhackers.org/modules/PDdownloads/singlefile.php?cid=23&lid=58

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  • Pingback:Gagá Games » The Legend of Zelda: Majora’s Mask

  • 21/12/2010 em 2:58 pm
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    Nossa achei esse site por acaso procurando sobre informações do jogo da Turma da Mônica do meu extinto master system cor de rosa d aturma da monica! Adorei o site e as avaliações todas muito bacanas! É muito bacana ler sobre jogos que vc amou, ama e gostaria de jogar…
    Falando de Zelda o que eu poderia falar que vc não falou??? Essa sensação de que “acabou de acontecer algo muito especial” é realmente muito verdade!!! Serio… eu nunca fui uma fissurada gostava de games mas tava satisfeita com meu super nitendo até que uma noite jantando passou o comercial da Nitendo anunciando Ocarina… Fiquei arrepiada! Emocionada e tive que dar um geito de comprar tinha só 13 anos não falava quase nada de inglês e nunca tinha jogado nada remotamente parecido com Zelda… Demorei quase um ano para conseguir zerar! E realmente é uma das lembranças mais queridas da minha infancia… Assim como aos 20 e poucos me apaixonei e redescobri o jogo sua historia e tudo mais… realmente pra mim perfeito!
    Parabens pelo texto!

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  • Pingback:Gagá Games » Meme: o que você jogou em 2011?

  • 26/05/2012 em 9:50 pm
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    Jogo excelente assim como o Majora’s, meus preferidos.
    O que eu acho engraçado é sempre quando se fala sobre OoT surge alguém falando de FFVII, e sempre metendo o pau em um dos dois. Joguei e jogo ambos, são jogos épicos. Se não gosta do jogo somente ignore, não guarde tanto ódio no seu coraçãozinho! xD

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